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07 janeiro 2007

Custos do Jogos Pan-Americanos


Já postei no passado sobre esse assunto no passado. Agora, outra reportagem da Folha de S. Paulo informando que o governo colocou mais dinheiro no Pan:

Governo injeta mais R$ 467 mi no Pan
Folha de São Paulo - 6/1/2007

Participação federal em Jogos no Rio cresce para R$ 1,28 bilhão, quase dez vezes a previsão inicial de gastos com evento
Medida provisória assinada ontem por Lula irá destinar R$ 154 milhões a centro de inteligência para combater crime organizado no Estado


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com R$ 467 milhões liberados ontem, o volume de recursos do governo federal para organização do Pan-Americano do Rio de Janeiro já chega a R$ 1,284 bilhão. A competição será realizada entre 13 e 29 de julho.
O valor é quase dez vezes maior do que os R$ 135 milhões de gastos orçados inicialmente pela União para o evento.
Desse total, já foram desembolsados R$ 817 milhões.
Dos recursos liberados ontem por meio de medida provisória, que será publicada no "Diário Oficial", R$ 313,5 milhões serão destinados a despesas com montagem de infra-estrutura e logística necessárias para a realização do Pan.
Mais R$ 154 milhões previstos na MP assinada ontem pelo presidente Lula serão destinados à instalação do centro de inteligência compartilhada de combate ao crime organizado e às ações do plano de segurança.
O novo centro, além de atuar no Pan, também servirá para melhorar a segurança no Estado do Rio de Janeiro de forma geral. Policiais da Força Nacional de Segurança vão reforçar o trabalho para prevenir incidentes violentos durante o evento.
Segundo interlocutores do governo, a previsão inicial era de que a União teria uma participação bem mais modesta nas contas do Pan. Governo do Estado do Rio e prefeitura arcariam com a maior parte.
Na prática, não foi o que ocorreu. Fora o R$ 1,284 bilhão assegurados até agora pelo Tesouro, o governo federal desembolsou mais R$ 260 milhões através de verba liberada pela Caixa Econômica Federal. Outras estatais como Petrobras e Correios também investiram na organização dos Jogos.
Apesar da boa vontade do governo, várias obras de arenas esportivas para o Pan estão com seus cronogramas atrasados, o que tem implicado custos adicionais ao poder estatal.
A maior praça esportiva sob responsabilidade do governo federal, o Complexo Esportivo de Deodoro, exemplifica disso.
Em março, o Ministério do Esporte previa gastar R$ 45 milhões com as reformas. No mês passado, a pasta refez as contas e admitiu que os custos seriam de no mínimo R$ 92 milhões.
As obras no Complexo do Maracanã custará aos cofres públicos R$ 252 milhões, quatro vezes o valor que estava previsto inicialmente, em 1999, pelo governo do Estado do Rio.






A revista The Economist explica a razão pela qual a Copa do Mundo é melhor que as Olimpíadas;

Começa o maior espetáculo de marketing, a Copa do Mundo

Custos do Pan

O custo de se fazer as Olimpíadas é elevado.

A estimativa inicial das Olimpíadas de Londres era de 2.3 bilhões de libras

Poder da Petrobrás


Apesar da recente redução no preço do petróleo, a Petrobrás ainda é uma empresa muito poderosa. Alguns números de uma reportagem da Gazeta Mercantil (5/1/2007):


O valor de mercado das ações da Petrobras cresceu 323%, em reais, no primeiro mandato do presidente Lula. O salto foi ainda maior em dólares: 600%. Os papéis da companhia somavam US$ 15 bilhões em 2002 e passaram a valer US$ 108 bilhões (ou R$ 230 bilhões) no último dia útil do ano passado - o equivalente a 15% de todo o valor de mercado das ações negociadas na Bovespa (US$ 721 bilhões ou R$ 1,54 trilhão) no fim de 2006. As reservas petrolíferas da maior empresa da América Latina cresceram 19% nos últimos quatro anos, num ritmo menor que a valorização de mercado e os investimentos em novas áreas de petróleo e gás.

05 janeiro 2007

Rir é o melhor remédio - 30

A diferença entre relações públicas, marketing, telemarketing, propaganda e marca.




















Fonte: http://aventuraspez.blogspot.com/

Ganhava demais...

Executivo é derrubado por salário alto demais
Por Ann Zimmerman, Mary Ellen Lloyd e Joann Lublin
The Wall Street Journal.

A Home Depot Inc. disse que seu presidente Robert Nardelli fez acordo para renunciar depois de seis anos marcados por uma polêmica sobre sua remuneração, seu estilo de administração autocrático e o desempenho capenga da ação. Nardelli, que assumiu a Home Depot em dezembro de 2000 depois de ter sido preterido para a sucessão de Jack Welch na General Electric Co., vai receber um pacote rescisório de US$ 210 milhões e será substituído pelo vice-presidente Frank Blake.

A notícia fez subir a ação da varejista americana de materiais para construção, reforma e decoração. A Home Depot é uma das 30 componentes da Média Industrial Dow Jones. A ação fechou em alta de 2%.

(...) Ano passado, Nardelli virou o garoto-propaganda do inchaço na remuneração corporativa; sua remuneração foi avaliada em mais de US$ 245 milhões em cinco anos, a maior parte em opções. Na véspera da assembléia geral em maio, vários grupos de acionistas questionaram por que o conselho havia mudado o cálculo de um componente de sua remuneração por desempenho — associando-o ao lucro por ação, um indicador em que a empresa estava indo bem, em vez do retorno ao acionista, um indicador em que ela ia mal. Em maio de 2006, por exemplo, a ação estava caindo cerca de 12% desde sua chegada, enquanto a da principal concorrente, a Lowe's, estava em alta de 173%.

Por orientação de Nardelli, nenhum dos membros do conselho participou da assembléia anual, e os acionistas que queriam questionar a diretoria eram silienciados depois de um minuto. O resultado foi um desastre em termos de relações públicas para Nardelli e a varejista.

Preços

Como a Abbott decidiu elevar preços para proteger seu remédio para aids
Por John Carreyrou
The Wall Street Journal

No fim de 2003, a Abbott Laboratories estava preocupada com os novos concorrentes de seu principal remédio para aids, o Kaletra. Então ela usou uma arma incomum que ajudou as vendas mundiais do Kaletra a superar US$ 1 bilhão por ano, embora a tenha exposto a críticas de que estava colocando pacientes em risco.

A arma era um remédio mais velho da Abbott, chamado Norvir. Ele é um componente fundamental de regimes de medicamentos que incluem drogas de empresas rivais. Documentos e emails antes não divulgados e que foram examinados pelo Wall Street Journal mostram como executivos da Abbott discutiram maneiras de diminuir a atratividade do Norvir, com o objetivo de forçar pacientes a abandonar os remédios concorrentes e passar para o Kaletra.

(...) Uma terceira proposta foi a vencedora: quintuplicar o preço do Norvir. Um documento interno alertou que a decisão faria a Abbott parecer uma "empresa farmacêutica grande, má e gananciosa". Mas os executivos esperavam que um aumento do preço do Norvir ajudaria as vendas do Kaletra, e apostaram que a polêmica, se houvesse, cedo ou tarde desapareceria.

(...) O debate na Abbott sobre o Norvir fornece uma rara visão interna dos esforços de uma farmacêutica para maximizar o lucro e rechaçar concorrentes. O setor passou a sofrer críticas nos últimos anos por táticas como o forte marketing de remédios que oferecem pouca vantagem em relação a drogas mais antigas, e por pagarem a fabricantes de genéricos para que atrasassem o lançamento de cópias baratas. O episódio do Norvir mostra uma empresa tirando vantagem de seu monopólio sobre um medicamento para proteger as vendas de outro, mais rentável. (...)

Cigarro e o custo de saúde na China


Para o The Wall Street Journal Asia o hábito chinês de fumar um cigarro pode custar caro, apesar do fato de que a indústria do tabaco ser uma grande empregadora.

O aumento de doenças relacionadas ao hábito de fumar estão entre os maiores custos humanos da China.

As forças anti-tabaco, que cortou muitas iniciativas do marketing de cigarros na Europa e EUA, tem pouca presença.

O mesmo jornal, em outra reportagem, destaca que

no International Cardiovascular Hospital, situado em Beijing, os pacientes podem escolher entre seis níveis de serviços. No menor, por $6.60 a noite, pacientes podem dividir um quarto pequeno com outros. Na maior suíte do hospital, por outro lado, custa $3,160 a noite e pacientes ocupam metade de um andar. Ele oferece televisão por satélite, jardim interno, sala de conferência, duas camas, cadeira de massagem e sala de ginástica privativa.

Isso é igual a um avião, diz Liu Xiaocheng, diretor do hospital. Na frente do avião temos a primeira classe, no meio a classe executiva e no final temos a classe econômica. Mas eles todos tem o mesmo destino. Isso é o mercado!

O hospital de 1.600 leitos do DR. Liu é uma anomalia na China (...)

Jobs é intocável?


Pergunta a Business Week Online (04/01/2007). A história de Jobs na Apple é admirada por todos no Silicon Valley, pelo trabalho que fez em ressurgir a Apple.

Mas o escândalo com as opções não tem atraído simpatias da SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos EUA, que está investigando a empresa.

Irá o mundo sacrificar um dos maiores inovadores no altar dos deuses da boa governança?