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27 agosto 2007

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Faculdades particulares

Faculdades em crise burlam leis trabalhistas Professores deixam de receber direitos como 13.º e, às vezes, são obrigados a se organizar em cooperativas
Eduardo Nunomura
O Estado de São Paulo - 26/08/2007

Patrão que atrasa salário, não deposita férias ou 13º, usa cooperativas para maquiar relações trabalhistas, substitui profissionais experientes por novatos, faz o que pode para cortar custos. A situação retrata um profissional que até poucos anos atrás ficou imune a esse problema, o professor universitário. "É um desastre", resume o secretário do ensino superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota.

Instituições privadas com dificuldades têm enfrentado as crises financeiras recentes como qualquer outra empresa. Cortam os maiores custos, no caso, os professores. Elas adotam diversas estratégias que já preocupam a Câmara do Ensino Superior, sindicatos, educadores e estudantes. "Está em curso um processo muito perigoso de terceirização, que afunda a qualidade da educação", avalia Mota. A Universidade Braz Cubas, de Mogi das Cruzes (SP), foi condenada no mês passado a pagar R$ 500 mil ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) por contratar professores usando cooperativas. Só em São Paulo, o sindicato dos professores denunciou dez instituições pela mesma manobra. Até o sindicato patronal se preocupa. "Não sou favorável, não indico, nem aprovo, mesmo se fosse legal", diz o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Ferreira Figueiredo. Assim, as instituições deixam de arcar com direitos trabalhistas básicos, como férias, 13º, INSS, FGTS.

Para reduzir a remuneração, algumas criam novos planos de carreira com carga horária menor. A redução chega a 50%. O docente, pressionado pelo fantasma do desemprego, aceita. Com o aumento de professores com títulos de doutor e mestre no mercado, as escolas demitem os que têm mais tempo de casa e contratam outros para começar a carreira. Pagando menos.

Laura Beluzzo de Campos Silva e Marli Warde eram docentes havia 16 e 11 anos, respectivamente, na Universidade São Marcos, instituição de 37 anos que desde 2006 mergulhou numa crise. Em junho, a escola demitiu 55 professores. Eles acusam a universidade de não depositar o FGTS nem recolher o INSS, atrasar salários. "Chegaram a propor que o professor trouxesse recursos para bolsas de pesquisa", diz Laura. O diretor de comunicação institucional da São Marcos, Julio Moreno, afirma que um terço dos demitidos está em vias de fechar acordo. Em Minas, a Escola Promove demitiu quase 800 docentes e, para não pagar os direitos, pediu falência. Em seguida, outro grupo, o Soebras, adquiriu as unidades e desconsiderou as dívidas. Com medo de ficar de mãos vazias, os professores aceitaram fazer acertos perdendo de 30% a 40% do que lhes era devido. "A partir do momento em que o governo autoriza, tem de fiscalizar os cursos", diz o presidente do sindicato mineiro, Gilson Reis. De acordo com Ronaldo Mota, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior cumprirá essa missão. "Temos todo o interesse em dificultar o recredenciamento das instituições que adotam essas práticas de precarização do trabalho docente", diz.

Banco do Brasil

A eleição do novo integrante da diretoria executiva do Banco do Brasil (BB), Luiz Alberto Maguito Vilela, gerou divergência no conselho de administração da instituição. O político goiano membro do diretório nacional do PMDB, partido da base aliada do governo, foi rejeitado pelos conselheiros representantes dos acionistas minoritários do banco. Mas a indicação teve maioria de votos, três contra dois.Bacharel em direito pela Faculdade de Anápolis, o ex-senador e ex-governador de Goiás foi indicado para assumir a vice-presidência de governo do BB, desmembramento da vice-presidência de agronegócios, criada na mesma reunião de conselho que o elegeu. Os representantes dos minoritários no conselho do BB também foram contra essa proposta. A reunião ocorreu em 13 de julho e a ata do encontro está disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Os representantes dos minoritários do banco são indicados pela Previ, caixa de previdência dos funcionários do próprio BB. (...)

Maguito Vilela assume cargo no BB sem aval de minoritário no conselho - Valor Econômico - 27/08/2007

Não é a primeira vez que isto ocorre no BB. E provavelmente não será a última.

Controle e Presidente

Um controller pode aspirar subir na carreira tornando-se CFO (Chief Financial Officer) de sua companhia. Mas para transformar esse desejo em realidade, provavelmente, terá um longo caminho a percorrer. Isso porque precisará adquirir habilidades bem diferentes das utilizadas em sua função, como saber negociar e gerenciar pessoas, por exemplo. Esta é uma das razões, pela qual boa parte desses profissionais não está conseguindo hoje galgar o tão sonhado posto em suas empresas. É o que aponta pesquisa realizada pela Korn/Ferry International, consultoria especializada na seleção para o alto escalão, que ouviu mais de 500 mil executivos, entre os quais 1,5 mil CFOs, das 500 maiores empresas do mundo. De acordo com o estudo, quando a companhia busca dentro de casa um novo CFO, o candidato número um é o controller, representando 33% do universo entrevistado.

"Mas se as empresas 'caçam' fora, apenas 4% dos executivos contratados para a função são controllers", afirma Jorge Maluf, sócio da Korn/Ferry. A grande maioria, 58%, já ocupa em outra empresa o cargo de diretor financeiro. Ou são presidentes de empresa, 17%.A principal causa desse fenômeno é a falta de visão de negócios e habilidade de liderança dos controllers, segundo aponta o levantamento.


Prata da casa não atende ao novo perfil dos CFOs - Valor Econômico - 27/08/2007

Santa Casa e a situação dos hospitais

Reportagem do O Globo (Santa Casa sob suspeita, 27/08/2007) mostra a situação da Santa Casa e os resultados de uma auditoria realizada na instituição.

Uma auditoria de técnicos do Ministério da Saúde traça um quadro preocupante do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia, no Rio, um dos maiores do país. O documento indica problemas graves, que vão da distribuição de remédios não aprovados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) até desvios de verbas destinadas ao custeio de atendimentos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A investigação do Ministério da Saúde deverá ser ampliada pelo Ministério Público federal. (...)

A auditoria informa que o balancete registra o recebimento de R$198,5 mil em janeiro de 2006, mas os extratos bancários só apontam a existência de R$R$171,5 mil, uma diferença de quase R$30 mil. Nos dois meses seguintes, há uma inversão dos valores. Em fevereiro, o balancete não registra recebimento de verbas do SUS. Mas o extrato bancário indica a existência R$20,5 mil. Em março, o descompasso é mais gritante: são R$335,3 mil creditados na conta do hospital, dinheiro que não aparece no balancete.


(Parece existir uma confusão entre o saldo do balancete e a movimentação dos recursos, que ocorreu durante o mês)

(...) A direção geral do hospital não controla sequer a entrada de pacientes atendidos com base no SUS ou em nas clínicas particulares. “Não existe contrato ou qualquer outro documento entre a direção do hospital e as chefias de enfermarias definindo critérios e valores a serem pagos ao hospital pelos atendimentos a particulares realizados diretamente pelas clínicas”, destacam os auditores. O hospital também não divide com as clínicas particulares despesas básicas com energia, gás, lavanderia e telefone, entre outras. Ou seja, os custos destes serviços recaem sobre o hospital, financiado em parte pelo governo federal. (...)

A auditoria relata ainda a distribuição de insumos (luvas, agulhas, soro) para procedimentos em pacientes internados. Para os auditores, o exagero provoca desperdício e facilita o desvio de material. Os auditores descobriram que o hospital “recebe lotes de medicamentos em fase de experimentação e ainda não validados pelo Ministério da Saúde”.

A edição na Wikipedia pelas empresas

O problema da edição de verbetes na Wikipedia é tema de uma reportagem interessante da Slate (Wikipedia UnmaskedA new Web site reveals the sneak attacks and ego-fluffing of your friends and co-workers, de Michael Agger, 24/08/2007)

O texto destaca os problemas enfrentados por este tipo de enciclopédia, onde a participação de qualquer pessoa é possível. Isto faz com que as empresas tenham um interesse em "manipular" seus verbetes, reduzindo os impactos negativos. O texto destaca que a Wikipedia tem sido uma fonte importante de consultas na internet, o que torna um incentivo a edição "oficial".

A comparação da página original da Exxon sobre o episódio do Alasca e a edição realizada por se encontrada aqui. É muito interessante notar que no texto original, por exemplo, comentava dos danos causados ao meio ambiente e na edição realizada por alguém (supostamente da empresa) apareça a palavra "alegado".

Links

1. Os resultados dos fundos Hedge sugere que, apesar das diferenças, a estratégia é comum

2. O preço de fumar

3. Google - Uma visão do espaço