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01 junho 2007

Dois links

1. Livro sobre Impostos Internacionais

2. Subsídio do Estado para produção de filmes

Aviso de Perigo

Relatado por Suketu Mehta (Maximum City, via Marginal Revolution) um aviso num prédio:

“Atenção
Este prédio é inseguro. Pessoas que entram na propriedade o fazem por sua conta e risco. O dono da propriedade não será responsável por qualquer problema com a vida e propriedade. O Proprietário”

Dentro do prédio não existe traficantes ou sem teto. Mas escritórios de advogados, contadores e instituições financeiras.

Links

1. Tamanho do dedo e desempenho em matemática - Correlação espúria?

2. Avaliar marca é difícil. Cuidado com algumas pesquisas.

3. Uma listagem dos viéses cognitivos da decisão humana. 26 razões para explicar a irracionalidade humana

4. Uma discussão com Richard Thaler

5. Não sou Diretor da Economia, mas deu no Jornal Nacional

6. Um produto para evitar paparazzi.

Pirataria

A figura mostra os países com maior valor de pirataria por computador, em unidades monetárias. Fonte: The Economist Interessante a presença da Islândia, um país europeu, no segundo lugar.

31 maio 2007

Ranking dos jogadores de futebol

O ranking é comum em diversos esportes. No xadrez, por exemplo, cada jogador tem um ranking que é atualizado periodicamente com as partidas disputadas.

No futebol as tentativas de ranking são imperfeitas e toscas. O conceituado Times de Londres usou a matemática para chegar aos maiores talentos da liga inglesa. O resultado a seguir (na ordem: jogador, clube, posição e duas medidas de desempenho)

1 C Ronaldo - Manchester United - meia - 85.12% 19.12

2 F Lampard - Chelsea - Meia - 97.31% 16.24

3 Gilberto - Arsenal Meia 88.14% 16.01 P

4 - Cech - Chelsea - Goleiro 50.15% 14.41

5 - J Lehmann Arsenal - Goleiro 97.30% 13.94

6 - P Scholes Man Utd Meia - 79.10% 13.50

7 T Howard - Everton - Goleiro, 94.59% 12.96

8 N Vidic - Man Utd - Defensor 66.11% 10.48

9 B McCarthy Blackburn - 88.98% 9.91

10 A Hleb Arsenal - Meia 68.14% 9.87

Propinas e contabilidade

Um texto na Folha de S. Paulo de 31/05/2007 sobre a história da propina no Brasil.

Propinas: passado e presente
Folha de São Paulo

KENNETH MAXWELL

NO BRASIL, a propina tem uma história venerável. As lucrativas e íntimas interconexões entre o abuso de poder governamental, as quantias substanciais propiciadas pelos contratos e os empresários que recebem do Estado esses contratos não é novidade nenhuma.

Nas Minas Gerais da era colonial, propinas generosas eram formalmente incorporadas ao custo dos contratos concedidos pelo governo. O governador da Província e os funcionários do Judiciário recebiam adicionais aos seus salários oficiais conhecidos como "propinas", o que explica a origem do uso dessa palavra para descrever tal forma de pagamento no Brasil.

Em 1780, por exemplo, o governador de Minas Gerais recebeu, além do seu salário oficial, adicionais de cerca de 50% em forma de propinas, consideradas legais e que constavam das contas oficiais do governo. Os magistrados e outros funcionários locais recebiam suplementos salariais semelhantes, se bem que menos generosos.

As propinas vinham de empreiteiros que haviam recebido contratos para arrecadar em nome do governo a maior parte das receitas do Estado. De fato, o Estado havia privatizado a função básica de recolher impostos muito antes da década do neoliberalismo.

Os contratos que envolviam arrecadar impostos de importação e de exportação para o território da Província e tributos sobre a produção, uso de estradas e venda de produtos costumavam ser concedidos aos mais importantes empresários locais. O sistema gerava muitos abusos, e reformá-lo era virtualmente impossível. De fato, quando, em 1784, um oficial da contabilidade recomenda a reforma tributária, dizendo que esse método de contratação era prejudicial para o Estado, o governador e o chefe de Judiciário foram ambos totalmente contra qualquer mudança, apesar de serem inimigos e de discordarem sobre tudo. O que fica claro é que gente demais no interior do sistema lucrava com a maneira pela qual ele operava, embora o povo, evidentemente, não se beneficiasse. O povo se via forçado a pagar impostos pelos coletores, que desejavam extrair o máximo lucro de seus contratos com as autoridades.

Quanto mais impostos eles arrecadassem para além do montante prometido ao governo, mais dinheiro sobrava para eles. Foi Joaquim José da Silva Xavier que definiu a situação da melhor maneira: "Os governadores... cada três anos vinham... e todos iam cheios de dinheiro, que traziam uma machina de creados, e que cada um delles ia à proporção cheio".

Tiradentes estava falando, é claro, sobre governadores e criados vindos de Lisboa, e não sobre aqueles que hoje vivem em Brasília.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Links

1. Como o mercado acionário chinês é afetado pela crença na sorte e azar

2. Neuroeconomia, emoções e decisões morais

3. Como a escolha do título do livro de administração é importante. Reportagem do Valor Econômico de hoje