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22 agosto 2007

Uma experiência interessante


A revista Piauí (uma das melhores revistas brasileiras da atualidade) de julho publicou uma reportagem traduzida do Washigton Post. Muito interessante. Trata-se de um experimento do jornal norte-americano que colocou para tocar numa estação do metrô de Washington um dos mais destacados violinistas do mundo, Joshua Bell. Durante quase uma hora Bell tocou com um violino Stradivarius peças que geralmente apresenta em concertos e o jornal filmou a reação das pessoas (clique aqui para o link onde tem os vídeos. Vale a pena).

Poucos transeuntes pararam para escutar o violinista. Em geral as crianças viravam a cabeça na tentativa de absorver a música, mas eram contidas por suas mães. Um adulto parou para escutar e ficou durante muito tempo encostado numa pilastra. Mais tarde, quando perguntado pela reportagem, este adulto lembrou da experiência, embora não sabia quem era o violinista. E somente uma mulher reconheceu o violinista.

A experiência também colocou um boné para recolher doações. Ao final do concerto, Bell recebeu 32 dólares. Muito pouco para quem faz apresentações com ingressos a mais de 100 dólares.

Apesar de longa a reportagem, a sua leitura é agradável. Clique aqui para ler.

Gini


O Coeficiente de Gini mede o grau de desigualdade de uma nação. Quanto mais próximo de um, maior a desigualdade social na distribuição de renda. O Brasil possui um coeficiente próximo a 0,6, um dos mais elevados do mundo.

A notícia é que na Venezuela o coeficiente tem aumentado, apesar das "políticas sociais" do governo Chavez. Na foto, Caracas.

Celular não aumenta o risco no trânsito

Contra todas as evidências, uma pesquisa revela que o uso do celular no trânsito não aumenta o número de batidas. É isto mesmo.

Usando uma série histórica, dois estudantes de graduação não notaram nenhuma diferença no uso do celular.

Clique aqui, aqui e aqui

Links

1) Norte-americanos gastam mil dólares nas férias de verão

2) Empresa brasileira Camil compra empresa do Uruguai de arroz - Notícia do El País

3) O nome Páginas Amarelas vale 320 milhões

Banco do Brasil e seus patrocínios

Senador pede auditoria em patrocínios do BB
Rosa Costa Gustavo Freire
O Estado de São Paulo - 22/08/2007

Mantida em sigilo mesmo quando estava sendo investigada pela CPI dos Correios, a lista de beneficiados pelo patrocínio do Banco do Brasil mostra que nem de longe atende ao "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional", como determinam as diretrizes do governo para a área de publicidade. Ao contrário, revela interesses tipicamente partidários ou privados. A conclusão é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que decidiu pedir auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB e apresentar projeto de lei definindo como as entidades estatais devem distribuir recursos para essa finalidade.

Entre os casos apontados por Dias está a destinação de R$ 500 mil ao 8º Congresso Nacional da CUT e de R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte custear placas de sinalização da sede, ingressos para o jogo de futebol Brasil e Argentina, torneio interno de futebol society e uma festa de Natal.

Os dois casos são de 2003. Na época, a DNA do publicitário Marcos Valério - tido como um dos mentores do esquema do mensalão - era uma das agências que atendia ao BB. O banco patrocinou ainda com R$ 2,5 milhões organizações-não governamentais que participaram das reuniões do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

(...) Numa relação sob o título "suspeitos e irregulares", feita pelos técnicos do Senado, estão vários casos de doação de R$ 10 mil. Esse valor foi destinado, por exemplo, à posse do prefeito peemedebista da cidade de Saquerema, ao aniversário do município de Joanópolis, às despesas de fax do Sindicato Rural de Xinguara, no Pará, à ONG Brasil-Cuba no Século 21, ao pagamento da festa de fim de ano dos funcionários da FB Projetos e ao pagamento da confraternização dos funcionários dos Supermercados Já Serve.

Saiu igualmente do banco estatal os R$ 19,5 milhões que custearam os brindes distribuídos pela DNA de Marcos Valério. O BB também patrocinou com R$ 733 mil a festa de Natal dos empregados da BBTur Viagens e Turismo. Sobrou até patrocínio, de R$ 4.780, para os "servidores do TCU que analisam as contas do BB". O dinheiro foi usado nas comemorações da festa junina e na semana do servidor do tribunal. (...)


E o acionista minoritário?

Concentração pode mudar o ISE

O processo de seleção para o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa deve sofrer mudanças para incluir apenas as melhores empresas de cada setor da economia. É o que defende o professor Rubens Mazon, coordenador do projeto de criação do índice. A modificação, segundo ele, permitiria pulverizar a composição da carteira. "É preciso incentivar a concorrência entre empresas do mesmo setor", diz.

Criado em dezembro de 2005 para reunir companhias comprometidas com boas práticas socioambientais, o ISE é composto hoje por 43 ações de 34 empresas. No entanto, devido ao critério de ponderação, leva em conta o valor de mercado e a liquidez dos papéis, 40% da oscilação do índice depende do comportamento das ações de bancos. Além disso, só as ações da Petrobras respondem por 1/4 do peso do índice.

Mazon defende um modelo mais parecido com o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), índice da Bolsa de Nova York que lista apenas as empresas que se destacam mundialmente em suas áreas de atuação.

Criador do ISE defende benchmarks setoriais - 21/08/2007 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - Aluísio Alves

Mas será que a amostra é representativa? E o fato de selecionar "setores" não induziria o comportamento futuro do índice?