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19 abril 2007

El Corte Ingles 2

A justiça espanhola deu ganho para o acionista minoritário da El Corte Inglés, maior varejista espanhol. O acionista deseja vender suas ações e a empresa ofereceu um valor apurado pela contabilidade. Prevaleceu o fluxo de caixa de descontado na avaliação. O interessante é que diversas fontes destacam que:

"supreendemente, a contabilidade não registrava a marca [da empresa]"

Não conheço a contabilidade espanhola, mas não é usual este tipo de registro deste ativo.

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Uma empresa de 1428 anos fechou

Segundo a Business Week (16/04/2007, The End of a 1,400-Year-Old Business; What entrepreneurs starting family businesses can learn from the demise of Japanese temple builder Kongo Gumi, por James Olan Hutcheson) talvez a empresa mais antiga do mundo fechou as portas.

A construtora de templos budistas Kongo Gumi, que estava em operação por seus fundadores e descendentes desde 578, encerrou suas atividades por excesso de passivo e problemas com os negócios. Foram 1.428 anos de operação.

A empresa tinha sobrevivido a tempos complicados, como a restauração Meiji, no século XIX, quando perdeu subsídios do governo.

Suas receitas, em 2004, eram de 67 milhões de dólares, sendo 80% da construção de templos.

O último presidente, Masakazu Kongo, era o quadragésimo membro da família a liderar o negócio.

As causas do fracasso recente da empresa? Duas explicações. A primeira, a aposta no mercado de imóveis do Japão na década de oitenta, que deixou a empresa endividada ($343 milhões em 2006 de empréstimos). A segunda, a redução na contribuição aos templos budistas, que provocou uma redução na demanda por novos templos.

A empresa foi adquirida pela Takamatsu, uma empresa de construção de grande porte. E foi absorvida.

Valor das árvores

Do New York Times (Maybe Only God Can Make a Tree, but Only People Can Put a Price on It, David Randall, 18/04/2007) (clique aqui também)

"Pela primeira vez, o Departamento de Parques pode realmente traduzir o valor das árvores da cidade em dólares e centavos. E como esperado, é um grande número.

Passo 1, faça um censo das árvores, um processo de dois anos que usou mais de mil voluntários para contar cada árvoce em cada rua da cidade [de Nova Iorque]. Os resultados do censo foram colocados num programa de computador para avaliar em dólar cada uma das 592 130 árvores contadas, um número que não inclui as 4,5 milhões de árvores de parques e terras privadas.

O programa, chamado Stratum, foi desenvolvido por pesquisadores da University of California at Davis e da United States Forest Service. Ele leva em conta muitos fatores, incluindo o impacto das árvores no valor da propriedade, sua contribuição para a limpeza do ar pela absorção do dióxido de carbono e quanto elas ajudam a reduzir o consumo de energia.

(...) as árvores das ruas de Nova Iorque trazem um benefício anual de $122 milhões, de acordo com o Departamento de Parques (Parks Department). O estudo conclui que Nova Iorque recebeu US$5.60 em benefícios por cada dólar gasto nas árvores.

Vale a pena abrir o capital?

Enquanto a imprensa destaca a abertura de capital de várias empresas, outras preferem fugir do mercado acionário. Do Estado de S. Paulo de 19/04/2007 (Por quê não ir à Bolsa, Patrícia Cançado) os motivos para não abrir o capital são custo (advogados, bancos, relações com investidores etc), necessidade de expor informações importantes e pressão por resultados por parte dos investidores.

Enquanto um número nunca antes visto de companhias brasileiras estréiam na Bolsa de Valores, há um movimento na contramão dessa grande onda. São empresas que têm porte para abrir o capital, vivem franco crescimento e atuam em setores cobiçados por investidores. Mas, ao contrário da maioria, ainda não estão dispostas a vender parte de suas ações, gastar dinheiro para manter uma empresa aberta, dar satisfação aos acionistas ou não querem pressão por retorno. Vista de fora, a Racional Engenharia é uma dessas estranhas no ninho. Apesar de prever faturamento de mais de meio bilhão de reais neste ano, uma receita alta para o setor, ela não está entre as 18 companhias do ramo imobiliário listadas até ontem na bolsa. "Eu fui muito procurado por bancos. Eles diziam que a minha empresa valia entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão", diz o engenheiro Newton Simões Filho, que fundou a Racional em 1971, no auge do chamado milagre econômico brasileiro. "Mas eu não quero pressão por estar com dinheiro em caixa. O mercado onde eu atuo (construções sob medida para empresas) não é linear."

A principal razão para o desembarque em massa das empresas imobiliárias na bolsa é o acesso ao capital barato. No caso da Racional, dinheiro também faz falta. Simões, no entanto, pretende consegui-lo por meio de alianças com fundos imobiliários. O empresário acabou de fechar a primeira parceira com o Banco Pátria para a construção de um centro de distribuição da Kimberly Clark, e negocia aliança com outros três fundos especializados. "Esses fundos conhecem melhor o meu negócio, sabem que o retorno é de longo prazo", diz. O empresário não descarta a abertura de capital no futuro. Quando isso ocorrer, ele o fará para resolver a sucessão da Racional. Simões está com 60 anos e não pretende se aposentar tão cedo, mas seus dois filhos mais velhos não trabalham no ramo. "A bolsa não é o único caminho. A empresa tem ganho de capital e de imagem, mas não funciona necessariamente para todos no mesmo momento", diz o sócio da Bernhoeft Consultoria, Wagner Teixeira.

A aliança com fundos pode ser um estágio intermediário do processo. A entrada recente de fundos do GP no capital do Boticário está levando a companhia a montar um conselho de administração, uma das inúmeras exigências feitas às empresas listadas em bolsa. "A venda de 2,41% do capital para o fundo foi uma maneira de experimentar a governança corporativa", diz o vice-presidente e um dos sócios da companhia, Artur Grynbaum. " O Boticário tem estrutura familiar de capital fechado e pretende manter essa condição." A empresa, que tem 2.400 lojas espalhadas pelo Brasil, não precisa da bolsa para financiar seu crescimento. Afinal, o grosso do dinheiro para a expansão vem dos donos das franquias.

PRESSÃO

Para o coordenador do Centro de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Eaesp), William Eid, a onda atual de aberturas de capital é provocada pelos bancos de investimento. "Em geral, são eles que vão até às empresas convencê-las a entrar na bolsa. Esse é o negócio deles", diz Eid. Segundo fontes do mercado, a comissão dos bancos sobre a captação varia entre 6% e 7%. "Para os bancos, o IPO (oferta inicial de ações) é o fim. Para as empresas, é só o começo", diz um alto executivo do Grupo Maeda, do agronegócio, que nos últimos tempos tem sido muito assediado. "O custo para manter uma empresa aberta é alto. Se ela não estiver realmente pronta, pode ter suas ações desvalorizadas."

O Grupo André Maggi, também do agronegócio, tem sido procurado por bancos nos últimos dois anos. Até agora, não cedeu ao discurso. "Para continuar como está, a empresa não tem necessidade de abrir capital. A gente ainda precisa saber o que fazer com o dinheiro, se vamos usá-lo para aquisição ou expansão geográfica", diz o presidente do grupo, Pedro Jacyr Bongiolo. "O momento é positivo, mas precisamos estudar bem esse passo."

18 abril 2007

Ipiranga

Os jornais anunciaram a decisão parcial do Cade quanto ao processo da Ipiranga. Achei interessante a ênfase. Para a Folha, o Cade "decidiu impor proibições temporárias". Para o Valor, "suspendeu os efeitos da compra da Ipiranga". Sutilmente diferente.

Novos investidores

Da Gazeta Mercantil de 18/04/2007 (Novos Investidores, novas necessidades, Finanças eMercados, p.4), e segundo o relatório do ombudsman da Bovespa:

"O número de reclamações praticamente dobrou de 2005 para 2006, sendo que as mais freqüentes recaíram sobre as corretoras e, principalmente, sobre seus sistemas de home broker."


A explicação para isto, segundo a Bovespa, deve-se:

"aumento do número de investidores individuais e o surgimento de novos desafios de infomação, educação e de atendimento desse público"

Links

1. Replica em Economia

2. Nem todos os cisnes são brancos ou é necessário prudência com os modelos de riscos bancários, por John Kay

3. Os celulares estão interferindo na vida das abelhas. Seriam os novos SUV?

4. Saiba mais sobre as abelhas e sua importância para a vida do planeta

5. Filhos ruins? Treinem os pais - crianças com comportamento anti-social podem melhorar através do treinamento dos seus pais, segundo o British Medical Journal