Com este título a The Economist (9/12/2006) contesta aqueles que pensam que para salvar o planeta é necessário tomar algumas medidas como comprar produtos orgânicos, produtos que são socialmente responsáveis ou produtos locais.
Produtos orgânicos - Pelo argumento da revista, agricultura é essencialmente ruim para o meio-ambiente pois significa redução das florestas e desmatamento. Os métodos orgânicos possuem uma produtividade menor por área plantada, o que significa uma maior área desmatada a médio e longo prazo.
Produtos justos - Correspondem aos produtos que se propõe remunerar o produtor por uma parcela mais justa do seu esforço. Pesquisas mostraram que a parte maior do lucro dos produtos justos ficam com o comerciante. Além disto, remunerar agricultores estimulam a produzir mais de commodities cujo preço está em baixa.
Produtos locais - Enfatiza o consumo de produtos que foram cultivados por agricultores locais. Seu objetivo é reduzir o gasto no transporte de produtos distantes até o local de consumo. Pesquisas mostraram que o maior consumo de combustível ocorre no trajeto casa-supermercado feito pelo comprador. Ou seja, é uma atitude ineficiente. Além disto, já se mostrou que é mais eficiente consumir um produto cultivado em terras distantes mas que utiliza menor energia.
20 dezembro 2006
Aquecimento global causa prejuízo em estações de esqui
Segundo o Diário Económico de Portugal, o efeito estufa pode causar prejuízo para as estações de esqui européias, podendo fechar 50% até 2005 (Efeito de estufa vai fechar 25" das estâncias de esqui - Catarina Pereira e Joana Moura - 19/12/2006).
"Até 2025, a falta de neve nas principais estâncias promete trazer consequências nefastas para as economias europeias. Os últimos números são da OCDE e apontam o aquecimento global como o principal culpado. Com menos clientes em 2006, os operadores já estão à procura de alternativas para rentabilizar o negócio nos meses menos frios. (...)
Os factos confirmam a gravidade do problema. Segundo as conclusões do "Climate Change in the European Alps: Adapting Winter Tourism and Natural Hazard Management", 70" das estâncias corre o risco de fechar nos próximos 20 anos se se confirmarem os piores cenários de alterações climatéricas. As estâncias mais pequenas já estão a fechar devido à falta de neve. E, na Suíça, "os bancos já não estão a emprestar dinheiro às estâncias localizadas abaixo dos 1500 metros de altitude", acrescenta Matthias Rumpf, responsável da OCDE.
Mas nem todos os cenários são tão catastróficos. Na melhor das hipóteses - com a subida de apenas um grau nas próximas duas décadas - 25% das estâncias irá fechar. O relatório da OCDE - o primeiro estudo sistemático sobre as regiões de esqui da França, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria -, alerta ainda para as consequências económicas deste fenómeno. "Entre 60 a 80 milhões de turistas visitam estes países por ano", e aponta um exemplo concreto. Em 2005, só os Pirinéus e os Alpes franceses receberam 7,6 milhões de visitantes, uma procura que absorve 10 a 12" do emprego da região no Verão e no Inverno. Tudo isto movimenta 50 mil milhões de euros anualmente. E para se ter uma ideia da importância deste negócio na região, basta lembrar que só na Áustria o turismo de neve representa 4,5 " do PIB.
(...)"
Sustentabilidade
Segundo a Gazeta de hoje (A sustentabilidade no mercado de capitais - II, Vanessa Callau - Consultora, especial para Gazeta Mercantil)
)
Historicamente, as carteiras dos índices de sustentabilidade têm obtido desempenho superior ao daqueles mais tradicionais de suas respectivas bolsas. Em Nova York, o Dow Jones Sustainability Index (DJSI) acumula valorização superior ao Dow Jones Global Index, no mesmo período. O Índice de Sustentabilidade da Bovespa (ISE) também não é diferente - desde sua estréia em 01/12/2005, apresentou valorização superior à do Ibovespa.
Embora a diferença não seja exponencial, ela é superior e estável, o que comprova a teoria de que negócios baseados em uma gestão TBL-Triple Bottom Line (econômico, ambiental e social) geram maior valor, a longo prazo e de maneira estável.
Ou a teoria dos retornos anormais está errada ou a questão é metodológica. Vale uma pesquisa.
Custos da guerra
Notícia do O Globo (Gastos com Iraque serão de US$110 bi este ano)
"Os custos com a guerra do Iraque ultrapassarão US$110 bilhões (R$236 bilhões) este ano, batendo o recorde de gastos desde a invasão do país em março de 2003. (...)
As informações sobre os gastos foram reveladas ontem pelo diretor de Orçamento da Casa Branca, Rob Portman. Essa é a única forma de a opinião pública ter acesso a esses dados, pois grande parte do financiamento da guerra é feito pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, através de decretos emergenciais, de difícil controle.
Os custos da guerra são parte significativa do déficit fiscal dos EUA, que o governo previu que será de US$339 bilhões este ano fiscal.
Entre as recomendações do Grupo de Estudos Sobre o Iraque está a inclusão do gasto com o Iraque no Orçamento da União, para dar mais transparência ao processo. Deputados democratas, que serão maioria na Casa ano que vem, também já afirmaram que pressionarão a Casa Branca para que mude seu procedimento."
Dado interessante
Notícias
1. Controle de capital na Tailândia - A Bolsa de Valores de Bangcoc caiu 14,8% depois do anúncio pelo governo da Tailândia de medidas para controlar o movimento de capitais
2. Cheira mal - O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, afirmou que o governo brasileiro desistiu da arbitragem internacional. Irá adotar a negociação para determinar o preço do gás natural.
3. Risco Brasil - Apesar das notícias, o risco Brasil atingiu o menor patamar desde que começou a ser medido: 199 pontos.
4. Coca compra Sucos del Valle - clique aqui para ler
19 dezembro 2006
Siemens
Escândalo de corrupção põe em risco a reestruturação da Siemens
December 19, 2006 4:05 a.m.
Por Mike Esterl
The Wall Street Journal
(...)
A maior empresa de engenharia da Europa informou na semana passada que encontrou cerca de meio bilhão de dólares em transações suspeitas nos últimos sete anos — o dobro do montante que as autoridades alemãs descobriram em novembro depois que mais de 200 policiais fizeram buscas em escritórios e residências de funcionários. Promotores da Alemanha, Itália e Suíça suspeitam que funcionários da empresa estavam operando uma sofisticada rede de contas bancárias secretas e contratos de falsas consultorias para pagar propinas a potenciais clientes.
(...)
Kleinfeld disse a investidores numa teleconferência semana passada que a Siemens havia reforçado seus procedimentos de fiscalização nos últimos anos. Mesmo assim, ele admitiu que as transações suspeitas que foram descobertas até agora são "um tanto desconcertantes" e que a empresa precisa fazer mais. "Quero deixar uma coisa muito clara aqui: a diretoria tem uma política de tolerância zero", disse.
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