A pós-graduação no Brasil é dividida em áreas. A Contabilidade faz parte da área de Administração, Contábeis e Turismo. Quando uma instituição deseja criar um curso de mestrado ou doutorado em contabilidade, seu processo é enviado para esta área, da qual participo as vezes como consultor.
Após o processo ser analisado, o mesmo é aprovado ou não por um colegiado maior denominado CTC. A aprovação no CTC significa que o curso foi aprovado para funcionar pelo Ministério da Educação.
Pois bem, nesta semana ocorreu uma reunião do CTC em Brasília. Em pauta, dois doutorados (Furb e Consórcio UnB, UFPB e UFRN) e pelo menos um mestrado (Mackenzie). O resultado final poderá se divulgado nos próximos dias.
25 julho 2007
Abrir o capital resolve?
Notícia dos jornais de 25/07/2007 informa que o governo pretende abrir o capital da Infraero como uma alternativa para obter recursos para fazer certos investimentos no setor.
Dois problemas básicos quanto a esta possível solução. Em primeiro lugar, o processo de abertura de capital é algo que precisa ser considerado com cautela. Não é uma decisão tomada de forma agressiva e súbita, para resolver um problema como este. Mas isto não significa dizer que a abertura não possa trazer benefícios.
Em segundo lugar, conforme notícia publicada anteriormente, o governo hoje arrecada 1,5 bilhões de reais por dia. É preciso dizer mais?
Dois problemas básicos quanto a esta possível solução. Em primeiro lugar, o processo de abertura de capital é algo que precisa ser considerado com cautela. Não é uma decisão tomada de forma agressiva e súbita, para resolver um problema como este. Mas isto não significa dizer que a abertura não possa trazer benefícios.
Em segundo lugar, conforme notícia publicada anteriormente, o governo hoje arrecada 1,5 bilhões de reais por dia. É preciso dizer mais?
A notícia como aliada
A notícia como aliada (Valor Econômico, 25/07/2007) comenta um estudo de Alexander Dyck, professor de finanças da Universidade de Toronto, sobre fundos Hedge.
O estudo de Dyck focou no período de 1999 a 2002 e, para analisar o impacto das matérias publicadas pela mídia sobre a governança corporativa russa, os pesquisadores examinaram o boletim semanal de governança de um dos principais bancos de investimentos russo entre dezembro de 1998 e junho de 2002. Em seguida, eles tabularam o número de artigos sobre problemas de governança. Os pesquisadores reuniram também histórias em que o Hermitage aparece como investidor.Dyck e sua equipe elaboraram um modelo que atribuía um preço determinado a toda notícia de cunho negativo. De acordo com o estudo, um artigo a mais na imprensa anglo-americana corresponde a um aumento de cinco pontos percentuais na probabilidade de reverter uma falha de governança corporativa. A violação média da governança tinha o potencial de diluir o valor das ações em 57% - isto significa que, em média, o valor de um artigo adicional publicado no "Wall Street Journal" ou no "The Financial Times" corresponde a US$ 40,4 milhões. Quando restringe seu campo a empresas com valor de mercado na média de US$ 2,8 bilhões, o impacto de artigos da imprensa estrangeira (dos EUA e Inglaterra, basicamente) pode chegar a US$ 72 milhões.No estudo, batizado de "O papel da governança corporativa da mídia: dados da Rússia", de autoria de Dyck em parceria com Natalya Volchkova, da Nova Escola de Economia de Moscou, e Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, os autores assinalam que a mídia tem um papel importante na absorção do custo da coleta de informações que podem beneficiar os acionistas. Em 2000, Bill Browder preparou um dossiê em que mostrava como os administradores russos da petroleira Gazprom vinham transferindo os ativos da empresa para entidades controladas por amigos e parentes. Browder entregou suas descobertas a jornalistas do "Wall Street Journal", "Financial Times" e "BusinessWeek". Os jornalistas passaram, então, a publicar uma série de histórias em torno dos problemas observados na Gazprom, culminando com a demissão do principal executivo da empresa e com o início das reformas da companhia. Paralelamente, os investimentos da Browder na Gazprom cresceram dez vezes, passando de US$ 150 milhões para US$ 1,5 bilhão.O impacto da repercussão na imprensa é relevante porque também pode levar órgãos reguladores a tomar medidas contra administradores. Não só os indivíduos se importam com sua reputação, como autoridades reguladoras se preocupam com o impacto do evento sobre sua própria reputação.Como exemplo, Dyck cita o caso de Richard Grasso, ex-presidente da Bolsa de Valores de Nova York. Grasso foi destituído da posição que ocupava em 2003 depois que passaram a circular rumores de que teria recebido uma remuneração exorbitante. Todos os membros do conselho de administração da bolsa aprovaram inicialmente o pacote concedido a Grasso. Só depois que vieram a público detalhes sobre o seu salário e os benefícios que recebia é que os membros do conselho mudaram de opinião.
TAM e o lucro
Na busca de notícia sobre a tragédia do avião da TAM, um conhecido sítio destacou os mandamentos da Tam. Entre eles, a importância do lucro. Um artigo da Gazeta MErcantil (O lucro está em julgamento?, 25/07/2007, Márcio Veríssimo) discute se isto é relevante ou não. A seguir, alguns trechos:
Quando uma tragédia como o acidente da TAM ocorre, é natural e até necessário procurar as causas e os responsáveis. Este é o melhor jeito de evitar que tragédias semelhantes voltem a acontecer. Em uma matéria sobre o assunto, o jornalista listava como co-responsáveis os "mandamentos da TAM" - o primeiro dos quais é "Nada substitui o lucro". O raciocínio era simples: se a companhia busca o lucro, ela não coloca a segurança em primeiro lugar. Parecia que pouco importava o próprio terceiro mandamento: "Mais importante que o cliente é a segurança."
(...) A busca do lucro é absolutamente natural para uma empresa. Exigir o oposto é o mesmo que querer que alguém trabalhe sem receber salário. (...)
(...) A verdadeira questão não é se a TAM ou tem culpa ou não, isso vai ser tratado e (espera-se) resolvido em seu devido fórum. O que me preocupa é a criminalização do lucro que é feita no Brasil. O lucro é o troféu da iniciativa empreendedora, o prêmio que empresa e empresário recebem por criarem um produto que é reconhecido pelos seus clientes como sendo bom e por um preço justo, gerando riqueza para si, clientes, funcionários e sociedade. Defender o lucro é defender o direito de a pessoa comprar o que lhe agrada, é defender que as pessoas e empresas mais produtivas ganham mais por isso. Um elogio do indivíduo.
Qual a alternativa de uma empresa que não busca o lucro? O controle estatal? Um Estado que dilui os interesses do indivíduo em nome de um bem maior que nunca vem? Uma burocracia autoritária? Um sistema onde os grupos buscam garantir o seu quinhão de"amigo do rei" e é sempre uma "elite" (ainda que não empresarial no sentido do termo) que consegue esses "favores"?O Brasil precisa é de mais capitalismo, mais empresários e trabalhadores buscando lucros e não grupos de sindicalistas ou de empresários (não raro, ambos) buscando privilégios. Apenas isso efetivamente fará evoluir a economia e o mercado de capitais no Brasil. Só o lucro fará deste um país melhor, incluídos os mais pobres. O resto são os mascates da pobreza alheia.
Globalização
Na coluna de artes do Financial Times (The ancient art of globalisation, Jeremy Grant, 24/07/2007), USA Ed1, p. 15, o jornal inglês comenta uma exposição sobre a história de Portugal. O título da matéria é apropriado e interessante pois informa que a globalização é mais antiga do poderíamos pensar.
Além disto, a matéria informa sobre a espionagem italiana, que rouba o "Cantino Planisphere", um mapa que contém informações das quatro grandes expedições marítimas: Colombo, Cabral, Vasco da Gama e os irmãos Corte-Real.
Além disto, a matéria informa sobre a espionagem italiana, que rouba o "Cantino Planisphere", um mapa que contém informações das quatro grandes expedições marítimas: Colombo, Cabral, Vasco da Gama e os irmãos Corte-Real.
In 1502, an Italian diplomatic agent working in Lisbon for the Duke Ercole d'Este of Ferrara pulled off what must rank as one of the boldest thefts of a state secret. Somehow, he managed to make off with an item of inestimable value to the Portuguese king: a copy of the "Cantino Planisphere", a large map. This was no ordinary map. Using information brought back by Portuguese sailors in the latter half of the 15th century, it represented the most accurate view of the known world at that time, allowing the Portuguese to project their emerging maritime empire more effectively than any rival.
With the beginning of the reign of Joao II in 1481, Lisbon had become the seat of a vast project of exploration, carried out along the African coasts, with the objective of reaching the Indian Ocean and southern Asia. The Portuguese had begun their explorations in the early part of the century, colonising Madeira and the Azores, moving later along the west coast of Africa in search of slaves and gold. Asia soon followed, then Brazil.
Royal cartographers fashioned the map using information brought back by sailors from four series of voyages: Columbus to the Caribbean; Pedro Alvarez Cabral to Brazil; Vasco da Gama to eastern Africa and India; and finally the brothers Corte-Real to Greenland and Newfoundland. Except for Columbus, all had sailed under the Portuguese flag. The original of the Cantino map is presumed to have been lost in the Lisbon earthquake of 1755. But the stolen version - a copy - has been housed at a library in Modena ever since.
(...) As empires go, the Portuguese seems to get less attention than those that followed. But Portugal was the first European nation to build an extensive commercial empire, creating a global network that relied more on trade than conquest of land. In the process, they not only made contact with regions previously unknown to Europeans, but also left a legacy that was more cultural than political. (...)
Será um bom negócio
Segundo o Financial Times (Falkland Oil leads surge, Neil Hume e Robert Orr, 24/07/2007, p. 40) a Falkland Oil & Gas tem por finalidade pesquisar e explorar petróleo nestas ilhas do Atlântico Sul.
As ilhas Falkland (ou Malvinas) são reinvidicadas pela Argentina, motivo pelo qual os dois países já entraram em conflito no passado. E o atual presidente Néstor Kirchner insiste que a ilha pertence a Argentina.
A notícia do Financial Times informa que os parceiros da Falkland Oil & Gas podem ser a Shell ou a Petrobrás, que têm mostrado interesse na área.
Para Petrobrás, que possui sólidos investimentos na Argentina (inclusive patrocina o River Plate, o segundo time mais popular daquele país), seria interessante este investimento?
As ilhas Falkland (ou Malvinas) são reinvidicadas pela Argentina, motivo pelo qual os dois países já entraram em conflito no passado. E o atual presidente Néstor Kirchner insiste que a ilha pertence a Argentina.
A notícia do Financial Times informa que os parceiros da Falkland Oil & Gas podem ser a Shell ou a Petrobrás, que têm mostrado interesse na área.
Para Petrobrás, que possui sólidos investimentos na Argentina (inclusive patrocina o River Plate, o segundo time mais popular daquele país), seria interessante este investimento?
Assinar:
Postagens (Atom)