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05 janeiro 2007

Preços

Como a Abbott decidiu elevar preços para proteger seu remédio para aids
Por John Carreyrou
The Wall Street Journal

No fim de 2003, a Abbott Laboratories estava preocupada com os novos concorrentes de seu principal remédio para aids, o Kaletra. Então ela usou uma arma incomum que ajudou as vendas mundiais do Kaletra a superar US$ 1 bilhão por ano, embora a tenha exposto a críticas de que estava colocando pacientes em risco.

A arma era um remédio mais velho da Abbott, chamado Norvir. Ele é um componente fundamental de regimes de medicamentos que incluem drogas de empresas rivais. Documentos e emails antes não divulgados e que foram examinados pelo Wall Street Journal mostram como executivos da Abbott discutiram maneiras de diminuir a atratividade do Norvir, com o objetivo de forçar pacientes a abandonar os remédios concorrentes e passar para o Kaletra.

(...) Uma terceira proposta foi a vencedora: quintuplicar o preço do Norvir. Um documento interno alertou que a decisão faria a Abbott parecer uma "empresa farmacêutica grande, má e gananciosa". Mas os executivos esperavam que um aumento do preço do Norvir ajudaria as vendas do Kaletra, e apostaram que a polêmica, se houvesse, cedo ou tarde desapareceria.

(...) O debate na Abbott sobre o Norvir fornece uma rara visão interna dos esforços de uma farmacêutica para maximizar o lucro e rechaçar concorrentes. O setor passou a sofrer críticas nos últimos anos por táticas como o forte marketing de remédios que oferecem pouca vantagem em relação a drogas mais antigas, e por pagarem a fabricantes de genéricos para que atrasassem o lançamento de cópias baratas. O episódio do Norvir mostra uma empresa tirando vantagem de seu monopólio sobre um medicamento para proteger as vendas de outro, mais rentável. (...)

Cigarro e o custo de saúde na China


Para o The Wall Street Journal Asia o hábito chinês de fumar um cigarro pode custar caro, apesar do fato de que a indústria do tabaco ser uma grande empregadora.

O aumento de doenças relacionadas ao hábito de fumar estão entre os maiores custos humanos da China.

As forças anti-tabaco, que cortou muitas iniciativas do marketing de cigarros na Europa e EUA, tem pouca presença.

O mesmo jornal, em outra reportagem, destaca que

no International Cardiovascular Hospital, situado em Beijing, os pacientes podem escolher entre seis níveis de serviços. No menor, por $6.60 a noite, pacientes podem dividir um quarto pequeno com outros. Na maior suíte do hospital, por outro lado, custa $3,160 a noite e pacientes ocupam metade de um andar. Ele oferece televisão por satélite, jardim interno, sala de conferência, duas camas, cadeira de massagem e sala de ginástica privativa.

Isso é igual a um avião, diz Liu Xiaocheng, diretor do hospital. Na frente do avião temos a primeira classe, no meio a classe executiva e no final temos a classe econômica. Mas eles todos tem o mesmo destino. Isso é o mercado!

O hospital de 1.600 leitos do DR. Liu é uma anomalia na China (...)

Jobs é intocável?


Pergunta a Business Week Online (04/01/2007). A história de Jobs na Apple é admirada por todos no Silicon Valley, pelo trabalho que fez em ressurgir a Apple.

Mas o escândalo com as opções não tem atraído simpatias da SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos EUA, que está investigando a empresa.

Irá o mundo sacrificar um dos maiores inovadores no altar dos deuses da boa governança?

Sem desastre, ONG trabalha mais

The Wall Street Journal como o ano não teve furacão ou terremoto

"as ONG estão trabalhando mais, tentando obter fundos. Isso por que os desastres, e a cobertura de imprensa que eles geram, são o carro chefe das doações. CARE diz que receitas dos fundos privados cairam 23% (...) Save the Children, um fundo privado caiu 31% (...)"

"Com desastres naturais menores torna difícil para obter fundos quando eles não chamam atenção da grande imprensa", diz o vice presidente da CARE, Deb Neuman

Harmonização é possível?


Artigo de Robert Bruce no Financial Times (04/01/2007) discute o sonho de um sistema contábil uniforme em todo o mundo. Segundo ele, o obstáculo tem sido o mercado norte-americano. Os Estados Unidos foi o primeiro país a ter um conjunto de princípios contábeis e por isso, segundo Bruce, se julgam os melhores. Isso faz com que a Europa e outros cem países usem os padrões internacionais, mas os EUA insistem com seus padrões.

Apesar do esforço de harmonização entre o Fasb e o Iasb, os EUA estão atrasando o processo, na opinião de Bruce. Uma possibilidade seria usar um sistema como o XBRL, que permite aos usuários ter acesso aos demonstrativos financeiros da empresa e reconfigurar a informação da forma com achar melhor.