Translate

15 março 2007

Contabilidade criativa

O termo contabilidade criativa tem sido usado para situações onde uma empresa usa artifícios para melhorar ou piorar seus resultados.

A Gaceta de los Negocios traz uma reportagem sobre a contabilidade criativa nas contas nacionais (El Producto Interior Bruto y la prostitución, 15/03/2007). A questão iniciou com o acordo europeu de exigir que os países da Comunidade Européia obtenham um patamar de deficit público em relação ao PIB. Esse limite deve ser respeitado pelos membros da zona do Euro. Diante da dificuldade de obter a meta, alguns países resolveram o assunto mudando o PIB.

La opción más obvia consistía en incluir, a efectos estadísticos, actividades paralegales, como la prostitución y el juego, de forma que el cociente resultase menos estridente.

Esta simple anécdota pone sobre la mesa un asunto de actualidad en estos momentos: el empleo de la contabilidad creativa no se ha limitado a empresas como Parmalat, Ahold o Enron; las entidades públicas, en mayor o menor medida, han empleado la contabilidad creativa para alterar sus cuentas, desviando sin embargo todo el foco mediático hacia el sector privado, al que han regulado, han impuesto muy estrictos estándares contables y han aplicado contestables medidas de buen gobierno.

A pesar de ser bien recibidas por el legislador, su resistencia a aplicarlas y a atajar de una vez por todas las prácticas de prostitución contable, que afectan al sector público, delata una actitud farisaica.

Centrémonos en un par de ejemplos que dejan constancia de este proceso: los déficit de pensiones y la deuda fuera de balance. La contabilidad internacional, al igual que la norteamericana, fuerza a cualquier compañía con fondos de pensiones internos a informar al mercado del déficit o superávit que tiene el fondo de pensiones, valorando los activos a precio de mercado y descontando las obligaciones futuras a los empleados a una tasa de descuento muy cercana al coste de la deuda de la empresa. Con esta medida, se ha intentado aplacar el muy extendido uso de prácticas contables apoyadas en cálculos actuariales, que pretendían simular que las promesas realizadas a los trabajadores mediante las pensiones estaban cubiertas con creces con los fondos actuales, cuando en realidad se debía mucho más dinero que el que realmente se tenía.

Esta medida, por ejemplo, ha sido clave para que las agencias de calificación consideren basura los bonos de General Motors y Ford.

Ahora bien, ¿alguno de ustedes conoce el déficit de pensiones del Gobierno de España o de la Unión Europea? ¿Qué pensiones nos han prometido frente al dinero que hay en la hucha (el fondo de reserva de la Seguridad Social)? Con independencia de que el fondo de reserva apenas daría para pagar las pensiones durante menos de un año, el quid del asunto es la hipocresía del poder público, que fuerza al sector privado a proporcionar información que los gobiernos se niegan a dar.

(...) Mediante el aparcamiento de esta deuda en empresas mixtas se acometen cuantiosas inversiones en infraestructuras, de forma que la Unión Europea no contabilice estos compromisos como deuda pública. Este esquema ha sido agresivamente utilizado en Cataluña, donde la deuda alcanza 3.502 millones de euros; en la Comunidad Valenciana, donde asciende a 1.538, y en la Comunidad de Madrid, con 488 millones. (...)

GM divulga demonstrações

Uma empresa em dificuldade sempre chama a atenção dos analistas para suas demonstrações. É o caso da GM.

Nas demonstrações divulgadas nessa semana, a GM mostrou o peso da reestruturação que está sendo feita. Apesar da venda de 9,1 milhões de automóveis e bom faturamento, além de lucro nas filiais, a GM preciso de tempo para fechar a contabilidade em razão da necessidade de rever a contabilidade dos últimos cinco anos. A revisão foi um pedido da SEC.

As demonstrações aparentemente mostram que a crise já passou para GM. Para se ter uma idéia, o lucro da filial européia no último trimestre do ano de 2006, conforme informa o El Mundo, foi de 731 milhões de euros; no ano de 2005 era de 5,1 milhões.

CVM tem dificuldades para julgar o caso Acelor

Notícia da Gazeta de 15/03/2007:

Faltam juízes e decisão pode demorar
Gazeta Mercantil

São Paulo, 15 de Março de 2007 - Dos cinco membros regulamentares do Colegiado da CVM, só dois podem decidir sobre oferta. Uma limitação temporária do Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode atrasar o desfecho do caso Arcelor Mittal no Brasil. Isso porque uma decisão final sobre os critérios que devem ser utilizados para a oferta pública de compra que a companhia deve fazer aos minoritários da Arcelor no País deve passar pelo crivo de pelo menos três membros do Colegiado da autarquia, mas apenas dois estão em condições de analisar o caso.

A instância máxima da CVM é composta pelo seu presidente e mais quatro diretores. Mas uma das cadeiras ficou vaga no final de 2006, com a aposentadoria de Wladimir Castello Branco. Outro diretor, Sérgio Weguelin, já havia sido afastado meses antes, devido a investigaçãos por suspeita de seu envolvimento num episódio de vazamento de informações no caso Telemar. Um terceiro diretor, Pedro Marcílio, se declarou impedido de trabalhar no caso, pois já atuou para a Arcelor na iniciativa privada.

Uma alternativa de que o presidente da CVM, Marcelo Trindade, pode lançar mão é nomear um superintendente da autarquia para ocupar uma das cadeiras do Colegiado interinamente para analisar o caso. Consultada, a autarquia não respondeu, até o fechamento desta edição, se esta possibilidade está em análise.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves)

14 março 2007

Rir é o melhor remédio - 61

Contabilidade pública norte-americana

Grifo meu. Como estamos atrasados na contabilidade pública brasileira!

Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado Publica Normas Atualizadas para Avaliação de Patrimônio Privado dos EUA
13 March 2007
Business Wire Latin America

( BW)(NY-PEIGG)Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado Publica Normas Atualizadas para Avaliação de Patrimônio Privado dos EUA

NEW YORK--(BUSINESS WIRE LATIN AMERICA)--13 de março de 2007--Atendendo à constante necessidade de uma maior consistência e transparência na avaliação do patrimônio privado e levando em consideração a Declaração No. 157, Medidas de Valor Justo, emitidas pela Junta de Normas Contábeis (Financial Accounting Standards Board) em setembro de 2006, o Grupo de Normas do Setor de Patrimônio Privado (Private Equity Industry Guidelines Group) atualizou as Normas de Avaliação do Patrimônio Privado dos EUA (U.S. Private Equity Valuation Guidelines). Estas Normas Atualizadas auxiliam os participantes de patrimônio privado a cumprirem com os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos dos EUA (U.S. Generally Accepted Accounting Principles) que exigem a apresentação de relatório do valor justo. As Normas Atualizadas, junto com um documento de Perguntas Mais Freqüentes (Updated Guidelines), podem ser encontrados no www.peigg.org [http://www.peigg.org].

"A publicação das Normas Atualizadas é um passo importante na constante evolução do setor de patrimônio privado que irá ajudar os gerentes a avaliar investimentos de forma consistente e transparente", disse o membro do PEIGG, Stephen Holmes da InterWest Partners, uma empresa de empreendimentos de capital diversificada que investe em companhias de tecnologia de informação e de ciências da vida.

As Normas foram criadas para incentivar as melhores práticas e melhorar a consistência e a relevância da informação de avaliação reportada para os investidores - um objetivo cada vez mais importante para todo o setor de patrimônio privado. "Por natureza, os Investimentos em Patrimônio Privado são difíceis de monitorar", disse o membro da PEIGG, Kevin Delbridge da HarbourVest, um dos principais fundos de patrimônio privado de gerentes de fundos da nação. "Para avaliar interinamente a performance do gerente, selecionar gerentes e tomar decisões sobre a alocação de bens, precisamos fazer relatórios de resultados comuns. O Valor Justo descrito nas Normas, proporciona esta consistência".

A emissão da Declaração No. 157 da FASB mais uma vez mostra a importância dos dados das avaliações comparáveis. "Os investidores de Patrimônio Privado que preparam as declarações financeiras de acordo com o GAAP dos EUA, têm que fazer os relatórios e registrar seus investimentos com valor justo", disse o membro da PEIGG, David Larsen da Duff & Phelps, uma principal firma de consultoria financeira independente especializada em avaliação de portfólio de investimento de firmas de patrimônio privado e fundo hedge. "Por isso, eles necessitam da informação do valor justo por parte dos gerentes. Além disso, a maioria dos acordos das sociedades de patrimônio privado exige que as declarações financeiras sejam preparadas de acordo com o GAAP que, por sua vez, exige o valor justo. As Normas são uma ferramenta excelente para que os gerentes de patrimônio privado possam cumprir com a Declaração No. 157, e ainda considerar as nuances do setor de patrimônio privado".

As Normas Atualizadas estão de acordo com as Normas de Avaliação de Patrimônio Privado Internacional e de Empreendimento de Capital (International Private Equity and Venture Capital Valuation Guidelines) publicadas no final de 2005. a PEIGG acredita que os gerentes que seguem as Normas estarão atendendo ao GAAP.

Regulação baseada em princípios

Da Dow Jones em português:

Paulson Defende Regulações "baseadas Em Princípios"

Washington, 13 - O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, afirmou que os formuladores de política dos EUA devem considerar adotar regulações "baseadas em princípios" e padrões de contabilidade para manter o ritmo com os mercados globais de capital cada vez mais competitivos. Durante um evento sobre competitividade nos mercados de capitais, Paulson falou em termos gerais sobre a necessidade de os EUA inovarem e possivelmente mudarem a maneira de administrar os mercados de capitais para atender aos crescentes desafios vindos da Europa e Ásia.

Em particular, o secretário do Tesouro destacou a necessidade de revisões na estrutura regulatória norte-americana, assim como na indústria de contabilidade e na estrutura de governança. "Nós também temos que considerar se seria possível na prática e benéfico ir em direção a um sistema regulatório baseado em princípios, como nós vemos em outras partes do mundo", disse Paulson.

Com as companhias norte-americanas adaptando-se a regras relativamente recentes, como a Lei Sarbanes-Oxley, "os mercados globais de capitais em todo o mundo estão crescendo e se desenvolvendo, trazendo nova competição para nossos mercados", disse. Paulson afirmou que a indústria de contabilidade pode precisar de uma reestruturação, devido aos efeitos cumulativos das reformas, que podem ter mudado a dinâmica entre diretorias, auditores e administração de uma maneira que pode não ser "construtiva".

Da mesma maneira, Paulson afirmou que os formuladores de políticas devem levar em conta uma abordagem baseada em princípios para governança corporativa, o que mudaria o foco de avaliar a legalidade de uma questão para questionar se uma determinada ação está no caminho "certo".

Paulson afirmou que o Tesouro vai desenvolver ações específicas para manter os mercados norte-americanos acelerados. "Haverá coisas que nós, no Tesouro, trabalhando junto com as agências reguladoras, faremos no curto prazo, além de outras ações em um período maior de tempo, para tratar esses desafios à nossa competitividade", afirmou, acrescentando que isso será "uma alta prioridade". As informações são da Dow Jones. (Carolina Ruhman)

Diretor financeiro será "Diretor de Criação de Valor"

“Finanzas se irá difuminando yconvergerá con recursos humanos”
Gaceta de los Negocios - 14/03/2007

Existe una “enorme brecha” entre el mundo de la contabilidad y el del valor para los accionistas

El director financiero se verá como un “director de creación del valor” en la empresa

Juanma Roca

Madrid.En un contexto global e incierto, el papel del director financiero se mueve entre la regulación y la creación de valor, como recordó ayer Carlos Mas, presidente de PricewaterhouseCoopers. Pero, de cara a un futuro próximo, “la función de finanzas seguirá siendo cada vez más pequeña y automatizada, hasta el punto de quedar desagregada de la función financiera tradicional y alcanzar una convergencia con recursos humanos, tecnología y otras áreas con servicios compartidos, pues la tendencia hará que los límites entre una y otra se vayan difuminando”, insistió Cedric Read, presidente de CCR Partners y socio de la firma de servicios profesionales, durante la presentación de su última obra, CFO Perspectives (John Wiley & Sons, 2007), en la que aborda los desafíos de los directivos financieros después del escándalo Enron.

Para Read, la función de finanzas, en el fondo, debe centrarse en la creación de valor, por lo que “el director financiero debe ser denominado como director creación de valor”, porque “debe velar por la creación y generación de valor, bien sea a través de crecimiento o adquisiciones”. En este sentido, el prestigioso consultor destacó que el chief financial officer (CFO), siglas con las que se conoce tradicionalmente al director financiero, “será cada vez más reconocido en el mercado, que lo verá como una persona de valor”, al igual que su jefe contable, “que estará cada vez más presente en el comité de dirección de las compañías”.

Read recalcó que el director de finanzas de una compañía es el “arquitecto de la empresa, el responsable de la estrategia y de las finanzas de la empresa, y que ve la compañía desde el punto de vista del inversor”. A su juicio, es tan importante como el consejero delegado, puesto que “los inversores hacen los análisis del rendimiento del CFO como los del CEO (consejero delegado)”. De alguna forma, prosiguió el consultor, a raíz del escándalo Enron el mercado percibió que el máximo responsable financiero de la compañía era el “aglutinador de los elementos de negocio y tenía una enorme influencia a la hora de reestablecer la reputación”.

Desde entonces, recalcó, los directores de finanzas han “cabalgado en un monstruo de dos cabezas: regulación y valor”, aunque, matizó, “muchas empresas buscan usar la regulación para obtener beneficios de ella”. La disyuntiva, sin embargo, entre la regulación y el mercado influye de forma decisiva en el papel que juegan los financieros.

A este respecto, Read sentenció: “Tenemos una enorme brecha entre el mundo de la contabilidad y el del valor para los accionistas. Las normas de contabilidad no reproducen lo que pasa en la empresa y los directores financieros están cada vez menos de acuerdo con las normas contables y el reporting corporativo”.

La innovación y las finanzas van de la mano, según el autor del libro, que destacó que en el mercado existen compañías que estimulan el crecimiento y la innovación a través de “ideas radicales”, aunque “muchas empresas no están para una innovación radical, sino para perpetuarse, y eso tiene que ver con la función financiera”. Incluso, añadió, transformar la empresa a partir de una transformación en el departamento financiero es “bastante fresco u osado”.