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02 agosto 2007

Pareceristas

Existe uma crise nos pareceres da área? Acredito que sim, pois a qualidade está caindo. Isto inclui a educação dos pareceristas. Num congresso recente um parecer tinha os seguintes dizeres:

Trata-se de mais uma investigação semelhante aos inúmeros trabalhos coordenados pelo Prof. YYY. Nada acrescenta ao já publicado. A plataforma teórica - modelo de Trzesniak - é extremamente confusa, daí os autores calcularem apenas os fatores de impacto. Apresenta enormes tabelas que pouco dizem. Não explicam como chegam, por exemplo, aos 42705 autores, 83159 referências de um ano, sendo que depreende-se [SIC] que são necessários três anos. Caso o processo seja manual, sugerimos o emprego de ´presidiários´ para essa tarefa. Acho que não errei nas contas: segundo os criativos autores, há em média 21 autores por artigo e com uma média de 42 referências por artigo, em um ano que os autores pesquisaram a base SCOPUS.


Deselegante, no mínimo. O trabalho não é de minha autoria, mas conheço o autor e sei de sua enorme capacidade. Parece que o parecerista não merecia estar na listagem.

Executando corruptos

Um jogo está fazendo sucesso na China.: "Incorruptible Warrior". No jogo, um caçador de corruptos executa funcionários corruptos.

A publicação em Periódicos Acadêmicos irá perder a importância?

Um pesquisador que deseja publicar num periódico de bom nível pode levar mais de dois anos para conseguir seu intento. Após enviar seu texto para o periódico, ele aguarda de dois a seis meses (em alguns periódicos este prazo é maior) com as respostas dos pareceristas (geralmente dois). Feitas as correções, o artigo é reenviado para o periódico, que encaminha para os pareceristas aprovarem o que foi corrigido.

Com a aprovação do artigo, o texto entra numa lista de espera, que pode demorar um certo tempo. Recentemente saiu um artigo de minha co-autoria que tinha sido escrito há três anos.

Para quem deseja fazer um bom currículo acadêmico, este é o caminho. Isto significa que o que está sendo agora pesquisado só deverá chegar nos periódicos em 2010. Mas será que isto é o caminho mais adequado?

Recentemente um periódico da economia adotou um política interessante de fazer uma análise do artigo sem revisão (clique aqui para ler).

Agora uma pesquisa conduzida por Ellison (Is Peer Review in Decline?) mostra que nas últimas décadas observou-se um declínio dos artigos escritos por economistas de universidades com melhores rankings.

Existem algumas possíveis explicações para este acontecimento. Em primeiro lugar, talvez mais novos pesquisadores talentosos estejam publicando nos dias de hoje. Uma segunda possibilidade é o próprio processo de revisão dos jornais econômicos. Finalmente, Ellison considera a possbilidade de declínio na qualidade das revisões e nas características da publicação acadêmica, que torna menos atrativo publicar.

Clique aqui para ler também

Evidenciação a moda Russa

Uma história interessante de como o capitalismo russo lida com os problemas de evidenciação.

Na expansão da Rusal, o dono foge dos holofotes
Por Andrew Osborn
The Wall Street Journal

A gigante russa do alumínio United Co. Rusal prepara sua estréia nas bolsas internacionais de um modo nada convencional: mantendo um muro de silêncio sobre o bilionário que está por trás dela.

Oleg Deripaska, um magnata de 39 anos cujo visto de entrada nos Estados Unidos foi negado por conta de questionamentos sobre seus negócios no passado, é dono de dois terços da Rusal, fundou a empresa e já foi seu diretor-presidente. Ele tem um papel importante na Rusal, que através de uma série de fusões agora concorre com as maiores mineradoras do mundo. Em novembro, quando colocar no mercado pelo menos 25% de seu capital, a Rusal pode captar US$ 7,5 bilhões.

(...) A abordagem da Rusal mostra como as empresas russas, em busca de reconhecimento internacional, geralmente enfatizam seus planos futuros mas continuam relutantes em falar sobre seu passado empresarial suspeito, durante os anárquicos anos 90 na Rússia. Com os cofres cheios pela economia em crescimento rápido e o boom dos últimos quatros anos nos recursos naturais, as empresas russas estão ansiosas para investir em sua expansão internacional.

Dúvidas sobre seu passado já atrapalharam esse objetivo. No ano passado, a falta de informações sobre outro magnata russo, Alexey Mordashov, contribuiu para o fracasso da tentativa da empresa que ele controla, a siderúrgica russa OAO Severstal, de comprar a rival Arcelor SA.

A Rusal enfrenta concorrência cada vez maior pela liderança dos produtores de alumínio. A Rio Tinto PLC deve se tornar a maior do mundo em produção quando completar a aquisição da Alcan Inc., do Canadá. A Alcoa Inc., dos EUA, é considerada um potencial alvo de aquisição para outra grande mineradora, como a BHP Billiton Ltd. da Austrália ou a Companhia Vale do Rio Doce.

Ibracon defende alinhamento nas normas contábeis

Ibracon defende alinhamento entre órgãos reguladores
Gazeta Mercantil - 02/08/2007

São Paulo, 2 de Agosto de 2007 - De carona no esforço conjunto de órgãos reguladores do mercado de capitais para que o País adote o padrão contábil internacional (IFRS), o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) começa a fazer campanha para que Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central (BC) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) se alinhem em outras frentes. "A harmonização regulatória é saudável para o mercado", afirma Francisco Papellás, presidente do Ibracon.

Um dos pontos de maior interesse da entidade é o que trata da independência das firmas de auditoria. Elas são proibidas pelos reguladores de prestar diversos serviços para as empresas que já são suas clientes na área de auditoria independente, com o objetivo de evitar conflitos de interesses. No entanto, cada órgão utiliza critérios diferentes para definir quais situações que podem ser caracterizadas como conflitantes. "Poderiam convergir para as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que já estão alinhadas às praticas internacionais", defende Papellás.

Outra bandeira do Ibracon, que celebra hoje seu aniversário de 35 anos de criação, é pelo fim do rodízio de firmas de auditoria, tornado obrigatório para os bancos, em 1999, e para as companhias abertas, em 2003. O BC suspendeu a exigência para os bancos até o final deste ano. Segundo fontes do mercado, a autoridade monetária estaria aguardando o posicionamento da CVM para revogar a norma definitivamente. Já a autarquia teria constituído um grupo de trabalho para debater o assunto. "O rodízio não trouxe os benefícios desejados", diz Papellás, defendendo que a regra seja também substituída pela prática internacional, referendada pelo CFC, que prevê o rodízio de equipes desde 2002.

De acordo com o executivo, o maior desafio dos profissionais do mercado financeiro nos próximos anos será formar rapidamente profissionais que saibam ler os relatórios contábeis das companhias segundo o padrão IFRS.

01 agosto 2007

Rir é o melhor remédio


Moda chinesa (Aqui)

Lucro da Vale do Rio Doce

Vale tem lucro recorde no primeiro semestre de R$ 10,937 bilhões
Daniele Carvalho
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 01/08/2007

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido consolidado recorde de R$ 10,937 bilhões, resultado 79,6% superior ao registrado em igual período do ano passado. A performance foi impulsionada pelos números do segundo trimestre, quando a empresa obteve lucro líquido de R$ 5,842 bilhões, montante que superou em 49,6% o apurado em período equivalente de 2006, e que garantiu lucro de R$ 2,42 por ação. Também nos seis primeiros meses do ano, a empresa apresentou receita bruta de R$ 18,197 bilhões, a mais elevada de sua história, superando o recorde anterior obtido no quarto trimestre de 2006, de R$ 16,7 bilhões.



Uma empresa com esta margem líquida é uma exceção. O desempenho ainda está afetado pela alta demanda de minério.