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14 setembro 2007

Dificuldade de ser verde

Uma reportagem sobre a General Electric mostra como é difícil ter uma consciência verde no mundo capitalista:

Há dois anos, Jeffrey Immelt, presidente da General Electric Co., prometeu transformar a empresa numa líder em questões de mudança climática. Desde então, ele diz que ouve o mesmo refrão de alguns dos maiores clientes da GE: "Dá para calar a boca e vender pra gente? Isso é uma paráfrase, talvez com alguns parênteses pelo meio."

Reclamação de clientes não é o único problema provocado pelo esforço de implantar uma política de conservação do meio ambiente num conglomerado de US$ 163 bilhões/ano, que vende desde lâmpadas até turbinas de avião. Alguns dos subalternos de Immelt têm questionado se as emissões de dióxido de carbono são uma causa comprovada de mudança climática.

E ele mesmo só pretende empurrar a GE até certo ponto. "Não quero mudar o fluxo econômico da empresa", diz Immelt. Assim, a GE continua vendendo turbinas movidas a carvão e tem se aprofundado na produção de petróleo e gas. Ao mesmo tempo, sua divisão de finanças pretende aumentar os investimentos relacionados a carvão, inclusive termelétricas, uma das maiores causas de emissões de dióxido de carbono nos Estados Unidos.

Mas nenhum desses limites impediram que a GE transformasse o compromisso ambiental numa tarefa de marketing. De fato, o principal foco do marketing do conglomerado hoje é uma campanha de US$ 1 milhão por ano para promover sua pesquisa de "soluções inovadoras para desafios ambientais".

(...) Immelt diz que vários fatores contribuíram para sua decisão de tornar a GE mais "verde". A empresa tinha uma lista crescente de tecnologias, entre as quais a de turbinas de vento e uma turbina de avião que gasta menos combustível, que podiam ser vendidas como ambientalmente corretas. Fábricas da empresa na Europa e no Japão enfrentam limitações em suas emissões de dióxido de carbono. Immelt também diz que um relatório da Academia Nacional de Ciências, de 2001, o convenceu que o aquecimento global é um "fato técnico". (...)

Immelt enfrenta resistências para fazer da GE uma empresa mais 'verde'
14/09/2007 - Kathryn Kranhold - The Wall Street Journal

13 setembro 2007

Rir é o melhor remédio


Uma propaganda da WWF

As maiores empresas do mundo

Uma forma de apresentar as maiores empresas do mundo é através do seu valor de mercado. Em agosto de 2007 as dez maiores eram:

1. Exxon Mobil
2. General Eletric
3. ICBC
4. PetroChina
5. Microsoft
6. China Mobile
7. AT&T
8. Royal Dutch Shell
9. Gazprom
10. Citigroup

Ou seja, das dez maiores, três são chinesas, refletindo a alta do mercado acionário daquele país, e três são empresas de petróleo. A revista The Economist (1/09/2007, fonte deste dados) chama a atenção para o fato de que o mercado acionário chinês ainda é reduzido (35% do PIB versus 150% do PIB nos EUA e 100% do PIB na Índia).

Onde o risco do Brasil é maior?

A The Economist faz um ranking, por país, do risco, dividindo sua análise em tópicos. Para o Brasil os pontos positivos são o risco de estabilidade política (nota B, 25o. lugar), o risco macroeconômico (B, 40o. lugar, com melhoria em relação a penúltima pesquisa) e o risco vinculado ao comércio exterior (B, 32o. lugar).

Os problemas do Brasil? Risco de efetividade do governo (nota D, 68o. lugar), da política de impostos (D, 63o. lugar) e da infra-estrutura (nota D, 63o. lugar).

Coerente.

Adoção do IFRS nos Estados Unidos

Apesar do apoio do FASB, a adoção da IFRS (normas internacionais de contabilidade propostas pelo Iasb) nos Estados Unidos pode ser reduzida. Esta informação consta de uma reportagem de 12/09/2007 (Only 9% of US companies keen to adopt IFRS - survey, de Jennifer Hughes, Financial Times, London Ed1, Page 27), baseada numa pesquisa da Duke University e da CFO Magazine. 70% das empresas dos Estados Unidos dizem que provavelmente não adotarão os padrões do Iasb e somente 9% responderam afirmativamente. Uma possível justificativa do baixo índice de resposta talvez seja a falta de familiaridade com o IFRS.

A nova imprensa

A internet está mudando também a nossa relação com as notícias, comenta Aline Van Duyn, no Financial Times (Web users diverge from traditional news agenda, 12/09/2007,
London Ed1, Page 14).

Van Duyn cita uma pesquisa comparou a cobertura de notícias na semana de 24 de junho a 29 de junho de 2007 das "mainstream news" com a dos usuários dos sítios Digg, Del.icio.us e Reddit, onde não existe editores e os usuários decidem o que é mais importante e interessante. A coincidência é reduzida.

Naquele período, a notícia mais divulgada na "imprensa tradicional" era sobre um debate no congresso norte-americano sobre imigração (cerca de 10% do total). Mas nos sítios sem editores esta questão apareceu de forma discreta.

Risco operacional

Adoção de controles internos deve movimentar mais de US$ 1 bi em soluções de TI. A redução do risco operacional na gestão das empresas, decorrente da adoção de praticas de transparência e sustentabilidade - fundamentais hoje em dia para manter a competitividade no mercado consumidor e na captação de recursos - criou mais um nicho de mercado dentro da tecnologia da informação (TI), as metodologias de gestão da informação.

(...) O risco operacional interfere diretamente na gestão das companhias. "Quando uma empresa traça uma meta para sua receita anual terá mais chances de atingi-la se souber a que riscos está exposta para agir preventivamente", afirma Tapajós. Esses riscos podem ser de várias naturezas, como uma greve, uma alta dos juros, mudanças no cambio, na legislação, paralisação de máquinas.

(...) O Coso permite implementar as melhores práticas de gestão de risco e a estrutura de controles internos. Já o Cobit permite a melhoria contínua do processo utilizado para identificar e avaliar controles, e mitigar riscos, acrescenta o consultor.

(...) O Coso é um guia para as melhores práticas de gestão de risco corporativos, que abrange também controle interno. É recomendado pela SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais americano), para implementação da Sarbanes-Oxley (Sox), a mais exigente lei de governança em vigor no mundo. O Coso pode ser utilizado ainda para atender o acordo de Basiléia II.


Metodologias de gestão de risco em alta no mercado
Gazeta Mercantil - Finanças & Mercados - Pág. 4 - Lucia Rebouças