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22 agosto 2007

Banco do Brasil e seus patrocínios

Senador pede auditoria em patrocínios do BB
Rosa Costa Gustavo Freire
O Estado de São Paulo - 22/08/2007

Mantida em sigilo mesmo quando estava sendo investigada pela CPI dos Correios, a lista de beneficiados pelo patrocínio do Banco do Brasil mostra que nem de longe atende ao "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional", como determinam as diretrizes do governo para a área de publicidade. Ao contrário, revela interesses tipicamente partidários ou privados. A conclusão é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que decidiu pedir auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB e apresentar projeto de lei definindo como as entidades estatais devem distribuir recursos para essa finalidade.

Entre os casos apontados por Dias está a destinação de R$ 500 mil ao 8º Congresso Nacional da CUT e de R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte custear placas de sinalização da sede, ingressos para o jogo de futebol Brasil e Argentina, torneio interno de futebol society e uma festa de Natal.

Os dois casos são de 2003. Na época, a DNA do publicitário Marcos Valério - tido como um dos mentores do esquema do mensalão - era uma das agências que atendia ao BB. O banco patrocinou ainda com R$ 2,5 milhões organizações-não governamentais que participaram das reuniões do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

(...) Numa relação sob o título "suspeitos e irregulares", feita pelos técnicos do Senado, estão vários casos de doação de R$ 10 mil. Esse valor foi destinado, por exemplo, à posse do prefeito peemedebista da cidade de Saquerema, ao aniversário do município de Joanópolis, às despesas de fax do Sindicato Rural de Xinguara, no Pará, à ONG Brasil-Cuba no Século 21, ao pagamento da festa de fim de ano dos funcionários da FB Projetos e ao pagamento da confraternização dos funcionários dos Supermercados Já Serve.

Saiu igualmente do banco estatal os R$ 19,5 milhões que custearam os brindes distribuídos pela DNA de Marcos Valério. O BB também patrocinou com R$ 733 mil a festa de Natal dos empregados da BBTur Viagens e Turismo. Sobrou até patrocínio, de R$ 4.780, para os "servidores do TCU que analisam as contas do BB". O dinheiro foi usado nas comemorações da festa junina e na semana do servidor do tribunal. (...)


E o acionista minoritário?

Concentração pode mudar o ISE

O processo de seleção para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa deve sofrer mudanças para incluir apenas as melhores empresas de cada setor da economia. É o que defende o professor Rubens Mazon, coordenador do projeto de criação do índice. A modificação, segundo ele, permitiria pulverizar a composição da carteira. "É preciso incentivar a concorrência entre empresas do mesmo setor", diz.

Criado em dezembro de 2005 para reunir companhias comprometidas com boas práticas socioambientais, o ISE é composto hoje por 43 ações de 34 empresas. No entanto, devido ao critério de ponderação, leva em conta o valor de mercado e a liquidez dos papéis, 40% da oscilação do índice depende do comportamento das ações de bancos. Além disso, só as ações da Petrobras respondem por 1/4 do peso do índice.

Mazon defende um modelo mais parecido com o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), índice da Bolsa de Nova York que lista apenas as empresas que se destacam mundialmente em suas áreas de atuação.

Criador do ISE defende benchmarks setoriais - 21/08/2007 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves

Mas será que a amostra é representativa? E o fato de selecionar "setores" não induziria o comportamento futuro do índice?

21 agosto 2007

Rir é o melhor remédio


Humor negro: túmulo do Steve Job´s. (Eu fico imaginando o túmulo do Bill Gates)

Sox e o custo

A certificação à Sox era necessária, mas os custos de sua adaptação precisam ser bem avaliados. Para algumas empresas tiveram preço elevado, avalia Lucas. Como exemplo ele cita o caso da General Eletric. "A GE gastou cerca de US$ 32 milhões para certificar-se. É um mau sinal. Ela poderia gastar esses recursos para investir mais seus negócios", afirmou Lucas.

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Luciano Feltrin - Cresce o interesse das companhias em adaptar-se à Sox - 20/08/2007

BDO: nova Andersen?

Desde que foi condenada pela justiça de Miami a pagar uma indenização ao Banco Espírito Santo, a BDO Seidman corre o risco de fechar. Esta empresa de auditoria é a quinta maior do mundo e no Brasil é representada pela Trevisan.

Uma reportagem da Gaceta de los Negocios faz um resumo do dilema desta empresa:

El fantasma de Arthur Andersen se cierne sobre BDO Seidman
Gaceta de los Negocios - 21/08/2007

La firma es condenada a pagar una indemnización que es incapaz de afrontar
E. Úriz

El mundo de la auditoría sigue aún conmocionado por la desaparición de Arthur Andersen —en 2002, a raíz del caso Enron —, cuando una nueva firma ve peligrar su futuro, BDO Seidman. El miembro norteamericano de BDO International ha sido condenado por un juzgado de Miami a pagar 387,3 millones de euros —126,2 millones en concepto de compensación y 261,1 millones de indemnización punitiva por daños y perjuicios— al banco portugués Espirito Santo por no haber detectado las irregularidades que llevaron a la quiebra de la empresa de factoring E.S. Bankest en 2003. La cifra está por encima de las posibilidades del grupo.

El presidente, Jack Weisbaum, ha reconocido que, si no lograsen revertir la sentencia, la firma “no podría hacer frente al pago de la indemnización puntiva” y que podría verse obligada a reducir su plantilla —que ahora cuenta con 3.800 profesionales—. Los 387,3 millones de euros que se le solicitan suponen el 88,5% de sus ingresos en 2006 (437,3 millones de euros) y equivalen a sus beneficios acumulados de tres ejercicios.

Además, Weisbaum ha manifestado su preocupación por la mala imagen que les crearía el fallo. “Desde luego no tendríamos la apariencia que tenemos ahora”, ha declarado Weisbaum, que teme una depreciación de la marca BDO en todo el mundo y una pérdida de clientela.

De momento, BDO Seidman sólo puede apelar la decisión y esperar el nuevo fallo. Para ello, deberá aportar una fianza de más de 37 millones de euros, tal y como requiere la ley estatal. “Tenemos un seguro para cubrir esto, pero no puedo hablar de cuál es el montante del seguro”, ha señalado Weisbaum.

Esta vez, la defensa de BDO Seidman será un ataque contra Espirito Santo, al que acusará de haber sido consciente del fraude —tenía cuatro ejecutivos en la junta directiva de Bankest— y, por tanto, cómplice.

El fin de E.S. Bankest

Espirito Santo y Bankest Capital se unieron en 1998 para constituir E.S. Bankest, una sociedad dedicada a comprar facturas de otras compañías.

BDO Seidman no reflejó ninguna anomalía en sus auditorías. Espirito Santo asegura que esa aparente salud financiera de E.S. Bankest le llevó a conceder a la compañía un préstamo de 104 millones de euros y una línea de crédito de más de 22 millones de euros.

Al menos nueve directivos de E.S. Bankest participaron en los hechos. Su entonces presidente ha sido condenado a 20 años de prisión.

El nuevo veredicto determinará el destino de BDO.

Siemens investigada em Liechtenstein

Segundo a Panorama Brasil (Filial da Siemens está sendo investigada em Liechtenstein por lavagem de dinheiro, Rodrigo Lima, 20/08/2007) a Siemens está sendo investigada por transferir dinheiro, entre 1997 e 1999 para pagamentos de subornos na China, Índia e Indonésia. Além disto, a empresa responsável pela auditoria interna da Siemens relativo aos subornos concluiu que metade dos negócios na China são afetados pela corrupção.

Custo Perdido e a Guerra

Novamente o conceito mais difícil da contabilidade, na minha opinião, é objeto de discussão. Novamente, a questão do custo perdido e a guerra:

"Nossa falta de habilidade em pensar claramente sobre o custo perdido está impedindo nossa habilidade de fazer decisões claras sobre nosso envolvimento no Iraque."


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