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04 abril 2007

CVM x Price

Da Folha News

CVM aceita proposta de acordo com Price para encerrar litígio

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou hoje que aceitou a proposta de acordo feita pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers para encerrar processo administrativo em que a multinacional americana era acusada de embaraçar o trabalho de fiscalização da autarquia.

A "Price" entrou em litígio com a CVM por não ter entregue cópias de documentos solicitadas pela autarquia nos últimos anos. O pivô do caso surgiu a partir da auditoria feita pela empresa na Telemig Celular e Amazônia Celular,

No termo de compromisso proposto pela "Price", a empresa reconhece a obrigação de entregar cópias da documentação solicitada pela CVM em suas ações de fiscalização, além de pagar R$ 50 mil à autarquia.

Por outro lado, a empresa não admite a procedência das acusações feitas pela CVM em processos judiciais e ressalva seu entendimento de que seus papéis de trabalho "não podem ser utilizados para acusação das entidades auditadas".

Em seu comunicado ao mercado, a CVM afirma que o colegiado acolheu a proposta da auditoria

O Colegiado da CVM acolheu a proposta da Price, "por entender que com ela se encerra um longo contencioso com uma das mais importantes e reputadas empresas de auditoria do país, com o pleno reconhecimento da autoridade" da autarquia.


Aparentemente a CVM perdeu. Já o jornal Valor dá a seguinte versão:

De acordo com nota divulgada pela CVM, no termo de compromisso proposto, a Price, embora sem admitir a procedência das acusações que foram feitas, reconhece estar obrigada a entregar cópias de papéis de trabalho solicitadas pela autarquia fiscalizadora do mercado, "enquanto vigorar a redação do artigo 9º, I, da Lei 6.385/76, com a redação dada pelo Decreto 3.995/01", diz o texto. Também faz parte do acordo o pagamento de R$ 50 mil pela Price e a renúncia às ações judiciais que a auditoria tinha iniciado sobre o tema, "ressalvando seu entendimento de que os papéis de trabalho não podem ser utilizados para a acusação das entidades auditadas", informa a nota.

(...) A discussão entre a Price e a CVM sobre a questão dos papéis de trabalho é antiga. O entendimento da auditoria era o de que o Decreto 3.995 - que dá nova redação à Lei 6.385, que trata da criação da CVM e de suas atribuições - seria inconstitucional.

A disputa esquentou em outubro de 2005, quando a Price decidiu ir à Justiça pelo direito de não entregar as cópias. Segundo a auditoria alegou na época, os auditores mostraram todos os papéis aos fiscalizadores da CVM, mas não queriam entregar as cópias por entenderem que não havia respaldo legal para isso, o que poderia significar uma quebra do dever de fidúcia do auditor, já que os papéis de trabalho são considerados documentos sigilosos.

A CVM estava investigando a Telemig Celular e Amazônia Celular, assim como outras companhias abertas que foram atingidas por denúncias de despesas que seriam irregulares em operações com as empresas publicitárias SMP&B e DNA em 2004 e 2005. Inicialmente a Price obteve liminar na Justiça para não entregar as cópias, mas a CVM acabou conseguindo cassá-la e após decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) a auditoria acabou entregando os documentos.


Quem venceu, afinal?

Empresa familiar e governança

Segundo reportagem da Gazeta Mercantil de 04/04/2007 a governança corporativa ainda é um mito nas empresas familiares. Inclusive grandes empresas.


De um total de 200 companhias, apenas 5% revelam contratar executivo independente. Não há mais quem duvide da importância da governança corporativa para reduzir o custo de captação de recursos, aumentar seu valor de mercado e a lucratividade das companhias. Adotar práticas de governança, porém, não tem sido tão simples quanto aceitar a teoria. É o que mostra pesquisa inédita elaborada pela Prosperare, empresa de capital 100% nacional, que presta consultoria à empresas de controle familiar, tanto limitadas quanto de capital aberto.

A pesquisa ouviu 200 companhias de controle familiar - entre elas figuras jurídicas conhecidas como Bardella, Grupo Gerdau, Grupo Guararapes, João Fortes Engenharia, Mendes Júnior, Karsten, Marisol e Fertilizantes Heringer (em processo de abertura de capital) - e revelou uma dificuldade na adoção de práticas fundamentais da governança: a contratação de profissionais de mercado para os principais cargos executivos e de membros independentes para seu conselho de administração.

De acordo com o estudo - que foi elaborado em parceria com o instituto de pesquisa Data UFF, ligado à Universidade Federal Fluminense -, apenas 5% das companhias do universo pesquisado possuem um CEO (principal executivo) que não seja membro da família controladora e só 18% contam com conselheiros externos independentes.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

As maiores empresas de auditoria da Espanha

Segundo Actualidad Económica (com número de empregados e faturamento em 2006 em milhões de euros)

AUREN - 615 e 40,1
BDO AUDIBERIA - 675 e 53
CONFEAUDITORES - 545 e 45,1
DELOITTE - 3.284 e 290,5
ERNST & YOUNG - 1.894 e 198
KPMG AUDITORÍA - 2.038 e 213
MAZARS (GRUPO) - 281 e 26
PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORÍA - 1250 e 128,7
RSM AUDIHISPANA - 595 e 41,7

Pode-se perceber o predomínio das grandes empresas estrangeiras, como ocorre no Brasil.

Links

1. Um Mapa do Cerébro humano

2. Pintando Mona Lisa com o Paint - Vídeo.

03 abril 2007

História




Há quinze anos foi criado o Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília. As fotos retratam os alunos lutando por mais professores.

Rir é o melhor remédio - 70

Como levar em conta as estrelas?

Quando entramos no sítio da Amazon nos encontramos uma avaliação de um livro feita pelos próprios consumidores da empresa. Geralmente são dadas "estrelas" para cada obra. O mesmo ocorre com as indicações de um filme (veja, por exemplo, o sítio Yahoo Cinema), restaurantes, atrações turísticas etc.

O problema é que um livro pode ter três indicações, com média de cinco estrelas, e outro pode ter uma indicação com média de cinco estrelas. Qual deveria ser mais valorizado? O sítio Statistical Modeling, Causal Inference, and Social Science oferece uma forma simples de analisar essa situação. Nesses casos, geralmente o livro com mais indicações deve ser mais relevante.

Assumindo uma distribuição normal, com uma determinada variância pre-determinada, é possível listar tais indicações. E teremos então surpresas. Um livro com 9 análises e com uma média de 4 estrelas e meia é melhor que um livro com uma única indicação de cinco estrelas.