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12 julho 2007

Pan e Auditoria

Do Estado de 12/07/2007:

Lula defende gastos com os Jogos "Quem achar que gastou demais que peça uma auditoria", desafia o presidente, para quem o Pan "é dos brasileiros"
Leonencio Nossa

O Estado de São Paulo - 12/07/2007


Às vésperas da abertura do Pan, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irritou-se ontem com a cobrança a respeito dos gastos feitos para promover os Jogos Pan-Americanos, no Rio - que começaram com R$ 414 milhões e chegaram perto dos R$ 5 bilhões - e lançou um desafio: "Quem achar que gastou demais que peça auditoria". Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, sobre a abertura dos Jogos, amanhã, Lula definiu como "descabida e despropositada" a acusação do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, de que o governo federal quer assumir a paternidade dos Jogos Pan-Americanos. "O Pan é um evento do Estado brasileiro", afirmou. "Se os Jogos fossem em Recife, Roraima ou São Paulo, seriam brasileiros". E completou: "O governo colocou muito dinheiro porque sabia que, se desse certo, todo mundo ia querer ser o pai da criança". Na entrevista, Lula criticou, sem citar nomes, o seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, e a ex-governadora do Estado do Rio, Rosinha Garotinho, por erros de planejamento que, segundo ele, foram cometidos na fase inicial dos trabalhos. "O importante", ressaltou o presidente, "é a imagem que o Brasil vai construir no exterior, sobre a capacidade de organizar eventos dessa magnitude". E, com o habitual otimismo, avisou: "Quando for dada a abertura dos jogos, podem ter a certeza de que estaremos realizando os melhores Pan-Americanos da história". A seguir, os principais trechos da entrevista.

GASTOS

Você precisa lembrar que, em 2002, eu nem estava no governo ainda, o Sérgio Cabral não estava no governo. Não sei qual foi o planejamento que eles fizeram. Sei é que depois que assumi a Presidência passei a trabalhar no orçamento com os pedidos feitos, ora pela prefeitura, pelo governo do Estado, pelo Ministério do Esporte ou pelo Comitê Olímpico. Quando os companheiros chegavam aqui e falavam: "Presidente, vai precisar de mais 50 milhões", tínhamos que decidir. Se der, alguém vai dizer: "Está dando dinheiro demais". Mas se não der, vai dizer: "O presidente não quer que o Pan se realize". Tivemos um problema difícil nos primeiros quatro anos, um problema político sério com o governante do Rio, que, graças a Deus, melhorou 1000% depois que entrou o Sérgio Cabral. A gente teve que fazer às pressas a recuperação do Maracanã e do Maracanãzinho. INVESTIGAÇÃO

Aí está o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral para fazer (a investigação). Os companheiros responsáveis pelo Pan gastaram o que precisavam gastar, fizeram as licitações que precisavam fazer. Quem achar que gastou demais, peça fiscalização. Para mim, seria benvinda.

PAN DO BRASIL

Essa é uma discussão descabida e despropositada (a crítica do prefeito César Maia de que o governo federal quer assumir a paternidade do Pan). O Pan será realizado no Rio mas é um evento do Estado brasileiro. Se os jogos fossem em Recife, Roraima ou São Paulo seriam brasileiros. O governo colocou muito dinheiro porque sabia que, se desse certo, todo mundo ia querer ser o pai da criança.

(...)

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3. Navios piratas eram eficientes, democráticos e usavam incentivos nos seus negócios

Gerdau adquire

A empresa Gerdau, através da Gerdau Ameristeel Corp., está comprando a Chaparral Steel Co. por $4.22 bilhões.

O acordo já foi aprovado nas duas empresas, segundo o Wall Street Journal de 11/07/2007

Petrobrás no noticiário

Duas notícias da Petrobrás:

1. Operação águas profundas, da Polícia Federal, descobre esquema de fraude de licitação e lavagem de dinheiro usando empresas fantasmas, inclusive usando ONGs (O Globo, 11/07/07, OPERAÇÃO ÁGUAS PROFUNDAS: Uma das empresas captava recursos do governo). A Empresa afirmou que afastou os funcionários citados e anunciou sindicância.

2. Agora o Equador - Segundo o Financial Times (Ecuador threatens to expel Petrobras.
por HAL WEITZMAN, 10/07/2007), o Equador ameaçou expulsar a Petrobrás, depois de ter feito o mesmo com a Occidental.

Mr Garaicoa added that "a simple analysis from a legal point of view" would suggest that Petrobras had been operating in the country illegally. His comments came after an official report recommended revoking Petrobras's right to operate in Ecuador.

Jorge Alban, the country's acting energy minister, has yet to decide on a course of action, but the report and the attorney-general's statement has made the Brazilian state company's possible expulsion more likely.

Mr Alban has refused to rule out the possibility of cancelling Petrobras's contracts. The company - which extracts about 36,000 barrels a day - denies any wrongdoing. " Petrobras reaffirms it has complied with all provisions in all legal, contractual and administrative acts in that country," it said.