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18 outubro 2007

Iasb e Chairman

Segundo o New York Times (European Will Oversee Accounting Standards, FLOYD NORRIS, 18/10/2007), Gerrit Zalm deverá ser o novo chairman do Iasb. Zalm foi ministro das finanças da Holanda.

The International Accounting Standards Committee Foundation, which both appoints members of the standards board and raises money for its operations, has come under considerable pressure in Europe from some politicians who think the board should be more accountable to governments, and should pay more attention to their opinions in setting accounting standards.


Precede Zalm o norte-americano Volcker, o italiano Tommaso Padoa-Schioppa e o norte-americano Philip A. Laskawy.

No currículo de Zalm, além do cargo como ministro de finanças, o cargo de economista chefe do DSB Bank, consultoria na PricewaterhouseCoopers e na Permira.

Fraudes

Reportagem da Gazeta traça um perfil da fraude nas empresas.

Estados Unidos têm mais fraudes
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

Existência de rígidos controles internos permite identificar maior número de casos. A lei americana Sarbanes Oxley (Sox), a mais severa regulamentação de governança corporativa em vigor no planeta, contribuiu para a identificação de casos de fraude, ao exigir das empresas a manutenção de rígidos controles internos. É o que mostra pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers, sobre atos praticados por indivíduos ou grupos de indivíduos visando o benefício próprio por meio de instrumentos que produzem perdas às corporações - como fraudes de diversos tipos, corrupção, pirataria, lavagem de dinheiro e manipulação contábil - com base em 5.428 entrevistas, em 40 países.

Segundo a pesquisa, os Estados Unidos aparecem no topo do ranking de ocorrência de fraudes nos últimos dois anos - 52% dos entrevistados afirmaram ter sofrido algum tipo de fraude - mas não devido à maior incidência e sim porque lá há mais regulamentação, o que propicia a identificação de mais casos. A Sox dedica uma seção inteira aos controles internos (a 404).

No Brasil, a pesquisa ouviu 76 executivos de vários segmentos da economia. Dos entrevistados, 46% responderam que suas organizações sofreram algum tipo de crime econômico nos últimos dois anos, percentual similar ao da pesquisa de 2005. Os controles internos da organização, representados por auditoria interna, segurança corporativa, rotação de pessoal e sistemas eletrônicos de detecção, foram responsáveis por 43% dos casos, enquanto fatores de cultura corporativa, representados por indicações internas, indicações externas e o uso do canal de denúncias, representaram 53% dos casos. Isso mostra que, além da implementação e do aperfeiçoamento de mecanismos de controles internos objetivos, a implementação de programas de conscientização e o estabelecimento de um ambiente de confiança também resultam em retorno igualmente importante no que se refere à identificação de procedimentos fraudulentos.

As respostas obtidas apontam que o fraudador típico é do sexo masculino (88% dos casos), tem escolaridade até o segundo grau (65%), e é parte do corpo de empregados das empresas (67%). Com relação à idade, a pesquisa mostrou que existe uma concentração pronunciada na faixa entre 31 e 40 anos (43% dos casos), com distribuições semelhantes nas faixas de até 30 anos e de 41 a 50 anos (25% e 32%, respectivamente).

De acordo com o resultado da pesquisa, os fraudadores parecem concentrados nos extremos do "tempo de casa", com maior destaque para a faixa acima de 10 anos. A maior ocorrência no quesito posição hierárquica está no pessoal abaixo da média gerência, com 47% do número de casos.

Pelo resultado da pesquisa, as fraudes de maior valor individual são aquelas perpetradas pela média e alta gerência das empresas, que somaram 36% dos casos relatados. Das fraudes detectadas, em 67% dos casos, nada foi recuperado, em 23%, até 60% do prejuízo foi recuperado, e em somente 10% dos casos a recuperação passou de 60%.

A pesquisa contou com a participação do instituto de pesquisa social TNS Emnid e do Centro de Pesquisa em Crimes Econômicos da Martin-Luther University Halle-Wittenberg, da Alemanha.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

Os melhores

Abrasca divulga finalistas ao prêmio de melhor relatório
Gazeta Mercantil - 18/10/2007

A 9ª Edição do Prêmio Abrasca Melhor Relatório Anual, teve 84 inscritos. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 24, em evento promovido na Bovespa. Ontem a Abrasca - a associação que representa 85% do valor de mercado da Bolsa, de US$ 1 trilhão - divulgou a lista dos finalistas. Na categoria companhias abertas os escolhidos foram: Acesita; ALL - América Latina Logística; Aracruz Celulose; Banco Bradesco; Banco do Brasil; Banco Itaú Holding Financeira; Brasil Telecom; Cemig, Coelce; CPFL; CVRD; Elektro Eletricidade ; Embraer; Energias do Brasil S.A; Gerdau; Iochpe Maxion; Perdigão S.A; Petrobras; Sadia; Suzano Papel e Celulose S.A e VCP.

Na categoria empresas fechadas classificaram-se para a final os Relatórios da BM&F - Bolsas de Mercadorias e Futuros; Banco ABN Amro Real; Banco Santander; Camargo Corrêa Desenvolvimento Mobiliário; Camargo Corrêa S.A; Mapfre Seguros; Petroquímica Triunfo S.A e Serasa S.

Contabilidade criativa na Espanha

O tratado de Maastricht, assinado em 1992, exigiu que os países do clube do euro tivessem um déficit público inferior a 3% do PIB. Alguns países se destacaram por estar fora deste limite.

A solução foi atacar não o numerador, ou seja, o gasto público, mas o denominador da equação, o valor do PIB.

Uma reportagem de um periódico da Espanha destaca a contabilidade criativa para obter este número:

La opción más obvia consistía en incluir, a efectos estadísticos, actividades paralegales, como la prostitución y el juego, de forma que el cociente resultase menos estridente.

Esta simple anécdota pone sobre la mesa un asunto de actualidad en estos momentos: el empleo de la contabilidad creativa no se ha limitado a empresas como Parmalat, Ahold o Enron; las entidades públicas, en mayor o menor medida, han empleado la contabilidad creativa para alterar sus cuentas, desviando sin embargo todo el foco mediático hacia el sector privado, al que han regulado, han impuesto muy estrictos estándares contables y han aplicado contestables medidas de buen gobierno.

A pesar de ser bien recibidas por el legislador, su resistencia a aplicarlas y a atajar las prácticas de prostitución contable [grifo meu], que afectan al sector público, delata una actitud farisaica.

Centrémonos en un par de ejemplos que dejan constancia de este proceso: los déficit de pensiones y la deuda fuera de balance. La contabilidad internacional, al igual que la norteamericana, fuerza a cualquier compañía con fondos de pensiones internos a informar al mercado del déficit o superávit que tiene el fondo de pensiones, valorando los activos a precio de mercado y descontando las obligaciones futuras a los empleados a una tasa de descuento muy cercana al coste de la deuda de la empresa. Con esta medida, se ha intentado aplacar el muy extendido uso de prácticas contables apoyadas en cálculos actuariales, que pretendían simular que las promesas realizadas a los trabajadores mediante las pensiones estaban cubiertas con creces con los fondos actuales, cuando en realidad se debía mucho más dinero que el que realmente se tenía.

(...) La deuda fuera de balance a la que han acudido como instrumento contable muchas administraciones se puso de moda con la bancarrota de Enron. La firma tejana procedía a titulizar todo tipo de activos, con el objeto de sacarlos de balance, así como la cuantiosa deuda que los soportaba. El abuso de esta práctica provocó la caída de la empresa, y desde entonces los esfuerzos contables tienden a dificultar las prácticas conducentes a ocultar la deuda fuera del balance de situación.

Sin embargo, los entes públicos han practicado, practican y practicarán la financiación fuera de balance con total impunidad: las comunidades autónomas emplean la deuda fuera de balance de una forma agresiva, hasta el punto de que la deuda regional así “contabilizada” alcanza ya los 7.080 millones de euros, alrededor del 1% del PIB español.

Mediante el aparcamiento de esta deuda en empresas mixtas se acometen cuantiosas inversiones en infraestructuras, de forma que la Unión Europea no contabilice estos compromisos como deuda pública. Este esquema ha sido agresivamente utilizado en Cataluña, donde la deuda alcanza 3.502 millones de euros; en la Comunidad Valenciana, donde asciende a 1.538, y en la Comunidad de Madrid, con 488 millones.

Así, por ejemplo, esta última lo puso en práctica a través de la sociedad Mintra, encargada de la ampliación del metro. La deuda acumulada de Mintra ascendió a 3.000 millones de euros; sin embargo, no fue consolidada en las cuentas de la Comunidad de Madrid hasta que la Unión Europea lo forzó. (...)

El Producto Interior Bruto y la prostitución
Gaceta de los Negocios -18/10/2007

Contabilidade organizada

Como qualquer negócio que deseja ter um controle sobre os recursos, o tráfico necessita de uma contabilidade. Notícia do Globo apresenta isto de maneira clara:

Propinas a policiais anotadas
O Globo - 18/10/2007

Material da contabilidade do tráfico é apreendido

Juntamente com armas e drogas, os policiais apreenderam um farto material da contabilidade do tráfico da Favela da Coréia. Em várias folhas de caderno, estão anotadas as despesas da quadrilha, desde propinas a policiais (chamadas “arrego”), gastos com médicos para atender bandidos feridos e com festas na comunidade, pagamentos de gás e também às “tias”. Segundo policiais, as “tias” são senhoras que moram na favela, consideradas acima de qualquer suspeita. Quando um bandido é preso, elas vão às delegacias atestar que ele é trabalhador. Também fazem visitas nas penitenciárias para garantir a comunicação do criminoso com o mundo externo e podem esconder armas e drogas. Segundo as anotações, as “tias” recebem R$300 para despesas como aluguel. (...)

17 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Isto é que é pirataria:







Fasb pode atrasar a adoção do valor justo

Diante da oposição e críticas do valor justo, o Fasb está considerando a possibilidade de atrasar as regras do valor justo (Fasb 157). A seguir, notícia completa da Reuters sobre o assunto:


FASB to discuss delay of valuation accounting rule
Emily Chasan - Reuters News - 16/10/2007

NEW YORK, Oct 16 (Reuters) - The Financial Accounting Standards Board (FASB) will consider at its Wednesday meeting whether to delay a new accounting rule designed to standardize the way companies measure assets at market values.

The rule, also known as FAS 157, provides a definition and framework for how companies should determine fair value measurements -- or the price an asset could fetch in a current market transaction.

The standard is set to take effect for fiscal years beginning after Nov. 15, but has drawn opposition from industry groups who say businesses need more time to address implementation issues.

Financial Executives International (FEI), a trade group for finance chiefs, treasurers and corporate comptrollers, asked the board this month to delay the standard by a year.

"FAS 157 requires us to learn how to develop measurements of hypothetical transactions based on hypothetical market participant assumptions that may never actually manifest themselves in a transaction," FEI said in its appeal to FASB.

"This is an entirely new paradigm, which the preparer community, their auditors and valuation consultants are not yet ready to implement," the letter continued.

The Institute of Management Accountants, in a separate letter to FASB, said new rule was a "fundamental shift" for accountants. Adopting the standard would require more education and training for those trying to apply it, it said. The group also expressed concern that some technical questions about the standard still need to be resolved.

FASB, according to an agenda on its website, will "discuss and consider factors affecting the application of" the standard at its meeting on Wednesday in Norwalk, Connecticut.

FASB approved the standard in February saying that it would expand disclosure about how assets were valued and eliminate inconsistencies about fair value measurements in U.S. accounting rules.

Several financial companies have already adopted the standard, but FEI said in its letter that implementation issues in application of the rule have already surfaced.