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28 dezembro 2006

Rir é o melhor remédio 26

Notícias breves


1. Apple tem baixa após boatos

2. Ministro japonês renuncia após escândalo

3. SEC muda normas de opções

4. Finanças comportamentais

Fisco e o preço de transferência


Notícia de hoje sobre o preço de transferência e o fisco brasileiro:

Exportadoras reivindicam novo ajuste em preço de transferência
Valor Econômico

(...) na opinião do sócio da consultoria tributária da Deloitte, Fernando Matos, a Receita Federal deveria emitir uma nova instrução permitindo o aumento de receitas pelas empresas para o pagamento justo do preço de transferência.

No ano passado, o fisco aliviou a carga dos exportadores na hora do cálculo autorizando um ajuste de 35% das receitas destas empresas, em reais, para compensar as fortes perdas cambiais ao longo do governo Lula. A medida foi necessária porque as empresas sujeitas ao preço de transferência, aquelas que importam ou exportam de empresas coligadas, registraram em seus balanços um faturamento aquém da base de comparação de outros anos. Isso porque os preços em dólar dos produtos exportados continuaram os mesmos, enquanto o faturamento em reais caiu e esta comparação é a usada para fazer o cálculo do imposto.

O preço de transferência foi criado em 1996 para evitar que as multinacionais transfiram parte dos resultados tributáveis no país para o exterior por meio da manipulação de preços de importação e exportação ou de taxas de juros. Basicamente, uma empresa paga mais tributos quanto menor for seu lucro ou receita quando comparado, por exemplo, ao preço praticado em outras exportações. Ou até mesmo a uma média de receita em reais e preço praticado no mercado interno. (...)

E as empresas brasileiras estão ganhando o mundo...


Vale do Rio Doce, Gerdau, Coteminas - além de companhias russas, indianas e chinesas - são outros exemplos de empresas que conseguiram bons resultados e se lançaram em negócios bilionários no primeiro mundo. Segundo relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers divulgado nesta quarta-feira, houve 78 transações de empresas nacionais comprando estrangeiras em 2006, exatamente o dobro de 2005.

A onda abarca em sua maioria indústrias primárias que aproveitaram o dólar barato, a alta no preço das commodities e a liquidez no mercado internacional para apostar alto nos Estados Unidos e na Europa. (...)

Outro motivo é o movimento de consolidação por que passa o setor de siderurgia e metalurgia.

(...) Para as empresas dos países emergentes, investir no primeiro mundo significa ganhar escala, reduzir custos, entrar em mercados que antes eram inacessíveis e diversificar o caixa.

Fonte: Globo de hoje

Mas algumas recuaram em 2006...



A lista de estreantes na bolsa neste ano poderia ter sido ainda mais volumosa. Mas, às vésperas de lançar suas ações, oito companhias - GVT, Autotrac, CMS Energy, Rede, Cremer, Satipel, Brasil & Movimento e Multiplan - desistiram do processo.

Durante análise do registro das ofertas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas se depararam, em maio, com uma turbulência no mercado, resultante da fuga de investimentos estrangeiros.

Sem saber quando a tormenta passaria e que reflexos teria no preço dos papéis, muitas pretendentes a lançar ações em bolsa paralisaram seus processos e algumas não se animaram a retomá-los. As empresas apontam esse como o principal motivo para a mudança de planos.

(...)
Além desse fator circunstancial, as companhias foram surpreendidas pelas exigências da CVM e algumas notaram que não estavam totalmente preparadas. Não foram poucas as idas e vindas de documentos solicitados pelo órgão regulador. E a própria autarquia se viu sobrecarregada com o volume de processos para analisar.

Valor Econômico 28/12

Novas empresas abertas para 2007


Já o Valor Econômico faz previsão de novas empresas abertas:



Em 2007, a expectativa é de que o ritmo de estréias em bolsa continue acelerado. No setor de construção, outras empresas devem ir ao mercado, como Tecnisa, Camargo Corrêa, PDG Realty e Even, que estão na fila de espera. (...)

Outros segmentos que podem agitar a bolsa, no médio prazo, são o sucroalcooleiro e o de logística. (...)

Para as estreantes em bolsa não basta estar no pregão. Elas querem ir ao Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da Bovespa. Nele, existem apenas ações com direito a voto, os balanços são elaborados tanto pelos princípios brasileiros como pelos estrangeiros e exige-se a presença de conselheiros de administração independentes. (...)

E otimismo para 2007


(...) o mercado de ações brasileiro (conforme as projeções de bancos e corretoras) será o investimento mais rentável de 2007 (...) o principal índice de preços da Bovespa (Ibovespa) fechará o próximo ano com valorização superior a 20%, mais do que o dobro do ganho projetado para os investidores em renda fixa.

Há razões bem consolidadas para este otimismo. A expansão do volume de negócios e a entrada de empresas com níveis mais altos de governança corporativa definem boas expectativas no curto prazo para o mercado acionário. Obviamente, a valorização da Bolsa também está amparada na perspectiva de crescimento moderado e sustentado da economia, na redução dos juros e na continuidade da entrada de capital externo. (...)