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11 outubro 2007

Novo investimento

Revenda de seguro de vida vira mercado bilionário nos EUA
da BBC Brasil

Investidores americanos encontraram uma forma de lucrar com a única certeza que temos na vida: a morte. São os "life settlements-backed securities", também conhecidos como "death bonds" ou "titulos da morte".

É uma indústria que, segundo estimativa da Life Insurance Settlement Association (LISA), da Flórida, movimentou entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões no ano passado e teria um potencial de crescimento de US$ 160 bilhões nos próximos dez anos - a estimativa é baseada no número de idosos que têm seguro de vida nos Estados Unidos.

A transação inicial é relativamente simples. Uma pessoa que deseja se desfazer do seu seguro de vida o vende para uma instituição financeira a um preço bem menor do que o que seria pago pela seguradora após sua morte.

O valor do desconto que vai determinar o preço de venda é calculado a partir da expectativa de vida da pessoa e quantas parcelas do prêmio ainda devem ser pagas, entre outros fatores. A instituição se torna o novo beneficiário, passando a pagar os prêmios.

Com a morte do segurado o valor total da apólice é então resgatado pelo portador e não pago ao beneficário original.

Do lado do segurado, além de se livrar do pagamento dos prêmios, a pessoa recebe uma parcela do seguro maior do que receberia se simplesmente cancelasse a apólice.

Nos Estados Unidos, se uma pessoa deseja se desfazer do seu seguro de vida, ela tem a opção de suspender o pagamento ou, dependendo do contrato, cancelar os pagamentos e receber uma pequena parcela da indenização, que varia em média de 3% a 5%. Se em vez de cancelar a apólice a pessoa decidir vendê-la, o valor recebido pode subir consideravelmente.

Um levantamento feito pela LISA, em 2005, mostrou que a média de indenização entre 3 mil apólices pesquisadas era de US$ 1,8 milhão. Caso uma dessas pessoas tivesse cancelado os pagamentos e solicitado uma parcela da indenização, ela teria recebido, em média, US$ 98 mil. Em uma transação de life settlement ela teria recebido, de novo em média, US$ 364 mil.

"Ela receberia 365% a mais. É um ótimo negócio para quem não quer mais a apólice", comenta Guilherme Menezes, diretor de negócios da LISA.

Depois de recomprar as apólices, as empresas seguradoras as colocam no mercado, oferendo-as a investidores que podem ainda comprar títulos lastreados nesses papéis, os chamados "títulos da morte".

Para esses investidores, quanto mais cedo o ex-segurado morrer, maior lucro. O risco está na pessoa viver além do esperado, pois os títulos são negociados com desconto calculado com base na expectativa de vida do segurado.

No cálculo do desconto são levados em conta fatores como o histórico médico familiar do segurado, se ele é ou foi fumante, se é obeso, etc.

Os principais riscos do negócio são que o segurado acabe pagando um alto custo de transação e que fique sem saber se recebeu um preço justo pela apólice, conforme um alerta divulgado em fevereiro pela Financial Industry Regulatory Authority (FINRA), que regula as empresas de securitização nos Estados Unidos.

No texto, a FINRA aconselha que os segurados estudem a transação, pesquisem as melhores ofertas e só negociem com compradores registrados.

O consultor financeiro Errold Moody cita o caso de um cirurgião-plástico de Los Angeles que foi convencido por um corretor a fazer um seguro de vida de US$ 30 milhões para depois ser vendido como life settlement, o que lhe renderia uma boa quantia de dinheiro. Para pagar os prêmios, o médico teve que se endividar.

O que o corretor não deixou claro, segundo Moody, foi que o mercado de life settlement não compraria a apólice de alguém com a idade do cirurgião, 52 anos.

O público-alvo da indústria são pessoas com, no mínimo, 65 anos e que tenham um seguro de pelo menos US$ 100 mil.

O apelo é para pessoas que não possam mais pagar as prestações ou que simplesmente queiram usar o dinheiro enquanto ainda estão vivas.

"Minha mãe viveu até os 96 anos e todos os meses ela pagava um seguro de vida. Fazendo uma retrospectiva, teria sido melhor se eu tivesse feito um life settlement para ela", diz Jack Kelly, diretor da Institutional Life Markets Association (ILMA), grupo formado em março deste ano por empresas de peso como Bear Stearns, Credit Suisse e Goldman Sachs a fim de divulgar a indústria.

"Com o dinheiro, ela poderia ter pago mais enfermeiras ou um motorista para levá-la ao médico. Eu não precisava do dinheiro quando ela faleceu. Ela não tinha netos. Não teria sido melhor se ela tivesse usado o dinheiro enquanto estava viva?"

Para muitos idosos nos Estados Unidos, a resposta têm sido afirmativa.

Noticia enviada por Ronaldo Pesente Grato.

O espaço ocupado pelo varejo



A figura mostra o espaço ocupado por diversas lojas do varejo. Fonte: Aqui A parte de baixo corresponde ao Wal-Mart.

O mercado acionário sempre cresce

Existe uma convicção de que o investimento em ações irá proporcionar, a médio prazo, um retorno elevado e seguro. Isto talvez seja decorrente da literatura norte-americana, que enfatiza os exemplos daquele país, ou em razão das recentes crises de nosso mercado, que, apesar disto, possibilitou um retorno no médio prazo.

Neste sentido, Bradford Cornell, em The Equity Risk Premium, chama a atenção para particularidade do mercado norte-americano. Cornell destaca que os Estados Unidos talvez tenha sido o único caso de nação desenvolvida que não apresentou nenhum conflito sério, que destruiu o seu parque industrial. Todas as outras nações desenvolvidas tiveram problemas com as grandes guerras e seus efeitos. Para os Estados Unidos estes conflitos foram importantes para permitir a consolidação industrial. Além disto, os outros conflitos que este país esteve envolvido (Coréia, Vietnam, Iraque etc) não foram importantes suficiente para alterar o seu peso na economia mundial.

Esta visão de um mercado acionário como investimento certo e com rentabilidade elevada, no médio prazo, deve ser considerada para os Estados Unidos, mas não para outros países industrializados.

A The Economist de 6 de outubro de 2007, em To infinity and beyond (p. 87) traça um perfil interessante de várias nações industrializadas que não conseguem ter um retorno adequado do mercado acionário. Os exemplos a seguir foram extraídos desta reportagem:

=> o índice Nikkei (Japão) atingiu nos anos 1980 o valor de 38 915. Dezoito anos depois este índice está em 17 mil pontos, menos da metade do seu ponto máximo;
=> Um trabalho de Dimson, Marsh e Stauton (Irrational Optimism, Financial Analyst Journal, 2004) pesquisou 16 mercados no século XX. Somente 3 países conseguiram ter mais de 20 anos seguidos sem nenhum retorno negativo.
=> Países como França, Alemanha e Espanha tiveram que esperar entre 50 a 60 anos para o investidor ter um retorno positivo;
=> Na Bélgica a espera foi de 70 anos!;

Isto sem falar do chamado "viés de sobrevivência", que exclui mercados como China e Rússia.

10 outubro 2007

A forma é importante?

Aprendemos que na contabilidade deve prevalecer a essência sob a forma. Mas será a forma importante? Aparentemente sim.

Estudo realizado por este autor e seu orientando, Diogo Lima, usando questionário aplicado com diversas questões mostrou que a forma pode influenciar o processo decisório das pessoas. O trabalho foi apresentado no último Enanpad:

Foram realizados seis experimentos, apresentados sob forma de questionário, estruturados em dois estudos. No Estudo I, composto pelos experimentos 1, 2 e 6, o objetivo foi verificar se os diferentes tratamentos contábeis para avaliação e evidenciação de alguns elementos afetam, de forma significante, as decisões. O Estudo II, composto dos experimentos 3, 4 e 5, buscou verificar se a utilização de recursos textuais e/ou gráficos na apresentação de informações financeiras pode alterar a percepção e, conseqüente, decisão dos indivíduos. Os resultados dos estudos evidenciam que os participantes da pesquisa tiveram suas escolhas influenciadas pelo critério de avaliação de estoques e evidenciação de P&D utilizados e pelo reconhecimento dos efeitos da inflação na elaboração das demonstrações contábeis, bem como pela utilização de recursos textuais e/ou gráficos na apresentação dos relatórios financeiros, comprovando o efeito formulação em cinco das seis situações apresentadas.

Música alta nos Restaurantes

A questão da música alta em restaurantes, assim como a cadeira um pouco desconfortável, o ar condicionado frio, o garçom que desaparece depois que você come, está vinculado a rentabilidade do negócio.

"Um restaurante tem dois produtos juntos e você paga o preçõ de um. Você paga pela comida e eles fornecem um local para você sentar e comer. O restaurante faz muito dinheiro pelo giro. Se o objetivo fosse fazer você sentir confortável, você não iria embora. Os assentos são desconfortáveis e a música alta para você ir embora e outra pessoa sentar e pedir comida." (com adaptações, Fonte aqui)

Administração do lucro

A administração do lucro é algo comum? Sim. Isto é um problema? Pode ser.

A administração do lucro parece algo mais comum. Mas administração do resultado não significa necessariamente fraude, podendo envolver decisões contábeis normais e possíveis pela legislação. Entretanto, pelo menos a longo prazo, o esforço na administração do lucro pode ser uma perda de tempo e energia. Clique aqui para ler mais

Corridas e Mercado de Ações

As corridas tem sido usadas por pesquisadores para simular certos efeitos do mercado acionário. Uma pesquisa recente mostrou que numa amostra de mais de 30 mil corridas de cavalos, onde os prêmios são maiores, a probabilidade do favorito vencer é maior do que nas corridas onde os prêmios são menores. Seria algo como uma ação de uma empresa com liquidez, a chance do mercado acertar o desempenho da empresa (e não ser apanhado de surpresa) é menor.