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08 dezembro 2006

Notícias breves

1. Novo contador - clique aqui para ler

2. YouTube de dados - projeto da Swivel pretende transformar-se no You Tube dos dados. Quem tiver uma base de dados pode colocar neste sítio. Clique aqui para ler

3. Contabilidade de clubes - Segundo a Folha de S. Paulo (8/12/2006), "apesar de a Timemania ter como objetivo principal o saneamento fiscal dos clubes de futebol, times que não têm dívidas poderão participar. A vantagem é que poderão utilizar livremente a sua parte na verba, sem a preocupação de saldar compromissos com o governo. (...) Além de ceder suas imagens, os times terão algumas obrigações. A partir do ano que vem, adotarão o balanço uniformizado de clubes, formatado pelo Conselho Federal de Contabilidade." (Sem-dívida pode aderir ao novo jogo)

4. Contabilidade de partidos políticos - O PT já admite que as contas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva podem ser aprovadas com ressalvas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na terça-feira. Isso porque os advogados do partido não alimentam esperanças de que, mesmo depois de terem retificado dados da contabilidade de campanha, a área técnica do tribunal vá alterar parecer em que sugere a rejeição das contas de Lula. O parecer dos técnicos serve como base para que os ministros do TSE decidam a questão. Eles podem segui-lo ou podem decidir de forma diversa. (...) No caso da Deicmar, os advogados do PT apostam que as contas serão "salvas" por um precedente da ministra Ellen Gracie, relatora da contabilidade de Lula em 2002. A resolução (nº 21.308) foi resgatada pelo PT e anexada ao termo de retificação. À época, Gracie relevou uma doação de R$ 50 mil da Associação Nacional de Factoring, "fonte vedada" pela Lei Eleitoral": O argumento dela foi que a quantia era "ínfima". Ou seja, Materialidade. (PT já admite aprovação do TSE com ressalvas, Folha de S. Paulo, Silvio Navarro)

5. A Comissão Européia extendeu o prazo para que empresas estrangeiras possam adotar os padrões contábeis por mais dois anos. A idéia é promover o uso do IFRS, mas de uma forma mais eficiente. Esta decisão está de acordo com o compromisso realizado entre o Iasb e o Fasb para convergência das duas normas para 2009.

6. Pensão - Segundo notícia da Reuters, o Britain's Accounting Standards Board (ASB) está incentivando os planos de pensão a apresentar maior transparência sobre como medem os custos.

O futuro da contabilidade


As seis maiores empresas de contabilidade do mundo (PricewaterhouseCoopers (PwC) International, Grant Thornton International, Deloitte, KPMG International and Ernst & Young) produziram um documento sobre a revolução na evidenciação contábil. (Clique aqui para ler o documento).

O título é “Global Capital Markets and the Global Economy: A Vision from the CEOs of the International Audit Networks,” o documento reune algumas das idéias que estes executivos têm sobre a contabilidade.

Uma das questões apresentadas é a possibilidade do investidor ter acesso, em tempo real, as informações da empresa. Outra questão apresenta é necessidade de apresentar, além do desempenho passado, a projeção do futuro baseado na informação financeira, inclusive intangível.

Outra questão é a necessidade de convergência das normas internacionais.

O relato enfatiza a necessidade de adotar a Global XBRL Initiative. No mundo, segundo o relatório, mais de 40 mil empresas já usam o XBRL para colocar seus dados.

Vale briga com os chineses


Além de discutir com os chineses sobre o reajuste do minério no próximo ano, a Vale enfrenta os chineses na África (Vale briga com a China por espaço na África, Estado de S. Paulo, 08/12/2006, de Jamil Chade). A China busca na África os recursos minerais que precisa. A reportagem narra o caso do Gabão:

"Um funcionário do alto escalão do governo do Gabão na Organização das Nações Unidas (ONU) informou ao Estado que a Companhia Vale do Rio Doce estava suspendendo suas atividades no país. A empresa teria revisto seus plano de exploração de manganês, setor que é tido como uma grande esperança no Gabão para gerar novos recursos ao país.

Um dos motivos que levou a Vale a desistir no momento de investir no país africano teria sido o fato de ter perdido um dos contratos mais cobiçados na África em 2006. A mina de ferro de Belinga, no norte do Gabão, acabou nas mãos de um consórcio chinês. Há cerca de três meses, o governo do Gabão optou pelos investimentos da China, apesar da proposta feita pela Vale do Rio Doce.

A Vale nega que esteja desistindo de investir no Gabão. A empresa informa que, apesar da perda do concorrência para a mina de Belinga, ainda mantém projetos de pesquisa de manganês e cobre no país.

Os investimentos em um complexo siderúrgico no Gabão seriam de quase US$ 3 bilhões, incluindo a construção de um porto, mais de 500 quilômetros de ferrovia e uma hidrelétrica para alimentar a produção."

Direitos Autorais


Notícia do sítio Blue Blus de ontem:

Sucessos dos Beatles serao 'dominio publico' em poucos anos - Mais de 4,000 nomes, entre eles o de Paul McCartney, foram publicados hoje em um anuncio de pagina inteira no Financial Times. Pedem que o Governo ingles aumente a proteçao de direitos autorais de gravaçoes de musicas para alem dos atuais 50 anos. A indústria fonografica inglesa quer copiar os EUA e proteger o copyright por 95 anos e diz que a decisao final cabe a Comissao Europeia. Ontem, o Governo inglês rejeitou a ampliaçao do prazo. Se o periodo de 50 anos for mantido, sucessos de artistas como Cliff Richards e Beatles começarao a cair em dominio publico nos proximos anos. 'Love Me Do', de 1962, e 'I Want To Hold Your Hand', de 1963, perderiam a proteçao em 2012 e 2013, respectivamente.

07 dezembro 2006

Xadrez


O resultado final do encontro entre o campeão mundial de xadrez e o computador foi 4 a 2 para o computador. Em outras palavras, em seis partidas foram 4 empates e duas vitórias.

Ao mesmo tempo o mundo perde o ex-jogador Bronstein. Este grande mestre soviético disputou o título com Botwinick, então campeão mundial. A disputa terminou empatada mas a última partida é polêmica até hoje. Alguns acham que Bronstein foi obrigado a entregar o jogo por ser judeu.

Notícias


1. O capitalismo brasileiro - sobre a Medley, empresa na área de genéricos - Clique aqui

2. É época de fusão - Clique aqui

3. Estréia "Enron: The Musical" em Houston, Texas. Clique aqui para ler

4. Amazon irá utilizar a HP para imprimir mais de 20 bilhões de páginas por ano em livros de baixo volume. Clique aqui para ler

06 dezembro 2006

Sustentabilidade


Reportagem do Estado, sobre o ISE da Bovespa. Nestes casos a propaganda é pela "empresa do bem" versus a "empresa do mal". Será que a regressão à média não funciona no mercado também? Ou seja, as empresas que são hoje consideradas no índice serão também rentáveis amanhã?

Com o aval da Bolsa de Valores

Aumenta número de companhias no índice de sustentabilidade empresarial da Bovespa

Andrea Vialli

Os investimentos feitos em empresas 'socialmente responsáveis' - aquelas com preocupações sociais e ambientais - ganham impulso no Brasil. Na semana passada, entrou em vigor a nova carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, que reúne empresas que aliam preocupação socioambiental a um bom desempenho econômico. Foi a primeira revisão da carteira do índice, que passou de 28 para 34 empresas listadas. São 43 ações, de setores como financeiro, energia elétrica, siderurgia e papel e celulose, entre outros.

Embora ainda bastante nova, a carteira sustentável da Bovespa já segue uma tendência de maior valorização das ações em relação ao índice da bolsa - fato que ocorre também com o índice de sustentabilidade Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que chega ter valorização 30% superior em relação índice convencional. 'No acumulado de 2006, o ISE teve uma valorização de 28,8%, superior à registrada pelo índice Ibovespa, que foi de 25,3% no período', diz Ricardo Nogueira, superintendente executivo de Operações da Bovespa.

O lançamento da carteira, em dezembro do ano passado, fez com que vários bancos lançassem fundos de investimentos atrelados ou inspirados no ISE. ABN Amro Real, Bradesco, Itaú, HSBC, Banco do Brasil e Safra têm fundos com esse perfil. 'Pela primeira vez, os fundos que operam no Brasil com o conceito de investimentos socialmente responsáveis ultrapassaram R$ 500 milhões em recursos de terceiros', diz Nogueira.

A entrada de empresas de setores como petróleo e gás (Petrobrás) e siderurgia (Acesita e Gerdau) tornou a carteira do ISE mais diversificada, na avaliação de Alex Carpenter, diretor de renda variável do HSBC Investiments, que tem entre seus produtos financeiros um fundo de investimento atrelado ao ISE. Antes, a maior parte das ações do ISE era de bancos.

A rentabilidade do fundo, segundo Carpenter, foi de 32,11%, no acumulado de 2006, e o patrimônio líquido administrado ficou em R$ 42 milhões. No entanto, boa parte da rentabilidade do fundo se deve ao bom desempenho do setor financeiro. 'O fundo teve rentabilidade, independentemente do foco na sustentabilidade. Havia muitos bancos na primeira carteira', diz. Ele acredita, no entanto, que em um segundo momento o investidor brasileiro tenderá a valorizar os conceitos de sustentabilidade. 'Lá fora, isso virou moda entre os investidores institucionais, como fundos de pensão, e isso deve se repetir por aqui', diz.

Roberto Gonzalez, assessor de sustentabilidade da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), afirma que já existe interesse de fundos de pensão, como Previ, Petros e Valia, em investir em empresas focadas em sustentabilidade. 'As próprias empresas já incorporaram o conceito em seus processos produtivos, e a nova carteira reflete isso, com a entrada de grupos com visibilidade internacional como Petrobrás e Gerdau', diz Gonzalez.

CRITÉRIOS

Para compor o índice, as empresas são selecionadas a partir de uma análise de sua rentabilidade e de como lidam com questões socioambientais, feita por meio de um questionário com 150 perguntas que é enviado às companhias. Entram no índice as empresas que conseguem boa pontuação em todos os aspectos avaliados.

'Não adianta a empresa ter um bom desempenho ambiental se ela não for rentável, e vice-versa. E não adianta ter boa liquidez, se ela tem questões trabalhistas pendentes', explica Mário Monzoni, professor do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES/FGV), um dos responsáveis pela elaboração do questionário enviado às companhias.