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11 janeiro 2007

Mais dinheiro público para o Pan

É viável um país com tantas carências financiar o Pan?

Rio pede e governo federal admite dar mais dinheiro para salvar o Pan

Investimentos ultrapassaram em 10 vezes o valor previsto no início, mas não foram suficientes para fim das obras

Michel Castellar

Mesmo com o investimento de R$ 1,5 bilhão, dez vezes maior do que o previsto inicialmente, o ministro do Esporte, Orlando Silva, admitiu ontem que a União poderá disponibilizar ainda mais recursos para impedir que os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, sejam um fracasso e terminem com o sonho de a cidade ser sede da Olimpíada de 2016. Em visita ao Complexo do Maracanã, Silva recebeu pedido de mais verbas tanto do governador do Estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB), quanto do prefeito Cesar Maia (PFL), em posterior encontro na prefeitura.

Em 2000, época em que foi lançada a candidatura carioca aos Jogos, o Governo Federal assumiu o compromisso de arcar com R$ 135 milhões dos custos. Mas à medida que as despesas dispararam para cerca de R$ 5 bilhões, a União passou a ser a tábua de salvação do Pan.

'Neste momento, seria arbitrário falar se o nosso aporte financeiro se esgotou ou não, porque o nosso problema é fazer com que o Pan-Americano seja um sucesso', disse Orlando Silva. 'Tenho um entendimento com o governador e o prefeito de que precisamos rever quem vai fazer o quê até o término das obras.'

O dia 22 será decisivo no andamento do cronograma dos Jogos. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se reunirá no Rio com o governador, o prefeito e os representantes do Comitê Organizador do Pan (CO-RIO) para discutir as pendências existentes que ameaçam a realização do evento.

Neste momento, há um rombo de R$ 60 milhões no orçamento, que deveria ter sido pago pelo governo estadual para a manutenção do Comitê Organizador, além do pagamento da TV geradora dos Jogos. Os organizadores vêm enfrentando problemas com a falta de verba para a contratação de funcionários e têm sido socorridos pela União.

No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por medida provisória, liberou R$ 313,5 milhões para os Jogos. Deste valor, R$ 103 milhões não estavam previstos no orçamento da União: R$ 53 milhões foram para obras de infra-estrutura da Vila Pan-Americana, R$ 30 milhões para o Complexo do Maracanã e R$ 20 milhões para o CO-RIO.

'Vamos buscar mais dinheiro com o Governo Federal porque precisamos de R$ 113 milhões para terminar o Complexo do Maracanã. Conseguimos R$ 30 milhões, faltam mais R$ 80 milhões', disse o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão.

ERRO DE CÁLCULO

R$ 135 milhões
foi o valor previsto pelo governo federal, em 2000, para gastos com os Jogos Pan-Americanos no Rio

R$ 1,2 bilhão
passou a ser a previsão total de investimentos para o Pan, em 2006, após seis anos de gastos

R$ 1,5 bilhão
é o valor da última previsão orçamentária, feita no início
deste ano

R$ 313,5 milhões
foram liberados pelo governo na semana passada, por meio de medida provisória. O Ministério do Esporte indicava que seria a última remessa de dinheiro


Fonte: Estado de hoje

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Exemplo de Teoria da Agência

Notícia do Estadão de hoje mostra um exemplo da teoria da agência. Essa teoria tenta explicar situações onde os objetivos de pessoas são divergentes, sendo que uma delas (o principal) contrata um terceiro (o agente) para executar tarefas. A seguir trechos da reportagem:

Varig beneficiou o alto escalão

Cerca de 20 empregados receberam as verbas rescisórias, enquanto 9 mil ainda esperam

Alberto Komatsu

O Ministério Público do Trabalho (MPT) tem provas e documentos oficiais atestando que funcionários do alto escalão da Varig receberam rescisões trabalhistas antes mesmo do leilão da companhia, realizado no dia 20 de julho de 2006. Já os 9 mil trabalhadores que foram demitidos desde então ainda estão com salários atrasados. O ministério já iniciou uma investigação para comprovar que cerca de 20 funcionários foram beneficiados. Apenas um deles teria recebido R$ 150 mil. Se confirmado, a Justiça poderá determinar a devolução do dinheiro.

'No momento em que a empresa estava em recuperação judicial e houve o pagamento de recursos sem saber qual seria o seu futuro, antes do leilão, essa é uma situação complicada', diz o procurador do MPT, Rodrigo de Lacerda Carelli. Segundo ele, entre os 20 funcionários beneficiados estão executivos que hoje ocupam cargos na nova Varig, que recebeu no dia 14 de dezembro a homologação como empresa de transporte aéreo. Os nomes, porém, não foram divulgados.

10 descobertas acidentais

1. Viagra
2. LSD
3. Raio X
4. Penicilina
5. Adoçante
6. Microondas
7. Brandy
8. Borracha vulcanizada
10. Batata (chips)

Fonte: Einsaen

10 janeiro 2007

Reduzindo a emissão de Metano

Uma notícia que pode ajudar na poluição e redução da emissão de metano:

O metano doméstico representa de 20 a 30 por cento do aquecimento global. A emissão vem das ovelhas e vacas. Na Nova Zelândia a média de uma vaca é 90 quilos de metano por ano, que equivale a 120 litros de petróleo.

As ovelhas de Nova Zelândia produzem 90% da emissão de metano do país.

algumas soluções: mudar a dieta (é sério) ou modificar geneticamente os animais, para emitir menos metano (já está sendo tentado)

Fonte: Adam Smith Institute Blog

Exxon apoia o debate contra o aquecimento global

Um relatório denominado Smoke, Mirrors & Hot Air, feito pela Union of Concerned Scientists, afirma que a ExxonMobil adotou a tática da indústria do cigarro de apoiar a desinformação sobre a questão da mudança do clima. O apoio financeiro foi de $16 milhões entre 1998 a 2005.

Fonte: Seeking Alpha

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Venezuelanos gostam de nomes famosos


Reportagem do NY Times:


(...) o registro de nomes para eleições revelou nomes como Taj-Mahal Sánchez, Elvis Presley Gomez Morillo, Darwin Lenin Jimenez, o mesmo Hitler Eufemio Mayora. Outros nomes incluem também Yesaidú e Juan Jondre — transcrições para “Yes, I do” e “One hundred.”

Venezuela não é o único país da América Latina (...) com abordagem criativa nos primerios nomes. Brazil é conhecido por sua abundância de Washingtons, Robsons e Wellingtons, que tem um resonância musical quando pronunciados em Português. (...)

As contradições da fundação criada por Bill Gates



Fundação investe em empresas poluidoras e que não adotam políticas sociais

SEATTLE

A Fundação Bill e Melinda Gates, a mais rica do mundo - capitaneada por Bill Gates, fundador da Microsoft -, vive uma enorme contradição. Com um orçamento de mais de US$ 70 bilhões, a fundação investe em iniciativas mundiais na área de saúde, esforços para melhorar a educação pública nos Estados Unidos e programas de bem-estar social no Noroeste do Pacífico. Na hora dos investimentos financeiros, porém, a última preocupação dos gestores da fundação é alocá-los em empresas preocupadas com questões sociais.

Como grande parte das organizações filantrópicas, a Gates Foundation doa pelo menos 5% do seu orçamento todos os anos, e com isso evita pagar a maioria dos impostos. Os restantes 95% de seus bens ela investe. Esse investimento é administrado pela Bill Gates Investments, que gere a fortuna pessoal de Gates.

Monica Harrington, uma veterana funcionária da fundação, disse que os gestores de investimento têm uma meta: retornos “que permitam o financiamento contínuo dos programas e concessões de verbas da fundação.” Bill e Melinda Gates exigem que os administradores mantenham uma carteira diversificada, mas não traçam diretrizes específicas.

Comparando esses investimentos com informações de serviços que analisam o comportamento corporativo de fundos mútuos, gestores de fundos de pensão, agências do governo e outras fundações, o Los Angeles Times descobriu que a Gates Foundation possui ações em muitas empresas que não passaram em testes de responsabilidade social por lapsos ambientais, discriminação, inobservância de direitos trabalhistas ou práticas antiéticas.

O jornal descobriu que a fundação tem grandes ativos em:

- Companhias ranqueadas entre as piores poluidoras americanas e canadenses, entre as quais a ConocoPhillips, a Dow Chemical Co. e a Tyco International Ltd.

- Muitas das outras maiores poluidoras mundiais, incluindo empresas que possuem uma refinaria de petróleo e uma que possui uma fábrica de papel que, segundo um estudo, provoca doenças em crianças.

- Companhias farmacêuticas que estabelecem preços para remédios fora do alcance de pacientes de aids que a fundação tenta tratar.

Usando os dados mais recentes disponíveis, uma contagem do Times mostra que centenas de investimentos da Fundação Gates - totalizando pelo menos US$ 8,7 bilhões - foram feitos em companhias que contrariam a filosofia de preocupação social da fundação.

Esse é “o segredo sujo” de muitas organizações filantrópicas, disse Paul Hawken, especialista em investimentos socialmente benéficos que dirige o Natural Capital Institute, um grupo de pesquisa de investimentos.

“As fundações doam a grupos que procuram curar o futuro”, disse Hawken. “Mas, com seus investimentos, elas roubam do futuro.” Além do mais, investir em companhias antiéticas não é o mais danoso. “O pior é investir puramente pelo lucro, sem procurar melhorar a atitude de uma companhia. Esse investimento irracional premia o mau comportamento.” Na Fundação Gates, o investimento irracional tem sido reforçado por um muro erguido entre seu lado de concessão de verbas e seu lado investidor.

LOS ANGELES TIMES


Publicado no Estado de hoje