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03 outubro 2007

Deus e o Diabo



Na parede da sinagoga, uma propaganda pouco adequada

Fonte: Aqui

Links

1. Uma coleção de fotos históricas com a presença de Bill Gates

2. Como criar uma modelo com o Photoshop - Vídeo

REalidade virtual no varejo

Realidade virtual é ferramenta da Kimberly-Clark para testar produtos
Ellen Byron - The Wall Street Journal - 03/10/2007

No novo estúdio da Kimberly-Clark Corp., no subsolo de um discreto prédio de escritórios desta cidade no Estado de Wisconsin, uma consumidora estava cercada por três telas que mostravam um corredor de loja. Um aparelho que acompanha o movimento dos olhos estava pronto para monitorar onde o olhar caía.

Quando um pesquisador da Kimberly-Clark pediu que ela encontrasse uma "caixa grande" das fraldas Huggies Natural Fit no tamanho 3, ela empurrou uma barra parecida com a de um carrinho de compras, e o vídeo simulou o caminhar dela no corredor.

Ao avistar os pacotes vermelhos de Huggies, ela virou a barra para a direita, onde viu uma enorme variedade de fraldas, e depois apertou um botão para ter uma visão das gôndolas como se estivesse agachada. Por fim, esticou a mão e tocou na tela, para colocar a caixa que queria em seu "carrinho" virtual.

Ao monitorar consumidores nos corredores "virtuais" de lojas, a Kimberly-Clark espera entender melhor o comportamento deles e tornar os testes de novos produtos mais rápidos, mais convenientes e mais precisos. A área para testes é somente uma parte de um enorme estúdio da Kimberly-Clark finalizado em maio depois de dois anos em preparação. Uma tela em forma de U que vai do piso ao teto recria em detalhes vívidos o interior de grandes varejistas que vendem os produtos da empresa — uma ferramenta que a empresa vai usar em apresentações para executivos em tentativas de conquistar espaços cobiçados nas prateleiras. Uma área separada é reservada para réplicas reais de seções de lojas, que podem ser personalizadas para imitar o piso, a iluminação e as prateleiras de varejistas como a Target Corp. e a Wal-Mart Stores Inc.

À medida que o mercado cada vez mais fragmentado da televisão suscita dúvidas quanto à eficácia de comerciais convencionais, e que aumenta a disputa por espaço nas prateleiras, tanto fabricantes quanto varejistas estão intensificando seu foco em maneiras de chamar a atenção dos consumidores enquanto estes estão na loja.

Os esforços vão muito além dos costumeiros displays de papelão e da distribuição de amostras. Na semana passada, por exemplo, um grupo que inclui as fabricantes Procter & Gamble Co., Coca-Cola Co., General Mills Inc. e Miller Brewing Co. e as varejistas Kroger Co. e Wal-Mart anunciou os resultados de um teste que monitorou o movimento de consumidores em lojas usando raios infravermelhos e observação humana. No ano que vem, a Nielsen planeja agregar os dados e vendê-los a clientes, do mesmo jeito que faz com audiência de televisão.

A P&G investiu "recursos substanciais para controlar o potencial da realidade virtual e melhorar a experiência da compra", diz um porta-voz da empresa. Embora tenha se recusado a identificar aplicações específicas, a empresa informa que está usando modelagem virtual para levar inovações ao mercado mais rapidamente, e com maior economia de custo.

O estúdio virtual da Kimberly-Clark permite que pesquisadores e designers façam uma leitura rápida do design de novos produtos e displays sem ter que realizar testes na vida real nos estágios iniciais do desenvolvimento. Fazer isso num subsolo sem janelas, em vez de num mercado de teste, também evita que os concorrentes descubram pistas no começo do processo de desenvolvimento.

"Estamos tentando testar idéias mais rápido, mais barato e melhor", diz Ramon Eivaz, vice-presidente de estratégia da Kimberly-Clark. Antes, o teste de novos produtos geralmente levava de oito meses a dois anos. Agora, esse tempo fica pela metade, diz ele. Projetos que se dão bem nas ferramentas de realidade virtual têm prioridade para as tentativas em lojas de verdade, diz Eivaz, enquanto aqueles que não se saem bem serão descartados mais rapidamente.

Depois que o desenho de um produto é concluído, a Kimberly-Clark leva executivos do varejo para o estúdio, para que eles possam ver como o novo produto vai ficar de fato na prateleira e se encaixar com a variedade de mercadorias existentes — um fator importante em decisões que os varejistas fazem sobre espaço de prateleira.

A empresa não quis revelar quanto gastou para construir o estúdio em Appleton. "Fizemos um investimento significativo e esperamos ter um retorno positivo com nossos clientes no futuro", diz um porta-voz.

A batalha por espaço na prateleira se intensificou, porque as empresas, ansiosas por capturar a atenção dos consumidores, estão lançando novos produtos num ritmo mais veloz. Enquanto isso, os varejistas oferecem uma quantidade maior de produtos de marcas próprias. O ritmo do lançamento de novos produtos cresceu constantemente desde 2000, com mais de 40.000 lançamentos no ano passado, diz Tom Vierhile, diretor da Productscan Online, um banco de dados de novos produtos da firma americana de pesquisa de mercado Datamonitor.

Para promover novos produtos aos varejistas, os fabricantes revelam mais informação sobre o que estão desenvolvendo, para atiçar o interesse desde cedo. A Kimberly-Clark usa dados de seus testes de realidade virtual para mostrar aos varejistas a performance dos produtos que está desenvolvendo.

Wal Mart perde influência

Wal-Mart continua forte, mas perde influência sobre o varejo
October 3, 2007 - Gary McWilliams - The Wall Street Journal

A Era Wal-Mart, um tempo de enorme influência empresarial e social do gigante do varejo na vida americana, está em seu estágio final.

Com uma combinação de preços baixos e incansável expansão, a Wal-Mart Stores Inc. emergiu do Estado rural do Arkansas nos anos 80 e reformulou a maior economia do mundo. O fundador Sam Walton e seus sucessores ensinaram os americanos a exigir preços cada vez mais baixos. Eles ajudaram a aumentar a produtividade geral dos Estados Unidos, reduziram a taxa de inflação e fortaleceram o poder de compra de milhões de pessoas. Também aceleraram a corrida para transferir a manufatura de produtos para a Ásia, levaram incontáveis pequenas lojas a fechar e aceleraram o declínio do comércio de cidades do interior. As mudanças que o Wal-Mart provocou são permanentes.

(...)

Abertura do Capital

Vale a pena abrir o capital?
Gazeta Mercantil - 03/10/2007

(...) A primeira coisa para se ter em mente antes de cogitar a abertura de capital é que o custo de capital próprio é mais caro que o de dívida. Uma companhia que não possui dívidas dificilmente está fazendo a melhor opção ao procurar o mercado.

Naturalmente, existe um limite para a alavancagem de uma companhia e se a necessidade de capital for muito grande em relação ao tamanho da própria companhia, aí sim, seria importante buscar a abertura de capital. (...)

É praticamente desnecessário dizer, mas, se vai ser feita uma captação de recursos, é preciso ter um plano para utilizar esse dinheiro, ponto que tem sido cada vez mais crítico para os investidores porque muitas empresas que fizeram a operação de abertura de capital continuam com o dinheiro captado em caixa.

Outro ponto relevante para uma companhia pensando em abrir o capital é que suas contas terão que ser aprovadas em auditoria. Claro que isso envolve uma questão de processos e rotinas contábeis, mas isso é relativamente simples de resolver - apesar de consumir bastante tempo e trabalho.

Por outro lado, isso quer dizer que a empresa não poderá mais manter "esqueletos no armário" de qualquer tipo, o que é um grande problema para determinadas companhias médias. Desse modo, todo faturamento da empresa deverá ser devidamente contabilizado, todos os impostos deverão ser pagos religiosamente e não poderá haver pendências trabalhistas ou jurídicas relevantes. Para determinados setores que operam fortemente embasados em caixa dois e evasão fiscal, corrigir esses pontos seria o fim de suas operações ou, no mínimo, uma redução drástica de sua rentabilidade. De um modo ou de outro, essas questões podem inviabilizar ou pelo menos atrasar a operação.

(...) Uma vez aberta, a companhia não é mais uma companhia pertencente ao sócio controlador. Como o próprio nome sugere, ele pode continuar a ser o controlador, até pelo seu expertise, mas não é mais o único dono, ele passa a ter sócios. Uma vez que você tem sócios, não se pode mais administrar a companhia como se fosse uma extensão de sua casa.

Isso quer dizer que decisões de gestão que antes eram tomadas individualmente segundo a lógica do controlador, agora precisam ser submetidas ao escrutínio dos sócios.

Não estamos sequer falando de empresas que mandam o técnico da companhia trocar a lâmpada de casa - esse exemplo mostra uma empresa completamente não profissional e sequer deveria cogitar abrir o capital. Um exemplo que poderia ser considerado legítimo antes da abertura seria o controlador decidir a distribuição de dividendos segundo suas necessidades de caixa. Após a abertura, o critério de distribuição de lucros precisa ficar mais clara e profissional para os demais sócios do que, simplesmente, "quando o controlador precisar de dinheiro". Esse critério de distribuição de lucros tem que estar ligado às necessidades de investimento da companhia aberta, à sua geração própria de caixa, entre outros fatores. (...)

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4, Márcio Veríssimo)

02 outubro 2007

Links

1. Markowitz e o Homem Econômico

2. Como fazer uma tinta medieval

3. Aquecimento Global

4. O Final de um filme (The End) - Várias opções

5. Fotos da Coréia

Novo Campeão do mundo de xadrez

Terminou no sábado o campeonato mundial de xadrez. Apesar da ausência de Kasparov, agora um político que tenta enfrentar o presidente Putin, do ucraniano Ivanchuk, do bulgário Topolov e da jovem promessa noruguesa Magnus Carlsen, o indiano Anand teve todos os méritos de ficar com o título. Em segundo, o ex-campeão russo Kramnik e o israelense Gelfand. Particularmente gostei mais de acompanhar as partidas de Gelfand, mas o fato é que Anand não perdeu nenhuma partida (e empatado 9 delas, além de 5 vitórias) e teve sorte em algumas partidas. Na nova lista de FIDE, com os ratings dos melhores jogadores atuais, ele também aparece em primeiro, com 2801 pontos. Em segundo, Ivanchuk (2787), depois Kramnik (2785) e Topolov (2769). A primeira mulher continua sendo Polgar, com 2708. As duas maiores promessas do xadrez, Radjabov (2742, 8o. da lista) e Carlsen (2714, 17o.) também estão bem pontuados.