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23 novembro 2006

Preço da ação e Conflito 01


Reportagem da Gazeta de 21/11/2006:

Governança Corporativa - Notícia de conflito nas empresas faz ação cair São Paulo, 21 de Novembro de 2006 - O ano de 2006 vai passar para a história empresarial brasileira como o ano da governança corporativa. Nunca se discutiu tanto sobre o tema e nunca tantas companhias se mostraram abertas à busca de transparência, como mostra o aumento das discussões em público de conflitos de interesse envolvendo controladores e acionistas minoritários.

Este ano, o número de conflitos divulgados pela imprensa deve bater recorde. Já foram registradas oito ocorrências, entre elas Telemar e Arcelor, para citar as que mais fizeram barulho na mídia. Na avaliação do professor Alexandre Di Miceli, da Faculdade de Economia da USP, o aumento reflete um maior acompanhamento das empresas por parte de analistas de mercado e indica ainda que o público e a mídia estão mais atentos ao comportamento empresarial.

Miceli foi um dos vencedores do "Prêmio Revelação em Finanças Ibef-SP/KPMG", de 2006, com um estudo onde mostra, usando metodologia estatística, o rombo provocado pela falta de governança corporativa no bolso dos stakeholders (acionistas, fornecedores, consumidores). Segundo o estudo - realizado no período de 2000 e 2006, com base em 26 anúncios veiculados na imprensa, envolvendo 22 empresas -, as ações negociadas em Bolsa perdem em média 7% de seu valor nos dez dias após a divulgação do conflito.

Pesquisa com 22 companhias mostra que, na média, há perda de 7% no valor de mercado. O professor da FEA/USP, Alexandre Di Miceli foi premiado pelo estudo "Impacto das Divulgações de Disputas entre Acionistas e Controladores e Minoritários sobre o preço das Ações", onde demonstra, usando metodologia estatística, o rombo provocado pela falta de governança corporativa no bolso de todos os stakeholders.
O estudo, realizado no período de 2000 e 2006 , com base em 26 anúncios veiculados na imprensa, envolvendo 22 empresas, constatou que as ações negociadas em bolsa perdem, em média, 7% de seu valor nos dez dias após o nome da empresa aparecer na mídia. Entre os casos estudados, o da Cosipa foi o mais alarmante: a empresa chegou a perder 60% do seu valor de mercado.
"Esse resultado corroborou fortemente a hipótese do estudo de que o mercado reage de maneira brusca e negativa a notícias de disputas entre controladores e minoritários e outros conflitos", afirma Miceli.
Número de ocorrências
O setor econômico com maior número de ocorrências, conforme o estudo, foi o de telecomunicações, seguido pelos de química e siderurgia e metalurgia, com cinco ocorrências cada um. Os três foram responsáveis por 70% dos conflitos analisados.
A privatização esteve no centro dos conflitos apresentados por esses setores. Da maneira como foi realizada, criou estruturas de controle nebulosas. De acordo com Miceli, os principais conflitos apresentados pela amostra estudada foram: mudanças no bloco controlador; fechamento "branco" de capital; desrespeito aos direitos dos acionistas minoritários e transações duvidosas.
Como exemplo de transações duvidosas, o estudo cita o caso a multa que a Telefônica levou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por deixar de convocar uma assembléia geral de acionistas para aprovar um contrato com a empresa do mesmo grupo, a Atento, para prestação de serviços de tele-atendimento.Concentração no Brasil
Um outro aspecto relevante do estudo diz respeito à estrutura de propriedade das empresas componentes da amostra. A existência de uma forte concentração de propriedade em países emergentes era esperado. No entanto, o Brasil tem uma concentração acima do esperado. "Aqui para uma pessoa ou grupo se tornar controlador de uma empresa é necessário possuir 50% das ações com direito a voto (ordinárias), mais uma, o que pode ser alcançado com um percentual bem inferior a 50% do capital total da companhia", conta.
Por outro lado, as empresas com menor concentração do direito de voto por um controlador, menor nível de endividamento, emissoras de ADR, maior tamanho e com ações mais líquidas apresentaram, em média, melhor desempenho, conforme o estudo do professor Miceli.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1 e B3)(Lucia Rebouças) - 21/11/2006

Vale x Funai


Notícia do Estado de hoje sobre o conflito entre Vale e Funai:

Funai e MP vão à Justiça contra Vale

A disputa entre a Companhia Vale do Rio Doce e a Fundação Nacional do Índio (Funai) ganhou novo capítulo com um pedido de liminar à Justiça Federal de Marabá. Junto com o Ministério Público, a Funai pede que a Vale restabeleça o pagamento de R$ 596.915,89 mensais aos índios xicrins, no sudeste do Pará, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia. A Vale cortou a indenização após o bloqueio às suas instalações em Carajás, há um mês.

22 novembro 2006

Remédio para quem precisa

Notícia da Reuters informa que prefeito da cidade Novo Santo Antonio, estado de Mato Grosso, começou uma campanha para distribuição de remédios para população idosa. Mais especificamente, para os idosos daquela cidade. Na realidade o prefeito decidiu distribuir um remédio: Viagra. A campanha está provocando uma alteração nos velhinhos de Novo Santo Antônio e recebeu o sugestivo nome de "Pinto Alegre".

21 novembro 2006

Olimpíadas de Londres - Parte 2


O custo de se fazer as Olimpíadas é elevado. A de Londres parece que não foge a regra. Foi revelado que a estimativa inicial, de 2,3 bilhões de libras, deve ultrapassar a 5 bilhões.

Uma das razões decorre de um erro de mensuração. Segundo o Financial Times, de 5 de novembro, os organizadores esqueceram de levar em consideração cerca de 1 bilhão de libras (quase dois bilhões de dólares) referente aos custos dos impostos dos projetos de construção de infraestrutura para os jogos. Estes custos não foram incluídos na proposta dos organizadores em 2004.

E os jogos Pan-Americanos? Quanto custa?

Clique aqui para mais informações

20 novembro 2006

Congresso de Contabilidade

Teremos em 2007 o Primeiro Congresso de Contabilidade organizado pela ANPCONT, que é a associação dos programas de pós-graduação em Contabilidade.

O Congresso

O Congresso ANPCONT pretende ser um evento de importante significado acadêmico-científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduaçào em Ciências Contábeis, em nível nacional. Este evento proporciona a interação da comunidade acadêmica, pesquisadores, professores e estudantes, representando um meio de divulgação da produção técnico-científica na área das Ciências Contábeis.



Este congresso concentra discussões relativas à Controladoria e Contabilidade Gerencial; Contabilidade para Usuários Externos; Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais; Educação e Pesquisa em Contabilidade. Sendo assim, o Congresso ANPCONT é um evento que busca estabelecer uma ligação entre estudos acadêmicos e aplicações em organizações, possibilitando aos participantes conhecer mais profundamente os diversos enfoques dos estudos nas Ciências Contábeis.


A primeira edição do Congresso está programada para o período de 17 a 19/6/2007, e com previsão de que ocorra a cada ano, sempre organizado pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - ANPCONT.


Local de realização: Centro de Eventos Hotel Serra Azul - Gramado/RS
Número estimado de participantes: 200 pessoas
Abrangência do evento: Nacional

Comissão Organizadora

Profª. Dra. Ilse Maria Beuren

Prof. Dr. Fábio Frezatti

Prof. Dr. Jorge Katsumi Niyama

Prof. Dr. Ernani Ott

A realização do I Congresso ANPCONT tem como principais objetivos:
- Debater os temas relevantes das Ciências Contábeis, abordando aspectos referentes aos temas do evento;

- Divulgar a produção técnico-científica da área;

- Fortalecer a produção científica e o intercâmbio dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis do País.

Público-Alvo
O público-alvo do I Congresso ANPCONT são estudantes, professores, pesquisadores e profissionais. Espera-se Tendo em vista o número de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis existentes no Brasil, espera-se que o evento conte com cerca de 200 participantes.

Atividades Previstas
Para atingir os objetivos especificados, há uma série de atividades previstas para o I Congresso ANPCONT: a) sessões temáticas (apresentação de trabalhos); b) palestras; c) painéis; e d) workshops.

a) Sessões Temáticas

Deverão ser aceitos 48 trabalhos, sendo que 24 serão apresentados em sessões temáticas interativas e 24 serão apresentados em sessões temáticas convencionais. No total, estão previstas 16 sessões temáticas. Cada uma dessas sessões irá se desenvolver por um período de aproximadamente uma hora e meia e será constituída pela apresentação e discussão de trabalhos afins.

b) Palestras

Estão previstas três palestras contemplando o tema central do Congresso, que deverão contar com pesquisadores, representantes de órgãos de regulamentação e fiscalização da pós-graduação (CAPES) e de órgãos de fomento à pesquisa (CNPq).

c) Painéis

Estão previstos dois painéis, que contemplarão assuntos relacionados com o tema central do Congresso. Um painel que versará sobre estudos de caso para ensino e outro sobre a qualidade dos Cursos de Doutorado em Ciências Contábeis das universidades americanas.

d)Workshops

Está previsto um workshop que contemplará assuntos relacionados com o tema central do Congresso. O workshop consistirá de tema que abordará a avaliação de trabalhos científicos.

Serviços Incluídos

Conforme as necessidades comuns a qualquer evento, a organização e realização do I Congresso ANPCONT deverão incluir os seguintes serviços:

- ambiente com privacidade e conforto reservado para autoridades e convidados;

- serviço de hospedagem, alimentação e translado aos palestrantes e convidados;

- serviços opcionais de City Tour;

- pacotes promocionais de hotéis e lazer para participantes;

- equipamentos audiovisuais;

- internet;

- avaliação de satisfação dos participantes.


Mais informações, clique aqui

Olimpíadas


A estimativa inicial era de 2.3 bilhões de libras para os Jogos de Londres. O comentário é que deve ultrapassar a 5 bilhões (clique aqui para link em inglês). Isto equivale a 300 novos hospitais (clique aqui). Vale a pena?

Lei e mercado


Trabalho de Rafael La Porta, Florencio Lopes-de-Silanes e Andrei Shleifer, do número de fevereiro de 2006 do Journal of Finance, procurou estabelecer o impacto da lei no desenvolvimento do mercado acionário de 49 países, inclusive o Brasil (Planilha com dados, em Excel, pode ser obtida aqui). Até que ponto o nível de evidenciação possui relação com as características legais de cada país. Achei interessante a metodologia de pesquisa utilizada pelos autores, pouco comum em artigos publicados no Journal of Finance: questionários para advogados (um questionário para cada país) descrevendo a lei do mercado de capitais. O Brasil saiu mal em exigências de evidenciação.