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03 julho 2007

Globalização contábil

Globalização contábil
Gazeta Mercantil - 03/07/2007

3 de Julho de 2007 - O furacão "globalização" vem alterando muita coisa no mundo corporativo, como técnicas de produção e de gestão corporativa, a relação do homem com o trabalho, enfim, além de proporcionar a expansão de novas tecnologias. Na administração, para se obter uma uniformidade de linguagem contábil, estabeleceram-se normas que se aplicam em qualquer lugar do mundo desenvolvido. Os dois métodos contábeis aplicados pelas maiores empresas do mundo são US GAAP (Generally Accepted Accounting Principles in the United States) e IFRS/IAS (International Financial Reporting Standards).

Por enquanto, o padrão de normatização mais utilizado é o US GAAP, em função da presença dominante de empresas norte-americanas nos mercados internacionais (39 das 100 maiores companhias internacionais estão localizadas nos Estados Unidos) e também do próprio predomínio do sistema fiscal desse país no mundo.

Apesar da grande presença das empresas norte-americanas, as normas do padrão US GAAP poderão sofrer alterações, uma vez que as principais economias no mundo, como a União Européia, Japão, Coréia e vários outros (recentemente também China), decidiram aplicar as IFRS/IAS para as empresas com capital aberto. A tendência é que haja uma mescla entre US GAAP e IFRS/IAS que melhor atenda ao mundo corporativo globalizado.O padrão normativo do IFRS/IAS teve origem na Europa e o processo de desenvolvimento das normas do IFRS/IAS congrega interesses de diversos países num aspecto multinacional. A decisão final sobre o conteúdo de uma nova norma de IFRS/IAS como também uma mudança das normas que já existem, é um sistema democrático definido pelo International Accounting Standards Board (IASB), um grêmio executivo formado por 14 membros de vários países.

Em relação ao padrão US GAAP, a Securities Exchange Commission (SEC) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) têm autoridade para estabelecer normas contábeis para companhias públicas. Entretanto, a SEC e o FASB são instituições americanas. Conseqüentemente, observam os interesses de uma nação em particular.

Como hoje muitas empresas americanas têm atividades fora dos EUA e por outro lado muitas empresas não americanas usam o mercado financeiro daquele país, o IASB e o FASB entraram em um processo de convergência. O objetivo é que as bolsas de valores internacionais devam aceitar demonstrações financeiras, conforme normas das US GAAP e também IFRS/IAS, ou seja, a SEC vai aceitar demonstrações conforme as IFRS de uma empresa internacional que gostaria de listar as ações deles, como também a bolsa de valores de Londres deverá aceitar as demonstrações financeiras de uma empresa americana, conforme o padrão US GAAP.

Hoje em dia as normas contábeis brasileiras já são bastante influenciadas pelas normas internacionais, porém elas são determinadas por várias organizações, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (Bacen), Superintendência de Seguros Privados (Susep), entre outros. O debate sobre a responsabilidade na definição das normas contábeis está em torno do Projeto de Lei 3741/00, em trâmite no Congresso Nacional.

Uma orientação sobre as normas contábeis internacionais, ou a adaptação das IFRS/IAS, pode gerar grandes vantagens para empresas no Brasil. Além de oferecer melhor credibilidade às corporações, o acesso às normas internacionais proporciona melhor entendimento das demonstrações contábeis tanto no mercado financeiro local como no mercado europeu, no norte-americano ou na Ásia. Além disso, uma empresa adaptada a essas normas tem facilidade na captação de recursos, podendo gerar maior liquidez e valorização de suas ações.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 6)(Klaas Johnsen - Sócio diretor de auditoria da BDO Trevisan.)

Laudos de Avaliação

Há empresas para todos os gostos, tamanhos e bolsos. Na indústria de laudos de avaliação, também paga-se caro pela grife, embora a oferta seja democrática. Nas operações de compras de ações arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste ano, os preços dos serviços prestados pelos avaliadores variam de R$ 15,4 mil a US$ 4 milhões. O investimento numa grande assinatura, porém, não garante que os números serão aceitos pelos minoritários. As avaliações estão na berlinda e, cada vez mais, são o ponto nervoso das disputas societárias.Trata-se de um mercado disputado entre auditorias, empresas especializadas em consultoria financeira de toda sorte e bancos.


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Convergência de normas contábeis será tema de evento



A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC-SP) vai promover o "IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL - A CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS". O evento acontecerá no dia 13 de setembro e sua realização parte da crença nos benefícios econômicos que a convergência das normas contábeis internacionais pode trazer, como a atração de maior volume de investimentos e a redução do custo de capital.

Estão previstos depoimentos sobre como foram os processos de convergência nas empresas e de que forma os usuários das informações estão vendo essas modificações. A intenção é oferecer exemplos práticos e numéricos das diversas situações e mudanças ocorridas.

(Diário Abrapp)


Enviado por Ricardo Viana

Ambev também encontra erros

AmBev encontra erros em balanços
De São Paulo
02/07/2007

A AmBev encontrou falhas nas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis americanas, conhecidas como US Gaap, relativas a 2005 e 2004. Em razão disso, atrasará a entrega da documentação completa de 2006 à Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários americana, cujo prazo terminou na sexta-feira.

A companhia não esclareceu a origem das incorreções. Apenas informou, por e-mail, que os detalhes estarão no documento (20-F, na nomenclatura da SEC) que será enviado ao regulador dos EUA. Os ajustes reduzirão em 5,8% o lucro líquido de 2005, ou em R$ 139,2 milhões. O ganho reportado no período foi de R$ 2,85 bilhões. No balanço de 2004, quando a última linha ficou positiva em R$ 1,392 bilhão, haverá alta de 4,9% - ou de R$ 80,7 milhões.

De acordo a empresa, serão preparados novos balanços em US Gaap. Já as demonstrações financeiras pela legislação societária brasileira não sofrerão alteração. A expectativa da AmBev é entregar o 20-F no prazo de extensão permitido pela SEC, de 15 dias.

Os formulários de 2006 são os primeiros a conter parecer de auditores independentes sobre a qualidade do controle das empresas de seus processos internos. Tal verificação é exigida pela Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, após os escândalos de fraudes contábeis naquele país. A AmBev atribui a necessidade dessas correções justamente ao "aperfeiçoamento de seu controle interno, feito a partir de 2006". Segundo a empresa, esse procedimento ajudará a evitar esses erros no futuro. (GV)

Valor Econômico


Enviado por Ricardo Viana

CVM e CPC estreiam ação conjunta

Do Valor Econômico de 02/07/2007:

As empresas brasileiras têm novidades na área contábil para aprender. Terão de avaliar melhor a necessidade de baixa contábil por deterioração (ou "redução do valor recuperável") de ativos. Além disso, aquelas que possuem ativos fora do Brasil não precisarão mais assumir a volatilidade cambial em seus balanços.

Na sexta-feira, duas minutas de pronunciamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) introduziram as questões. Foi a estréia das deliberações, desde que foi decidido que tratariam do tema em conjunto.

Em relação à deterioração dos ativos, já conhecida das companhias européias e americanas, ficou decidido que as empresas terão de reconhecer perdas sobre ativos quando seu valor não for recuperável ao longo do tempo ou numa eventual venda. Já sobre a questão cambial, foi estabelecido que as oscilações da moeda não devem transitar por balanço, para que os dividendos não sejam influenciados por essa variação. (GV)


Enviado por Ricardo Viana

Erro na Sabesp

Erro faz Sabesp republicar balanço de 2006
Valor Econômico - 03/07/2007

A Sabesp, companhia de saneamento do Estado de São Paulo, republicou, no sábado, as demonstrações financeiras de 2006 por conta de uma diferença de R$ 93,7 milhões em um item das "contas a receber" da empresa. O assunto havia sido motivo de ressalva no parecer do auditor no balanço publicado em 25 de abril. Segundo a Deloitte, a conta, que é de "natureza credora", apresentava um saldo devedor. "Foi um problema de contabilização", afirma Nara Maria Marcondes França, superintende contabilidade da Sabesp. Trata-se, diz, de uma conta que registra muitas transações e foi necessária uma revisão das rotinas de registro de valores para sanar o problema.A Sabesp tem ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa e na Bolsa de Nova de York. A empresa está em meio à revisão de seus controles internos, um exigência da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais americano.

Segundo Mário Azevedo Arruda Sampaio, superintendente de relações com investidores da estatal, o erro no balanço não está diretamente relacionado à revisão imposta pela SEC.No entanto, ainda está em discussão com os auditores se a questão é ou não um problema de controle interno. A Deloitte terá que atestar a eficácia dos controles em parecer que acompanha o documento da SEC, o chamado 20-F. O prazo para entrega do 20-F é até o fim de junho, mas há uma "prorrogação regulamentar" de 15 dias. Na semana passada, a AmBev anunciou que usaria esse prazo por ter encontrado falhas nas demonstrações pelas regras americanas de 2004 e 2005.Com o ajuste no balanço, o lucro líquido da Sabesp passou de R$ 872,6 milhões para R$ 778,9 milhões.


Grifo meu. Na Gazeta Mercantil (Sabesp e AmBev anunciam republicação de balanços, 03/07/2007), a mesma notícia, recebeu um destaque um pouco diferente, mais positivo, eu diria:

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fez um ajuste no item contas a receber no valor de R$ 93,7 milhões no balanço do exercício de 2006. A mudança resultou numa queda de 10,7% do lucro líquido do período, para R$ 778,9 milhões. Com isso, o ganho líquido, que havia sido 0,8% superior ao de 2005, agora ficou 10% menor. O item contas a receber, incluído no ativo circulante, foi reduzido em 7,7%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,1 bilhão no novo resultado. Além disso, o patrimônio líquido da Sabesp no final de 2006 ficou 1% menor, recuando de R$ 9,1 bilhões para R$ 9,02 bilhões.

O ajuste foi uma prestação de contas sobre a ressalva feita no balanço de 2006 pela empresa de auditoria. Segundo Mário Sampaio, superintendente de relações com investidores da Sabesp, o ajuste não afeta os fundamentos da empresa, nem os dividendos pagos aos acionistas. "A maior parte do impacto será lançada na seção reserva de investimentos", disse o executivo.

As corretoras Socopa e Coinvalores não quiseram se manifestar sobre o assunto, mas puseram o papel da Sabesp em reavaliação. Na Bovespa, a notícia não mexeu com o ânimo dos investidores. A ação ON da companhia subiu 3,76%, para R$ 43,60, com a quarta maior alta do Ibovespa.

Links

1. Vínculo entre mobilidade social e limites da educação

2. A educação pode ter um importante papel como sinalizador. Um homem (mas não mulher) que possui graduação em artes recebe menos que se ele não fosse para a Universidade. Qual a razão disto? Talvez pelo fato de que um homem formado em artes seja visto como um "bon-vivant". O retorno de algumas graduações é zero no setor público.

3. Segundo a AT&T, homem usa, em média, mais o celular do que a mulher

4. A divisão de uma conta no restaurante