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24 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

História da Contabilidade: O ano de 1972

O ano de 1972 na história da contabilidade brasileira é muito relevante. É o ano da auditoria externa e da padronização das demonstrações contábeis. É bem verdade que já estavam discutindo estas mudanças em 1971, mas a entrada em vigor foi atrasada em razão da complexidade, para época, da mudança (1).

Ambiente
O Brasil vivia uma fase de grande crescimento econômico e poucas liberdades políticas. Em 1971 o mercado de ações brasileiro cresceu substancialmente. O pequeno investidor começou a comprar ações e a bolsa brasileira chegou a ser a quarta maior do mundo (2). A queda da bolsa afastou o investidor e manteve o mercado de capitais estagnado.

Ao divulgar as resoluções, o Banco Central destacou ser um passo para aprimorar o mercado de capitais brasileiro, com maior acesso a informações, permitindo julgar as condições de risco (3). Ou seja, permitir a retomada de confiança no mercado de capitais.

O governo respondeu a crise do mercado com padronização dos balanços, auditoria externa e dinheiro. Mesmo assim, a desconfiança persistia. Um conhecido analista da época chegou a comentar (4):

“Enquanto os meios financeiros do mundo inteiro são unanimes em atestar o vigor e a pujança das finanças brasileiras, a Bolsa de Valores dos principais centros do nosso País, num verdadeiro contraste, mantem-se em baixa há quase um ano. Não é possível que os técnicos das mais variadas escolas e tendências estejam todos absolutamente errados e só os grandes corretores do Rio e São Paulo conheça a grande verdade que, o mundo inteiro é incapaz de vislumbrar”

Após a promulgação das medidas, estabeleceu-se um clima de confiança em algumas autoridades. O presidente do CRC-RS afirmou que as normas cortariam a “possibilidade de malabarismos na contabilidade das empresas.” (5)

Apesar da ditadura, ainda persistia um nacionalismo, inclusive com respeito a contabilidade. Num periódico, em 1972, chamava a atenção para o seguinte aspecto:

“é simplesmente inacreditável que grande número das maiores empresas do país continue prestigiando firmas de auditoria do exterior em detrimento das nossas. A Varig, apenas para citar um exemplo, é uma dessas empresas que tem sua auditoria entregue à firma estrangeira Grahlert & Axthelm S.C. (Sociedade Civil). Por que as associações e sindicatos de classe não se rebelam contra esse estado de coisas, por sinal, deprimente?” (6)

Discutia-se também a reforma da lei das SA. Entre as propostas, a imposição de auditoria externa e relatórios trimestrais padronizados (7). Anunciava-se que as normas permitiriam o full disclosure das empresas (8).

Resoluções  do Conselho Federal de Contabilidade
A resolução 317, de 14 de janeiro de 1972, criou o Cadastro Especial de Auditores Independentes com os profissionais que trabalhavam na auditoria, assim como as empresas.  A resolução 321, de 14 de abril, aprova as “normas e procedimentos de auditoria”, que foram elaboradas pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (9). Este instituto foi criado a partir da junção do Instituto dos Contadores Públicos do Brasil e o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes, um pouco antes deste período (10).

Normas da bolsa
No início de 1972 a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro aprovou uma série de exigências para registro. É importante destacar que naquele ano  bolsa do Rio era a principal bolsa brasileira. Através da Resolução 72/72, a bolsa exigia serviço de auditoria externa, contratada com empresas registradas no Banco Central (11)

Resolução 220 do CMN
Esta norma trata da auditoria das informações contábeis para as empresas registradas no Banco Central. Trata também do registro de auditores independentes. As inovações da resolução foram as seguintes (12):

1. No  primeiro caso, a norma obriga a auditoria do Balanço Geral, da Demonstração do Resultado do Exercício, do Demonstrativo de Lucros e Perdas ou Prejuízos em Suspenso e das Notas Explicativas da Diretoria. Ocorre que a lei societária não fazia previsão da Demonstração do Resultado do Exercício, mas sim da informação de Lucros e Perdas. Assim como as Notas Explicativas é algo novo, apesar de existir desde o século XIX;
2. Para a auditoria, devem-se observar as “normas gerais de auditoria” e os “princípios e normas de contabilidade”. Isto também é uma novidade. Mas quais normas? Quais princípios? A resolução afirma que será baixada uma regulamentação posterior por parte do Banco Central.
3. Para o registro de auditores seria exigido que os sócios e responsáveis fossem bacharéis em ciências contábeis. Além disto, a resolução estabelecia a exigência de independência, listando algumas hipóteses sobre o assunto.
4. Estabelecia punição para o auditor que fizesse auditoria inepta ou fraudulenta. E o Banco Central informaria ao Conselho de Contabilidade as irregularidades.
5. Toda empresa que pretenda ter suas ações negociadas na bolsa de valores ficaria subordinada aos princípios e normas de contabilidade.

Circular 178 do Banco Central
É um complemento da resolução 220, estabelecendo as condições para o registro do auditor. Somente os bacharéis em ciências contábeis com registro há pelo menos três anos no Conselho Regional de Contabilidade. Também foi inovadora por reconhecer, e aproveitar, curso de pós-graduação na área de auditoria externa. Assim como reconhece o membro do Instituto de Auditores Independentes do Brasil.

Circular 179 do Banco Central
Esta resolução detalhou as normas gerais de auditoria e os princípios e normas de contabilidade. O segundo ponto é também uma inovação e está dividido em quatro tópicos: normas de escrituração; critérios de avaliação, amortização e depreciação patrimoniais para efeitos de balanço; critérios gerais para formação de reservas e provisões; e critérios gerais para classificação do balanço patrimonial. Explicitamente a circular adota o regime de competência e a uniformidade. Adotava-se o custo de aquisição, com incorporação da depreciação e correções monetárias. Também utilizava o custo ou mercado para estoques e a provisão de liquidação duvidosa para os créditos a receber. Reconhecia-se o fundo de comércio adquirido, amortizado em cinco anos. Um aspecto interessante, e diferente do adotado nos dias hoje, é que a separação entre curto e longo prazo é de 180 dias, embora fosse possível adotar o ciclo operacional.

As mudanças da auditoria foram ditadas, basicamente, pela Comissão de Normas Técnicas do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Já a questão contábil sofre uma grande variação. Correa (13) fez uma interessante comparação entre a Lei 2.627, de 1940, e a Circular 179, de 1972:

A mudança proposta pela Circular 179 dá uma grande ênfase a liquidez. O mesmo Correa (14) destaca que os auditores muitas vezes divergiam da opinião de muitos conceitos, por falta de pronunciamento. Quanto a apuração e evidenciação do resultado, a lei anterior apresentava mais um razonete do que propriamente uma demonstração. Eis a visão anterior:

Já a nova demonstração tinha a seguinte aparência:

É bem verdade que a nova proposta apresentava alguns vícios: despesas financeiras como operacional, por exemplo. Mas representou uma grande evolução.

Obrigatoriedade da Auditoria
Um aspecto importante foi à obrigatoriedade da auditoria. Em muitos casos o conselho fiscal era figurativo (15). Mas as normas tornam obrigatória a auditoria externa. Mas não existia na época uma grande quantidade de profissionais para fazer este trabalho (16). Para resolver este gargalo, o Brasil assinou um empréstimo para o Fumcap destinado a treinamento em contabilidade e auditoria, incluindo 500 professores universitários de disciplinas relacionadas com o mercado de capitais (17).

Fumcap
O Fumcap era a sigla do Fundo de Desenvolvimento do Mercado de Capitais. Aprovado pelo Conselho Monetário Nacional e criado pelo Decreto 69554, de 18 de novembro de 1971 e tinha diversos objetivos vinculados ao mercado de capitais. Os recursos do Fumcap, juntamente com a regulamentação da auditoria e as novas informações financeiras, tinha como finalidade promover a retomada da bolsa de valores.

Padronização dos Balanços
A questão da padronização dos balanços ainda não tinha sido resolvida na época. A figura abaixo mostra o balanço de uma empresa de café, Cacique

A seguir, outro balanço, agora da Sadia, uma empresa de transportes aéreos (futura Transbrasil)

Apesar de terem sido publicados no mesmo dia de fevereiro de 1972, referente ao exercício de 1971, os balanços são bem diferentes. O balanço da Sadia (18) possui as contas ordenadas pela liquidez e exigibilidade. E ao final “ativo pendente” e contas de compensação. Já o balanço do Café Cacique (19) inicia seu ativo pelo imobilizado, depois disponível, finalizando com realizável a curto prazo, ativo pendente e compensado. O passivo começava com o não exigível, depois as provisões, seguida o passivo de curto prazo, longo prazo, pendente e compensado.

Referências
(1) Um dos grandes problemas era a questão fiscal. O Estado de S Paulo, 10 de junho de 1971, ed 20502, p 40.
(2) DOMINGUES, Heron. Guerra ao boato. Diário de notícias, 25 de maio de 1972, ed 15205, p. 6.
(3) O Estado de S Paulo, 12 de maio de 1972, ed 29788, p 31.
(4) Trata-se do apresentador do telejornal Heron Domingues na sua coluna do jornal Correio da Manhã, edição 15235, 27 de junho de 1972, p. 10.
(5) Correio da Manha, ed 24259, p 22, Diretor Econômico, p. 6
(6) ALEXANDRIA, Francisco. Negócios e Investimentos. Politika. Ed 29, p. 22, 1972. Na edição 30, o mesmo Alexandria comentava da eleição do Sindicato dos Contabilistas e a necessidade do mesmo em dar satisfação para os seu pares. Ver Politika, ed. 30, p. 22.
(7) Correio da Manha, 12 julho de 1972, ed 15248, p 6.
(8) Correio da Manhã ed 24248, p 85
(9) IMPROTA, Milton. Uma auditoria indispensável. O Estado de São Paulo, 16 de julho, ed 29844, p. 72.
(10) IMPROTA, Milton. Uma auditoria indispensável. O Estado de São Paulo, 16 de julho, ed 29844, p. 72.
(11) Vide resolução Correio da Manhã, 5 de fevereiro de 1972, ed 24177, p 21.
(12) Além disto, o relatório da subcomissão da Comissão Consultiva de Mercado de Capitais apresentou uma série de sugestões e análises, particularmente à resolução 220. Vide O Estado de S Paulo, 6 de agosto de 1972, p. 74 ed 29862.
(13) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(14) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(15) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(16) Segundo análise de um conhecido articulista. BETING, Joelmir. A lei e o código. Diário de Notícias, 13 de setembro de 1972, ed 15302, p. 9
(17) Pelo menos este era o plano. Diário de Notícias, 15 de setembro de 1972, ed 15304, p. 8.
(18) Publicado no Correio da Manhã, 22 de fevereiro de 1972, p. 3.

(19) Publicado no Correio da Manhã, 22 de fevereiro de 1972, p. 7. 

Déficit em transações correntes

Mais um recorde negativo foi batido nas contas externas, em janeiro, com o déficit de US$ 11,59 bilhões em transações correntes, o cálculo mais amplo das trocas de bens e serviços do Brasil com suas dezenas de parceiros. O déficit de US$ 11,35 bilhões de janeiro do ano passado foi, em toda a série histórica, o número mais parecido com esse. Mas o resultado foi bem recebido no mercado financeiro, por ter sido ligeiramente melhor que as previsões correntes. Divulgado o número, o dólar caiu, como se o Banco Central (BC), responsável pelos cálculos do balanço de pagamentos, houvesse divulgado uma notícia positiva, justificando, portanto, algum otimismo em relação ao setor externo. Esquisitices à parte, os números principais continuam preocupantes para quem se preocupa com os fundamentos da economia e com as perspectivas de crescimento. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou considerações mais comprometedoras. O Brasil, segundo ele, está em posição intermediária. Há economias com cifras piores. É verdade, mas isso de nenhum modo torna a posição brasileira mais confortável.
O déficit acumulado em 12 meses ficou em US$ 81,61 bilhões, soma equivalente a 3,67% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelos técnicos do BC. Mais uma vez o investimento estrangeiro direto - US$ 65,44 bilhões acumulados no período - foi insuficiente para cobrir o buraco. Não faltou dinheiro de fonte externa para isso, mas a qualidade da cobertura continuou insatisfatória. Aplicações em papéis são em geral menos estáveis e menos seguras que o investimento direto.
Resultado ligeiramente pior havia ocorrido em outubro, com saldo negativo de US$ 82,22 bilhões (3,68% do PIB). Com pequenas oscilações, o buraco da conta corrente permaneceu acima de US$ 80 bilhões em 12 meses desde agosto do ano passado. Para este ano o BC projeta um déficit de US$ 78 bilhões, mas isso dependerá principalmente da melhora da balança comercial, isto é, de mercadorias. Pela projeção, o superávit nessa conta passará dos US$ 2,56 bilhões do ano passado para US$ 10 bilhões em 2014.
Não há sinal, por enquanto, de avanço nessa direção. A depreciação cambial em 2013 deveria ter barateado os produtos brasileiros e tornado a indústria nacional mais competitiva, mas o efeito foi frustrante. Talvez o câmbio produza resultado mais significativo neste ano, mas isso, por enquanto, é apenas uma esperança manifestada por empresários e analistas. Todos continuam, por enquanto, à espera de outros fatores potencialmente favoráveis ao comércio exterior brasileiro.
Até agora, o câmbio parece ter produzido algum efeito positivo na conta de serviços, com a redução de um de seus principais componentes - os gastos de brasileiros no exterior. Esses gastos somaram US$ 2,12 bilhões em janeiro, pouco abaixo do valor de um ano antes, de US$ 2,30 bilhões. Neste ano, a conta de serviços teve um déficit de US$ 3,36 bilhões, pouco inferior ao de janeiro de 2013, quando chegou a US$ 3,66 bilhões. Foi um ganho muito modesto.
A presidente Dilma Rousseff e seus auxiliares normalmente se mostram pouco ou nada preocupados com o déficit em conta corrente. Quando se menciona o assunto, costumam lembrar as reservas cambiais superiores a US$ 370 bilhões, suficientes para cobrir um ano e meio de importações como as de janeiro deste ano. O volume de reservas é de fato um importante fator de segurança, mas dólares tendem a evaporar-se com espantosa rapidez quando as apostas no mercado se voltam contra um país. Além disso, a qualidade da cobertura do déficit em conta corrente tem-se deteriorado, porque o investimento estrangeiro direto tem sido insuficiente para isso.
A piora do saldo em transações correntes tem sido causada, já há alguns anos, pela redução do superávit na conta de mercadorias. Normalmente deficitário nas contas de serviços e de rendas, o Brasil precisa de um grande saldo positivo no comércio de bens para manter uma razoável segurança no setor externo. Isso depende, agora, principalmente de um melhor desempenho comercial da indústria. Não há indício, por enquanto, dessa melhora.
Fonte: aqui

Multiplicador Keynesiano: evidências empíricas

Back in the 1980s, many commentators ridiculed as voodoo economics the extreme supply-side view that across-the-board cuts in income-tax rates might raise overall tax revenues. Now we have the extreme demand-side view that the so-called "multiplier" effect of government spending on economic output is greater than one -- Team Obama is reportedly using a number around 1.5.
To think about what this means, first assume that the multiplier was 1.0. In this case, an increase by one unit in government purchases and, thereby, in the aggregate demand for goods would lead to an increase by one unit in real gross domestic product (GDP). Thus, the added public goods are essentially free to society. If the government buys another airplane or bridge, the economy's total output expands by enough to create the airplane or bridge without requiring a cut in anyone's consumption or investment.
The explanation for this magic is that idle resources -- unemployed labor and capital -- are put to work to produce the added goods and services.
If the multiplier is greater than 1.0, as is apparently assumed by Team Obama, the process is even more wonderful. In this case, real GDP rises by more than the increase in government purchases. Thus, in addition to the free airplane or bridge, we also have more goods and services left over to raise private consumption or investment. In this scenario, the added government spending is a good idea even if the bridge goes to nowhere, or if public employees are just filling useless holes. Of course, if this mechanism is genuine, one might ask why the government should stop with only $1 trillion of added purchases.
What's the flaw? The theory (a simple Keynesian macroeconomic model) implicitly assumes that the government is better than the private market at marshaling idle resources to produce useful stuff. Unemployed labor and capital can be utilized at essentially zero social cost, but the private market is somehow unable to figure any of this out. In other words, there is something wrong with the price system.
[...]
What do the data show about multipliers? Because it is not easy to separate movements in government purchases from overall business fluctuations, the best evidence comes from large changes in military purchases that are driven by shifts in war and peace. A particularly good experiment is the massive expansion of U.S. defense expenditures during World War II. The usual Keynesian view is that the World War II fiscal expansion provided the stimulus that finally got us out of the Great Depression. Thus, I think that most macroeconomists would regard this case as a fair one for seeing whether a large multiplier ever exists.
I have estimated that World War II raised U.S. defense expenditures by $540 billion (1996 dollars) per year at the peak in 1943-44, amounting to 44% of real GDP. I also estimated that the war raised real GDP by $430 billion per year in 1943-44. Thus, the multiplier was 0.8 (430/540). The other way to put this is that the war lowered components of GDP aside from military purchases. The main declines were in private investment, nonmilitary parts of government purchases, and net exports -- personal consumer expenditure changed little. Wartime production siphoned off resources from other economic uses -- there was a dampener, rather than a multiplier.
We can consider similarly three other U.S. wartime experiences -- World War I, the Korean War, and the Vietnam War -- although the magnitudes of the added defense expenditures were much smaller in comparison to GDP. Combining the evidence with that of World War II (which gets a lot of the weight because the added government spending is so large in that case) yields an overall estimate of the multiplier of 0.8 -- the same value as before. (These estimates were published last year in my book, "Macroeconomics, a Modern Approach.")
There are reasons to believe that the war-based multiplier of 0.8 substantially overstates the multiplier that applies to peacetime government purchases. For one thing, people would expect the added wartime outlays to be partly temporary (so that consumer demand would not fall a lot). Second, the use of the military draft in wartime has a direct, coercive effect on total employment. Finally, the U.S. economy was already growing rapidly after 1933 (aside from the 1938 recession), and it is probably unfair to ascribe all of the rapid GDP growth from 1941 to 1945 to the added military outlays. In any event, when I attempted to estimate directly the multiplier associated with peacetime government purchases, I got a number insignificantly different from zero.

Lista: Onde é perigoso dirigir

Os países com maior número de fatalidades por habitantes:

1 Chade
2 Guinea-Bissau
3 República Centro-Africana
4 Ucrânia
5 Malawi
6 Afeganistão
7 Rep. Democrática do Congo
8 Somália 1560
9 Lesoto 1559
10 Moçambique

145 Brasil

Como percentagem das mortes

1 Emirados Árabes Unidos 15,9
2 Catar
3 Kuwait
4 Bahrain
5 Venezuela
6 Irã
7 Belize
8 Malasia
9 Jordania
10 Mongólia

31 Brazil 3,5%

Fonte: Aqui

23 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

Olimpíadas e Eu

A maior usina de energia solar do mundo

Pegue 300.000 "espelhos" controlados por computador, cada um com 2 metros de altura e 3 metros de largura, e faça com que eles focalizem a luz do sol para o topo de três torres de 140 metros de altura, onde a água se transforma em vapor para turbinas de energia. O que você consegue com isso? A maior usina de energia solar do mundo.

A planta do Ivanpah Solar Electric Generating System (em tradução livre, Sistema Gerador de Energia Solar Ivanpah) ocupa cerca de 12 quilômetros quadrados de terras federais perto da fronteira dos estados da Califórnia e Nevada, nos EUA.

A usina, adiada por questões regulatórias e legais, é um esforço conjunto da NRG Energy, da BrightSource Energy e do Google, e finalmente foi aberta para negócio no último dia 13 de fevereiro.

Segundo nota oficial, o Ivanpah Solar Electric Generating System já está operacional e entregando eletricidade solar para clientes da Califórnia.

Em plena capacidade, as suas torres produzem um total bruto de 392 megawatts (MW) de energia solar, energia suficiente para fornecer eletricidade “limpa” a 140 mil casas no estado californiano e evitar 400.000 toneladas métricas de dióxido de carbono por ano, o equivalente a remoção de 72 mil veículos da estrada.

E, além disso, tem uma aparência incrível. Confira algumas fotos da usina: Gizmodo e Hyperscience








































Entrevista: Ednilto Pereira Tavares Júnior - Parte II

No dia da defesa da dissertação de Ednilto.
Da esquerda para a direita: o membro interno da banca examinadora, Prof. Dr. Rodrigo de Souza Gonçalves seguido pelo membro externo, Prof. Dr. Moisés Ferreira da Cunha; depois o nosso entrevistado, atual professor e mestre, Ednilto Tavares Pereira Júnior; e, à direita, o orientador e professor Dr. César Augusto Tibúrcio Siva.
No outro domingo começamos a conversar com o Ednilto que tem uma história engraçada, interessante e envolvente para contar. Hoje a entrevista no mostra a trajetória dele entre o mestrado e o doutorado.

Blog_CF: Ednilto, você então entrou na 19ª turma de mestrado do Programa Multi-Institucional e Inter-Regional de Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN com o auxílio de um recurso. Claro que sempre haverá alguém para criticar, mas como foi a reação da sua turma? Como era o relacionamento entre vocês?
Ednilto:
Antes de iniciarmos o curso somos convocados para uma reunião na qual nos explicam mais sobre o programa. A minha aconteceu em dezembro de 2009. Antes mesmo dos professores chegarem expliquei para todos que estavam na sala a minha situação. Havia quem nem notou que a lista final apresentou um nome a mais, devida a empolgação com o curso. Fui sincero desde o início e acredito que fui bem recebido. Ninguém mostrou descontentamento. Na reunião os professores também explicaram, mas já estavam todos cientes então acredito não ter havido nenhum tipo de preconceito.

Como comentei antes, Deus sabe o que faz. Cai em uma turma muito especial da qual me orgulho fazer parte. Superamos tudo juntos, nos apoiamos e, assim, íamos compensando as fraquezas individuais. Isso porque em uma turma há quem seja ótimo em contabilidade societária, mas não sabe sobre custos e gerencial, por exemplo. Havia também a questão do inglês que é essencial para o desenvolvimento de trabalhos, apresentações e seminário. Mas a minha turma se tornou um organismo único e fomos enfrentando a batalha com muito fervor. Hoje considero que tenho irmãos. A intensidade de tudo o que vivemos, nos liga por toda a vida.

Blog_CF: Você terminou bem o mestrado. Não precisou de novos prazos, passou em todas as matérias, foi aprovado na defesa da dissertação. Foi esse sucesso que te motivou a ir além e, assim, buscar o doutorado?
Ednilto:
Com o mestrado eu tive a confirmação que a vida acadêmica não era apenas uma obrigação, ou profissão. Eu encontrei a minha paixão. Não achei que seria sequer aprovado em um mestrado e alcancei o meu sonho. Foi algo natural ir além disso, além dos meus sonhos. Foi assustador pensar em passar por todo o processo de rejeição e preparação novamente, independente de como foi o meu mestrado. Mas fui em frente.

Na primeira vez que tentei, não cheguei a conseguir participar do processo por ter enviado uma cópia não autenticada do meu título de eleitor (era uma exigência). Claro que entrei com o famoso recurso, mas infelizmente não deu certo. Mas novamente eu já estava decidido. Eu queria cursar o doutorado ali, no lugar em que me tornei mestre. Eu criei um vínculo de admiração e vontade de crescer junto com a UnB. Era ali que eu queria então, novamente, aguardei mais um ano e procurei ir melhorando o meu currículo naquele meio tempo. Ainda bem que meu sofrimento não durou muito e fui aprovado no último processo seletivo do Programa. Minhas aulas terão início este ano, em 2014. Agora inicio uma nova jornada, ainda por ser escrita.

Blog_CF: O que é o doutorado para você?
Ednilto: Acho que para alguns o doutorado seja relacionado a obtenção de um título. Não digo que a minha nobreza não fará com que eu não me sinta melhor no dia em que for o Doutor Ednilto! Mas a minha motivação, e aqui vou usar o mesmo discurso que prego aos meus alunos, é ser um professor melhor e, assim, conseguir ajudar mais os meus alunos, impactar vida, colaborar para o conhecimento e formação dos meus discentes da melhor forma que eu puder. Quando fui aprovado, comemorei esse sucesso também com os meus alunos e afirmei “se faço isso não é só por mim, mas também por vocês”. Tenho certeza que não sou um ótimo professor, mas quero ser um dia. Por isso busco a autossuperação. Ser melhor que o meu eu de ontem, ser melhor a cada dia.

Blog_CF: Não vou te perguntar como foi ser reprovado em um processo seletivo porque claramente houve frustração e tristeza. Mas como foi o seu processo para seguir em frente e ser admitido? 

Ednilto: Bom... eu sou meio nerd ...se é que existe essa de meio nerd (ou se é ou não), então vai aqui uma resposta geek. 

Hal Jordan, o segundo lanterna verde, ao ser escolhido sofreu bullying da tropa dos lanternas verdes (para eles os terráqueos são seres inferiores). Aí, em um desses universos da DC Comics [Lanterna Verde – Renascimento], Hal vai enfrentar Parallax, uma entidade cósmica que se alimenta do medo que espalha em todos os seres vivos... em resumo... Hal Jordan luta, vence Parallax e fala algo que me marcou. 

Ter medo não nos faz fracos, pois do medo vem a coragem para sermos fortes. O que isso tem a ver com a pergunta sobre a reprovação? Já fui reprovado no processo seletivo para o mestrado e para o doutorado, entre outras reprovações na vida. Ser reprovado nunca me fez ser fraco, mas sim me deu força e coragem para ser forte. 

A propaganda do sabão Omo já dizia, “não há aprendizado sem manchas”. Risos. Sempre penso nisso, independente do que eu esteja fazendo. Ora, se não deu daquela vez, vamos tentar novamente. Se não der na segunda, haverá uma terceira, e se não der na terceira, teremos uma outra vez para tentar. Ou ganharemos sabedoria e maturidade para enxergar uma outra opção e seguir por ali. Em suma, o que aconteceu não foi em vão. Não foi tempo perdido, mas o tempo necessário.

Como você se comporta frente a derrota é o que fará você ser um eterno perdedor ou um próximo vencedor. Acho que o NÃO sempre me incentivou mais do que o SIM, o “você NÃO consegue”, “isso NÃO é para você”, “você NÃO pode fazer isso”. As pessoas e motivam por milhares de incentivos diferentes e sempre brinco que quando ouço palavras negativas, meu subconsciente ativa que aquilo é um desafio e que desafios são feitos e colocados para que possamos vencê-los. Se não fosse assim, que graça teria a vida?

Blog_CF: A sua história é rica e cheia de exemplos motivacionais. Mas que dica você dá para os que pretendem futuramente cursar o mestrado? E quem já foi recusado em processos seletivos, como motivá-los a continuar tentando?
Ednilto: Dica? Difícil dizer porque "cada caso é um caso". Eu arriscaria dizer que a primeira coisa é "saber". Se você decidir fazer algo, no caso o mestrado, tem que ter certeza ser aquilo o que você realmente quer. (Tem quem faça por não ter outra coisa para fazer naquele momento, por pressão da família, pra melhorar o salário, por n razões distintas). Você está fazendo por você e é o que você sinceramente deseja? Se sim, pronto, sua meta e o seu objetivo foram traçados. Agora é só seguir. Não olhe para os lados e nem para trás. Siga em frente. Confie. Não pare porque obstáculos vão surgir - sempre surgem - mas se você tem em mente o que você quer, não deixe nada ser tão grande a ponto de fazer você desistir. Você vai querer desistir! Mas não desista.

Blog_CF: Você pode compartilhar mais uma das suas histórias de - sim - superação?
Ednilto:
 (rindo) Se você diz que são histórias de superação, tudo bem. Vou contar algo que aconteceu comigo.... Mais risos. 


Para fazer o mestrado saí de um cargo concursado. Foi uma escolha que tive que fazer e assumir, já que eu não tinha como conciliar o aquele trabalho com os estudos. Aquilo foi um golpe dolorido já que parei de receber um salário razoável para virar bolsista da Capes. Agradeço eternamente a oportunidade, mas o valor é vergonhoso, sabe? Eu recebia R$ 1.200,00! Como comprar livros (geralmente internacionais), me sustentar e estudar em paz? Tinha quem falasse que com aquilo dava até para pagar prestação de carro, pode? 

Aproveito para me manifestar: Brasil, governantes, responsáveis: a bolsa não é nada. Né? Pagar isso TUDO para a pessoa ficar por conta dos estudar? 

No meu caso, eu era solteiro e ainda tinha os meus pais para me ajudarem, fico pensando como um pai de família renuncia seu emprego para fazer um mestrado com uma bolsa dessas? 

Acho que a primeira dificuldade que eu tive no mestrado foi a financeira. Muitas vezes eu olhava para os meus colegas do antigo concurso, ou para colegas de universidade, que estavam indo “bem” na vida... e eu ali, ganhando R$ 1.200,00 “só para estudar”. Isso me fazia me perguntar todos os dias o por quê deu estar lá. Não foi fácil. O dinheiro não era a minha motivação, mas a falta dele me abalou. Sempre que eu ficava na dúvida, reforçava comigo "já estou aqui mesmo então não vou desistir". 

A segunda dificuldade é quanto ao conteúdo de cada matéria. Nossa, não teve uma disciplina sequer que eu possa falar que foi “de boa”. Até a disciplina de prática de ensino foi pesada! E olha que envolvia apenas “dar aula” e era dar mesmo, porque era um docente voluntário. Na verdade eu recebia os créditos da disciplina, como todos os demais. Mas eu ia de Goiânia para Brasília, lecionava e voltava para casa. Isso acrescentava um peso emocional que complicou, claro, mas fui em frente. Sempre em frente. 


Quando se tratava da dificuldade nas disciplinas, sempre pude contar com meus amigos. Nunca aquela frase fez tanto sentido “ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar”. Lembro-me que meus amigos que me ajudaram a superar muitas dificuldades, inúmeras vezes. Fui para a casa deles estudar, nos encontrávamos na biblioteca.  

A dificuldade é inerente ao processo, #nopain #nogain, mas ninguém disse que precisamos suportar essa “dor” sozinhos, então acho que durante essa batalha (mestrado ou doutorado) umas vezes seremos carregados, outra teremos que carregar, o importante é que nenhum soldado fique só no campo de batalha. Seja compreensivo e companheiro, é a dica que deixo. Isso fez toda a diferença na minha vida.

Blog_CF: Ednilto, agradecemos imensamente a sua participação e te desejamos uma ótima jornada no doutorado. Parabéns!


Ednilto:
Obrigado por me convidarem para essa entrevista, não sei se sou a melhor pessoa para isso, mas espero poder incentivar alguém, mais uma vez obrigado e vamos que vamos que o doutorado nos espera.


Para acessar outras entrevistas, clique aqui.

22 fevereiro 2014

Ativo Regulatório II


No Brasil, antes da adoção completa do IFRS, em 2010, as distribuidoras de energia registravam ativos e passivos regulatórios no balanço - ativos e passivos que tiveram que ser baixados, a contragosto, por causa da migração de padrão contábil.

O ativo regulatório é o direito contratual das companhias, assegurado pelo governo, de ter parte do seu aumento de custos não gerenciáveis - como aqueles com compra emergencial de energia termelétrica, por exemplo - reembolsado no ano seguinte, por meio de um reajuste na tarifa cobrada dos consumidores.

As empresas entendem que esse direito de ressarcimento é garantido por contrato, e como tal poderia ser registrado no balanço como um ativo regulatório, o que evita o sobe-e-desce do lucro de um ano para o outro. A regra também vale para o caso de haver uma queda dos custos não gerenciáveis, que resultam numa redução da tarifa no ano seguinte, e seriam registradas por meio de um passivo regulatório.

O Iasb decidiu permitir que as empresas que adotarem o IFRS pela primeira vez a partir de agora mantenham o reconhecimento dos ativos e passivos regulatórios no balanço, ao passo que a mesma prática é vedada para aquelas que já usam o padrão contábil internacional há mais tempo, como é caso das empresas brasileiras.

A regra teve forte impacto nas empresas do setor elétrico brasileiro, que agora não vão ter direito ao indulto dado aos canadenses e a quem mais adotar as normas no futuro.

Fontes: Aqui e Aqui

Rir é o melhor remédio

(Fonte: Aqui. Detalhe importante: o cartonista é português)

Fato da Semana

Fato da Semana: A compra do Whatsapp pelo Facebook

Qual a relevância disto? – Em geral as notícias de grandes aquisições não comentam a questão contábil. Mas está presente de alguma forma. Este é o caso da grande compra do Facebook desta semana. Em primeiro lugar, chama à atenção a diferença entre o ativo tangível e intangível. E isto parece renascer a discussão sobre a mensuração dos ativos na contabilidade. Segundo aspecto, estas aquisições geralmente envolvem uma avaliação da perspectiva futura das duas empresas. E novamente voltamos para contabilidade, que fornece a informação crucial sobre o desempenho passado, muito útil para nosso trabalho de projeção. O terceiro ponto é que se discute o descompasso entre o estágio do ciclo de vida e algumas medidas contábeis. A empresa adquirida está na fase de crescimento, enquanto o Facebook já se transformou numa realidade. Isto tem reflexo nas receitas, geração de fluxos de caixa (e seu tipo), quantidade de caixa, etc. Finalmente, a análise das demonstrações contábeis é útil para tentar entender melhor o processo da aquisição.

Positivo ou negativo? Positivo pelos reflexos na contabilidade. Para o mercado como um todo, mais uma aquisição cujos compradores provavelmente saíram perdendo (as ações do Facebook caíram) e os vendedores ganharam muito dinheiro.


Desdobramentos – Em geral nestes tipos de aquisição ocorre uma baixa do intangível daqui a alguns anos. 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia no nosso blog:
1 – O leão mostrou as garras no ano passado e agora está ficando manso. Reflexo do ano eleitoral? Nesta semana anunciou-se que será prorrogado a entrada em vigor de uma medida para aumentar a receita tributária do governo que é
A tributação dos lucros das empresas brasileiras obtidos no exterior
O aumento da alíquota do imposto sobre produtos minerais
A cobrança de imposto sobre os dividendos recebidos por acionistas
O aumento no vigor sobre o preço de transferência

2 – Alguns estados brasileiros gastaram mais do que arrecadaram. O número de unidades, incluindo o DF, foi de
6
8
14
25

3 – Uma norma contábil de ativos regulatórios causou problema na relação entre CPC e Iasb por conta da decisão do Iasb em facilitar a vida de uma economia desenvolvida. Este país é
Canadá
Japão
Estados Unidos
França

4 – A justiça brasileira está investigando a relação entre a JBS e um banco brasileiro. Este banco é o
Banco Rural
Banco do Brasil
Bradesco
Banco Nacional

5 – O problema da questão anterior refere-se a uma operação disfarçada
De aumento de capital
De evasão de divisas
De venda de ativos imobiliários com prejuízo
Da entrada de produtos importados no Brasil

6 – Divulgou-se mais uma lista de marcas famosas. Em primeiro lugar aparece
Apple
Samsung
Google
Microsoft

7 – Um livro revelou que este grupo musical escolhia roupas “extravagantes” para reduzir seus impostos
Abba
Bee Gees
Beatles
Kiss

8 – A cotação do Bitcoin caiu para 600 dólares. A principal razão da queda foi
Ataque de hackers
Tributação por parte do governo
Mudança nas regras de emissão de moeda
Fechamento da matriz em Creta

9 – Duas pessoas conhecem o resultado do Oscar. São os funcionários de uma Big Four. Qual delas?
PwC
KPMG
Deloitte
EY

10 – Ela deu um depoimento ao juiz e disse que não sabia de nada. E que o responsável era seu marido. Trata-se
Infanta Cristina
Rihana
Michelle Obama
Angela Merkel

Resposta: (1) tributação dos lucros das empresas brasileiras obtidos no exterior; (2) 14; (3) Canadá; (4) Rural; (5) de aumento de capital; (6) Apple; (7) Abba; (8) ataque de hackers; (9) PwC; (10) Infanta Cristina


Se você acertou 9 ou 10 = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze.

21 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

Lucros no exterior

O prazo para que as empresas possam abater prejuízos obtidos em países estrangeiros do lucro apurado em outros pode ser aumentado pelo Congresso. A possibilidade foi aberta pelo governo pela primeira vez com a Medida Provisória 627, editada em novembro do ano passado, mas estava restrita a um período de teste de apenas quatro anos. Valeria, portanto, apenas até 2017. O relatório da MP, que será apresentado nesta quarta-feira (19) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), irá alongar o prazo para 2020

Fonte: Aqui

Como será o mundo daqui a 100 anos?

What will the world look like in 100 years?” wondered Ignacio Palacios-Huerta. Being an economist at the London School of Economics, he put this question to other economists. Admittedly, the profession didn’t foresee the financial crisis but, still, he writes in the introduction to his new book, economists “know more about the laws of human interactions and have reflected more deeply and with better methods than any other human beings”. (Declaration of interest: I once tried to market Palacios-Huerta’s insights into penalty-kicks to football clubs. Nobody ever paid us.)

Economists liked his question. “Hi Ignacio:” emailed Alvin Roth, Nobel laureate of 2012. “To my surprise, I do find your invitation tempting. It’s a sign of old age, I’m afraid.” The economists who volunteered to write chapters included two other Nobel-winners. The resulting book, In 100 Years, suggests some probable contours of our great-grandchildren’s world, among them:

Greater longevity will push us to reshape our lives. Over the past century, life expectancy in the west has risen by about 30 years. In another century the average person could be living to 100 – perhaps even in currently poor countries, which are already making quick gains by saving infants from simple illnesses such as diarrhoea.

Future advances against cancer could match the “cardiovascular revolution” that has reduced deaths from heart disease since the 1970s, says Angus Deaton of Princeton. Health should keep improving, simply “because people want it to improve and are prepared to pay for” innovations.

Roth foresees parents manipulating their children’s genes. Some such methods, he writes, “may come to be seen as part of careful child rearing”. He also thinks people will become more efficient thanks to performance-enhancing drugs that improve “concentration, memory, or intelligence”.

Once humans have more years in good health, they will probably reorder their lives. Roth says that if child rearing takes up less of the lifespan, people may want different spouses for different phases of life. “New forms of polygamy-over-lifetime relationships” could arise, he writes.

Greater longevity will alter careers too. “A typical career” may mean working intensely for 30 years “followed by many years of low-intensity work”, writes Andreu Mas-Colell of the Universitat Pompeu Fabra in Barcelona.

Robots will change far more than just work. Already today, anyone thinking of studying accountancy should consider the chances of the profession lasting her lifetime. Within mere decades, self-driving cars will have replaced taxis and a robot will write my column. In 100 years, writes Robert M Solow, the 1987 Nobel laureate, we could live “the bad dream of an economy in which robots do all the production, including the production of robots”. The remaining jobs will be more interesting, notes Mas-Colell, because everything else will have been automated.

Another consequence of robots: humanity will become more educated. Demand has already plummeted for uneducated workers in rich countries. In 100 years, robots will make that true in poor countries too. Our great-grandchildren will think of us as ignorant, sick, tiny peasants. They will also be better trained in emotional skills than we are, because that’s one realm where they might outcompete robots. As Edward Glaeser of Harvard writes: “I cannot imagine a world where wealthy people are unwilling to pay for pleasant interactions with a capable service provider.”

Based on past trends, an educated population is more likely to demand democracy and live in peace. But terrorists will also have awesome technology.

Face-to-face interaction may continue to lose relevance, writes Roth. I’ll continue his thought: in 100 years, instead of Skyping someone, you might invite their hologram into your living room. By then, actual physical proximity may matter (perhaps) only for sex.

As physical proximity loses importance, last century’s trend to urbanisation could reverse. In 100 years, people may be spread out more efficiently across the earth. They may marvel that greater Tokyo once had more inhabitants than Siberia.

Climate change could cause Siberia or northern Canada to fill with people. The economists in this book expect no significant attempts to prevent climate change. People will try to deal with it only after it starts affecting them, suspects Harvard’s Martin Weitzman.

He says we cannot predict the scale of the change. The uncertainty is enormous. But he worries that eventually a desperate country will choose an “unbelievably cheap”, unilateral solution: shooting a “sunshade” of reflective particles into the stratosphere to block some of the sun’s rays. That would cool the planet. It may also have horrendous unintended consequences.

Incomes will probably be much higher worldwide, driven by higher productivity, most of the writers agree. In 100 years, the world’s poorest people may live like today’s middle-class Americans, says Roth. That matters. However, writes Avinash Dixit of Princeton, rising incomes in developed nations matter much less. Theorists of happiness such as Richard Layard argue that once people have about $15,000 a year, more money doesn’t make them happier. Most economists in this book worry less about income levels than about inequality, which in the robotic age could be a lot worse than today.

simon.kuper@ft.com; Twitter @KuperSimon

‘In 100 Years: Leading Economists Predict the Future’, by Ignacio Palacios-Huerta (ed), MIT Press, $24.95/£17.95

Estados gastam mais do que arrecadam

Gastos de metade dos estados foram maiores que receitas em 2013

Folha de S. Paulo, 17/02/2014
O maior rombo orçamentário foi registrado no estado do Rio de Janeiro
Um levantamento feito pelo jornal “Folha de S.Paulo” revelou que metade dos estados brasileiros e o Distrito Federal não tiveram receitas suficientes em 2013 para cobrir os gastos com pessoal, custeio administrativo e investimentos.
Desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi aprovada, no ano 2000, a quantidade de contas no vermelho vem crescendo de forma inédita. A lei tem como principal objetivo justamente disciplinar as finanças estaduais.
Ainda de acordo com o levantamento da Folha, apenas dois governadores terminaram o primeiro ano do atual mandato com déficit fiscal. Em 2012 esse número aumentou para 8, e em 2013 para 14.
Trata-se de uma consequência de uma estratégia adotada nos últimos dois anos pelo governo Dilma para aumentar os investimentos em infraestrutura.
Os estados foram autorizados pela União a ampliar seu endividamento para financiar obras em transporte, saneamento, urbanismo e habitação. Além disso, o BNDES aumentou o crédito para os governos regionais.
Os investimentos cresceram, mas a piora das contas ajudou a inviabilizar as metas oficiais de superávit primário.
O maior rombo orçamentário foi registrado no estado do Rio de Janeiro, cujo governo também precisa arcar com gastos direcionados para a Copa do Mundo deste ano e as Olimpíadas de 2016.

Ativos Regulatórios

Causou grande mal-estar entre os envolvidos com o processo de edição de normas contábeis no Brasil a decisão do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) de abrir uma exceção à regra de registro de ativos e passivos regulatórios no balanços, a fim de atrair o Canadá para o grupo dos países que usa as normas internacionais (IFRS, na sigla em inglês).


Fonte: Aqui (via aqui)

O Iasb é um regulador que necessita, para sua sobrevivência, que mais países façam sua adesão as normas internacionais. Alguns dos principais mercados mundiais estão excitantes quanto a isto, como os Estados Unidos, o Japão e a Índia. Outros, que já aderiram, querem mudanças, como a Europa com respeito a volta da prudência na estrutura conceitual.

Rihana

Segundo o TMZ (via aqui), a cantora Rihanna estaria processando os contadores por perder milhões de dólares do seu patrimônio. Em 2009 a cantora estaria falida.

Segundo Rihana, no início de 2009 ela teria 11 milhões de dólares. No final do ano, seriam somente 2 milhões. A cantora afirma que o contador aprovou a compra de uma casa por 7 milhões de dólares. Mas depois, ela vendeu o imóvel por 2 milhões de dólares.

O Going Concern lança uma pergunta pertinente sobre o assunto: para que serve o contador? Se Rihana decidiu comprar uma casa e pede um conselho a seu contador, a decisão não é do contador, mas dela.

Os mesmos

Reportagem do Estado de S Paulo de quarta informa que dois grandes empresários brasileiros fizeram empréstimos cruzados entre suas empresas. O resumo está na figura a seguir:
Em poucos dias o dinheiro passou por cinco entidades diferentes, com quatro lançamentos contábeis. O dinheiro do Rural foi usado para aumentar seu próprio capital. Existem outros indícios de que a operação é “estranha”: abertura de contas dias antes do empréstimo, classificação de risco inadequada para o montante de empréstimo, envolvimento de duas figuras “polêmicas” – uma delas atualmente presa pelo julgamento do mensalão.

Listas: 5 lições de vida para quem sofreu bullying

Suas palavras têm poder. Utilize-as sabiamente.
 O termo pode ser relativamente recente, mas o fenômeno é um velho conhecido. Você sofria bullying quando ia à escola? Talvez no condomínio, no clube, ou em qualquer lugar longe da supervisão de adultos onde as crianças mais explosivas davam asas à malvadeza infernizando a vida de outras?

Para os que costumavam ser o lado oprimido dessa relação, um escritor finlandês resumiu suas próprias experiências em cinco lições que, segundo ele, foram carregadas para o resto da vida. Confira a lista:

5. Não existe pessoa menos vulnerável ao bullying

Em uma sala de aula, havia alguns tipos clássicos que a sociedade já não aceitava logo de cara. Estes pareciam, aos olhos da massa, estar pedindo para sofrerem nas mãos da garotada mais cruel. Mas esta parcela consistia em uma minoria.

Em uma turma de 40 alunos nos anos 90, por exemplo, poderia haver três ou quatro nerds estereotipados, que usavam óculos, sentavam na primeira fila e levavam lancheira com Toddyinho, mas o bullying não se restringia a este pequeno grupo. Em uma relação de mais fortes e mais fracos, especialmente na parte física, muitas crianças se tornaram vítimas em dado momento.
 

4. Bullying não é uma luta entre o Bem e o Mal

Psicólogos podem esclarecer isso com precisão, mas é óbvio que nem as crianças opressoras não têm maldade pura e trevas profundas no coração. Boa parte delas usa o bullying como forma de descarregar um peso emocional que pode ter razões familiares ou externas. Mas é claro que não é fácil explicar isso a uma criança que tem a cueca puxada pelos amiguinhos todo santo dia.
 

3. Os espectadores são piores do que os “bullies”

O velho ditado “a ocasião faz o ladrão” cabe muito bem nesse caso. O bullying só é endêmico nos grupos sociais infantis e adolescentes porque há público para aplaudir. Se todas as crianças reprovassem quando um deles jogasse areia no sanduíche do colega, o pestinha logo seria forçado a parar. Mas o bullying quase sempre é acompanhado de risadas e encorajamento do público ao redor.

E será que os adultos são muito diferentes? Quase todo mundo tem uma atração intrínseca por violência, seja no noticiário, no entretenimento ou na vida real. Quando duas pessoas se beijam, é comum virar o rosto para o outro lado; mas dois brigões costumam atrair uma plateia em torno de si em questão de segundos. Alguns alegam que isso seja parte da natureza humana. O que você acha?
 

2. O desejo por vingança é uma coisa ruim

O bullying depende de um desequilíbrio natural de forças. Quando uma criança oprime a outra dia após dia, é bem provável que haja uma explicação plausível para isso. Em alguns casos, pode ser recomendável para a vítima enfrentar o perigo e dar um basta na situação.

O problema é que vítimas constantes de bullying tendem a acumular raiva e sede de vingança, principalmente se não tiverem amigos com quem se abrir. Quando esse sentimento explode de uma vez só, as consequências podem ser trágicas; não são raros os casos de crianças que conseguem uma arma e promovem catástrofes. O mais aconselhável para as vítimas, portanto, é não se fechar para o mundo, e liberar a raiva em doses saudáveis.
 

1. Um dia o bullying acaba

Há várias formas de encerrar uma longa carreira de vítima de bullying. Em alguns casos, a puberdade trata de equivaler os opositores no quesito de força física, ou até inverter a vantagem. Em outros, os antigos opressores simplesmente amadurecem, percebem o mal que causam ao próximo e o deixam em paz.

A não ser que o sofrimento tenha sido realmente traumático, ele logo deve passar. O ideal é que as antigas vítimas não retenham nenhum tipo de rancor ou mágoas em relação a um passado tão distante; de que serviria isso, afinal? Se você encontrasse hoje, na rua, um colega que te fazia mal na 5ª série, será que teria alguma raiva guardada? É bem provável que não. 


Fontes: HyperCracked.com Washington Post