Translate

26 junho 2007

Mito do gênio solitário

Algumas pessoas estranham que as pesquisas de hoje sejam produzidas por dois, três e até quatro autores. Um artigo do Estado de S. Paulo da semana passada mostra que isto não é tão incomum.

O mito do gênio solitário
O Estado de São Paulo - 21/06/2007
Fernando Reinach

Eureka!' exclamou Archimedes, 250 anos antes do nascimento de Cristo, ao observar que o nível da água subia quando entrava numa banheira. Ele havia descoberto por que os navios bóiam. Já Kekulé, químico do século 19, disse que descobriu a estrutura circular da molécula do benzeno sonhando com uma cobra mordendo a cauda. São essas e outras histórias que sustentam o mito do gênio solitário, o cientista que, isolado no laboratório, muda nossa maneira de ver o mundo.

O mito contrasta com a realidade. Cientistas em geral trabalham em grupos e a maioria das idéias é uma criação coletiva. Foi para enterrar de vez com esse mito que um grupo de cientistas analisou 20 milhões de trabalhos científicos e 2 milhões de patentes produzidas nos últimos 50 anos.

Em 1950, metade das publicações na área das ciências exatas era produzida por equipes, um número que subiu para 80% nos últimos anos. O tamanho das equipes, que era de 1,8 pesquisadores, hoje subiu para 3,5. Crescimento semelhante ocorreu nas ciências sociais, em que 20% das publicações eram produzidas por grupos em 1950. Hoje 50% dos trabalhos são feitos por equipes de 2 pessoas. O estudo também mostra que a única área em que o trabalho era e continua sendo solitário é o campo das artes e literatura. Mesmo na matemática o trabalho em grupo vem se espalhando rapidamente. Mas a dúvida persiste, será que os trabalhos realmente importantes não continuam sendo criados por uma minoria de solitários e esse estudo reflete somente uma tendência da média? Para excluir essa hipótese, os cientistas identificaram os trabalhos de maior importância usando o método do índice de impacto. Esse método parte do pressuposto que as descobertas mais importantes são citadas com maior freqüência que as menos importantes. Medindo o número de citações é possível estimar o impacto de um trabalho ou cientista. Uma citação é a referencia a um trabalho científico em outro trabalho. O Google tem um serviço que informa os trabalhos publicados por um autor e o número de vezes que ele foi citado. Para entender como o método funciona, entre no site www.google.com/scholar e compare os resultados de um cientista que você conheça, e J.D. Watson (que descobriu a estrutura do DNA junto com F. Crick).

Usando esse tipo de análise, os cientistas puderam demonstrar que as descobertas de maior importância foram publicadas por times de cientistas. Além disso, mostraram que o número de descobertas importantes publicadas por cientistas isolados vem caindo ao longo do tempo. Os autores acreditam que o processo criativo é intrinsecamente melhor em um ambiente onde haja troca de idéias e que o aumento do número de cientistas e a melhora dos métodos de comunicação têm facilitado a formação de equipes de cientistas mesmo quando os membros estão localizados em diferentes partes do planeta. Esse estudo contribui para enterrar de vez o mito do cientista ermitão, o que é bom porque muitos jovens deixam de seguir carreira por não quererem viver trabalhando na solidão, esperando o seu dia de "Eureka". Se você quer saber se esse estudo é realmente importante, basta esperar um ano e verificar quantas vezes foi citado por outros pesquisadores.

Mais informações em The increasing dominance of teams in production of knowledge, na Science, volume 316, página 1.036, 2007.

Russia está vencendo a guerra contra a PwC

Notícia do periódico Cinco Dias, de Madrid (PwC retira las auditorías de Yukos desde 1995 a 2004 por contener "imprecisiones") de 26/06/2007:

La firma de auditoría PricewaterhouseCoopers (PwC) ha anunciado la retirada de las auditorías de Yukos de toda una década por contener "imprecisiones".

La firma de servicios profesionales en Moscú afirmó ayer haber recibido nuevas informaciones "que podrían afectar" a las auditorías de Yukos de entre 1995 y 2004. Los citados informes "podrían no encajar con las auditorías de Yukos", explicó PwC en Moscú a través de un comunicado. Sin embargo, la firma no quiso especificar qué tipo de nueva información les ha llevado a tomar la decisión de retirar diez años de auditorías sobre Yukos. En los últimos meses la auditora ha estado sometida a numerosas presiones por parte del gobierno ruso, incluidos registros policiales en sus oficinas moscovitas. Además PricewaterhouseCoopers se enfrenta a un proceso judicial en el que se acusa de permitir un menor pago de impuestos a Yukos. Pese a todo, el pasado mes de abril el ministro de finanzas ruso decidió extender a PwC la licencia para operar en el país durante otros cinco años La firma auditora quiso desvincular ayer la presión a la que ha sido sometida por parte de las autoridades rusas de la decisión de retirar las auditorías realizadas sobre los estados financieros de Yukos. Sin embargo, algunos ex directivos y accionistas de la petrolera rusa expresaron sus dudas al respecto. Esta empresa, propiedad del magnate Mijail Jodorkovsky, fue declarada en quiebra en agosto pasado, después de tres años de litigios con las autoridades fiscales rusas. La petrolera debe a sus acreedores alrededor de 709.000 millones de rublos (unos 20.500 millones de euros). Además, Jodorkovsky, que fue arrestado en 2003 y encarcelado en 2005, cumple una pena de ocho años de prisión por fraude y evasión fiscal.

Concentração em Auditoria

As quatro grandes empresas - PwC, Deloitte, KPMG e E&Y são responsáveis por 91% das auditorias dos países que compõe o G8. Das 3.305 empresas com capitalização superior a 507 milhões de euros no G8, 3.015 são auditados por estas empresas.

Em certos países a situação é pior. Na Itália, Reino Unido, EUA e Canadá a percentagem é de 95%.

Fonte: Cuatro firmas revisan las cuentas del 91% de los grandesgrupos del G8
Gaceta de los Negocios - 26/06/2007

25 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Estudo ambiental

Uma reportagem do El País comenta um estudo sobre o valor social realizado pelo epartamento de Economía y Ciencias Sociales da Universidad Politécnica de Valencia sobre o parque natural de Marjal de Pego-Oliva. Clique aqui para ler

IPO traz risco

Reportagem da Folha de S. Paulo de 25/06/2007 (IPO traz risco para quem vê ganho fácil na Bolsa)

O investidor que busca ganho fácil de até 30% em apenas um dia, como aconteceu em fevereiro do ano passado na estréia da Gafisa na Bolsa, corre o risco de fazer mau negócio ao pedir a reserva de ações de empresas que abrem o capital.

(...) Uma das vantagens de comprar ações durante um IPO é que grande parte tem demanda maior do que a oferta para os papéis emitidos -nesse caso, há rateio.

Com o rateio, alguns investidores que não conseguiram a totalidade das ações pleiteadas tendem a comprá-las nos primeiros dias -daí a forte valorização em algumas estréias.

Outro ponto positivo é que as empresas contratam um "market maker", banco que compra e vende os papéis, com o objetivo de assegurar liquidez e evitar grandes oscilações nos preços nas primeiras semanas.

Em terceiro lugar estão elencados a transparência e o respeito ao investidor, já que muitas delas entram direto no chamado Novo Mercado da Bovespa, que zela pelas boas práticas de governança corporativa, e lançam apenas ações ON (com direito a voto).


Clique aqui para ler a reportagem completa

Auditores na Europa

Europa detecta un deseo de limitar la responsabilidad del sector
Gaceta de los Negocios - 25/06/2007

La profesión auditora considera que Bruselas debería limitar la resonsabilidad del auditor en caso de pleito, ya que esto no mermaría la calidad de su trabajo y dificultaría que la desaparición de otra firma —como ocurrió en 2002 con Arthur Andersen tras el escándalo Enron— pusiera en peligro la eficacia de los mercados financieros.

Entre las personas “ajenas al sector”, las opiniones están divididas. Aquéllas de países miembros donde existe ya limitación apoyan también una iniciativa de la Comisión Europea. Sin embargo, aquéllas de estados donde existe menor limitación se muestran reticentes a la intervención del Ejecutivo comunitario y reivindican que, en el caso de producirse, se deje “una gran flexibilidad a los Estados miembros en cuanto a la forma de limitar la responsabilidad (del auditor) a nivel nacional”.

Estos son los resultados de una consulta lanzada en enero por el comisario de Mercado Interior, Charlie McCreevy, publicados la semana pasada. En cuanto a la forma de limitar la responsabilidad, las firmas de auditoría abogan en general por el establecimiento de un tope —ya sea una cuantía fija a nivel europeo, o una cantidad que dependa del tamaño de la auditora, o una cifra determinada en función de los honorarios cobrados por el servicio en cuestión—. Por su parte, las personas “ajenas a la profesión” preferirían que se aplicase el principio de responsabilidad proporcionada, en el que auditora y compañía auditada respondisen en función de la implicación de cada una en el asunto.

La Comisión tiene proyectado tomar la decisión final en otoño, una vez completado el estudio que está realizando sobre la propiedad de las firmas de auditoría.

En España, CiU acaba de registrar en la Cámara Baja una proposición de Ley de reforma parcial de la Ley 19/1988 de 12 de julio de Auditoría de Cuentas. El objetivo del texto es “actualizar la vigente ley para dar más seguridad jurídica al sector, reforzar la independencia del auditor, establecer un régimen sancionador exigente y duro pero no confiscatorio y establecer una responsabilida proporcional al daño efectivamente causado que sea limitada y equitativa para los auditores” que haga que España deje de ser el único país que mantiene una responsabilidad ilimitada para estos profesionales.