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14 maio 2007

Brasil atrasado em contabilidade

Uma reportagem da Gazeta Mercantil de 14/05/2007 mostra como estamos atrasados na adoção do padrão contábil. Será que podemos acusar somente os políticos pelo fato da norma ainda não ter sido votada? Haveria algum tipo de interesse para sua não aprovação? Quais são os grupos de pressão que estão atrasando esta adoção?

País fica atrás no padrão contábil global

São Paulo, 14 de Maio de 2007 - Projeto de lei que prevê alinhamento do Brasil ao IFRS pode ser votado até o mês que vem. Um dos últimos obstáculos para o desenvolvimento do mercado de capitais doméstico, o desalinhamento das práticas contábeis brasileiras em relação às internacionais, está em vias de ser removido. Depois de sete anos tramitando no Congresso, o projeto prevendo atualizar a lei que rege o setor, de 1976, deve ser submetido à votação da Câmara nas próximas semanas. "Acredito que isso pode acontecer ainda no primeiro semestre de 2007", diz o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), relator do texto.

Uma das principais mudanças previstas no projeto é que o Brasil passará a usar os padrões internacionais de demonstrações financeiras (IFRS, na sigla em inglês), modelo adotado pelos membros da União Européia em dezembro de 2005. Enquanto a mudança não chega, órgãos reguladores do governo vem agindo nessa direção. O Banco Central estabeleceu 2010 como prazo para os bancos nacionais publicarem seus balanços em IFRS. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pôs há duas semanas em audiência pública um edital visando ao mesmo objetivo.

Em outra frente, a autarquia avisou em abril que deve começar a acompanhar o entendimento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão criado em 2005 e que tem entre seus integrantes entidades governamentais e do mercado. "Agora, a CVM poderá referendar o entendimento do CPC", diz José Carlos Bezerra, gerente de normas contábeis da autarquia. Com orientação claramente pró-IFRS, o CPC passará a ser o responsável por ditar as normas sobre demonstrações financeiras, caso seja aprovada a íntegra do projeto de lei prestes a ser votado pelo Congresso. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves

Nomes de crianças

Que nome dar para uma criança?

Segundo a CBS News, Katrina não está mais em moda desde o furacão com este nome.

Este nome estava regularmente na lista dos 100 mais populares nomes escolhidos por pais norte-americanos para suas filhas. Em 2006 somente 850 bebês foram registrados com este nome. Os dois nomes mais populares são Emily e Jacob.

Uma outra tendência é a escolha de nomes "únicos" para os filhos. Um efeito do Google, já que isto facilitaria a pesquisa? É a Google Revolution?

Ter Dinheiro pode ser problema

Geralmente associados o fato de ter dinheiro como algo positivo. Este é um dos enganos, que nos alerta para as “regras de bolso” da análise econômico-financeira (algo como “maior, melhor”).

Quando uma empresa possui muito dinheiro, é necessário ter um plano de ação para o investimento que será realizado. Vale uma regra simples: o retorno do investimento deve ser compatível com o retorno esperado pelo acionista. Se a empresa aplicar os recursos a uma rentabilidade de 2% ao ano provavelmente o acionista terá mais alternativas interessantes para este recurso. Nesta situação, é interessante que a empresa distribua o dinheiro que possui sob a forma de dividendos, pois o acionista saberá gastar melhor estes recursos.

A presença de um elevado volume de dinheiro pode ser problemática se abrir uma discussão sobre como gastá-lo. Isto também ocorre com um país.

No Wall Street Journal de 14/05/2007 tem uma reportagem sobre o Chile, país que se beneficia com a alta do cobre (Chile poupa renda obtida com alta do cobre para se proteger quando ele cair, 14/05/2007, de Bob Davis). O Chile está poupando estes recursos para evitar um problema social e político quando o preço da matéria-prima cair, algo que Venezuela, por exemplo, não está fazendo.



SANTIAGO, Chile — Com os preços do cobre em alta, o Chile está abarrotado de dinheiro. Acredite ou não, isso pode ser um grande problema.
Bonanças de recursos naturais quebraram países instáveis do Oriente Médio e da África por causa da corrupção e de guerras. Mesmo países ricos têm dificuldade em lidar com booms de commodities, que podem valorizar a moeda local, fragilizar exportadores e gerar farras insustentáveis de importados.

A economia da Holanda estagnou depois que ricos depósitos de gás natural foram descobertos em seu litoral nos anos 60, num caso que é muito estudado por economistas. Atualmente, a Venezuela e outros países exportadores de petróleo que vivem um boom do consumo sustentado pelo petróleo estão vulneráveis à "doença holandesa", especialmente se os preços do petróleo caírem.

O Chile está tentando se inocular. Essencialmente, o governo está poupando o que ele calcula ser um lucro extra da mineradora estatal de cobre, e impostos extras arrecadados de mineradoras privadas. O país investe o dinheiro no exterior em instrumentos de renda fixa e está considerando investir também em fundos de ações estrangeiras. Quando a economia do Chile se debilitar, o governo pode usar o "fundo de estabilização econômica e social" como receita.

"A questão que persegue a América Latina e outros mercados emergentes é: como evitar os altos e baixos dos ciclos de commodities?", diz o ministro da Fazenda do Chile, Andrés Velasco. "No Chile temos uma resposta simples: gaste o que é permanente e poupe o que é transitório."

Até agora, o Chile separou cerca de US$ 6 bilhões e espera adicionar outros US$ 6 bilhões até o fim do ano em seu fundo de estabilização, um total que equivale a cerca de 10% de seu produto interno bruto. Isso foi possível graças à cotação do cobre, que já passa dos US$ 7.800 a tonelada, sendo que até 2003 estava abaixo dos US$ 2.000.


Entretanto, nem todos consideram uma boa política esta economia. A oposição protesta contra esta política e alguns dos problemas do país poderiam ser atacados com os recursos obtidos. A reportagem continua com observação neste sentido.

Embora o Chile seja considerado um caso de sucesso para os padrões da América Latina — ele cresceu em média 5,5% ao ano desde 1990 —, o país tem problemas domésticos urgentes, entre eles uma grande distância entre ricos e pobres, um sistema educacional abaixo do desejado, e portos, estradas e aeroportos inadequados.

Deixar de lado tanto dinheiro "é um crime", diz o senador chileno Fernando Flores, que já foi ministro da Fazenda do governo marxista de Salvador Allende e depois ganhou uma fortuna como empreendedor de software na Califórnia. "Precisamos de um modelo de investimento e educação para criar novas indústrias."

Mas autoridades econômicas chilenas dizem que é crítico limitar o efeito do boom do
cobre, de modo que o país não se torne dependente demais de recursos minerais que podem desaparecer rapidamente, resultando em déficits orçamentários. O governo tem por objetivo um superávit orçamentário de cerca de 1% anualmente, e para projetar sua receita usa uma estimativa do preço médio do cobre para os próximos dez anos.

Quando o preço dispara para acima da estimativa de longo prazo, como aconteceu nos últimos anos, o governo consegue superávits bem maiores do que 1% e encaminha o excesso para o fundo de estabilização, onde o dinheiro é investido no exterior.

Uma meta dessa estrita política fiscal é reduzir a valorização do peso, que no decorrer das décadas tendeu a subir com o preço do cobre. Um peso mais forte aumenta o preço de exportação do vinho, produtos florestais, frutas e verduras chilenos, tornando-os menos competitivos internacionalmente. O Ministério da Fazenda diz que sua política de estabilização tem sido um sucesso; descontada a inflação, o peso chileno está atualmente sendo negociado perto de seu valor médio dos últimos 20 anos.

Mas alguns exportadores não estão impressionados. Desde meados de 2003, o peso chileno apreciou quase 25% em relação ao dólar, descontada a inflação. "Com o peso no nível que temos, muitas empresas de exportações têm margens baixas", diz Recaredo Ossa, diretor-geral da Viña Veramonte S.A., uma grande vinícola de Casablanca, perto de Santiago. Uma autoridade da Fazenda chilena diz que a taxa de câmbio teria disparado sem a política de estabilização.

Mas, em geral, tem havido apoio público para o fundo. A esquerda em grande parte está tolerante porque o governo está aumentando os gastos públicos em cerca de 9% este ano, em termos reais, sem usar o dinheiro que destina ao fundo de estabilização. Gastos com infra-estrutura, saúde, habitação e educação estão crescendo num ritmo ainda mais rápido. Para a direita, o governo — uma coalizão de partidos de centro e de esquerda — ofereceu reduções de impostos para empresas voltados a promover a inovação.

13 maio 2007

Uma nova contabilidade

Reportagem do Wall Street Journal. As mudanças que o FASB e outros órgãos estão planejando pode significar uma mudança radical na forma como conhecemos a contabilidade. Clique aqui para ler

12 maio 2007

Links

1. Números seguem a Lei de Benford e "cientistas não explicam a razão" - Não é verdade. Existe uma explicação simples e fácil para esta lei.

2. The Streisand Effect - quando encobrir uma notícia termina por dar mais destaque. O caso do Digg, pela Forbes

Barris desaparecidos

Uma reportagem de hoje do NY Times (Billions in Oil Missing in Iraq, U.S. Study Says ) de James Glanz, informa que entre 100 mil a 300 mil barris por dia, da produção do Iraque dos últimos quatro anos, podem ter desaparecido numa rede de corrupção. Isto significa de 5 a 15 milhões por dia e indica que oficiais corruptos ainda controlam parte da produção do país.

Apesar das evidências, o Departamento de Estado do governo norte-americano trabalha com a possibilidade de que a diferença encontrada seja perda por sabotagem ou problemas nos relatórios de produção.

Sexo atrai a atenção

Loren Baker, editor do Search Engine Journal, observa que sexo atrai a atenção dos usuários da internet. Sua constatação atinge diretamente o sítio Digg.com, onde as notícias com uma pitada de sexo atraem mais a atenção do público do que a notícia comum. Ele cita um exemplo de notícia publicado hoje com o nome de Gmail Users are Younger, Richer, Good in Bed.

Trata-se de uma pesquisa sobre usuários do Gmail, que constatou serem ricos e jovens. Mas a pesquisa não fez qualquer referência ao desempenho na cama (Good in Bed).

Sexo ainda atrai a atenção.