Translate

13 setembro 2006

Coincidências...

A Isto é Dinheiro da semana tem como tema de capa a Telemar: " A última chamada da Oi - Telemar anuncia conselho independente formado por grandes nomes do meio empresarial e acadêmico e acena ao mercado que a reestruturação é para valer". A reportagem é amplamente favorável à empresa.

-x-x-x-x-

Notícia do blog Blue Blus, de 29 de agosto de 2006:

"Pessoal da Istoé Dinheiro está parado hoje por atraso nos pgtos 12:29 Os coleguinhas da Istoé Dinheiro estao paralisados hoje em protesto pelo atraso dos salários. Há vários meses a Editora Três vem atrasando o pagamento e, desde julho, a situação se agravou drasticamente. Os funcionários mandaram uma carta para a chefia ontem comunicando que nao trabalhariam hoje - escolheram a 3a feira para nao prejudicar o fechamento da revista, que acontece na 5a. 29/08 Julio Hungria"

11 setembro 2006

Diversão




Os melhores blogs

O Wall Street Journal escolheu os melhores blogs na área de finanças. Atualmente são milhares de blogs. Para sua escolha o jornal levou em consideração o conteúdo original (blogs com vínculo com outras notícias não foram considerados) e o grau de atualização (blogs atualizados menos que uma vez por mês não foram considerados). Além disto, levou-se em conta a existência de evidenciação do nome do autor e a política de publicação. Foram selecionados doze blogs, alguns já conhecidos de quem navega na internet (caso do Seeking Alpha, um bom blog de notícias financeiras e contábeis).

O resultado pode ser encontrado clicando aqui.

Espionagem na HP 02

Ainda sobre o caso da HP, Broc Romanek faz algumas considerações interessantes: se algo ocorreu no conselho, isto deveria estar relatado no documento 8k que exige que seja esclarecido se a renúncia de um diretor ocorreu em razão de existir divergências com as decisões da empresa. O documento 8k deveria descrever as circunstâncias que causaram as divergências.

Depois da renúncia de Perkins do conselho da HP, o formulário 8k simplesmente informou o fato indicando não existir divergência dentro da empresa.

O caso está cada vez mais complicado pois PAtricia Dunn, presidente da empresa e provável responsável pela decisão de espionagem, tentou, em entrevista ao The Wall Street Journal, reduzir seu papel na história.

09 setembro 2006

Espionagem na HP


A HP é uma das maiores empresas do mundo. Quinta-feira o mercado ficou sabendo que esta empresa utiliza a espionagem nas suas atividades. O jornal inglês Financial Times revelou que a empresa contratou espiões para verificar quem estava falando sobre as decisões da empresa na época da saída da antiga presidenta Fiorina.

A reportagem do Estado de hoje faz um balanço sobre o caso:

Vazamento levou HP a investigar jornalistas

Empresa cometeu irregularidades para descobrir fonte de notícias

Reuters e The New York Times

A fabricante de computadores americana Hewlett-Packard, às voltas com um caso de espionagem interna, admitiu na quinta-feira que sua direção contratou investigadores particulares que conseguiram registros telefônicos de vários jornalistas, segundo informou o jornal Financial Times. A intenção da empresa era descobrir qual dos seus diretores estava vazando informações para a imprensa.

A empresa disse que a preocupação com vazamentos começou nos meses que antecederam à saída de Carly Fiorina da chefia da empresa no ano passado. Um relatório interno identificou George A. Keyworth II, o mais antigo diretor da companhia, como a fonte desses vazamentos.

Segundo a empresa, o relatório se baseou no monitoramento de ligações de membros do conselho, de linhas fixas da empresa e celulares, em janeiro, uma iniciativa autorizada pela presidente-executiva Patricia C. Dunn. Quando o relatório foi apresentado em maio, o conselho pediu para Keyworth renunciar, mas ele se recusou, dizendo que tinha sido eleito pelos acionistas, segundo um porta-voz da HP. Mas a empresa, que realizará eleições para seu conselho em março, garantiu que Keyworth não seria renomeado para seu posto.

A companhia informou também que a tentativa de ejetar Keyworth havia levado Thomas J. Perkins, o fundador da empresa de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, a renunciar a seu cargo no conselho. O porta-voz da empresa Michael Moeller disse que, como Perkins não mencionou que estava renunciando por desacordo com o conselho, a companhia não revelou os fatos relacionados à investigação quando reportou sua renúncia à Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira, a CVM).

As apostas agora são de que a própria presidente da HP, que autorizou as investigações, não conseguirá se manter no cargo. "Se a presidente da empresa acredita que esta é a maneira certa de fazer negócios, talvez seja tempo de dar a ela um descanso", disse Peter Morici, professor de economia da Universidade de Maryland. "É uma forma arrogante e inapropriada."

Patricia Dunn disse que os diretores da empresa não sabiam que houve transgressões durante a investigação. "Nossa direção, na verdade, não tinha idéia do que estava ocorrendo", disse. "E peço desculpas a qualquer pessoa que tenha sido vítima dessas investigações."

A HP não quis revelar o número de jornalistas que foram investigados, e disse que está colaborando com as investigações feitas pelas autoridades do Estado da Califórnia. "Estamos absolutamente horrorizados com o fato de que os registros dos jornalistas tenham sido obtidos sem autorização", disse um porta-voz da empresa.

As autoridades californianas disseram estar investigando se a HP infringiu alguma lei ao contratar investigadores que, com identidades falsas, obtiveram os registros nas companhias telefônicas. A HP disse que esses investigadores, que foram subcontratados, buscaram os registros telefônicos para tentar descobrir quem estava repassando informações da empresa à mídia.

Sharapova


Segundo informação da ABC News/ESPN Sports, Maria Sharapova é uma das melhores tenistas do mundo e uma máquina de fazer dinheiro.

Com 19 anos de idade, a russa chama a atenção dos olhares masculinos (foto) e aproveita para vender telefones, câmaras, sapatos, raquetes e roupas. Bem assessorada por seus agentes, Sharapova leva para casa anualmente US$20 milhões com estas propagandas. Como existe uma estimativa que ela trabalha de 10 a 12 dias por ano em propaganda, isto significa mais de US$1 milhão por dia, igual aos prêmios recebidos em torneios.

Fonte: CJR Daily

08 setembro 2006

Custo da Informação

O artigo a seguir apresenta uma posição interessante (polêmica ?) sobre a Sox e o custo da informação.

Governança Corporativa - Repensando a Sarbanes-Oxley
1 de Setembro de 2006 - Há quatro anos em vigência, a lei Sarbanes-Oxley (Sox), embora válida para empresas americanas ou estrangeiras que tenham ações listadas nas Bolsas dos EUA, exerce uma notória influência na forma de gerir os negócios em todo o mundo, quer sejam empresas abertas ou fechadas. A Sox chegou para colocar ordem no caos instalado nos EUA desde o colapso de Enron, WorldCom e Andersen. Na prática, mudou, de forma quase radical, a relação capital-trabalho e, assim, aplacou o temor de que novos escândalos viessem a acontecer.
Embora parecessem essenciais em um primeiro momento, as reações dos órgãos reguladores mostraram-se, com o tempo, exageradas, extrapolando os objetivos iniciais. Primeiro nos EUA, e agora no Brasil, se chega à percepção que os altos volumes de investimentos feitos para melhorar os processos contábeis e de controle de riscos não chegaram a convencer os executivos, diretores e conselheiros. Isso quanto aos benefícios que se alcançaria em tecnologia voltada para essa adequação, colocando em risco até a competitividade das empresas.
Talvez não seja exagero afirmar que hoje há organizações que se sentem tão obrigadas a se concentrar na obediência às regras financeiras da Sox, que acabam deixando suas áreas operacionais em segundo plano. São empresas que estão se fechando, em vez de procurarem a competitividade para gerar valor aos acionistas.
É irônico, senão trágico, notar que os custos para adaptação à Sarbanes-OxIey têm reduzido a probabilidade de as empresas americanas abrir seu capital, restringindo potencialmente seu acesso aos recursos necessários para expansões. Atualmente, uma empresa privada que pretende abrir o capital pensa mais do que duas vezes - e a Sox tem sido mencionada como um motivo importante por companhias que se decidem contra o registro na bolsa de Nova York.
A dimensão do problema ganha proporção. Levantamentos de opinião realizados nos EUA mostram que, em média, para 60% dos diretores financeiros em multinacionais a reforma na governança corporativa foi mesmo longe demais. A Korn Ferry pesquisou junto a 1.200 executivos, ao redor do mundo, suas opiniões sobre o que pensam da Sox e 58% entendem que essa legislação deveria ser revogada; outros 47% concluíram que a lei ajudou as empresas a se afastar das bolsas. Cremos que se trata de um resultado provocado exatamente pela constatação da dificuldade que existe, na prática, em encontrar o desejável equilíbrio entre os mecanismos de controle e a competitividade empresarial.
Os executivos de finanças, lá e aqui, têm vivenciado os custos do cumprimento das regulamentações, já que são obrigados a consumir longos períodos de tempo para decodificar a linguagem, muitas vezes confusa, dessas regras. Particularmente no Brasil, vivemos um momento em que as empresas precisam se preocupar mais com a perda de vantagens competitivas para segmentos menos regulamentados, especialmente aqueles situados na Ásia. É evidente que não defendemos a inércia, mas não podemos dar "tiros nos próprios pés".
A International Federation of Accountants, de Nova York, produziu um relatório sobre o que eles denominam "governança empresarial". O projeto pretendeu alcançar uma compreensão de como incorporar, em um referencial de governança corporativa, uma ênfase no desempenho de gestão, aquele que cria e adiciona valor. O relatório diz: "O foco é ajudar a diretoria a tomar decisões estratégicas; compreender seu apetite por riscos e seus principais vetores de desempenho, e identificar seus principais pontos de tomada de decisões".
Os executivos brasileiros, em especial o CEO e o CFO, utilizam ferramentas de GRC (Governança, Gestão de Riscos e Compliance) com mais freqüência que os europeus e americanos, e consideram-nas importantes para a criação de valor como vantagem competitiva. Por isso, segundo pesquisa feita pela PricewaterhousCoopers, a maioria dos CEO sul-americanos (82%) considera investimento os gastos com GRC, com impactos positivos na empresa. Nas outras regiões pesquisadas (EUA, Europa e Ásia) este gasto é considerado custo.
Embora a ênfase seja necessária, é importante que os executivos não esqueçam que a boa governança, por si só, não transforma a companhia em sucesso, não cria o dinheiro. Antes, é preciso equilibrar Conformidade com Desempenho. Juntos, estes se transformam em componentes fundamentais para a efetiva e desejada geração de riquezas.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Walter Machado de Barros - Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF/SP) e sócio-diretor da WMB Consultoria de Gestão Ltda.)
==============
GM 01/9