Translate

14 fevereiro 2007

Itaú lucra menos

Com BankBoston, Itaú lucra menos

Amortização de ágio faz ganho cair 18%, para R$ 4,3 bi; sem operação, resultado seria de R$ 6,2 bi, mais um recorde

Leandro Modé

A compra do BankBoston teve forte impacto sobre os resultados de 2006 do Banco Itaú. O lucro, por exemplo, caiu 18%, para R$ 4,3 bilhões, por causa da amortização integral do ágio pago pelas operações do banco americano no Brasil, Chile e Uruguai. Excluído esse efeito extraordinário, os ganhos sobem 13,8% em relação a 2005, para o recorde de R$ 6,2 bilhões.

Outras rubricas do balanço do Itaú também foram afetadas pela aquisição. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio recuou de 35,3% em 2005 para 22,7% no ano passado. O retorno sobre o ativo médio caiu de 3,6% para 2,4% no período.

“O investimento que fizemos (no BankBoston) ainda não deu retorno”, reconheceu Roberto Setubal, presidente do Itaú. Ele ressaltou, porém, que os resultados positivos já aparecerão em 2007 e lembrou que o impacto já era esperado pelo mercado. “Já havíamos divulgado isso em setembro”, disse ao Estado. As ações preferenciais do Itaú fecharam estáveis na Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto os papéis ordinários caíram 0,13%.

Setubal explicou que em março os sistemas operacionais dos dois bancos serão “tombados”, ou seja, as duas instituições passarão a operar na mesma plataforma tecnológica. “Isso resultará em uma redução importante dos custos com o Boston.”

De acordo com analistas, o que ocorreu com o balanço do Itaú de 2006 é normal em casos como este. “O BankBoston é um ativo relevante para ser absorvido, mesmo por um banco grande como o Itaú”, observou Marcel Artoni de Marco, analista do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad). Em março do ano passado, pouco antes da venda para o Itaú, o BankBoston era o 13º maior banco do Brasil, com ativos totais de R$ 23 bilhões.

Na avaliação de de Marco, os números do Itaú foram muito bons, apesar do BankBoston. Um levantamento realizado por ele mostra que as receitas brutas da instituição cresceram 46%, bem acima dos 13,4% do Bradesco, por exemplo.


Fonte: Estado de S. Paulo, 14/02/2007

13 fevereiro 2007

Correções das demonstrações continuam aumentando

Conforme reportagem do The Wall Street Journal (12/02/2007, Restatements Still Bedevil Firms), o número de correções(refazimentos) das demonstrações financeiras no mercado norte-americano aumentou em 2006, continuando uma tendência desde 2001. No ano passado foram 1.876 casos.

Entretanto, entre as grandes empresas o número de correções diminuiu pela primeira vez, de 242 (em 2005) para 196, no ano passado. Para Mark Cheffers, da AuditAnalytics, fonte dos dados e entrevistado do jornal, talvez a redução nas grandes empresas seja conseqüência dos melhores controles internos.

Onde você estava ...

Em entrevista do jornal Gaceta de los Negocios de hoje César Maia afirmou sobre sua passagem no Chile, no tempo de exílio:

Entonces trabajaba haciendo la contabilidad de empresas de materiales de construcción, y una parte consistía en poner las empresas en un punto más bajo del equilibrio y así facilitar la nacionalización. El Gobierno acababa presionando el mercado para promover la intervención. Así que cuando salí de Chile me sentía más keynesiano que marxista.

Links

1. Origem do Caduceu

2. Tarô e Contabilidade

3. Nova fase da convergência FASB e IASB

12 fevereiro 2007

País do passivo trabalhista

Notícia do Estado de S. Paulo de hoje:

País tem 2 milhões de ações por ano

Gasto com reclamações é de R$ 1.300 para cada R$ 1.000 julgados; média é de 1 processo a cada 100 habitantes

Renée Pereira

O Brasil conseguiu abocanhar mais um título para a sua extensa lista de conquistas negativas. Com cerca de 2 milhões de processos por ano, o País é campeão mundial em ações trabalhistas, segundo levantamento do sociólogo José Pastore, especialista em relações do trabalho há mais de 40 anos. Segundo ele, nos Estados Unidos o número de processos não passa de 75 mil; na França, 70 mil; e no Japão, 2,5 mil processos.

Resultado disso é uma conta astronômica para o País. Para cada R$ 1.000 julgados, a Justiça do Trabalho gasta cerca de R$ 1.300, calcula Pastore. Para ter idéia, em 2005 foram pagos aos reclamantes R$ 7,19 bilhões e, em 2006, R$ 6,13 bilhões até setembro. Na média mensal, o volume de 2006 ficou 13% superior ao do período anterior, segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST).


Não entendi o que significa a palavra "gasta". Corresponde ao custo da justiça trabalhista? Ou seria o valor das causas?

Links

1. Dez perguntas para se fazer a um defensor da astrologia - clique aqui - Algo como, se astrologia funciona, por que os astrólogos não são ricos?

2. Como aprender cálculo? (Via Mahalanobis) - Clique aqui

3. Esse sítio não caiu na pegadinha de Fama e French (clique aqui, aqui e aqui)

10 fevereiro 2007

Lucros

Os resultados começam a ser divulgados na imprensa:

a) O lucro do BNDES é R$ 6,3 bilhões, quase o dobro de 2005, sendo que quase 3 bilhões são de recuperação de devedores.

b) Lucro da Fiat é de R$800 milhões no Brasil. A empresa é a única montadora que evidencia o balanço com resultado no Brasil. O resultado da Fiat significa uma demonstração de recuperação, depois das dificuldades da empresa.