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02 agosto 2007

Evidenciação a moda Russa

Uma história interessante de como o capitalismo russo lida com os problemas de evidenciação.

Na expansão da Rusal, o dono foge dos holofotes
Por Andrew Osborn
The Wall Street Journal

A gigante russa do alumínio United Co. Rusal prepara sua estréia nas bolsas internacionais de um modo nada convencional: mantendo um muro de silêncio sobre o bilionário que está por trás dela.

Oleg Deripaska, um magnata de 39 anos cujo visto de entrada nos Estados Unidos foi negado por conta de questionamentos sobre seus negócios no passado, é dono de dois terços da Rusal, fundou a empresa e já foi seu diretor-presidente. Ele tem um papel importante na Rusal, que através de uma série de fusões agora concorre com as maiores mineradoras do mundo. Em novembro, quando colocar no mercado pelo menos 25% de seu capital, a Rusal pode captar US$ 7,5 bilhões.

(...) A abordagem da Rusal mostra como as empresas russas, em busca de reconhecimento internacional, geralmente enfatizam seus planos futuros mas continuam relutantes em falar sobre seu passado empresarial suspeito, durante os anárquicos anos 90 na Rússia. Com os cofres cheios pela economia em crescimento rápido e o boom dos últimos quatros anos nos recursos naturais, as empresas russas estão ansiosas para investir em sua expansão internacional.

Dúvidas sobre seu passado já atrapalharam esse objetivo. No ano passado, a falta de informações sobre outro magnata russo, Alexey Mordashov, contribuiu para o fracasso da tentativa da empresa que ele controla, a siderúrgica russa OAO Severstal, de comprar a rival Arcelor SA.

A Rusal enfrenta concorrência cada vez maior pela liderança dos produtores de alumínio. A Rio Tinto PLC deve se tornar a maior do mundo em produção quando completar a aquisição da Alcan Inc., do Canadá. A Alcoa Inc., dos EUA, é considerada um potencial alvo de aquisição para outra grande mineradora, como a BHP Billiton Ltd. da Austrália ou a Companhia Vale do Rio Doce.

Ibracon defende alinhamento nas normas contábeis

Ibracon defende alinhamento entre órgãos reguladores
Gazeta Mercantil - 02/08/2007

São Paulo, 2 de Agosto de 2007 - De carona no esforço conjunto de órgãos reguladores do mercado de capitais para que o País adote o padrão contábil internacional (IFRS), o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) começa a fazer campanha para que Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central (BC) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) se alinhem em outras frentes. "A harmonização regulatória é saudável para o mercado", afirma Francisco Papellás, presidente do Ibracon.

Um dos pontos de maior interesse da entidade é o que trata da independência das firmas de auditoria. Elas são proibidas pelos reguladores de prestar diversos serviços para as empresas que já são suas clientes na área de auditoria independente, com o objetivo de evitar conflitos de interesses. No entanto, cada órgão utiliza critérios diferentes para definir quais situações que podem ser caracterizadas como conflitantes. "Poderiam convergir para as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que já estão alinhadas às praticas internacionais", defende Papellás.

Outra bandeira do Ibracon, que celebra hoje seu aniversário de 35 anos de criação, é pelo fim do rodízio de firmas de auditoria, tornado obrigatório para os bancos, em 1999, e para as companhias abertas, em 2003. O BC suspendeu a exigência para os bancos até o final deste ano. Segundo fontes do mercado, a autoridade monetária estaria aguardando o posicionamento da CVM para revogar a norma definitivamente. Já a autarquia teria constituído um grupo de trabalho para debater o assunto. "O rodízio não trouxe os benefícios desejados", diz Papellás, defendendo que a regra seja também substituída pela prática internacional, referendada pelo CFC, que prevê o rodízio de equipes desde 2002.

De acordo com o executivo, o maior desafio dos profissionais do mercado financeiro nos próximos anos será formar rapidamente profissionais que saibam ler os relatórios contábeis das companhias segundo o padrão IFRS.

01 agosto 2007

Rir é o melhor remédio


Moda chinesa (Aqui)

Lucro da Vale do Rio Doce

Vale tem lucro recorde no primeiro semestre de R$ 10,937 bilhões
Daniele Carvalho
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 01/08/2007

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido consolidado recorde de R$ 10,937 bilhões, resultado 79,6% superior ao registrado em igual período do ano passado. A performance foi impulsionada pelos números do segundo trimestre, quando a empresa obteve lucro líquido de R$ 5,842 bilhões, montante que superou em 49,6% o apurado em período equivalente de 2006, e que garantiu lucro de R$ 2,42 por ação. Também nos seis primeiros meses do ano, a empresa apresentou receita bruta de R$ 18,197 bilhões, a mais elevada de sua história, superando o recorde anterior obtido no quarto trimestre de 2006, de R$ 16,7 bilhões.



Uma empresa com esta margem líquida é uma exceção. O desempenho ainda está afetado pela alta demanda de minério.

ONGs e falta de controle do dinheiro público

Verbas públicas para ONGs
O Estado de São Paulo - 01/08/2007

Boa parte do dinheiro das ONGs é desviada ou desperdiçada

O governo finalmente baixou um decreto disciplinando o repasse de verbas federais para organizações não-governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips). Só para 2007 o Orçamento da União prevê a transferência de R$ 3 bilhões para essas entidades. Por falta de fiscalização do modo como esses recursos são aplicados, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União estimam que metade desse valor seja desviado. Recentemente, o Jornal da Tarde mostrou algumas das fraudes praticadas por ONGs que atuam no setor educacional em São Paulo, como classes fantasmas, duplicidade de turmas e docentes cadastrados para atuar em três lugares diferentes no mesmo horário.

A iniciativa do governo é tomada um ano após a Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, que descobriu o desvio de R$ 110 milhões em convênios firmados com ONGs da área de saúde, e nove meses após a divulgação do relatório de uma auditoria efetuada pelo TCU em 28 entidades escolhidas aleatoriamente. O órgão detectou graves problemas em 15 dessas ONGs, como prestações de contas confusas, recibos falsificados e notas fiscais frias, além de falta de pessoal qualificado e projetos mal elaborados, com metas obscuras. Segundo a Associação Contas Abertas, entidade sem fins lucrativos que se mantém com contribuições da iniciativa privada, a União repassou a ONGs, entre 2001 e 2006, R$ 11 bilhões, em valores correntes. É muito dinheiro público gasto com entidades duvidosas, iniciativas discutíveis e pouca transparência na prestação de contas. Há seis anos, a estimativa era de que existiam 22 mil ONGs no País, atuando nas mais diversas áreas, da saúde indígena e construção de cisternas no Nordeste à reforma agrária, atendimento a crianças de rua, alfabetização de adultos e biodiversidade. Atualmente, estima-se que existam 260 mil ONGs, a maioria, em flagrante contradição com o próprio nome, vivendo exclusivamente de repasse de recursos governamentais. A expansão do número de convênios firmados pela União com ONGs e Oscips começou nos anos 90 com a reforma do Estado e a adoção de políticas de redução das despesas de custeio. Acompanhando uma tendência mundial, o Executivo diminuiu a oferta de serviços essenciais prestados diretamente e os delegou a entidades da sociedade civil, apoiando-as financeiramente. A idéia era estimular o voluntariado e fortalecer ONGs e Oscips, entregando-lhes a responsabilidade por atividades que fomentassem iniciativas comunitárias. Por falta de legislação eficaz, contudo, essa estratégia foi desvirtuada e sucessivos governos perderam o controle das transferências de recursos ou passaram a privilegiar entidades criadas por sua clientela política. Como mostrou o Jornal da Tarde, várias ONGs que trabalham com a alfabetização de adultos em São Paulo são vinculadas à CUT e ao PT. O descontrole chegou a tal ponto que, a pedido das ONGs mais antigas e conceituadas, em 2004 o presidente Lula criou um grupo de estudos para preparar uma nova legislação para o setor. Todavia, como se tornou habitual no seu governo, nada de concreto foi feito e os convênios com ONGs e Oscips se tornaram um buraco negro nas finanças da União. O decreto baixado na semana passada, disciplinando o repasse de recursos federais a ONGs e Oscips, está longe de resolver o problema em caráter definitivo, mas é um passo importante para coibir fraudes.

O decreto proíbe o repasse de verbas públicas a ONGs que tenham como dirigentes integrantes dos Três Poderes e servidores do órgão responsável pelo convênio. Além disso, obriga todo convênio com repasse superior a R$ 5 milhões a ser feito por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). E ainda exige que ONGs e Oscips se cadastrem no Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Parcerias, tenham inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas e que os convênios por elas firmados sejam divulgados no site do Ministério do Planejamento. Custa crer que o governo tenha demorado tanto tempo para adotar medidas moralizadoras tão simples e sensatas como essas. Resta agora esperar que ele atenda à reivindicação das ONGs mais conceituadas e imponha uma nova legislação para o setor.

Dow Jones diz "Sim" para Murdoch

O milionário Murdoch, dono de uma série de jornais "populares", fez uma oferta para a família dona da Dow Jones. Agora a notícia de que a família aceitou a proposta.

A Dow Jones é conhecida pelo índice de ações assim como pela participação no Wall Street Journal. O valor da oferta é de 5 bilhões de dólares.

Existe agora uma preocupação com outras empresas independentes e uma potencial oferta: New York Times Co., E.W. Scripps Co., Martha Stewart Living Omnimedia Inc., entre outras.

Boato

SEgundo o sítio Blue Bus as ações da Apple cairam 7% por conta de uma notícia falsa sobre problemas na produção do iPhone e do iPod.