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23 agosto 2006

Enquanto isto, numa universidade...



Yahoo Finanças no Brasil


O sítio do Yahoo Finanças é uma importante e fantástica ferramenta de análise. Sua tradução para os brasileiros também pode ser interessante. Desde que você consiga traduzir os termos utilizados. Senão, vejamos.

Clique na Vale para saber notícias. A tela que aparece é igual ao Yahoo Finance. Em baixo, no lado esquerdo, achei interessante um link denominado "declaração de rendimentos". Imaginei que você algo relacionado com a remuneração dos administradores e por curiosidade resolvi entrar. Apareceu na tela uma coluna de itens e três outras colunas referentes ao exercício de 2005/2004 e 2003. Na primeira linha: Rendimento total. Depois: custo de receitas. A seguir, gastos operativos, ganhos e perdas operativos e finaliza com lucro líquido aplicado a ações comuns!

Ou seja, estava na Demonstração do Resultado da Vale e relacionava a receita (que o Yahoo chamou de Rendimento), as despesas (gastos operativos) e o lucro.

Explorando um pouco mais fui para "Folha de Balanço". Era o Balanço Patrimonial. Desisti.

22 agosto 2006

Fazendo Limonada com limão


A empresa aérea JetBlue adotou uma nova política de marketing. Nas passagens entre Nova Iorque e Houston, uma cidade conhecida por ter sido um polo de produção de petróleo, o custo será de um barril de óleo. A promoção é denominada de "Blue Barrel Fares". Isto é o que se chama de fazer limonada com limão.

AOL


Cartoon sobre o anúncio de demissão na AOL dos EUA

21 agosto 2006

O Balde


O BALDE

Um velho fazendeiro tinha um bonito lago na sua enorme fazenda.Depois de muito tempo sem ir ao local, decidiu dar uma olhada geral para verse estava tudo em ordem.Pegou um balde para aproveitar o passeio e trazer umas frutas existentes no caminho.

Ao aproximar-se do lago, escutou vozes femininas, animadas, divertindo-se.Chegando mais perto, avistou um bando de jovens mulheres banhando-se,completamente nuas.Ele apareceu e, com isso, todas fugiram para a parte mais funda do lago,mantendo somente a cabeça fora d'água.Uma das mulheres gritou:

- Não sairemos enquanto o senhor não for para bem longe !!!

O velho respondeu:

- Eu não vim até aqui para ver vocês nadando ou saindo nuas do lago !!!

Levantando o balde, ele disse:

- Eu só vim dar comida ao jacaré...

"Idade, experiência e esperteza, sempre triunfarão sobre a juventude e o entusiasmo."

Enviado pelo prof. José Matias Pereira

Sócios do Petróleo

A seguir um interessante artigo sobre os sócios do petróleo

Ribamar de Oliveira, hoje no Estadão, (B1)

Sócios do petróleo
Não são apenas os acionistas privados da Petrobrás que estão se beneficiando dos preços recordes do petróleo. O setor público também está e muito. No primeiro semestre deste ano, a Petrobras pagou para a União, para os Estados e os municípios nada menos do que R$ 36,1 bilhões, sob a forma de impostos, contribuições, royalties e dividendos.A quantia deste ano foi pelo menos R$ 8 bilhões superior àquela paga pela empresa estatal em igual período do ano passado. Os recursos adicionais estão sendo usados pelo setor público para a expansão de seus gastos, principalmente das despesas correntes.O valor exato do aumento dos pagamentos ocorrido este ano não está disponível, pois a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) não informa, nos vários boletins que divulga, a quantia recebida da Petrobras a título de dividendos no primeiro semestre de 2005. A inexistência desse dado dificulta a comparação. No primeiro semestre deste ano, a Petrobrás pagou R$ 2,3 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional, segundo a STN.O lucro líquido da Petrobras nos primeiros seis meses de 2006 foi de R$ 13,6 bilhões, 37% superior ao obtido em igual período do ano passado. Os impressionantes resultados da estatal decorreram, principalmente, de uma forte elevação dos preços do petróleo no mercado internacional.O preço de transferência e exportação do petróleo bruto produzido no Brasil (predominantemente pesado) aumentou 38% entre o primeiro semestre de 2005 e o primeiro de 2006. No mesmo período, a média, em dólares americanos, dos preços do petróleo leve tipo Brent, aumentou 33%. Mas houve também um crescimento de 7% da produção de petróleo e LGN (líquido de gás natural) no País.Maiores preços do petróleo, maiores lucros da Petrobras e maiores pagamentos para o setor público. A parcela do leão dos recursos transferidos fica com o Tesouro Nacional. Do total dos R$ 36,1 bilhões pagos pela Petrobras, o governo federal ficou com algo em torno de R$ 22 bilhões. Como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ainda não divulgou os dados sobre a repartição dos royalties entre a União, os Estados e municípios pagos pela estatal no primeiro semestre deste ano, é possível fazer apenas uma estimativa do que cada um obteve.Além disso, o balanço da Petrobras sobre o primeiro semestre informa que a empresa pagou R$ 1,07 bilhão de "outros impostos", sem especificar se foram tributos federais, estaduais ou municipais, o que também dificulta o cálculo.Os dados da Petrobras sobre pagamentos de tributos são impressionantes, como mostra a tabela ao lado. A estatal do petróleo e do gás foi responsável por mais de 10% do total do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido aos cofres dos Estados e dos municípios, nos primeiros seis meses deste ano. A empresa pagou R$ 8,5 bilhões de ICMS, com aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2005.Ela sozinha respondeu por 15% de toda a arrecadação do Imposto de Renda das pessoas jurídicas e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), nos primeiros seis meses deste ano. Os pagamentos de IRPJ e CSLL feitos pela estatal aumentaram 86% em relação aos primeiros seis meses de 2005. Em relação à Cofins e ao PIS/Pasep, a Petrobras foi responsável por cerca de 10% de toda a receita da União com esses dois tributos.O ganho do setor público com royalties pela exploração do petróleo e do gás aumenta no mesmo ritmo de crescimento acelerado dos preços internacionais desses produtos. No primeiro semestre deste ano, a Petrobras transferiu R$ 7,9 bilhões a título de royalties aos cofres de 10 Estados, de cerca de 800 municípios e da União - um valor 29% superior à quantia do primeiro semestre de 2005. Entre os Estados, o Rio de Janeiro é o que mais ganha. No ano passado, ele recebeu mais de 66% dos royalties pagos pela Petrobras a todos os Estados.Ao contrário do que ocorreu em passado não muito distante, a União está lucrando muito, atualmente, com as suas empresas. O governo federal espera obter este ano cerca de R$ 10,7 bilhões com dividendos pagos por suas estatais - um aumento de cerca de R$ 6 bilhões em relação a 2005.Para se ter uma idéia, a receita extra da União com dividendos este ano daria para pagar duas vezes todos os investimentos previstos no Projeto Piloto de Investimentos (PPI). A lei orçamentária de 2006 prevê gastos de apenas R$ 3 bilhões para o PPI este ano.Mas não é apenas a Petrobras que tem contribuído para os cofres públicos. No primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil pagou R$ 1,2 bilhão em dividendos para a União, a Caixa Econômica Federal pagou R$ 1,1 bilhão e o BNDES, R$ 1,2 bilhão. A Petrobras, no entanto, ainda é, de longe, a principal fonte de receitas para o Tesouro Nacional.O desempenho das estatais este ano está permitindo ao governo federal até mesmo reduzir a sua participação no superávit primário do setor público, de 2,50% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,45% do PIB. A meta das estatais foi elevada de 0,7% do PIB para 0,85% do PIB, o que equivale a R$ 17,8 bilhões. O superávit da Petrobras será de R$ 11,8 bilhões.O governo federal está usando as receitas obtidas com dividendos e royalties para aumentar os seus gastos correntes. No primeiro semestre deste ano, as despesas da União cresceram 14% em relação ao mesmo período de 2005. O risco desse comportamento é que as despesas criadas tendem a permanecer ao longo dos anos, enquanto os resultados das estatais oscilam de acordo com os humores dos mercados.
email: ribamaroliveira@estadao.com.br

Decisão da CVM deve forçar a Telemar

Notícia do The Wall Street Journal Americanas, publicada no Estadão de hoje em B10

Decisão da CVM deve forçar Telemar a mudar plano de reestruturaçãoAugust 21, 2006 4:05 a.m.
Por Geraldo SamorThe Wall Street Journal
SÃO PAULO — A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) baixou uma norma que aumenta consideravelmente a proteção a acionistas minoritários.
Em resposta a antigas queixas de que o mercado brasileiro é marcado por abusos por parte de acionistas controladores, a medida anunciada sexta-feira torna mais seguro investir em ações sem direito a voto de empresas brasileiras. A norma impede que acionistas controladores, aqueles que têm a maioria das ações com direito a voto, usem tal direito para definir questões que possam beneficiá-los em detrimento dos demais acionistas.
A decisão praticamente enterra um plano para simplificar a estrutura de controle da Tele Norte Leste Participações SA, a Telemar, da forma como está proposto.
As ações da Telemar são comuns na carteira de fundos de ações latino-americanos e internacionais administrados por firmas como as americanas Brandes Investment Partners LP, Emerging Markets Management LLC e Fidelity Investments. A Brandes já havia se queixado publicamente de que o plano iria diluir muito sua participação na Telemar e havia pedido às autoridades brasileiras um exame da questão.
O plano proposto pelos acionistas controladores da Telemar prevê a troca das ações sem direito a voto de várias subsidiárias da empresa por ações com direito a voto de uma nova empresa. Embora o plano possa criar uma estrutura corporativa mais simples e enxuta, os termos de troca dobrariam a participação dos acionistas controladores na empresa em prejuízo dos investidores minoritários, cuja fatia encolheria.
"Agora, se o negócio não for bom para todo mundo, não vai ser aprovado", disse Marcos Duarte, sócio da Polo Capital Ltda., fundo de hedge do Rio de Janeiro, acrescentando que a Telemar terá de modificar os termos de troca para o plano ser aprovado pelos acionistas.
A Telemar não quis comentar.
A maioria das empresas brasileiras tem dois tipos de ações: ordinárias, que têm direito a voto, e preferenciais, que não têm. Mas agora, mais e mais empresas estão migrando para um único tipo de ação — seguindo o exemplo da Perdigão SA e da Empresa Brasileira de Aeronáutica SA, a Embraer.
Os acionistas minoritários temem que, se o plano original da Telemar fosse adiante, outras empresas seriam tentadas a passar por cima dos minoritários na hora de reformular a estrutura acionária. "Queremos que mais e mais empresas simplifiquem sua estrutura societária, mas queremos que isso seja feito de uma forma legal e justa", disse Marcelo Trindade, presidente da CVM.
A CVM decidiu que os controladores devem se abster de votar na assembléia de acionistas que será convocada para aprovar o plano de reestruturação, pois eles têm um conflito de interesses.
A CVM determinou, ainda, que acionistas que detenham as duas classes de ação — com e sem direito a voto —, também estão em conflito e devem se abster.
Por último, a CVM disse que o plano deve ser aprovado por meio de um voto "afirmativo". A Telemar queria que o plano fosse aprovado caso um número suficiente de acionistas não comparecesse para votar contra. Agora, a CVM diz que os acionistas precisam votar a favor do plano para que ele seja aprovado.
Antes da intervenção da CVM, "o resultado da assembléia era quase pré-determinado", pois tudo pesava contra os acionistas minoritários, disse Luiz Guilherme Sauerbronn, analista sênior da Brandes.