Translate

08 junho 2007

Cresce o grupo dos que acreditam que, desta vez, o Brasil acertou

Este é o título da reportagem do Wall Street Journal de hoje (clique aqui para ler completo). Alguns dos pontos principais:

Robert Shiller explicou o estouro da bolha da internet em 2000 (antes que ele acontecesse) e alertou com antecedência sobre a retração nos preços de imóveis nos Estados Unidos. Mas há um mercado aquecido que o economista ainda aprecia: o Brasil.

A economia brasileira sempre teve altos e baixos. Mas o País progrediu muito recentemente, distanciando-se do passado econômico turbulento. O governo reduziu a dívida externa e incrementou as reservas em dólares. As exportações aumentaram.

O Brasil domou a inflação e, diferentemente de muitos outros países, está diminuindo os juros. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou os juros em meio ponto porcentual, para 12%, a 16a redução em 21 meses.

As ações estão indo tão bem por aqui que Shiller, economista formado pela Universidade Yale e cujo livro Exuberância irracional (Makron Books) desenvolveu uma teoria sobre como as bolhas especulativas acontecem, direcionou recentemente um olhar mais atento ao Brasil. Sua conclusão: o entusiasmo parece ter mérito.

Indícios de que os investidores americanos e europeus podem perder o apetite por investimentos mais arriscados no exterior possivelmente afetariam o mercado acionário brasileiro. Ainda assim, muitos investidores continuam acreditando que a economia brasileira finalmente está no caminho certo.

O economista de Yale teme que os investidores no Brasil possam não estar preparados para uma queda nos lucros. Segundo sua análise, a bolsa brasileira tem acompanhado com entusiasmo os lucros recordes das empresas listadas nela. Nos Estados Unidos, ao contrário, o mercado não teve o mesmo ritmo, algo que o economista atribuiu à lembrança dos investidores sobre a bolha de 2000.

Qualquer desaceleração na economia da China enfraqueceria a demanda por matéria-prima. Isso pode afetar diretamente os lucros de grandes empresas brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce, cujas exportações de minério alimentam as siderúrgicas e a construção civil na China.

E caso a Bovespa comece a cair, a popularidade recém-adquirida do Brasil pode contribuir para o problema. Cerca de 25% a 30% das ações estão nas mãos de estrangeiros, calcula Geoffrey Dennis, analista do Citigroup, e nem todos eles são especializados em mercados emergentes. "Se as coisas começaram a dar errado, há muita gente (...) que pode cair fora daqui rapidamente", diz ele.

07 junho 2007

Doping em Ciclismo

Na volta da França, o ciclista Floyd Landis teve um péssimo desempenho no percurso 16, tornando impossível sua vitória. No dia seguinte, seu desempenho no percurso 17 foi excepcional, um dos melhores na história de 103 corridas da Volta da França. Mas a amostra de sua urina deu positivo, indicando o consumo de substância proibida. (clique aqui)

O ciclista resolveu adotar uma defesa, que foi denominada de Wiki Defense, numa reportagem interessante do sítio CJR.

Esta defesa força os jornalistas a questionar o sistema de antidoping. O ciclista divulgou amplamente sua defesa e abriu os documentos na esperança de ter apoio de especialistas.

Xadrez: mulher ou homem?

Mulheres representam 1% dos grandes mestres em xadrez. Somente uma mulher, Judith Polgar, está entre os vinte melhores jogadores do mundo. A desvantagem é por diferenças de habilidades cognitivas, por insegurança ou outra razão. Discussão no The Independent

Indústria de seguros e a mudança no clima

"A indústria de seguros, talvez mais do que qualquer outra instituição, tem o poder de contribuir com a solução do problema da mudança do clima no mundo", (clique aqui para ler completo)

Mercado

O preço da cocaína - a versão pura, não o crack - caiu. No início
da década de 1980, o preço da grama de cocaína era de 600 dólares. No final da
década de 1990, o preço caiu para 200 dólares. De acordo com a Drug
Enforcement Administration, o preço na rua de uma grama de cocaína em 2005 era
de 20 a 25 dólares em Nova Iorque, 30 a 100 dólares em Los Angeles e $100 a 125
dólares em Denver.


A redução do preço ocorreu pela maior eficiência no canal de
distribuição. (...)


Custo da mão-de-obra também caiu.


Clique aqui para ler completo (em inglês)

Governança Corporativa e Piratas

Será verdade? Peter Leeson, da West Virginia University, investigou a governança das organizações de piratas do século XVII e XVIII. (clique aqui, aqui e aqui, também)

Piratas formaram uma confederação maritíma de bandidos e criaram mecanismos para previnir predação interna, minimizar conflitos e maximizar o lucro do negócio.

06 junho 2007

Normas internacionais

QUÉ DICE. El dilema de EEUU -
Hacia un lenguaje contable global
The Economist
Actualidad Económica - 31/05/2007

Olvida el esperanto. La lengua franca que se expande por el mundo es el lenguaje contable, que incluso está haciendo replantearse a los estadounidenses su apreciada soberanía financiera. Las Normas Internacionales de Contabilidad (NIC), que pretenden armonizar la información financiera en un mundo de comercio e inversiones globalizados, han conseguido grandes logros desde que fueron adoptadas por todas las empresas europeas en 2005. Más de cien países, desde Canadá a China, se rigen o están en proceso de hacerlo por estas reglas. El Consejo Internacional de Normas Contables (CINC) espera la cifra llegue a 150 en los próximos cuatro años.

Incluso en Estados Unidos, que no son excesivamente internacionalistas, están trabajando con el CINC para estrechar la diferencia entre sus normas contables y las NIC, que las empresas foráneas cotizadas allí podrán aplicar en 2009, e incluso antes. Actualmente, las empresas deben conciliar sus cuentas con las estadounidenses, un proceso costoso y que algunos creen que puede hacer que muchas empresas se vayan de los mercados estadounidenses.

El pasado abril, la Comisión del Mercado de Valores estadounidense (SEC, por sus siglas en inglés) sacó a la luz inesperadamente la idea de que las empresas nacionales, y no sólo las foráneas, adoptasen las NIC. Los críticos de esa iniciativa dijeron que eso daba a las compañías la posibilidad de elegir en qué régimen les salían mejor las cuentas.

Incluso el compromiso de la Unión Europea con las NIC ha sido poco efusivo. Ha escogido una versión revisada por el Parlamento Europeo y no la promulgada por el CINC. Sólo hay una diferencia, pero es sustancial, sobre cómo se contabilizan instrumentos financieros como los derivados. Los bancos europeos pensaban que la norma, que obligaba a las empresas a valorar al variable precio de mercado esos instrumentos, en vez de hacerlo a precio de coste, hubiera causado demasiada volatilidad en los estados contables. Tras una pugna con el CINC, el Parlamento Europeo modificó por su cuenta algunas normas. También Kuwait y otros países de Oriente Medio han adoptado las NIC con ciertas peculiaridades. La principal preocupación del CINC es que muchos países quieran adaptar la normativa a sus preferencias. Para atajarlo, se intenta que las empresas tengan que explicar exactamente qué contabilidad están aplicando. El objetivo es que los inversores presionen a las compañías para que no usen versiones a medida, o si lo hacen, que apliquen una mayor prima de riesgo a su cotización.

Con NIC puras o no, todos los países son propensos a interpretar las leyes para que reflejen sus anteriores criterios contables.

Los reguladores de los mercados están trabajando a través de IOSCO, un organismo que los agrupa, para disminuir las diferencias.

La tarea se complica por el hecho de que las NIC tienden a ser principios, más que normas específicas (como sí sucede en EEUU). Dan más libertad de interpretación, así que una misma operación puede aparecer de dos maneras distintas.