O guidance no IBRX
Gazeta Mercantil - 14/02/2007
Em estudo elaborado em janeiro pela MZ Consult pode-se verificar que apenas 18 das 88 empresas que têm seus papéis listados no IBRX (índice que mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na Bovespa) passam de alguma forma um guidance ao mercado. O guidance é uma estimativa de resultados que a empresa fornece ao mercado, que serve em muitos casos como balizador para analistas fazerem suas projeções.
Embora empresas não provedoras de guidance sejam maioria no IBRX, as provedoras representam cerca de 38% da composição do mesmo. Em outras palavras, as empresas que de alguma forma disponibilizam guidance vêm tendo seus papéis mais comercializados do que as demais. (...)
Duas empresas se destacaram em estudo, apresentando modelos de guidance bastante interessantes. São elas: Gol e AmBev. Essas empresas, além de divulgar seu guidance de forma exemplar, possuem um formato direto e esclaceredor. Vale a pena conferir seus websites www.voegol.com.br/ri/ [http://www.voegol.com.br/ri/] e www.ambev-ir.com [http://www.ambev-ir.com]. (...)
A relação do guidance com o IBRX traz mais segurança para investidores. A certeza de um bom investimento parte de um consenso entre estimativas de analistas. Contudo, o guidance passa a assumir um papel de "sanity check" que facilita o cálculo do desempenho futuro, diminuindo então o desvio padrão entre as opiniões dos analistas e tendo como conseqüência uma maior confiabilidade.
Fica implícito que o guidance deve procurar ser o mais realista o possível. Traçar uma meta inatingível ou dar pouca relevância à informação pode atrapalhar ou retardar o crescimento de uma empresa, além de comprometer sua credibilidade diante do mercado.
Vinicius Tomé - Consultor
14 fevereiro 2007
Guidance
Leonardo DiCaprio e um filme sobre Enron
Leonardo DiCaprio poderá ser o produtor e ator numa adaptação do livro de Kurt Eichenwald, Conspiracy of Fools. Eichenwald foi co-autor de O Informante, também transformado em filme.
O livro é sobre a Enron. Segundo a agência de notícias Notimex, DiCaprio será um novato que chega na empresa em Houston e descobre a corrupção da gestão, revelando as fraudes.
(Clique aqui e aqui para ler sobre essa notícia em inglês)
O livro é sobre a Enron. Segundo a agência de notícias Notimex, DiCaprio será um novato que chega na empresa em Houston e descobre a corrupção da gestão, revelando as fraudes.
En 2001 Enron se declaró en bancarrota, defraudando a cientos de accionistas y empleados, tras haber dando información falsa y sobredimensionando los valores reales de los títulos de la compañía.
Tras varias investigaciones, el 25 de mayo de 2006, fueron declarados culpables de fraude el presidente de Enron, Kenneth Lay, y ex director ejecutivo, Jeffrey SKilling; Lay murió casi dos meses después de un infarto, y Skilling fue condenado a 24 años de prisión.
La película, cuyo guión será escrito por Sheldon Turner, estará producida por la compañía de DiCaprio, Appian Way y los estudios Warner Bros, quienes produjeron las últimas dos cintas del actor, "Infiltrados" y "Diamante de sangre".
El escándalo de Enron ya fue recreado en el documental "Enron: The Smartest Guys In The Room", de Alex Gibney, basado en el libro de los periodistas de la revista "Fortune", Bethany McLean y Peter Elkind, cinta que fue candidata al Oscar en 2005.
(Clique aqui e aqui para ler sobre essa notícia em inglês)
Petrobrás tem lucro de R$25,9 bilhões
Lucro de R$ 25,9 bi da Petrobrás em 2006 é recorde latino-americano
Resultado é 9% maior do que o de 2005, mas mercado financeiro esperava desempenho ainda melhor
Nicola Pamplona, RIO
A Petrobrás teve lucro de R$ 25,919 bilhões em 2006, o melhor resultado da história de empresas latino-americanas. O valor é 9% superior ao verificado pela companhia no ano anterior e reflete os melhores preços de venda de petróleo e derivados, além do aumento da produção nacional de petróleo. A estatal anunciou que vai distribuir R$ 7,9 bilhões a seus acionistas, dos quais 32,2% - ou R$ 2,54 bilhões - serão pagos à União.
(...) Apesar da soma gigantesca, o resultado foi recebido com frieza pelo mercado financeiro, que esperava desempenho ainda melhor, principalmente no quarto trimestre. As ações da estatal fecharam o pregão de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com alta de 1,8%, abaixo do índice Bovespa (2,82%).
“A despeito das vendas fortes, com contribuição cada vez maior do mercado internacional, os custos situaram-se acima do esperado, o que comprometeu o resultado da companhia”, avaliou o analista Felipe Cunha, da Brascan Corretora, em relatório a clientes. A opinião é a mesma dos analistas da Ativa Corretora, que citam ainda o forte aumento de 28% das despesas corporativas entre os fatores negativos do balanço.
Fonte: Estado de S. Paulo, 14/02/2007
Itaú lucra menos
Com BankBoston, Itaú lucra menos
Amortização de ágio faz ganho cair 18%, para R$ 4,3 bi; sem operação, resultado seria de R$ 6,2 bi, mais um recorde
Leandro Modé
A compra do BankBoston teve forte impacto sobre os resultados de 2006 do Banco Itaú. O lucro, por exemplo, caiu 18%, para R$ 4,3 bilhões, por causa da amortização integral do ágio pago pelas operações do banco americano no Brasil, Chile e Uruguai. Excluído esse efeito extraordinário, os ganhos sobem 13,8% em relação a 2005, para o recorde de R$ 6,2 bilhões.
Outras rubricas do balanço do Itaú também foram afetadas pela aquisição. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio recuou de 35,3% em 2005 para 22,7% no ano passado. O retorno sobre o ativo médio caiu de 3,6% para 2,4% no período.
“O investimento que fizemos (no BankBoston) ainda não deu retorno”, reconheceu Roberto Setubal, presidente do Itaú. Ele ressaltou, porém, que os resultados positivos já aparecerão em 2007 e lembrou que o impacto já era esperado pelo mercado. “Já havíamos divulgado isso em setembro”, disse ao Estado. As ações preferenciais do Itaú fecharam estáveis na Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto os papéis ordinários caíram 0,13%.
Setubal explicou que em março os sistemas operacionais dos dois bancos serão “tombados”, ou seja, as duas instituições passarão a operar na mesma plataforma tecnológica. “Isso resultará em uma redução importante dos custos com o Boston.”
De acordo com analistas, o que ocorreu com o balanço do Itaú de 2006 é normal em casos como este. “O BankBoston é um ativo relevante para ser absorvido, mesmo por um banco grande como o Itaú”, observou Marcel Artoni de Marco, analista do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad). Em março do ano passado, pouco antes da venda para o Itaú, o BankBoston era o 13º maior banco do Brasil, com ativos totais de R$ 23 bilhões.
Na avaliação de de Marco, os números do Itaú foram muito bons, apesar do BankBoston. Um levantamento realizado por ele mostra que as receitas brutas da instituição cresceram 46%, bem acima dos 13,4% do Bradesco, por exemplo.
Fonte: Estado de S. Paulo, 14/02/2007
13 fevereiro 2007
Correções das demonstrações continuam aumentando
Conforme reportagem do The Wall Street Journal (12/02/2007, Restatements Still Bedevil Firms), o número de correções(refazimentos) das demonstrações financeiras no mercado norte-americano aumentou em 2006, continuando uma tendência desde 2001. No ano passado foram 1.876 casos.
Entretanto, entre as grandes empresas o número de correções diminuiu pela primeira vez, de 242 (em 2005) para 196, no ano passado. Para Mark Cheffers, da AuditAnalytics, fonte dos dados e entrevistado do jornal, talvez a redução nas grandes empresas seja conseqüência dos melhores controles internos.
Entretanto, entre as grandes empresas o número de correções diminuiu pela primeira vez, de 242 (em 2005) para 196, no ano passado. Para Mark Cheffers, da AuditAnalytics, fonte dos dados e entrevistado do jornal, talvez a redução nas grandes empresas seja conseqüência dos melhores controles internos.
Onde você estava ...
Em entrevista do jornal Gaceta de los Negocios de hoje César Maia afirmou sobre sua passagem no Chile, no tempo de exílio:
Entonces trabajaba haciendo la contabilidad de empresas de materiales de construcción, y una parte consistía en poner las empresas en un punto más bajo del equilibrio y así facilitar la nacionalización. El Gobierno acababa presionando el mercado para promover la intervención. Así que cuando salí de Chile me sentía más keynesiano que marxista.
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