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05 setembro 2007

Vida pessoal do executivo e desempenho da empresa


Morte de sogra de executivo afeta a empresa? Alguns estudos dizem que sim
Mark Maremont - 05/09/2007
The Wall Street Journal

Será que os acionistas de uma empresa deveriam se importar se o filho do presidente morre? E se for a sogra?

Questões desse tipo normalmente não fazem parte de decisões de investimento. Mas talvez deveriam, de acordo com um estudo recente feito por três professores de finanças. A partir de dados detalhados do governo dinamarquês sobre milhares de empresas, os professores puderam estudar a relação entre as mortes nas famílias de presidentes de empresas e a lucratividade das empresas ao longo de uma década.

O estudo descobriu que o lucro cai, em média, quase 20% nos dois anos depois da morte de um filho do diretor-presidente. Quanto à sogra do executivo, velhas piadas parecem ter um fundo de verdade: os pesquisadores chegaram à conclusão de que a lucratividade tende, na média, a crescer levemente depois que ela morre.

O estudo é parte de uma nova e polêmica área de pesquisas financeiras, que se aprofunda na vida privada e na personalidade de presidentes para encontrar ligações com o desempenho das empresas. Ela é resultado da propensão de se tratar os presidentes executivos como fundamentais para as corporações que eles dirigem. Se o desempenho deles é tão vital, dizem esses pesquisadores, faria sentido que os investidores quisessem saber qualquer coisa que poderia afetá-lo.

"Quando vamos ao hipódromo, estudamos o cavalo", diz David Yermack, um professor de finanças da Universidade de Nova York. "Investir não é muito diferente. Queremos saber o máximo possível sobre o jóquei."

Um estudo do qual ele foi um dos autores analisou as compras de casas dos executivos. Constatou que, na média, as ações de empresas dirigidas por executivos que compram ou constróem megamansões têm um desempenho bem inferior ao da média do mercado. Os pesquisadores não sabem por que isso acontece. Eles teorizam que esses executivos podem estar mais preocupados em desfrutar sua riqueza do que trabalhar duro.

Um dos executivos incluídos no estudo foi Trevor Fetter, diretor-presidente da cadeia de hospitais americana Tenet Healthcare Corp., que comprou uma casa de 934 m2 na região de Dallas no início de 2005. Desde então, as ações da Tenet acumularam uma queda de mais 60%, enquanto o mercado acionário em geral subiu. Um porta-voz da Tenet disse que a empresa conhecia o estudo, mas não tinha comentários.

Outro grupo de pesquisadores encontrou desempenho abaixo da média, tanto em lucros quanto nas bolsas, em empresas lideradas por executivos que recebem prêmios, como os de melhores administradores dados pela imprensa. A teoria: depois que se tornam estrelas, alguns presidentes executivos gastam mais energia a escrever autobiografias e participar de conselhos de outras empresas do que dirigindo suas próprias.

Dois professores da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, tentaram recentemente classificar diretores-presidentes de empresas de tecnologia com base em seu nível de narcisismo. Eles examinaram informações como o tamanho de suas fotos nos balanços anuais e com que freqüência falam na primeira pessoa do singular em entrevistas à imprensa. Os autores concluíram que executivos narcisistas tendem a assumir riscos maiores, causando oscilações mais fortes na lucratividade de suas empresas. O estudo, chamado "It's All About Me" (algo como "Tudo Gira em Torno de Mim"), será publicado na "Administrative Science Quarterly", publicação da Universidade Cornell.

A nova linha de pesquisa suscita algumas questões espinhosas sobre privacidade. Se ela se intensificar, a vida dos executivos pode se tornar como a dos políticos ou estrelas de cinema, vasculhada intensamente pelo público? Pesquisadores dizem que uma nova área perfeita para estudo é o possível impacto de divórcios e "esposas-troféu" no desempenho das empresas.

"Acho difícil imaginar que se eu tivesse um filho doente isso seria da conta de qualquer pessoa", diz Jerry W. Levin, presidente do conselho da varejista americana Sharper Image Corp. e ex-diretor-presidente da Revlon Inc. "Presumir que por causa de algo que se passa na minha vida pessoal minha empresa será afetada é loucura. Eu sequer perguntaria esse tipo de coisa para meus próprios empregados, meus próprios executivos."

Por outro lado, os executivos talvez gostassem de saber que os estudos concluem de maneira geral que os presidentes importam para o desempenho de suas empresas. Isso reforça o lado deles na discussão sobre remunerações de executivos.

Alguns investidores dizem que gostariam de receber mais informação sobre as vidas privadas dos executivos, desde que não seja muito intrusiva. "Bisbilhotar pessoas que têm um filho com leucemia, isso é um pouco de invasão", diz Scott Black, diretor-superintendente da Delphi Management Inc., uma administradora de recursos de Boston. Mas Black diz que não investe em empresas que gastam excessivamente em sedes e mobília, e diz que "seria de nosso interesse" saber que um presidente comprou uma mansão gigantesca, um iate ou um quadro de US$ 20 milhões.



Já conhecia um estudo sobre a morte abrupta do executivo de uma empresa e a sua rentabilidade. Quanto ao desempenho dos executivos que tornam-se estrelas, uma possível explicação encontra-se na reversão à média.

Onde devem ficar os tesouros de uma nação

Existe uma demanda de algumas nações (Egito, Grécia, por exemplo) pela devolução das riquezas culturais que foram levadas pelos países colonizadores nos últimos séculos. Assim, uma grande parte do acervo cultural da Grécia está em museus franceses e ingleses. Naturalmente que os britânicos e franceses não concordam com este pedido e recusam a devolver algumas das obras de arte que estão nos seus museus e que foram saqueadas dos locais históricos de outros países.

O recente desastre na Grécia, onde um grande incêndio colocou em risco tesouros históricos da cidade de Olimpia, onde nasceram os jogos olímpicos, traz a discussão sobre este fato.

Funcionaria aqui a máxima de finanças de "diversificação reduz risco"? Segundo Mary Beard, do Britain Times Literary Supplement (via WSJ blog), a dispersão dos tesouros antigos possui esta vantagem.

A posição de Bear inclui também tesouros ingleses, que deveriam ser enviados para outros países.

Crise imobiliária nos Estados Unidos

Um artigo interessante sobre a crise do crédito nos Estados Unidos:

Crise de crédito tomou viés moralista
Folha de São Paulo - 01/09/2007
DO "FINANCIAL TIMES"

A CRISE dos empréstimos imobiliários de risco, ou "subprime", nos EUA se transformou em lição de moral. Os devedores "subprime" -pessoas com históricos de crédito desfavoráveis que realizaram hipotecas de custo elevado para comprar casas que estavam além de suas posses- são apresentados como vítimas indefesas. As instituições que realizaram os empréstimos "subprime" (e os investidores que compraram os empréstimos securitizados) são caracterizados como avaros exploradores dos norte-americanos pobres. Agora, toda a turma está esperando que o governo intervenha e os salve das conseqüências da alquimia financeira que eles mesmos inventaram. Washington deveria resistir às pressões.

O presidente George W. Bush anunciou ontem algumas medidas modestas para ajudar os devedores que enfrentam necessidades verdadeiras, mas descartou uma operação de resgate em benefício das pessoas que agiram por simples cobiça (quer se trate dos devedores, quer dos credores). Infelizmente, o Congresso provavelmente não vai parar por aí. Milhões de norte-americanos talvez ainda estejam a ponto de perder suas casas, e outros milhões perderão dinheiro no mercado. É o tipo de crise em que os políticos não conseguem resistir a interferir.

Os candidatos à Presidência estão divulgando suas próprias soluções. Barack Obama planeja um fundo financiado por multas sobre empréstimos "irresponsáveis" (o que quer que isso queira dizer). O Comitê de Serviços Financeiros da Câmara realizará audiências na semana que vem, e isso poderá resultar em novas leis. O presidente do comitê, o democrata Barney Frank, deixou claro que ele acredita que a crise do crédito "subprime" prova que falta regulamentação nos mercados financeiros dos EUA. Ele favorece toda sorte de proposta, de novas normas de subscrição à instauração do direito de processo contra todos os envolvidos.

O resultado pode ter uma nova e sufocante teia de regras e responsabilidades jurídicas que sufocará empréstimos às pessoas para as quais o crédito "subprime" foi originalmente criado: aquelas que necessitam de uma morada modesta, mas não conseguem obter hipoteca normal devido a problemas de crédito. Isso seria uma vergonha. O Congresso deveria se precaver para não reagir de maneira exagerada.

Muito pode ser feito para salvar os norte-americanos de sua irresponsabilidade: os empréstimos hipotecários podem ser mais transparentes, de modo que os devedores saibam o quanto realmente devem. Os devedores podem ser informados de maneira mais completa, para que sejam capazes de escolher bem suas hipotecas.

Mas, se o Congresso impuser risco demais de litígio, o financiamento hipotecário para os devedores abaixo do padrão simplesmente desaparecerá. Não faz sentido acrescentar custos judiciais pesados a um problema que já é muito dispendioso. O mercado aprendeu sua lição: não emprestar a pessoas que não podem pagar. É difícil ver como os legisladores poderiam ensinar algo melhor.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Gigantes da bebida reciclam mais garrafas

As empresas de refrigerantes começam se preocupar com a reciclagem dos plásticos:

Gigantes da bebida reciclam mais garrafas
31/08/2007
Betsy McKay
The Wall Street Journal

(...) As coisas estão começando a mudar. Depois de meses de cobertura nada favorável na imprensa e até uma resolução da Confederação de Prefeitos dos Estados Unidos para que se faça uma pesquisa sobre o impacto no lixo municipal das garrafas usadas, a indústria de bebidas está aumentando os esforços para promover a reciclagem e o uso de mais plástico reciclado na produção das garrafas de seus refrigerantes, águas, sucos e chás. Algumas empresas estão reformulando as garrafas para reduzir a quantidade de plástico.

A Coca-Cola Co. — que tem 36% do mercado americano de bebidas prontas não-alcoólicas, de US$ 106 bilhões por ano — informou que planeja construir uma fábrica capaz de reciclar 2 milhões de garrafas de 600 ml. Isso é equivalente a 12% do volume total de reciclagem de garrafas plásticas nos EUA. (...)

Até agora, as fabricantes de bebidas normalmente lutavam contra as leis americanas que as obrigam a reembolsar consumidores pelas garrafas e latas usadas, encorajando sua devolução. Agora, porém, algumas estão começando a ser mais favoráveis aos incentivos financeiros para a reciclagem. A Coca investiu mais de US$ 2 milhões na RecycleBank LLC, uma empresa de reciclagem da Filadélfia que fornece cupons em troca das garrafas usadas pelos consumidores dos Estados da Pensilvânia, Nova Jersey e Delaware.

Um dos motivos pelos quais os fabricantes de bebidas estão preparando um contra-ataque é que a água engarrafada é vista por muitos como uma alternativa para enfrentar a queda nas vendas de refrigerantes.(...)

04 setembro 2007

Links

1) Simulador no Google

2) A ciência do beijo

3) Porque ex de Renan nao é a capa da Playboy de setembro

4) A Neuroeconomia pode ajudar você a ficar rico?

Propaganda

Se você acha que a Veja tem muita propaganda veja só o número de páginas das revistas:

Allure - 282
Cosmopolitan - 306
Details - 338
Elle - 592
Esquire - 252
Glamour - 418
GQ - 184
InStyle - 184
Lucky - 376
Marie Claire - 306
Martha Stewart Living - 256
Men’s Health - 364
O, The Oprah Magazine - 376
Oxygen - 160
Town & Country - 136
Stuff - 140
Vanity Fair - 415
Vogue - 840

Das 840 páginas de Vogue, 727 são propagandas.

Fonte: Aqui

IASB reformula sua página e vende normas

IASB lança novo sítio e aproveita para vender as normas


O IASB fez uma reformulação no seu sítio e aproveita para anunciar que está vendendo as normas internacionais em CD ROM [] por cerca de 80 libras. A venda de normas é uma das fontes de receitas do Iasb.

Além disto, anuncia o compromisso do Japão para convergência das suas normas com as IFRSs.

O presidente do Iasb estará visitando o Brasil em setembro.