Negócio sob suspeita
O Estado de São Paulo - 07/08/2007
Começou mal e foi mal explicada a operação de compra do controle acionário da Suzano Petroquímica pela Petrobrás, na última sexta-feira. As cotações e o volume de negócios com os papéis da Suzano Petroquímica, na Bolsa de Valores, já apresentavam alta expressiva nos últimos dias, indício claro de vazamento de informações. Além disso, o negócio está sendo entendido como uma clara indicação de que a Petrobrás estaria dando passos decisivos para reestatizar a petroquímica. O que é certo é que as coisas foram muito malfeitas.
A Petrobrás pagou R$ 13,44 por ação ordinária e R$ 10,76 por ação preferencial, perfazendo R$ 2,1 bilhões - quase o dobro do valor de mercado da Suzano Petroquímica, medido pela cotação de seus papéis em Bolsa, multiplicado pelo número de ações. Na quinta-feira, as preferenciais fecharam a R$ 5,70 e não houve operações com as ordinárias, com oferta de compra a R$ 5,00. Um dia depois, anunciada a venda, os papéis preferenciais da empresa adquirida foram suspensos às 12h15 e, na reabertura, às 16h25, subiram 56,32%.
Especialistas consideraram absurdamente elevado o preço pago pela Petrobrás. E, como a Suzano Petroquímica tem seus papéis negociados no Nível 2 de Governança Corporativa, todos os acionistas com ações preferenciais terão direito a receber 80% do valor pago pelas ordinárias, o que aumentará o desembolso da Petrobrás para R$ 2,7 bilhões.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer saber se houve uso de informação privilegiada (inside information). E tem fortes indícios de que houve. Em julho, as ações PN da Suzano Petroquímica subiram 14,02%, enquanto o Índice Bovespa caia 0,39%. E quase dobrou o volume diário negociado, de R$ 2,3 milhões, em junho, para R$ 3,9 milhões, em julho, aumentando para R$ 5 milhões na terça-feira, R$ 10 milhões na quarta-feira e R$ 16 milhões na quinta-feira. "Não houve uma oscilação grande de preço, mas o volume cresceu muito", observou o superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários da CVM, Waldir Nobre. "Se aparecer algo muito evidente, abriremos um termo de acusação formal dentro da CVM. Mas, se houver evidências, mas não provas cabais, abriremos um inquérito administrativo para apurar o caso", disse. É a segunda vez, neste ano, que a CVM se ocupa de operações em Bolsa envolvendo a Petrobrás. A primeira foi em março, quando a estatal adquiriu, com o Grupo Ultra e a Braskem, o controle do Grupo Ipiranga.
Está em jogo, agora, o controle da petroquímica - um setor de capital intensivo cuja matéria-prima básica é a nafta, produzida em sua quase totalidade pela Petrobrás. Ao comprar a Suzano Petroquímica, a Petrobrás afasta do setor petroquímico o Grupo Suzano, que até agora era líder na produção de polipropileno. Há alguns meses, aventava-se a possibilidade de que, junto com o Grupo Unipar, a Suzano criaria o Pólo Petroquímico do Sudeste, que disputaria o mercado com os pólos do Nordeste e do Sul, liderados pela Braskem, do Grupo Odebrecht.
Com as duas últimas aquisições - do Grupo Ipiranga e do braço petroquímico do Grupo Suzano -, a Petrobrás passou a controlar 30% da produção nacional do setor, calcula um analista da corretora Ágora, Luiz Otávio Broad.
O risco de reestatização do setor preocupa. "O importante é que a Petrobrás explicite o seu papel no processo de consolidação da petroquímica brasileira", afirmou o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich. "Como previsto, a liderança cabe ao setor privado", declarou. Espera-se que esteja certo. No passado, a Petrobrás abandonou seu objetivo central, o chamado core business - explorar e refinar petróleo -, para entrar em outros setores, atrasando a produção do óleo bruto, em que terá de investir muito, no futuro, para manter o nível das reservas brasileiras.
Em entrevista ao Estado de domingo, o economista Claudio Considera ressaltou o perigo representado pelo alto grau de concentração do setor nas mãos da Petrobrás. "A concorrência pode estar sendo sacrificada", disse Considera, ex-secretário de Acompanhamento Econômico.
07 agosto 2007
Banco Central e Fiscalização
Justiça pode limitar poder do BC
Turma do Supremo Tribunal Federal decide que BC só poderá quebrar o sigilo bancário com autorização judicial
Renata Veríssimo - O Estado de São Paulo - 07/08/2007
O trabalho do Banco Central (BC) de fiscalização de instituições financeiras e seus dirigentes pode se transformar em mera auditoria contábil por causa de uma decisão tomada na última sexta-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, os ministros decidiram que o BC só pode quebrar sigilo bancário com autorização judicial.
"Não se deve confundir o poder de fiscalização atribuído ao Banco Central com o poder de violar o sigilo bancário, que é norma de ordem pública", afirma o relator, Marco Aurélio de Mello. A decisão foi tomada durante julgamento de recurso apresentado pelo BC contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ,) que não autorizou a quebra do sigilo bancário do ex-dirigente do Banco Estadual do Mato Grosso (Bemat), José Longo de Araújo.
Os ministros Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence divergiram do voto do relator. Para Britto, a Constituição dá ao BC a possibilidade de saber a movimentação bancária dos dirigentes de bancos estatais e instituições financeiras públicas e privadas. "Receio que esta interpretação que foi dada empobreça a funcionalidade do artigo 192 da Constituição e reduza a força do Banco Central para sanear eticamente o setor", disse o ministro ao Estado. Na opinião de Britto, a discussão não envolve o cidadão comum, mas o agente público que atua no âmbito do sistema financeiro.
Embora a decisão seja especificamente para esse caso de Mato Grosso, ele cria jurisprudência (interpretação da lei) para outros casos e para a atuação da autoridade monetária. O BC informou que, após a publicação da decisão no Diário de Justiça, deve recorrer ao plenário do STF, que é composto por 11 ministros. No recurso ao Supremo, o BC argumenta que, ao não autorizar o acesso aos dados bancários, o STJ "limitou o Banco Central na sua atuação legítima como órgão fiscalizador e defensor do sistema financeiro e da coletividade". Segundo a defesa, impedir as atividades fiscalizadoras do BC em nome do sigilo bancário implica sobrepor o interesse privado ao público e acobertar práticas ilícitas.
Para o ministro Marco Aurélio, o BC confunde o poder de fiscalização com a quebra de sigilo de dados. Citando o artigo 5º da Constituição, ele afirma que a quebra só pode ocorrer com autorização judicial em casos de investigação criminal e instrução de processo penal. Marco Aurélio afirma que o sigilo bancário deve ser a regra para preservar a intimidade das pessoas. Como órgão supervisor do sistema financeiro, o Banco Central tem acesso a informações sobre operações das instituições financeiras públicas ou privadas. O BC pode ter acesso também a informações de dirigentes dessas instituições, referentes a operações realizadas por eles com a própria instituição.
Turma do Supremo Tribunal Federal decide que BC só poderá quebrar o sigilo bancário com autorização judicial
Renata Veríssimo - O Estado de São Paulo - 07/08/2007
O trabalho do Banco Central (BC) de fiscalização de instituições financeiras e seus dirigentes pode se transformar em mera auditoria contábil por causa de uma decisão tomada na última sexta-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, os ministros decidiram que o BC só pode quebrar sigilo bancário com autorização judicial.
"Não se deve confundir o poder de fiscalização atribuído ao Banco Central com o poder de violar o sigilo bancário, que é norma de ordem pública", afirma o relator, Marco Aurélio de Mello. A decisão foi tomada durante julgamento de recurso apresentado pelo BC contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ,) que não autorizou a quebra do sigilo bancário do ex-dirigente do Banco Estadual do Mato Grosso (Bemat), José Longo de Araújo.
Os ministros Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence divergiram do voto do relator. Para Britto, a Constituição dá ao BC a possibilidade de saber a movimentação bancária dos dirigentes de bancos estatais e instituições financeiras públicas e privadas. "Receio que esta interpretação que foi dada empobreça a funcionalidade do artigo 192 da Constituição e reduza a força do Banco Central para sanear eticamente o setor", disse o ministro ao Estado. Na opinião de Britto, a discussão não envolve o cidadão comum, mas o agente público que atua no âmbito do sistema financeiro.
Embora a decisão seja especificamente para esse caso de Mato Grosso, ele cria jurisprudência (interpretação da lei) para outros casos e para a atuação da autoridade monetária. O BC informou que, após a publicação da decisão no Diário de Justiça, deve recorrer ao plenário do STF, que é composto por 11 ministros. No recurso ao Supremo, o BC argumenta que, ao não autorizar o acesso aos dados bancários, o STJ "limitou o Banco Central na sua atuação legítima como órgão fiscalizador e defensor do sistema financeiro e da coletividade". Segundo a defesa, impedir as atividades fiscalizadoras do BC em nome do sigilo bancário implica sobrepor o interesse privado ao público e acobertar práticas ilícitas.
Para o ministro Marco Aurélio, o BC confunde o poder de fiscalização com a quebra de sigilo de dados. Citando o artigo 5º da Constituição, ele afirma que a quebra só pode ocorrer com autorização judicial em casos de investigação criminal e instrução de processo penal. Marco Aurélio afirma que o sigilo bancário deve ser a regra para preservar a intimidade das pessoas. Como órgão supervisor do sistema financeiro, o Banco Central tem acesso a informações sobre operações das instituições financeiras públicas ou privadas. O BC pode ter acesso também a informações de dirigentes dessas instituições, referentes a operações realizadas por eles com a própria instituição.
EUA perderam 190 mil armas no Iraque
Da Folha de S. Paulo de 07/08/2007:
EUA perderam 190 mil armas no Iraque
Pentágono não tem registro do paradeiro de 30% do armamento que deveria municiar forças iraquianas desde 2004
Fuzis e pistolas podem estar nas mãos da insurgência devido à falta de pessoal para fazer a contabilidade e à urgência em distribuí-los
DA REDAÇÃO
As Forças Armadas dos EUA não sabem onde estão cerca de 190 mil fuzis e pistolas destinados a municiar as forças de segurança do Iraque, o que indica que as armas podem ter caído nas mãos de insurgentes.
A constatação é de um relatório da Agência de Contabilidade do Governo americano (GAO, na sigla em inglês) dando conta dessa falha de registro sobre o material bélico que os EUA levaram ao Iraque nos anos de 2004 e 2005. A GAO, órgão ligado ao Congresso dos EUA, descobriu o problema ao cruzar dados do Comando de Transição da Segurança no Iraque com os mantidos pelo general David Petraeus, que assumiu em fevereiro o comando das tropas dos EUA no país.
"Eles de fato não têm idéia de onde está [o armamento]", disse ao "Washington Post" Rachel Stohl, pesquisadora do Centro para Informações de Defesa que viu o relatório.
Uma das causas apontadas para o lapso nos registros de 110 mil fuzis AK-47 e 80 mil pistolas, além de 115 mil capacetes e outras 135 mil peças de blindagem corporal -ou 30% do armamento que os EUA distribuíram às forças iraquianas desde 2004-, é a falta de gente para fazer a contabilidade das remessas para o Iraque, além da urgência de distribuição.
"Nós tínhamos muito pouca gente e poderíamos segurar as armas até todo o aparato do sistema de contabilidade ficar pronto ou as poderíamos distribuir", disse ao "Post" um oficial militar que pediu anonimato. O Pentágono não contestou as informações da GAO e declarou que investigará o caso.
Os EUA já gastaram cerca de US$ 19,2 bilhões na formação e municiamento das forças de segurança iraquianas desde 2003, informa a GAO. Desse total, ao menos US$ 2,8 bilhões foram gastos em equipamento.
Perdas e danos
O governo do premiê Nuri al Maliki teve ontem nova baixa no gabinete, o que o deixou sem representantes árabes sunitas.
Cinco ministros pertencentes ao bloco liderado pelo ex-premiê interino Iyad Allawi (2003-2004) declararam que não frequentarão mais as reuniões de gabinete. Com a deserção do bloco, que reúne sunitas e xiitas, Maliki, que é xiita, fica com apenas 20 dos 37 ministros que compunham um suposto governo de unidade.
Unidade essa cada vez mais difícil de ser obtida entre os principais grupos étnico-religiosos do Iraque: árabes xiitas (majoritários), árabes sunitas e curdos. Sem acordo entre eles não sairá a legislação regulamentando a distribuição da renda proveniente do petróleo.
Um dos motivos do boicote teria sido o suposto favorecimento, por Maliki, dos xiitas em detrimento dos sunitas.
Ataque
A explosão de um camihão-bomba na manhã de ontem em Tal Afar, 420 km ao noroeste de Bagdá, matou 28 pessoas. Segundo o general iraquiano Najim Abdullah, 19 eram crianças.
O ataque ocorreu em uma área xiita bastante movimentada da cidade, que, apesar do histórico violento, já foi citada pelo presidente americano, George W. Bush, como "exemplo de sucesso" na contenção da insurgência. Casas próximas ao local desabaram com o impacto, e o saldo de mortos pode subir. Há cerca de 40 feridos.
Com agências internacionais
EUA perderam 190 mil armas no Iraque
Pentágono não tem registro do paradeiro de 30% do armamento que deveria municiar forças iraquianas desde 2004
Fuzis e pistolas podem estar nas mãos da insurgência devido à falta de pessoal para fazer a contabilidade e à urgência em distribuí-los
DA REDAÇÃO
As Forças Armadas dos EUA não sabem onde estão cerca de 190 mil fuzis e pistolas destinados a municiar as forças de segurança do Iraque, o que indica que as armas podem ter caído nas mãos de insurgentes.
A constatação é de um relatório da Agência de Contabilidade do Governo americano (GAO, na sigla em inglês) dando conta dessa falha de registro sobre o material bélico que os EUA levaram ao Iraque nos anos de 2004 e 2005. A GAO, órgão ligado ao Congresso dos EUA, descobriu o problema ao cruzar dados do Comando de Transição da Segurança no Iraque com os mantidos pelo general David Petraeus, que assumiu em fevereiro o comando das tropas dos EUA no país.
"Eles de fato não têm idéia de onde está [o armamento]", disse ao "Washington Post" Rachel Stohl, pesquisadora do Centro para Informações de Defesa que viu o relatório.
Uma das causas apontadas para o lapso nos registros de 110 mil fuzis AK-47 e 80 mil pistolas, além de 115 mil capacetes e outras 135 mil peças de blindagem corporal -ou 30% do armamento que os EUA distribuíram às forças iraquianas desde 2004-, é a falta de gente para fazer a contabilidade das remessas para o Iraque, além da urgência de distribuição.
"Nós tínhamos muito pouca gente e poderíamos segurar as armas até todo o aparato do sistema de contabilidade ficar pronto ou as poderíamos distribuir", disse ao "Post" um oficial militar que pediu anonimato. O Pentágono não contestou as informações da GAO e declarou que investigará o caso.
Os EUA já gastaram cerca de US$ 19,2 bilhões na formação e municiamento das forças de segurança iraquianas desde 2003, informa a GAO. Desse total, ao menos US$ 2,8 bilhões foram gastos em equipamento.
Perdas e danos
O governo do premiê Nuri al Maliki teve ontem nova baixa no gabinete, o que o deixou sem representantes árabes sunitas.
Cinco ministros pertencentes ao bloco liderado pelo ex-premiê interino Iyad Allawi (2003-2004) declararam que não frequentarão mais as reuniões de gabinete. Com a deserção do bloco, que reúne sunitas e xiitas, Maliki, que é xiita, fica com apenas 20 dos 37 ministros que compunham um suposto governo de unidade.
Unidade essa cada vez mais difícil de ser obtida entre os principais grupos étnico-religiosos do Iraque: árabes xiitas (majoritários), árabes sunitas e curdos. Sem acordo entre eles não sairá a legislação regulamentando a distribuição da renda proveniente do petróleo.
Um dos motivos do boicote teria sido o suposto favorecimento, por Maliki, dos xiitas em detrimento dos sunitas.
Ataque
A explosão de um camihão-bomba na manhã de ontem em Tal Afar, 420 km ao noroeste de Bagdá, matou 28 pessoas. Segundo o general iraquiano Najim Abdullah, 19 eram crianças.
O ataque ocorreu em uma área xiita bastante movimentada da cidade, que, apesar do histórico violento, já foi citada pelo presidente americano, George W. Bush, como "exemplo de sucesso" na contenção da insurgência. Casas próximas ao local desabaram com o impacto, e o saldo de mortos pode subir. Há cerca de 40 feridos.
Com agências internacionais
Mc Donald´s e salários
A empresa McDonald´s sempre teve como foco a redução de custos. Agora está preocupada com o salário baixo (reflexo do termo McJob?, clique aqui). A seguir reportagem do Wall Street Journal
McDonald's aumenta salários na China
August 6, 2007 7:36 p.m.
Por Mei Fong
The Wall Street Journal
A McDonald's Corp. está aumentando salários e adotando novos uniformes, intensificando os esforços para melhorar sua imagem como empregador na China por causa de leis trabalhistas mais rígidas e vigilância do sindicato do setor, que tem o apoio do governo chinês.
O McDonald's disse ontem que vai elevar os salários dos funcionários de suas lanchonetes entre 12% e 56% mais que as diretrizes de salário mínimo da China. A medida, válida a partir de 1o de setembro, afetará cerca de 45 mil empregados de tempo integral e meio período, inclusive estudantes. Na média, a mudança representará um aumento de 30% para o pessoal de frente do McDonald's, diz Jeffrey Schwartz, diretor-presidente da rede na China.
O McDonald's e sua rival Yum Brands Inc., que possui as marcas KFC e Pizza Hut, têm sido alvo de uma vigilância especial por causa de seu tamanho e marcas conhecidas, mas as pressões salariais têm aumentado na China de maneira geral.
Para o McDonald's e a Yum Brands, a China é um mercado cada vez mais importante. O McDonald's, em particular, está numa blitz de mídia em antecipação às Olimpíadas de Pequim em 2008, das quais é patrocinadora oficial.
O McDonald's tem 815 lojas na China e está adicionando cerca de 100 novos pontos-de-venda por ano. Executivos não quiseram dizer quanto os aumentos salariais adicionarão aos custos operacionais no país, que também são afetados pela alta nos preços de grãos e carne. Schwartz diz que o McDonald's conseguiu reduzir outros custos, como o de papel, graças à maior economia de escala resultante da expansão.
McDonald's aumenta salários na China
August 6, 2007 7:36 p.m.
Por Mei Fong
The Wall Street Journal
A McDonald's Corp. está aumentando salários e adotando novos uniformes, intensificando os esforços para melhorar sua imagem como empregador na China por causa de leis trabalhistas mais rígidas e vigilância do sindicato do setor, que tem o apoio do governo chinês.
O McDonald's disse ontem que vai elevar os salários dos funcionários de suas lanchonetes entre 12% e 56% mais que as diretrizes de salário mínimo da China. A medida, válida a partir de 1o de setembro, afetará cerca de 45 mil empregados de tempo integral e meio período, inclusive estudantes. Na média, a mudança representará um aumento de 30% para o pessoal de frente do McDonald's, diz Jeffrey Schwartz, diretor-presidente da rede na China.
O McDonald's e sua rival Yum Brands Inc., que possui as marcas KFC e Pizza Hut, têm sido alvo de uma vigilância especial por causa de seu tamanho e marcas conhecidas, mas as pressões salariais têm aumentado na China de maneira geral.
Para o McDonald's e a Yum Brands, a China é um mercado cada vez mais importante. O McDonald's, em particular, está numa blitz de mídia em antecipação às Olimpíadas de Pequim em 2008, das quais é patrocinadora oficial.
O McDonald's tem 815 lojas na China e está adicionando cerca de 100 novos pontos-de-venda por ano. Executivos não quiseram dizer quanto os aumentos salariais adicionarão aos custos operacionais no país, que também são afetados pela alta nos preços de grãos e carne. Schwartz diz que o McDonald's conseguiu reduzir outros custos, como o de papel, graças à maior economia de escala resultante da expansão.
06 agosto 2007
Contabilidade do Corinthians
Informação da Coluna Painel FC, de Ricardo Perrone, da Folha de São Paulo (6/08/2007)
O Corinthians pode sofrer exame pericial em sua contabilidade por ordem da 27ª Vara Cível. O objetivo é saber se a SMA, empresa de Carla Dualib, ganhou comissão pelo patrocínio da Kolumbus, em 2003. A Advert Propaganda cobra a comissão na Justiça. Suspeita de que ela tenha sido dada à firma da neta do presidente. Ele diz que não pagou a ninguém porque não há dívida. A Justiça ordenou uma diligência e, na semana passada, deu dez dias para o clube entregar o contrato com a SMA. Se não resolver, fará a perícia.
Mãos vazias. Ouvida pela Justiça, Carla afirmou não ter recebido nada. Porém, em seu despacho, o juiz diz que verificará se o depoimento prestado por ela é verdadeiro. À coluna, a empresária confirmou o teor da declaração.
O Corinthians pode sofrer exame pericial em sua contabilidade por ordem da 27ª Vara Cível. O objetivo é saber se a SMA, empresa de Carla Dualib, ganhou comissão pelo patrocínio da Kolumbus, em 2003. A Advert Propaganda cobra a comissão na Justiça. Suspeita de que ela tenha sido dada à firma da neta do presidente. Ele diz que não pagou a ninguém porque não há dívida. A Justiça ordenou uma diligência e, na semana passada, deu dez dias para o clube entregar o contrato com a SMA. Se não resolver, fará a perícia.
Mãos vazias. Ouvida pela Justiça, Carla afirmou não ter recebido nada. Porém, em seu despacho, o juiz diz que verificará se o depoimento prestado por ela é verdadeiro. À coluna, a empresária confirmou o teor da declaração.
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