29 setembro 2006
Mea Culpa
Mea Culpa
Na quinta-feira, dia 21 de setembro de 2006, fui alertado para o artigo FIC-A-1124, que seria apresentado no 30ª. Enanpad, com o título “Estudo Empírico do Grau de Compreensibilidade e de Legibilidade dos Relatórios de Administração e da Escala de Locus de Controle nos Cursos de Administração e Ciências Contábeis”. O alerta dizia respeito das “coincidências” existentes entre este texto e o artigo “Analise de Compreensibilidade e da Legibilidade dos Relatórios da Administração das Empresas de Capital Aberto do Setor de Energia Elétrica”, apresentado no 29ª. Enanpad.
O primeiro artigo foi apresentado para a comissão de avaliação como sendo de autoria de Patrícia de Souza Costa, Valéria Melo Claudino Xavier, Robson Santos Morais e Carmen Sylvia Borges Tibério. O segundo artigo é de minha autoria, em conjunto com Patrícia de Souza Costa e Fernanda Fernandes Rodrigues.
Diante da situação, consultei a pessoa que iria apresentar o primeiro artigo no 30º. Enanpad, mostrando as “coincidências” descobertas. Tive que escutar desculpas e ouvir algo como “meu currículo é bom e um artigo a mais ou a menos não faria falta”. No dia seguinte, na terça-feira, nenhum dos autores compareceu para a apresentação do artigo, talvez com receio de ser interpelado publicamente sobre as “coincidências” dos dois artigos.
Ao voltar de viagem do Enanpad tive a desagradável surpresa de saber que os problemas eram mais graves. Em primeiro lugar, descobri que parte do texto que imaginei ter produzido em conjunto com Patrícia de Souza Costa na verdade foi retirado, integralmente, da monografia de graduação de Antonio Carlos de Sousa e Silva, cujo título “Análise de Compreensibilidade dos Relatórios da Administração das Empresas Brasileiras do Setor de Energia Elétrica”. Esta monografia foi defendida na Universidade de Brasília, sob orientação de Patrícia de Souza Costa, em janeiro de 2005.
Meses depois combinei com Patrícia de Souza Costa e Fernanda Fernandes Rodrigues produzir um artigo para o Enanpad, que foi feito e apresentado no 29º. Enanpad.
Minha surpresa foi mais além ao constatar que estas coincidências atingiam vários artigos publicados desde então por Patrícia de Souza Costa, a saber:
• Análise dos Níveis de Compreensibilidade dos Relatórios de Administração da Petrobrás – Uma Pesquisa Empírica entre os Alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Autoria de Patrícia de Souza Costa, Ducineli Regis Botelho de Aquino, Anelissa Roberta Gadelha Palmeira e Diogo Henrique Silva de Lima, apresentado no 29º. Enanpad
• O teste de Cloze na Avaliação de Aprendizagem: O caso dos Alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – de autoria de Patrícia de Souza Costa, apresentado no Congresso USP de Contabilidade
• O teste de Cloze na Avaliação de Aprendizagem: O caso dos Alunos das disciplinas de Contabilidade de Custos 1 do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – de autoria de Patrícia de Souza Costa, Ducineli Botelho de Aquino, Diogo Henrique Silva de Lima e Josicarla Soares Santiago, apresentado no IX Congresso Internacional de Custos, em 2005
Ou seja, a revisão bibliográfica feita pelo aluno de graduação Antonio Carlos de Sousa e Silva serviu para que Patrícia de Souza Costa participasse como co-autora de mais cinco artigos.
Em minha opinião isto é uma questão que fere a ética acadêmica e assim que soube do fato, decidi divulgar de forma ampla. Além disto, retirei a referência do trabalho do meu currículo Lattes. Também decidi solicitar ao editor da RAC, que aprovou o trabalho apresentado no 29º. Enanpad para publicação, a retirada do texto. Sinto-me constrangido pelo fato de ter sido orientador desta pessoa e ter incentivado a sua busca pela pesquisa. Entretanto, o seu comportamento não é condizente com uma pessoa que deseja prosseguir na profissão do ensino.
Sei que ao reconhecer este fato provoca, da minha parte, certo constrangimento. Mas, conforme os dizeres de um amigo, “mais vale um rubor de agora do que um amarelo de vergonha pela vida inteira”.
Na quinta-feira, dia 21 de setembro de 2006, fui alertado para o artigo FIC-A-1124, que seria apresentado no 30ª. Enanpad, com o título “Estudo Empírico do Grau de Compreensibilidade e de Legibilidade dos Relatórios de Administração e da Escala de Locus de Controle nos Cursos de Administração e Ciências Contábeis”. O alerta dizia respeito das “coincidências” existentes entre este texto e o artigo “Analise de Compreensibilidade e da Legibilidade dos Relatórios da Administração das Empresas de Capital Aberto do Setor de Energia Elétrica”, apresentado no 29ª. Enanpad.
O primeiro artigo foi apresentado para a comissão de avaliação como sendo de autoria de Patrícia de Souza Costa, Valéria Melo Claudino Xavier, Robson Santos Morais e Carmen Sylvia Borges Tibério. O segundo artigo é de minha autoria, em conjunto com Patrícia de Souza Costa e Fernanda Fernandes Rodrigues.
Diante da situação, consultei a pessoa que iria apresentar o primeiro artigo no 30º. Enanpad, mostrando as “coincidências” descobertas. Tive que escutar desculpas e ouvir algo como “meu currículo é bom e um artigo a mais ou a menos não faria falta”. No dia seguinte, na terça-feira, nenhum dos autores compareceu para a apresentação do artigo, talvez com receio de ser interpelado publicamente sobre as “coincidências” dos dois artigos.
Ao voltar de viagem do Enanpad tive a desagradável surpresa de saber que os problemas eram mais graves. Em primeiro lugar, descobri que parte do texto que imaginei ter produzido em conjunto com Patrícia de Souza Costa na verdade foi retirado, integralmente, da monografia de graduação de Antonio Carlos de Sousa e Silva, cujo título “Análise de Compreensibilidade dos Relatórios da Administração das Empresas Brasileiras do Setor de Energia Elétrica”. Esta monografia foi defendida na Universidade de Brasília, sob orientação de Patrícia de Souza Costa, em janeiro de 2005.
Meses depois combinei com Patrícia de Souza Costa e Fernanda Fernandes Rodrigues produzir um artigo para o Enanpad, que foi feito e apresentado no 29º. Enanpad.
Minha surpresa foi mais além ao constatar que estas coincidências atingiam vários artigos publicados desde então por Patrícia de Souza Costa, a saber:
• Análise dos Níveis de Compreensibilidade dos Relatórios de Administração da Petrobrás – Uma Pesquisa Empírica entre os Alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Autoria de Patrícia de Souza Costa, Ducineli Regis Botelho de Aquino, Anelissa Roberta Gadelha Palmeira e Diogo Henrique Silva de Lima, apresentado no 29º. Enanpad
• O teste de Cloze na Avaliação de Aprendizagem: O caso dos Alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – de autoria de Patrícia de Souza Costa, apresentado no Congresso USP de Contabilidade
• O teste de Cloze na Avaliação de Aprendizagem: O caso dos Alunos das disciplinas de Contabilidade de Custos 1 do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – de autoria de Patrícia de Souza Costa, Ducineli Botelho de Aquino, Diogo Henrique Silva de Lima e Josicarla Soares Santiago, apresentado no IX Congresso Internacional de Custos, em 2005
Ou seja, a revisão bibliográfica feita pelo aluno de graduação Antonio Carlos de Sousa e Silva serviu para que Patrícia de Souza Costa participasse como co-autora de mais cinco artigos.
Em minha opinião isto é uma questão que fere a ética acadêmica e assim que soube do fato, decidi divulgar de forma ampla. Além disto, retirei a referência do trabalho do meu currículo Lattes. Também decidi solicitar ao editor da RAC, que aprovou o trabalho apresentado no 29º. Enanpad para publicação, a retirada do texto. Sinto-me constrangido pelo fato de ter sido orientador desta pessoa e ter incentivado a sua busca pela pesquisa. Entretanto, o seu comportamento não é condizente com uma pessoa que deseja prosseguir na profissão do ensino.
Sei que ao reconhecer este fato provoca, da minha parte, certo constrangimento. Mas, conforme os dizeres de um amigo, “mais vale um rubor de agora do que um amarelo de vergonha pela vida inteira”.
28 setembro 2006
Quem ganhará o Nobel?
Para o Nobel de Economia temos as seguintes previsões:
The Guardian no ano passado: Robert Barro, Jagdish Bhagwati, Eugene Fama, Paul Krugman e Paul Romer
Matt Kahn tem algumas sugestões: a) Economia ambiental para Weitzman e Nordhaus; b) Teoria do comércio para Bhagwatti e Dixit; c) Macroeconomia (contra o Presidente Bush)para Krugman e David Brooks; d) Economia comportamental para Richard Thaler; e) Contratos para Hart, Holmstrom e Oliver Williamson; f) Economia do desenvolvimento para Dasgupta e Deaton; g) Finanças para Fama; g) Milgrom, Myerson e Maskin; h) Economia da Família para Mincer e Pollak; i) Política Econômica para Alesina, Persson e Tabellini; j) Moderna macroeconomia para Barro and Sargent
Tyler Cowen prevê Eugene Fama e Richard Thaler (eventualmente Kenneth French, um co-autor dos trabalhos de Fama)
Esperar até 10 de outubro...
The Guardian no ano passado: Robert Barro, Jagdish Bhagwati, Eugene Fama, Paul Krugman e Paul Romer
Matt Kahn tem algumas sugestões: a) Economia ambiental para Weitzman e Nordhaus; b) Teoria do comércio para Bhagwatti e Dixit; c) Macroeconomia (contra o Presidente Bush)para Krugman e David Brooks; d) Economia comportamental para Richard Thaler; e) Contratos para Hart, Holmstrom e Oliver Williamson; f) Economia do desenvolvimento para Dasgupta e Deaton; g) Finanças para Fama; g) Milgrom, Myerson e Maskin; h) Economia da Família para Mincer e Pollak; i) Política Econômica para Alesina, Persson e Tabellini; j) Moderna macroeconomia para Barro and Sargent
Tyler Cowen prevê Eugene Fama e Richard Thaler (eventualmente Kenneth French, um co-autor dos trabalhos de Fama)
Esperar até 10 de outubro...
Freakonomics 2
Os autores do sucesso Freakonomics estão preparando uma edição revista e ampliada o sucesso. Clique aqui para ler mais.
Um parasita do afeto humano
De um artigo do biólogo Fernando Reinach:
"quando o meio ambiente se modifica, os seres vivos incapazes de se adaptar são extintos. Por esse motivo um dos aspectos mais interessantes da biologia são as estratégias utilizadas pelos animais para sobreviver em novos ambientes. Meu exemplo favorito é uma espécie que desenvolveu a capacidade de explorar nossa habilidade de dar e receber afeto. Utilizando sua capacidade de parasitar diretamente nossa mente, esse animal conseguiu garantir a sobrevivência de sua espécie. Como todo parasita, teve de abrir mão de sua liberdade, mas valeu a pena: da maneira como o homem vem alterando o planeta, provavelmente essa espécie será a última do seu grupo a se extinguir, pois associou definitivamente seu destino ao nosso. É o cão.
(...) Mas para conquistar o privilégio de serem sustentados e protegidos pela espécie mais poderosa do planeta, eles tiveram de abrir mão de muitos privilégios, inclusive sua liberdade reprodutiva: muitas raças entregaram aos seus protetores a liberdade de escolher seus parceiros sexuais. O domínio que esses parasitas exercem sobre o sistema amoroso de seus hospedeiros é de tal ordem que a maioria dos humanos realmente acredita que ama seus cães. É impressionante o sucesso da estratégia evolutiva dessa espécie, talvez o único caso em que um parasita controla a mente de seu hospedeiro. Reconhecer esse fato só faz aumentar minha admiração pelos cães."
Do Estado de S. Paulo de ontem, p. A20
27 setembro 2006
Notícias
Duas notícias publicadas no Wall Street Journal de hoje. A primeira sobre a Telemar, onde os acionistas minoritários estão se organizando para combater o plano de reorganização societária da empresa. Isto é interessante pois representa um salto em governança corporativa, assunto muito debatido no Enanpad 2006. Clique aqui para ler.
O segundo, a General Motors Corp. planeja exigir uma "contribuição de equalização", que poderia ser uma bolada de bilhões de dólares, da Nissan Motor Co. e da Renault SA para aceitar uma possível união entre as três. Clique aqui para ler.
O segundo, a General Motors Corp. planeja exigir uma "contribuição de equalização", que poderia ser uma bolada de bilhões de dólares, da Nissan Motor Co. e da Renault SA para aceitar uma possível união entre as três. Clique aqui para ler.
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