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27 janeiro 2007

Receita das Agências de Publicidade

Da Gazeta de 23/01/2007 (Entidades intensificam os debates sobre remuneração, Sandra Azedo):

A questão da remuneração das agências de propaganda - com algumas regras bastante específicas no Brasil, o que muitas vezes levanta questionamentos por parte dos anunciantes multinacionais - é um assunto que sempre preocupa o meio e nunca deixa de ser conversa entre publicitários. (...)

a forma-padrão a qual trabalham as empresas de propaganda (ou deveriam trabalhar) é com a comissão (ou desconto-padrão) de 20% que o veículo passa para a agência - dinheiro que vem do anunciante. É um valor que vem sobre o custo da veiculação do anúncio, enquanto o onorário [sic], de cerca de 15%, é o que o anunciante paga à agência sobre o custo da produção.

Geralmente, multinacionais que atuam no País dizem ter problemas com o modelo local, para justificar a contabilidade lá fora. Aqui, teoricamente, as agências recebem a comissão dos veículos e não do anunciante.


Eis aqui um bom caso para se discutir em sala de aula.

Contabilidade da previdência

Do Estado de hoje (Governo mudará a forma de apresentar as contas do sistema Objetivo é mostrar que rombo não se deve apenas às aposentadorias e pensões, mas também a renúncias fiscais e políticas sociais, Isabel Sobral)

O governo passará a divulgar de forma mais detalhada e transparente as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para mostrar como é composto o déficit da Previdência, dele separando as despesas que deveriam ser atribuídas a outros órgãos do governo. (...) Para Nelson Machado, seria mais transparente e justo com a Previdência que as renúncias fiscais - como a isenção de alíquota previdenciária patronal para as entidades filantrópicas das áreas de saúde, educação e assistência social - fossem colocadas no orçamento dos respectivos ministérios dessas áreas. (...)

O governo também quer explicitar os números das áreas rural e urbana. Assim, em 2006, no cenário urbano, as contribuições recolhidas dos trabalhadores pagaram quase 90% das despesas com segurados. (...)

Apesar da maior transparência nos dados, os técnicos observam que a nova contabilidade não eliminaria a constatação de que existe um déficit nas contas públicas - seja na Previdência ou no Tesouro - e que é necessário que as contas serem pagas.

Onde está o dinheiro?

Após a tragédia, duas pontes na pequena cidade foram destruídas: uma para automóveis e outra para trens. Seis meses depois a ponte para os trens, de propriedade da iniciativa privada, já estava funcionando, a outra, do governo, não.

A tragédia foi o furacão Katrina. Depois de 17 meses da tragédia e um ano depois da autorização do Congresso de ajuda para a região, existe a suspeita de desvio de dinheiro. Há quatro meses o presidente Bush visitou a região e falou do esforço de reconstrução. Os problemas da tragédia, da reconstrução e do dinheiro estão numa reportagem do Wall Street Journal (In Katrina's Wake: Where Is the Money? --- Congress authorized billions to rebuild, but only half has been spent; Worrying about fraud, de Christopher Cooper, 27/01/2007)

Muitos projetos de infraestrutura ainda não começaram. Metade dos bilhões aprovados pelo Congresso não foram gastos. É bem verdade que o tamanho do desastre torna difícil a reconstrução. A burocracia também atrapalha. Outro fator é a falta de liderança.

Clique aqui para ler a reportagem completa

26 janeiro 2007

Terceirização

Notícia do Valor (Sob nova gestão, Zoomp e Forum segmentam grifes, 25/01/2007):

E para tornar a empresa mais competitiva, a nova gestão reduziu em 18% o quadro de funcionários e terceirizou áreas como logística e contabilidade. "De 2002 pra cá, a empresa perdeu 40% do faturamento", diz Duo. Atualmente, a empresa fatura US$ 100 milhões.


Para uma empresa desse porte seria interessante terceirizar a contabilidade?

Governança nas estatais

Notícia do Globo de 25/01:

O diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais do órgão, Eduardo Scaletsky, disse que o objetivo é modernizar as práticas de governança corporativa, adequando-se às recomendações da Organização para Coordenação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Outra meta é rever a representação da União nos conselhos de administração e fiscal das estatais. O governo quer maior alinhamento com as estratégias gerais.


Acho difícil rever a questão dos conselhos. Trata-se de uma remuneração indireta para ministros e outros gestores públicos. Além disso, o poder das estatais no Brasil é muito grande para que isso seja revisto.

Herz no Fasb

Robert Herz foi reconduzido para mais um mandato de 5 anos no Financial Accounting Standards Board, a partir de 1o. de julho. Seu grande mérito no primeiro mandato foi fazer o início da convergência (harmonização) das normas dos EUA com o IASB.

A quem interessa a globalização?

Notícia do jornal Cinco Dias, da Espanha, de 18/01/2007:

El negocio de auditoría de las cuatro grandes (Deloitte, PricewaterhouseCoopers, KPMG y Ernst & Young) en España continúa activo. Las adaptaciones a las normas contables internacionales siguen suponiendo un auténtico balón de oxígeno para las firmas de servicios profesionales, que mantienen importantes crecimientos en este área de negocio. (...) Para Deloitte, que sin embargo es la firma cuyo crecimiento en comparación con la facturación del ejercicio anterior es menor (el 6%), la buena marcha del negocio auditor tiene que ver con "el incremento de servicios relacionados con la adaptación a las normas de información financiera y con los servicios relacionados con el asesoramiento de control interno".


Além disso, o mercado é oligopólio:

Deloitte, Ernst & Young, PricewaterhouseCoopers y KPMG emitieron durante el ejercicio 2005 el 91,3% del total de informes de auditoría que se remitieron a la CNMV. Pero en el caso de las compañías que pertenecen al Ibex 35 el porcentaje se eleva hasta el 100%. Ahí las cuatro grandes copan el mercado y aunque en ciertos concursos alguna de las firmas que se encuentran por detrás en el ranking, como BDO, ha logrado meter la cabeza, no ha conseguido romper el monopolio que se reparten las cuatro grandes.