Hoje a iniciativa de dois professores da UnB, Athail Pulino e Leonardo Lazarte, completa dois anos. Estes professores decidiram utilizar o poder da internet para melhorar a qualidade do ensino superior através da plataforma Moodle. Nesta data existem 788 cursos, 18921 usuários que já utilizaram o sistema, 15399 inscrições, 1872 professores/tutores, 16706 questões e 9067 materiais disponíveis.
O Moodle é um sistema muito interessante e vale a pena conhecê-lo.
27 setembro 2006
26 setembro 2006
Enanpad
O Enanpad deste ano está ocorrendo em Salvador. No primeiro dia de apresentação de trabalhos algumas pesquisas interessantes.
A primeira sessão da área de Contabilidade para Usuários Externos teve cinco trabalhos, a maioria na área social. O primeiro trabalho, no entanto, fala do uso de análise discriminante para prever insolvência bancária. De Domingos Pandelo Jr, do Ibmec, o estudo tentou verificar quais a variáveis que explicam a falência das instituições financeiras no Brasil. O autor descobriu que no Brasil, ao contrário de outros países, a principal variável é a estrutura de custos. Isto é explicado pela normatização da provisão para crédito de liquidação duvidosa que existia até 2000. Um fato que dificulta inferências refere-se ao pequeno número de entidades que participaram do estudo, que pode ser crítico no uso da técnica de análise discriminante.
O segundo trabalho da sessão - Evidenciação Social Corporativa: Estudo de caso da Empresa Petróleo Brasileiro S.A - é de Adolfo Henrique Coutinho e Silva e Moacir Sancovschi. O primeiro autor foi aluno da UnB e da UFRJ e está vinculado ao BNDES. O segundo autor é docente da UFRJ. A pesquisa foi realizada nos relatórios da Petrobrás e como esta empresa faz a evidenciação dos seus problemas ambientais. No período analisado a Petrobrás evitou falar destas questões para os usuários externos. Este trabalho está vinculado ao texto apresentando pela doutoranda Darliane Ribeiro Cunha e pelo seu orientador José Mariano Moneva, da Universidad de Zaragoza, com o título La Divulgación de Información Medioambiental: un Estudio Comparativo del Sector Petrolero. No estudo de Cunha e Moneva faz-se uma comparação entre Petrobrás e Repsol em termos da divulgação ambiental ao longo do tempo.
Sady Oliveria e João Eduardo Tinoco, da Unichapecó, fez um estudo comparativo entre a literatura especializada de balanço social e a visão que os gestores da Unichapecó possuem sobre o assunto. Apesar da conclusão no sentido de que existe uma coesão entre as informações que devem ser divulgadas - na literatura e na visão dos gestores - a conclusão não pode ser extrapolada.
Pesquisadores do Mackenzie fizeram um trabalho denominado Estudo sobre Divulgação dos Investimentos em Capital Humano (Disclosure) e Desempenho Empresarial. Usando como variável dependente o desempenho econômico e como variável independente os investimentos em capital humano, mais especificamente os gastos em treinamento, a pesquisa encontrou uma baixa relação quando se utiliza medidas tradicionais de rentabilidade, como é o caso do ROI. Mas a correlação foi significativa quando se utiliza o Market Value Added (MVA). Temos aqui um possível problema em decorrência do tamanho pequeno da amostra: 28 empresas.
No início da tarde de segunda tivemos o trabalho que talvez tenha despertado mais polêmica. Erasmo Carvalho e Valmor Slomski pesquisaram os bens públicos de infra-estrutura. Houve um questionamento do debatedor, prof. Reinaldo Guerreiro, se o trabalho teria utilidade. Apesar disto, é importante que trabalhos na área pública sejam publicados neste tipo de evento.
Na metade da tarde tivemos duas sessões distintas. A primeira focada em avaliação de empresas. Um trabalho de Sautes, Schvirck e Machado mostraram uma pesquisa realizada entre os analistas para determinar qual o método de avaliação usado por profissionais de investimento. O resultado foi o Fluxo de Caixa Descontado da Empresa.
A segunda sessão foi sobre Contabilidade Internacional. Um trabalho, de Fábio Costa, Luis Santos, Alfredo Sarlo Neto e Eduardo Barbosa, discutiu a questão do conservadorismo e da oportunidade nas empresas com ADRs na Bolsa de Nova Iorque.
A primeira sessão da área de Contabilidade para Usuários Externos teve cinco trabalhos, a maioria na área social. O primeiro trabalho, no entanto, fala do uso de análise discriminante para prever insolvência bancária. De Domingos Pandelo Jr, do Ibmec, o estudo tentou verificar quais a variáveis que explicam a falência das instituições financeiras no Brasil. O autor descobriu que no Brasil, ao contrário de outros países, a principal variável é a estrutura de custos. Isto é explicado pela normatização da provisão para crédito de liquidação duvidosa que existia até 2000. Um fato que dificulta inferências refere-se ao pequeno número de entidades que participaram do estudo, que pode ser crítico no uso da técnica de análise discriminante.
O segundo trabalho da sessão - Evidenciação Social Corporativa: Estudo de caso da Empresa Petróleo Brasileiro S.A - é de Adolfo Henrique Coutinho e Silva e Moacir Sancovschi. O primeiro autor foi aluno da UnB e da UFRJ e está vinculado ao BNDES. O segundo autor é docente da UFRJ. A pesquisa foi realizada nos relatórios da Petrobrás e como esta empresa faz a evidenciação dos seus problemas ambientais. No período analisado a Petrobrás evitou falar destas questões para os usuários externos. Este trabalho está vinculado ao texto apresentando pela doutoranda Darliane Ribeiro Cunha e pelo seu orientador José Mariano Moneva, da Universidad de Zaragoza, com o título La Divulgación de Información Medioambiental: un Estudio Comparativo del Sector Petrolero. No estudo de Cunha e Moneva faz-se uma comparação entre Petrobrás e Repsol em termos da divulgação ambiental ao longo do tempo.
Sady Oliveria e João Eduardo Tinoco, da Unichapecó, fez um estudo comparativo entre a literatura especializada de balanço social e a visão que os gestores da Unichapecó possuem sobre o assunto. Apesar da conclusão no sentido de que existe uma coesão entre as informações que devem ser divulgadas - na literatura e na visão dos gestores - a conclusão não pode ser extrapolada.
Pesquisadores do Mackenzie fizeram um trabalho denominado Estudo sobre Divulgação dos Investimentos em Capital Humano (Disclosure) e Desempenho Empresarial. Usando como variável dependente o desempenho econômico e como variável independente os investimentos em capital humano, mais especificamente os gastos em treinamento, a pesquisa encontrou uma baixa relação quando se utiliza medidas tradicionais de rentabilidade, como é o caso do ROI. Mas a correlação foi significativa quando se utiliza o Market Value Added (MVA). Temos aqui um possível problema em decorrência do tamanho pequeno da amostra: 28 empresas.
No início da tarde de segunda tivemos o trabalho que talvez tenha despertado mais polêmica. Erasmo Carvalho e Valmor Slomski pesquisaram os bens públicos de infra-estrutura. Houve um questionamento do debatedor, prof. Reinaldo Guerreiro, se o trabalho teria utilidade. Apesar disto, é importante que trabalhos na área pública sejam publicados neste tipo de evento.
Na metade da tarde tivemos duas sessões distintas. A primeira focada em avaliação de empresas. Um trabalho de Sautes, Schvirck e Machado mostraram uma pesquisa realizada entre os analistas para determinar qual o método de avaliação usado por profissionais de investimento. O resultado foi o Fluxo de Caixa Descontado da Empresa.
A segunda sessão foi sobre Contabilidade Internacional. Um trabalho, de Fábio Costa, Luis Santos, Alfredo Sarlo Neto e Eduardo Barbosa, discutiu a questão do conservadorismo e da oportunidade nas empresas com ADRs na Bolsa de Nova Iorque.
24 setembro 2006
Arcabouço Contábil
Os Princípios de Contabilidade do CFC x a Estrutura Conceitual Básica de Contabilidade, de Jorge Katsumi Niyama e César Augusto Tibúrcio Silva. Aceitam-se críticas e sugestões.
Clique aqui para ler - em PDF
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Petrobrás e o Mercado
O gráfico mostra o comportamento da cotação das ações da Petrobrás no mercado norte-americano nos últimos três meses (linha PBR, azul) e o próprio comportamento do mercado (índice SP500, linha vermelha).
Pode-se observar que os preços das ações da empresa estão em baixa, num momento em que o mercado de petróleo é favorável para estas empresas. Reflexo da Bolívia?
23 setembro 2006
Garch e risco
O modelo GARCH tem sido utilizado em análise de risco. A idéia é que o risco depende do retorno do período anterior e do risco do período anterior. Uma característica importante do modelo é o fato de que o mesmo dá um peso maior para as últimas informações, ao contrário do que ocorre na regressão.
Quando fazemos uma regressão, o peso de um ponto de novembro de 1995 é igual ao peso da observação de setembro de 2006. No GARCH isto não ocorre. Consequentemente, o GARCH permite avaliar o "humor" do risco no atual momento.
Entretanto, o modelo possui algumas limitações. Recentemente o sítio Mahalanobis discutiu o fato de que a estimativa deste modelo somente deve ser feita com um número muito grande de observações: pelo menos 4.000. Entretanto, na prática, tem-se utilizado, em vários casos, cerca de mil observações.
Clique aqui para ler no sítio, em inglês.
(A figura representa o GARCH para bolsa brasileira)
Sobre o custo da Sarbox
Uma das grandes discussões hoje na contabilidade norte-americana é o custo da Sarbox. Esta lei, criada após os escandâlos contábeis e, por isto mesmo, destinada a evitar novos problemas contábeis, tem sido acusada de aumentar o custo da informação.
O Presidente do IBEF, num artigo publicado na Gazeta Mercantil, afirma que "os custos para adaptação à Sarbanes-OxIey têm reduzido a probabilidade de as empresas americanas abrir seu capital, restringindo potencialmente seu acesso aos recursos necessários para expansões". Clique aqui para ler.
Duas outras notícias sobre o mesmo assunto, clique aqui e aqui
Esta discussão do custo tem levado a diferentes estimativas. Um estudo encontrou que o custo de ser uma empresa aberta para uma receita de $1 bilhão aumentou em 33% em 2004, de 2,6 milhões de dólares para 3,4 milhões. Clique aqui para ler em inglês.
Rir é o melhor remédio 3
Numa redação foi apresentado o seguinte texto de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer."
Uma vestibulanda deu a sua versão:
"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!.
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