20 setembro 2006
Algo estúpido
Nos Estados Unidos, especificamente, estão discutindo o uso do etanol derivado do milho. Os fazendeiros norte-americanos querem proteger esta indústria da competição do etanol do açúcar brasileiro. Tom Friedman compara favoravelmente o etanol brasileiro em termos de produção de energia e emissão de poluentes e chama a pretensão do lobby dos fazendeiros de estupidez. Greg Mankiw, influente economista republicano, concorda.
Previsão para o Nobel de Economia
1) Jagdish Bhagwati, Avinash Dixit e Paul Krugman - pela contribuição da teoria do comércio internacional.
2) Dale Jorgenson - trabalhos em técnicas quantitativas
3) Oliver Hart, Bengt Homstron e Oliver Williamson - contribuição para economia do custo de transação, contratos, incentivos e governança corporativa.
Esperar para ver.
19 setembro 2006
Salários de Atletas
Basquete (NBA) = US$5 milhões
Baseball (MLB) = 2.8 milhões
Football (NFL) = 1.75 milhão
Hockey (NHL) = 1.5 milhão
Golfe Homem = $973 mil
Tenis mulher = $345 mil
Tênis homem = $260 mil
Golfe Mulher = $162 mil
Alguns pontos interessantes notados pelo blog Free Money
a) provavelmente os números sejam somente de salários
b) Apesar do valor, o Golfe não é uma má profissão quando se leva em conta que um profissional compete por 20 a 30 anos
c) O tênis feminino lucra mais do que o masculino. Um possível explicação deve-se ao fato de que a média foi feita com as 40 melhores tenistas, enquanto dos rapazes foi até o ranking 90.
d) Os homens ganham muito mais do que as mulheres no golfe. Razão: Tiger Woods.
Defesas
LEONARDO VIERA
Data: 22/09 às 14hs
Título: "IMPACTO DA REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO NO RISCO AGREGADO DOS BANCOS COMERCIAIS"
Membros: orientador prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa, membro interno prof. Dr. José Gilberto Jaloretto, membro externo prof. Benjamin Miranda Tabak, suplente profª Drª Solange Garcia dos Reis
MARIA JOSÉ ONOFRE SANTOS
Data : 02/10 às 14hs
Título: "HERANÇA COLONIAL: Estudo sobre a Influência de Portugal nas Normas Contábeis Brasileiras"
Membros: orientador prof. Jorge Katsumi Niyama, membro externo prof. Dr. José Luis de Castro Neto, membro interno prof. Cesar Augusto Tiburcio Silva e suplente profª Drª Solange Garcia dos Reis.
IVONE VIEIRA PEREIRAData: 04/10 às 14hs
Título: "INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO: A Percepção dos Egressos dos Cursos de Graduação em Ciências Contábeis no Brasil"
Membros: orientador prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa, membro interno prof. Dr. Waldyr Viegas de Oliveira, membro externo prof. Dr. Anísio Candido Pereira, suplente prof. Dr. José Matias Pereira.
MOISES FERREIRA DA CUNHA
Data: 18/10 às 14hs
Título: "CONTEÚDO RELATIVO E INCREMENTAL DO LUCRO E DO FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO",
Membros: orientador prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa, membro externo, o prof. Dr. Ricardo Hirata Ikeda, membro interno o prof. Otávio Ribeiro de Medeiros, PhD e c suplente, o prof. Dr. César Augusto Tiburcio Silva.
MARIA CELESTE BAPTISTA DE MELLO
Data: 26/10 às 10h30min
Título: "INVESTIMENTOS EM ATIVOS PERMANENTES E O PRODUTO AGREGADO: ESTUDO GLOBAL E SETORIAL DE EMPRESAS BRASILEIRAS NO PERÍODO 1990-2003"
Membros: orientador prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa, membro externo prof. Dr. Sergio de Íudicibus, membro interno prof. Dr. Jorge Katsumi Niyama, suplente prof. Dr. César Augusto Tiburcio Silva.
ILIRIO JOSÉ RECH
Data: 30/10 às 14hs
Título: "ADERÊNCIA DAS EMPRESAS DO SETOR AGROPECUÁRIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE: Uma Pesquisa Empírica no Âmbito do Estado de Mato Grosso".
Membros: Orientador prof. Dr. Jorge Katsumi Niyama, membro externo prof. Dr. Nahor Plácido Lisboa, membro interno profª Drª Solange Garcia dos Reis, suplente prof. Dr. Edwin Pinto de La Sota
18 setembro 2006
Governo depende dos dividendos das estatais.
Equilíbrio fiscal passa a se escorar nos dividendos
18/09/2006
Houve um tempo, bem vivo na memória dos brasileiros, em que as empresas estatais repassavam migalhas ao Tesouro Nacional, seu acionista majoritário, em forma de dividendos. Algumas sequer se davam a este trabalho e não pagavam um centavo à União. Nos últimos anos, essa situação inverteu-se inteiramente. Entre 1997 e 2006, o Tesouro arrecadou, em dividendos, uma verdadeira fortuna: R$ 37,2 bilhões. O dinheiro é tanto que se tornou fonte importante de custeio dos gastos públicos.
Os pagamentos, que já vinham aumentando nos últimos dois anos da gestão Fernando Henrique Cardoso, cresceram de forma significativa no governo Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, totalizaram R$ 4,7 bilhões. Em 2006, devem bater um novo recorde - R$ 10,8 bilhões, segundo projeções oficiais. A arrecadação poderá ser ainda maior, uma vez que, até agosto, o governo já havia recebido R$ 8,2 bilhões a título de dividendos e juros sobre capital próprio.
É lógico supor que, se as empresas estatais distribuem mais dividendos ao Tesouro, é porque estão lucrando mais. Se não houvesse lucro, não haveria dividendos. De fato, os resultados, principalmente os dos bancos federais e da Petrobras, melhoraram muito em período recente.
No caso dos bancos, uma explicação para o fenômeno são as elevadas taxas de juros cobradas no Brasil, país que ostenta, há vários anos, o título de campeão mundial da modalidade. Tome-se o exemplo do Banco do Brasil, o maior banco do país. Nos últimos quatro anos, seu lucro cresceu 284%, atingindo, em 2005, R$ 4,1 bilhões. No caso da Petrobras, uma justificativa para os lucros recordes está na alta do barril de petróleo. Em 1998, o preço do barril chegou a cair abaixo de dez dólares. Nos últimos meses, superou a casa dos 70 dólares.
Registre-se que, nos exemplos citados, os bons resultados das estatais derivam também da profissionalização promovida na gestão das principais empresas, um trabalho iniciado no governo anterior e, em suas linhas gerais, mantido na atual administração. As companhias estão mais eficientes e isso aparece nos ganhos.
Se, por um lado, é meritório que as estatais estejam remunerando adequadamente seu principal acionista, por outro, é preocupante que o Tesouro Nacional esteja contando com esses recursos para equilibrar o caixa e garantir a meta de superávit primário. A conjuntura tem sido favorável à maioria das empresas públicas, mas os ventos podem mudar. Dividendos são, por sua própria natureza, uma fonte atípica de receitas.
Uma prova cabal de que o governo está contando cada vez mais com esse dinheiro está no fato de que, pela legislação vigente, as companhias de capital aberto devem distribuir aos acionistas, em forma de dividendos, pelo menos 25% do lucro líquido, mas, na prática, as estatais têm repassado muito mais que isso. Além disso, estão antecipando distribuição de lucros que ainda não sabem se vão se materializar.
O Banco do Brasil, por exemplo, distribuía, até 2003, 25% de seu lucro por meio do pagamento de dividendos. Em dezembro daquele ano, o banco elevou a cota para 31% e, agora, está distribuindo 40%. A Caixa Econômica Federal, da qual a União é a única acionista, fez no primeiro semestre um repasse de dividendos e juros de remuneração do capital próprio de R$ 920 milhões, um montante desproporcional ao lucro obtido no período. Em condições normais, a Caixa repassaria 35% do lucro líquido, mas, no primeiro semestre, o percentual chegou a 68%. Além disso, a instituição antecipou pagamento de R$ 294 milhões, amparando-se no lucro projetado para o segundo semestre.
Além de descapitalizar as empresas, uma atitude que pode trazer problemas mais tarde, o governo está contando com recursos extraordinários para cobrir despesas correntes, de caráter permanente, que não param de subir - em 2006 e chegarão a 17,58% do PIB, valor que já supera o total das receitas administradas pela União. É por essa razão que são preocupantes as perspectivas das contas públicas.
A pressão sobre as estatais para recolher e antecipar dividendos mostra que o governo, já tendo saturado a sociedade com a cobrança de impostos, atua no limite para fechar as contas. "A presente política fiscal está em um rumo insustentável", vaticina o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore.