Uma situação muito comum no mundo acadêmico é um pesquisador fazer uma citação de um trabalho da sua própria autoria.
Durante minha defesa de doutorado fui alertado pela banca para não usar este recurso, pois isto não seria adequado como forma de defender um ponto de vista.
Quando uma pesquisa faz uma citação está usando o chamado “argumento de autoridade”. Num texto, quando se afirma que “segundo Fulano de Tal” está implícito para o leitor que Fulano de Tal, que é uma autoridade no assunto, também concorda com nosso pensamento.
A citação do próprio autor é também uma forma de dizer ao leitor que “sou uma autoridade no assunto”.
A citação própria também tem outra função: é uma forma de valorizar o trabalho do pesquisador perante a comunidade científica.
Uma pesquisa mostrou que um artigo que possui citações do próprio autor tem um efeito positivo sobre os artigos que estão relacionados. Esta é uma conclusão razoavelmente obvia uma vez que quando gostamos de um assunto olhamos as referências para procurar mais textos sobre o assunto.
Para quem trabalha com situações de análise de texto sem saber sua autoria (blind review), analisar as referências ao final do texto pode ser um indício para determinar o potencial autor do artigo.
08 maio 2007
07 maio 2007
Revolta dos usuários
O sítio Digg corresponde a um endereço onde os usuários indicam qual notícia deverá aparecer. Seria como uma página onde o conteúdo é escolhido pelos usuários.
Na semana passada os usuários escolheram um texto que mostrava como desbloquear DVD de alta definição e indicava o código. Alegando a possibilidade de processo da Advanced Access Content System, o Digg tirou este texto.
Imediatamente inúmeros usuários começaram a incluir no Digg mensagens que continham o texto com o código. A quantidade de tópicos adicionados ao Digg foi tanta que tornou-se impossível retirar todas as mensagens. Alguns acusaram o Digg de receber dinheiro dos fabricantes de HD-DVD.
O número do código tornou-se um dos assuntos mais postados da internet.
A figura apresenta a página do Digg com vários textos com o código.
Clique aqui para ler mais, aqui e aqui
Links
1. Influência das capas das revistas de negócios e os preços das ações - referente a um artigo do The Financial Analysts Journal onde três pesquisadores mostraram como as ações respondem a capa da Business Week, Fortune e Forbes. As capas tendem a sinalizar um período de retornos anormais.
2. Racismo no basquete - Comprovado o efeito da cor do jogador sobre os árbitros
3. Ganhou na loteria em 1995, colocou o dinheiro em ações de alta tecnologia, teve que pagar multa com o imposto, divorciou e hoje vive da previdência social
2. Racismo no basquete - Comprovado o efeito da cor do jogador sobre os árbitros
3. Ganhou na loteria em 1995, colocou o dinheiro em ações de alta tecnologia, teve que pagar multa com o imposto, divorciou e hoje vive da previdência social
06 maio 2007
Comércio Justo
O termo comércio justo está associado a tendência, em países desenvolvidos, a valorizar os produtos de países pobres que valoriza os aspectos sociais. Entrentanto, como demonstrado por Jeremy Weber no último número do CATO Journal, o movimento pode ser destruitivo quando adquire uma conotação ideológica. Para o autor, o comércio justo deveria gastar mais tempo com questões práticas e menos tempo pesquisando sobre os "inimigos".
04 maio 2007
Incentivos fiscais
Um dos problemas que ocorre quando o governo concede incentivos fiscais para uma empresa é saber se o sacríficio da sociedade foi adequadamente direcionado para o que se pretendia.
Muitas empresas usam os incentivos fiscais para outras finalidades ou simplesmente não usam estes benefícios. Com a nossa experiência em projetos da Sudam, Sudene e outros, sabemos como os incentivos podem ser desviados da sua finalidade.
Um exemplo interessante está relatado no El País. Trata-se da empresa norte-americana Delphi que recebeu do governo espanhol incentivos (6 milhões de euros) para instalação de máquinas na Espanha. O jornal informa que seis meses depois do projeto aprovado as máquinas foram transferidas para a Polônia (Delphi se llevó a Polonia maquinaria que pagó con casi seis millones de ayudas públicas, Fernando Pérez Monguió, 4/5/2007, El País)
Muitas empresas usam os incentivos fiscais para outras finalidades ou simplesmente não usam estes benefícios. Com a nossa experiência em projetos da Sudam, Sudene e outros, sabemos como os incentivos podem ser desviados da sua finalidade.
Um exemplo interessante está relatado no El País. Trata-se da empresa norte-americana Delphi que recebeu do governo espanhol incentivos (6 milhões de euros) para instalação de máquinas na Espanha. O jornal informa que seis meses depois do projeto aprovado as máquinas foram transferidas para a Polônia (Delphi se llevó a Polonia maquinaria que pagó con casi seis millones de ayudas públicas, Fernando Pérez Monguió, 4/5/2007, El País)
La multinacional estadounidense Delphi Automotive System vendió y trasladó maquinaria industrial y tecnológica dedicada a la producción de direcciones eléctricas para vehículos -la línea de trabajo más rentable de la planta de Puerto Real (Cádiz)- a su factoría de Tychy, en Polonia, según un informe de la Consejería de Innovación de la Junta de Andalucía.
Estas máquinas, subvencionadas parcialmente con incentivos públicos del Gobierno andaluz por valor de 5,8 millones de euros, fueron trasladadas en marzo y abril de 2006, sólo seis meses después de que esta empresa firmase (en septiembre de 2005) el plan industrial de viabilidad con los sindicatos y por el que se comprometieron con la Junta de Andalucía a mantener la actividad del centro gaditano y los más de 1.600 puestos de trabajo hasta el año 2010.
Los datos del traslado de material figuran en la auditoría encargada por la Junta sobre la planta de Delphi en Puerto Real. Las máquinas, del modelo EPS y localizadas inicialmente en la planta 41ª del centro de Puerto Real, eran las más rentables por su alta automatización. En la línea de producción de direcciones eléctricas trabajaba aproximadamente la mitad de la plantilla gaditana.
El consejero de Innovación, Francisco Vallejo, afirmó ayer que los técnicos del Gobierno andaluz "tienen pruebas" de que, con la transmisión de activos, Delphi pudo conculcar el plan de viabilidad para el que recibió las ayudas.
La Junta considera que, desde 2005, la empresa Delphi ha adoptado "una serie de decisiones que claramente conducían, no a la viabilidad del plan industrial, sino al cierre de la empresa". Entre estas prácticas está, además del traslado de maquinaria subvencionada, el desvío de contratos rentables a otras plantas y la asunción de contratos deficitarios en Puerto Real. "Se trata de una maquinación encaminada a menoscabar patrimonialmente a la compañía dentro de una estrategia diseñada hace tiempo para conseguir el cierre de la factoría en Cádiz y con el menor coste económico posible para ellos", denunció Vallejo.
La auditoría de la Junta confirma que estas máquinas se vendieron a filiales de Delphi a precio de inventario. Esta auditoría es parte del fundamento jurídico de la Junta de Andalucía para personarse en el proceso concursal de acreedores (o de insolvencia previo a la suspensión de pagos) presentado por Delphi para proceder al cierre de la planta de Puerto Real.
Delphi recibió 61,96 millones de euros en subvenciones desde 1986, según el Ejecutivo autónomo.
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