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13 agosto 2008

Efeito Sarbox

Um novo estudo das empresas estrangeiras que sumiram das Bolsas americanas depois que a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) facilitou a fuga delas em 2007 indica que as empresas desertoras eram, sobretudo, aquelas cujo crescimento lento e fraco desempenho de mercado haviam reduzido a necessidade e a capacidade delas de atrair capital americano.

Há, inclusive, algum indício de que o mercado acabou punindo as empresas que decidiram sair mesmo quando ainda podiam explorar o capital.

O que o estudo mostra, disse um dos autores G. Andrew Karolyi, professor de finanças da Ohio State University, é que o mercado não reagiu de modo favorável quando as empresas escaparam das regras americanas.

Em vez disso, o estudo escrito por Korolyi, junto com René M. Stulz, também da Ohio State University, e Craig Doidge, da Universidade de Toronto, concluiu que os preços das ações sofreram nos poucos casos nos quais as empresas estrangeiras, com boas perspectivas de crescimento, abandonaram as Bolsas americanas. "Quando elas optam por sair mesmo quando estão se beneficiando" da listagem americana, disse Karolyi numa entrevista, "os acionistas podem se perguntar se há algum motivo oculto".

Fuga de empresas estrangeiras é questionada - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - The New York Times - 13/08/2008


Esse é um exemplo do que os economistas chamam de sinalização. As empresas que abandonaram o mercado de capitais dos Estados Unidos sinalizaram para o investidor algo negativo: preferem participar de um mercado acionário onde as condições de controle são menos rígidas.

Novo Controller

(...) Uma prova da sua crescente importância nas corporações [do controller] é que hoje 90% das áreas de negócios o consultam antes de tomar suas decisões, segundo pesquisa que ouviu 100 das maiores empresas do país, realizada por Márcio Luiz Borinelli, para tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo (USP).

(...) Quem atua na área reconhece as transformações ocorridas recentemente. "A função dos controllers mudou radicalmente", diz Marcus Severini, diretor de controladoria da Vale. Eles basicamente continuam produzindo relatórios, mas além de olhar para dentro da organização, tiveram que ampliar seus horizontes. Hoje, eles também precisam observar a concorrência, participar de processos de produção, analisar os cenários econômicos e políticos do mercado nacional e estrangeiro e até desenvolver oportunidades. Com 27 anos de experiência na área de controladoria e há quatro como diretor, Severini, 50 anos, afirma que sua rotina mudou. Hoje ela inclui ajudar a empresa a se adequar a leis brasileiras e internacionais, garantir o sucesso de projetos de abrangência internacional, dar suporte à captação de recursos, lidar com diferentes culturas, entre outras obrigações."

(...) Entretanto, há outros fatores determinantes para que os controllers ganhem notoriedade. O primeiro é a rigidez dos processos. Depois dos escândalos financeiros da Worldcom e Enron - que resultaram na criação da lei Sarbanes-Oxley -, o acompanhamento numérico dos processos tornou-se mais próximo e detalhado. As novas regulamentações exigiram um controle maior dos resultados e das movimentações financeiras das empresas com capital aberto nas bolsas americanas, com implicações que comprometem pessoalmente CFOs e CEOs. Do lado brasileiro, a lei 11.638, conhecida como lei das S.A., somada a um momento de crescimento da economia nacional - o que levou a um boom de empresas abrindo capital na bolsa de valores nos últimos dois anos -, também criou novas atribuições para os controllers. Eles passaram a cuidar do levantamento das informações da parte societária.

(...) A pesquisa de Borinelli comprova as alterações no perfil da profissão: 70% dos entrevistados são responsáveis pela contabilidade societária e 88% daqueles que atuam na área cuidam também da contabilidade gerencial (para apoio a tomada de decisão interna). (...) As novas atribuições mostram que esses profissionais deixaram para trás trabalhos de consolidação de números, mais dirigidos à contabilidade.

(...) A tese de Borinelli mostrou que 40% dos controllers eram formados em administração ou engenharia. Na turma de MBA dessa semana, 13,6% são formados em direito. A graduação, portanto, não é o elemento mais importante para quem quer seguir a profissão. O principal é ter condições de garantir a eficiência do processo de gestão, o significa saber um pouco de tudo o que acontece. "As pessoas riem de mim, mas os controllers viraram especialistas em generalidades", diz Severini, da Vale.


Cresce no país a demanda por um novo perfil de controllers
Valor Econômico - 13/08/2008

12 agosto 2008

Rir é o melhor remédio


Ironia: uma reportagem sobre o fim do password exige password.

Custos na aviação

Sabe-se que o aumento dos combustíveis trouxe uma preocupação maior com os custos nas empresas aéreas. Uma das formas que estas empresas estão lidando com o problema é reduzindo o peso levado a bordo pelos passageiros e pela própria empresa.

Assim, eliminação de refrigerantes e comida torna-se uma alternativa. Menor peso, menor consumo de combustível e menor custo é a equação.

Entretanto um dado do Centers for Disease Control & Prevention mostra que o peso médio do estadunidense aumentou 24 libras (1 libra é igual 0,45 kg) desde 1960.

A revista Fortune fez um cálculo interessante:

Como um companhia aérea voa com 735 milhões de passageiros ano isso significa 17,6 bilhões de libras a mais de peso (=735 x 24). Considerando um preço médio de $100 por libra tem-se 176,4 milhões de galões de combustível custando 538 milhões de dólares.

Stop Complaining About Airplane Food; Airlines are doing all sorts of stuff to lighten their planes to offset soaring fuel prices, like getting rid of bulky snacks, waste bins, or even rows of seats.
Emily Stewart
Forbes - 11/08/2008 - 40 - Volume 182 Issue 2

Valor da IFRS depende dos EUA


A Austrália é um dos países que adotaram a IFRS. Uma reportagem apresenta a importância da adoção generalizada das normas internacionais de contabilidade, em especial dos Estados Unidos:

'The value of Australia moving to IFRS has always been diminished by the US not participating,' said National Australia Bank chief financial officer Mark Joiner.

US accounting switch to aid multinationals - Patrick Durkin - 12/08/2008
Australian Financial Review (Abstracts) - 6

IFRS no Mundo

A implantação das normas internacionais no mundo, segundo texto da Gazeta Mercantial:

Processo de adesão ao IFRS está adiantado no grupo Bric

São Paulo, 12 de Agosto de 2008 - Os processos de implantação do padrão contábil internacional, o Internantional Finance Reporting Standard (IFRS) para a apresentação de demonstrações contábeis das empresas, estão adiantados nos países emergentes do grupo Bric ( Brasil, Rússia, Índia e China). No Brasil, o IFRS já está sendo implantado pelas companhias abertas, que a partir deste ano deverão cumprir a lei 11638, que estabelece uma convergência com o padrão internacional. A partir de 2010 todas as companhias abertas estão obrigadas a divulgar seus balanços em IFRS. Na Rússia, o prazo de adoção do IFRS é semelhante ao do Brasil, na Índia deverá estar concluído até 2011 e na China as normas contábeis estão em processo de revisão para ficarem consistentes com o IFRS, conforme pesquisa feita pela empresa de consultoria e auditoria Ernst & Young.

A implantação do novo padrão contábil também está adiantada em outros regiões. Na América Latina, o IFRS é seguido pelas companhias uruguaias desde 2004 e foi adotado pelo Perú. O Equador tem transição confirmada a partir de 2009 e na Colômbia em 2010. Na Argentina, o prazo é 2011 e no Chile há prazos diferenciados por setor: capital aberto de grande porte 2009, bancos em 20120 e demais companhias em 2012. Na Turquia, as companhias abertas já tem a opção de adotar o IFRS. Na Austrália e na Nova Zelândia estão em vigor normas consideradas equivalentes ao IFRS. Em Hong Kong é mandatório para as empresas multinacionais; em Israel é mandatório para todas as empresas exceto bancos. O Japão e o Canadá tem transição confirmada a partir de 2011.

Nos Estados Unidos, onde vigora o US GAAP - um rigoroso padrão contábil de uso obrigatório para todas as companhias que atuam no mercado de capitais americano - a adoção do IFRS ainda está em discussão. Os EUA discutem porque usar o IFRS se o padrão americano sempre foi considerado o melhor do mundo. Outro problema que aflige os reguladores americanos é qual o melhor padrão contábil quando se enfrenta uma crise de bancos, como a do subprime.

Na avaliação de Paul Sutcliffe, sócio da Ernst & Young, o IFRS permite mais interpretação e sua utilização seria melhor para o investidor nestes tempos de turbulência. Ele não espera mudanças na contabilidade americana este ano por tratar-se de um ano de eleições presidenciais. O consultor acredita, porém, que a adoção do IFRs os EUA já não é mais uma questão de "se", mas de quando a mudança virá.

A própria internacionalização das companhias vai forçar uma convergência para um mesmo padrão contábil ao redor do mundo. No início deste mês, a comissão de valores americana, Securities Exchange Commission (SEC), organizou uma mesa redonda para discutir as diferenças entre o IFRS e o US GAAP. O objetivo foi avaliar em que pontos um e outro permitem que as demonstrações contábeis sejam mais transparentes para o investidor. Um dos pontos discutidos foi o reconhecimento de receitas. Alguns participante do encontro argumentaram que as normas do IFRS permitem distorções na receita de companhias de setores como exemplo, petróleo e gás, devido à volatilidade dos preços dos commodities nas atuais condições do mercado. Representantes dos investidores, por sua vez, defenderam que o efeito desta volatilidade sobre os preços pode ser facilmente incluída nas análises de companhias que adotam o IFRS já que a maior parte das empresas utiliza a mesma metodologia para avaliação do valor do estoque. No US GAAP é necessário um esforço adicional para computar esta volatilidade.

Segundo o consultor da Ernst Young, a principal mensagem do encontro foi que apesar de algumas dificuldades que surgiram em relação a certas normas do IFRS, há uma demanda por parte das empresas americanas para adoção do padrão internacional, principalmente por parte de empresas cujas principais concorrentes são européias, onde vigora o IFRS, como é o caso da indústria farmacêutica, avalia Sutcliffe.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4) 12/08/2008 (Lucia Rebouças)

Ágio, CPC e Receita

Agenda lotada na contabilidade
Valor Econômico - 12/08/2008

(...) Ainda neste mês, a CVM vai devolver para a consulta pública a regra que discute ativos intangíveis, como o registro de marcas e patentes. A diferença é que agora a norma não tratará mais de ágio. "Grande parte das sugestões pedia que não fosse feita ainda nenhuma adaptação sobre o ágio", contou José Carlos Bezerra, diretor interino de normas contábeis da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O ágio é o prêmio pago em aquisições sobre o valor contábil de bens e companhias.

Trata-se de uma das questões mais delicadas quando o assunto é a nova legislação contábil. A aprovação da Lei 11.638 no apagar das luzes de 2007 deixou pouco tempo para a CVM regular o novo ambiente.

Ficou faltando também um entendimento da Receita Federal sobre as alterações das regras e seu impacto fiscal. A previsão é que não haja efeito tributário, mas ainda falta o pronunciamento do Fisco garantindo esse entendimento. A nova legislação coloca o Brasil definitivamente na rota da convergência aos padrões contábeis internacionais, o IFRS. As normas domésticas que detalham como aplicar a diretriz dada pela lei, a serem emitidas pela CVM, serão inspiradas nos princípios internacionais.

Quando o tema é ágio as companhias abertas tremem. De acordo com levantamento do Valor com base em dados da Economática, as empresas têm um estoque de R$ 35,5 bilhões de ágio. A amortização desse saldo tem efeito de despesa no balanço, o que gera economia fiscal às empresas por reduzir o lucro tributável. Numa conta simples, é o mesmo que dizer que as companhias têm economias fiscais da ordem de R$ 12 bilhões esperando para serem aproveitadas pelos próximos 10 anos. Pela nova legislação, a demonstração de resultado que for levada ao investidor não mais poderá ter essa amortização - mesmo que a Receita permita a continuidade dessa prática.

(...) Para as companhias, é um alívio não ter que pensar nesse tema [ágio] neste ano. Com a retirada do ágio da minuta sobre ativos intangíveis, o pronunciamento se concentrará no detalhamento técnico das novidades inseridas pela lei - como o registro do valor da marca, em casos de aquisições. Há ainda explicações sobre como contabilizar patentes e até sistemas de tecnologia desenvolvidos internamente.Os demais temas que serão normatizados ainda neste ano são os mais essenciais para aplicação das diretrizes estabelecidas pela Lei 11.638. "Não tem opção de não fazer", comentou Papellás.

Segundo ele, que também participa do CPC, o comitê já tem praticamente prontos os próximos cinco pronunciamentos. Embora haja poucas normas emitidas, os participantes do processo acreditam que ainda não há porque falar em atraso na divulgação das regras. (...)

Atuário

O texto a seguir faz um resumo da profissão de atuário.

Com estatística, atuário prevê risco antes de grandes decisões
Folha de São Paulo - 12/08/2008

Seguro de carro. Jovem paga mais. Seguro de vida. Idoso paga mais. Quem calcula essa diferenciação de preço de acordo com a idade e até o sexo são os atuários. Pouco conhecidos, esses profissionais sabem mensurar quanto custam diferentes tipos de risco, como acidentes de trânsito, doenças, incêndio ou se um determinado investimento vale ou não a pena.

A profissão é antiga, mas, no Brasil, ainda há poucos cursos. "Em geral, é uma profissão pouquíssimo conhecida no mundo", afirma Daniela de Mendonça, presidente do IBA (Instituto Brasileiro de Atuária). "Mas qualquer atividade financeira que envolve risco deveria ter um atuário."

Ele é um gestor de risco, segundo o professor da USP Luiz Jurandir Simões de Araújo, da graduação em atuária (como o curso é chamado na instituição). "E eu costumo dizer que a palavra risco significa eventos adversos que podem impactar uma empresa." (...)

O curso da USP foi extinto em 1994 e recriado em 2006 (leia texto ao lado), e, hoje, 30% da carga é voltada para estatística, a base do atuário.

"Ele é alguém que gosta de matemática e tem habilidades para lidar com finanças", afirma Narcisa Maria Gonçalves dos Santos, coordenadora do curso de Ciências Atuariais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Além disso, ele deve saber escrever. "Não são só números. O atuário dá pareceres, precisa de uma boa redação", diz ela.

Com cursos diurno e noturno, a Uerj formou a primeira turma na área no ano passado. "A demanda pelo profissional cresceu com a modernização da informática", diz a coordenadora. "Surgiram métodos avançados para calcular riscos, e hoje há novos programas."

Números

Matemática financeira, teoria matemática do seguro privado e do seguro social, contabilidade e expressão verbal são algumas das disciplinas do curso da PUC-SP, por exemplo.

Foi essa carga de matérias ligadas a exatas que atraiu a universitária Karina Reis, 21. Ela está no terceiro ano do curso da USP e trabalha desde o segundo ano. Hoje lida com seguro de saúde. "É o setor de que eu mais gosto na atuária."

Mas o ramo de opções do atuário é grande: além de trabalhar em companhias de seguros, ele pode ser empregado em empresas de previdência privada, bancos e em órgãos públicos, entre outros locais.

Embora não haja sindicato que represente a classe, Daniela de Mendonça, do IBA, afirma que o salário inicial de um recém-formado gira, no eixo Rio-São Paulo, em torno de R$ 2.500 a R$ 3.500.

Mas, para poder exercer a profissão, o graduado em ciências atuariais deve fazer uma prova de certificação anual que o IBA realiza -é uma espécie de exame da OAB para os futuros atuários.

(LUISA ALCANTARA E SILVA)

Remuneração dos ministros no Brasil

Um texto interessante sobre a remuneração dos ministros em conselhos de estatais. O contribuinte esperaria que estes conselhos tivessem a participação de pessoas com competência na área de atuação da empresa e ajudasse na sua gestão.

Conselhos de estatais fazem salários de ministros até dobrar

Laryssa Borges
Direto de Brasília

A participação dos principais ministros do governo Lula em conselhos de administração de empresas estatais tem feito os salários dos integrantes do primeiro escalão, atualmente na casa dos R$ 10,7 mil, chegar até a duas vezes mais. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, por exemplo, que lidera uma lista elaborada pelo Terra com base em informações dos ministérios e das estatais, chega a ter remuneração de R$ 30 mil por mês.

Apenas o assento de conselheiro permanente da Itaipu Binacional engorda a conta do ministro em cerca de R$ 14 mil mensais. Este valor, recorde entre todas as estatais que têm ministros em seus conselhos, é pago para que Bernardo compareça a uma reunião a cada dois meses ou em casos excepcionais de convocação extraordinária. O ministro também tem assento no conselho de administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e recebe mensalmente R$ 4 mil. Procurada por duas semanas consecutivas, a assessoria do ministro do Planejamento não retornou os telefonemas.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, integrante de conselhos de administração desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, em 2003, é a integrante do governo mais antiga com assento em estatais. Desde o início da gestão petista, há cinco anos e meio, já acumulou, com a remuneração por presidir o conselho da Petrobras e ter assento no conselho da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na área de distribuição de combustíveis, mais de R$ 580 mil.

Ex-ministra de Minas e Energia, Dilma se manteve à frente dos conselhos, apesar da mudança de ministério, "por decisão do presidente Lula", explica a Casa Civil. Segundo a assessoria da ministra, houve uma decisão do presidente de mantê-la nos conselhos em razão de seu perfil técnico e amplo conhecimento sobre o setor.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, aparece no levantamento feito pelo Terra como o representante do governo que mais participou de estatais em sua vida pública. Atualmente responde pelas presidências dos conselhos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), recebendo R$ 1.731,09 por mês pela função, e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb), com remuneração de R$ 1.100,36. Ainda compõe o conselho da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), sem salário extra.

Em toda sua vida pública, Fortes já presidiu ou foi membro dos conselhos de administração da Light, de Furnas Centrais Elétricas, da Eletrosul, da Itaipu Binacional, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ministro não quis falar sobre sua atual participação em conselhos de administração de estatais.

Como titular da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o ministro Miguel Jorge, por sua vez, recebe R$ 13,1 mil a cada três meses por presidir o conselho de administração do BNDES e outros R$ 11,8 mil também em pagamento trimestral para presidir a BNDES Participações (BNDESPar), subsidiária do banco de fomento. Desde meados de 2007, quando assumiu a coordenação dos dois conselhos, Jorge já recebeu pouco mais de R$ 110 mil em honorários.

Questionado sobre a legalidade de sua remuneração extra, o ministro do Desenvolvimento explicou que os conselheiros têm seus nomes aprovados pelo presidente da República e que os estatutos das duas empresas determinam que a presidência dos conselhos de administração deva ser exercida pelo ministro chefe da pasta.

Com a criação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a chamada TV Pública, os ministros de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, da Educação, Fernando Haddad, e da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, foram nomeados para o conselho curador da estatal. Paralelamente a este cargo, remunerado em R$ 1,8 mil mensais, Franklin Martins preside o conselho de administração da EBC, que lhe rende também R$ 1,8 mil por mês. O ministro informou que a lei que criou a TV Pública prevê nominalmente a participação de todos eles nos conselhos. Martins abriu mão da remuneração do conselho curador.

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Trabalho, Carlos Lupi, também integram conselhos de administração. Mantega compõe os conselhos da Petrobras e Lupi, o do BNDES. Ambos recebem cerca de R$ 4 mil mensais para participar das reuniões representando o governo.

Nomeações políticas
Independente da remuneração adicional dos ministros, a nomeação política de auxiliares diretos do presidente Lula para cargos de conselheiro de estatais tem gerado ainda outra distorção. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, por exemplo, recebe R$ 2.818,60 por mês desde junho de 2007 para compor o conselho de administração da Eletrobras.

Responsável por coordenar dentro do governo políticas sociais e ligadas à juventude, o ministro explicou que, apesar de não ter conhecimento do setor de energia elétrica, o estatuto da Eletrobras permite que o Ministério do Planejamento indique livremente o nome de um conselheiro, não importando a falta de familiaridade do indicado com o tema.

O aparelhamento das estatais chega ainda a provocar cenários como a indicação de assessores diretos do presidente Lula, de seus principais ministros e até de ex-integrantes do primeiro escalão que foram afastados do governo por conta de denúncias de corrupção. A secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, por exemplo, e o assessor especial do presidente Lula, Swedenberger Barbosa, compõem o conselho de administração da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Erenice ainda é do conselho fiscal do BNDES, enquanto o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, compõe o conselho de administração da Petrobras. Rondeau deixou o governo após ter seu nome envolvido com a Operação Navalha da Polícia Federal, que apurava fraudes em licitações supostamente feitas a partir de um esquema entre integrantes do governo e a construtora Gautama.

11 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

Bush apóia o movimento olímpico:



Fonte: Aqui

Links

1) Propaganda revela um pouco da fórmula secreta da Coca-Cola

2) Lista de problemas não solucionados nas ciências

3) Estudo mostra a questão da remuneração dos executivos norte-americanos em relação ao lucro

4) Cartões de visita criativos

Prefeito

Fica claro que os chamados administradores municipais pouco se importam com a receita do município. (...) O que realmente importa são os recursos que chegam do governo federal sob os mais diversos argumentos e a possibilidade de parcelar o pagamento de tributos e contribuições sociais, normalmente descontadas na folha de pagamento dos funcionários, mas nunca recolhidas.

(...) Não fossem as boas relações com o governo federal, o futuro prefeito de Salvador, por exemplo, precisaria muito mais do que boa vontade para administrar. Se tomarmos como base o relatório de gestão fiscal da capital baiana referente a 2007, não será difícil perceber o grau de dependência daquele município em relação ao Palácio do Planalto.

De acordo com o relatório fiscal da capital baiana, a receita líquida do município, em 2007, foi de R$ 2,1 bilhões contra uma despesa bruta só com o pessoal de R$ 690 milhões. O saldo é o que a prefeitura baiana teria para investir nas necessidades da cidade, não fosse uma dívida consolidada de R$ 1,3 bilhão que inclui, entre outros, atraso no pagamento de tributos e contribuições sociais, além de previdenciárias e do Fundo de Garantia. Em função dessa dívida, o futuro prefeito de salvador terá que arcar com o parcelamento de dívidas de algo em torno de R$ 500 milhões ao ano. Só de encargos e juros da dívida a prefeitura soteropolitana reservou no orçamento R$ 75 milhões no primeiro bimestre do ano. Na verdade, um truque contábil, já que os recursos foram empenhados, mas apenas parcialmente liquidados (cerca de R$ 11 milhões). Ou seja: empurrou com a barriga.

Ser prefeito é um bom negócio - Gazeta Mercantil - 11/08/2008

Faz sentido?

O valor dos dados será tratado como um ativo no balanço e relatado pelo CFO, ao mesmo tempo em que a qualidade dessas informações se tornará uma métrica de relatório técnico e um indicador-chave de desempenho da área de TI. Novas práticas de contabilidade surgirão para medir o valor dos dados, de modo a ajudar as empresas a demonstrar como a qualidade das informações alavanca o desempenho das companhias.

Informações bem gerenciadas - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 11/08/2008

10 agosto 2008

Números da Abertura dos Jogos Olímpicos

Custo Estimado = 50 milhões de dólares
Espectadores = 91 mil
Participantes = 15 mil
Fogos = 30 mil
Minutos de música original = 110
Percussionistas = 2.008
Compositores = 18
Pessoas que assistiram na Televisão = 4 bilhões
Delegações = 204
Peso do Globo no final = 16 toneladas
Distância percorrida pela tocha = 85.127 milhas

Fonte: Staff and wire reports/The Opening Ceremony the numbers/The Washington Post/09/08/2008
Cansado de ver seu país perdendo medalhas? Estudos mostram que o sucesso nos jogos olímpicos depende de cinco fatores: população, renda per capita, vantangem dos jogos serem no país sede, uso de um sistema para identificar talentos (Austrália é o exemplo) e o sistema de governo do país. Os dois primeiros são mais importantes. Mas uma opção é concentrar em esportes que ninguém joga.

Tired of Olympic failure? Install a communist regime.

The cost of success; Is it worth trying to buy gold medals at the Olympics?
Financial Times - 09/08/2008 - Asia Ed1 - 06

Valor justo do passivo

A questão do uso do valor justo para avaliar o passivo e a conseqüência em termos de resultado (com a crise, reduz-se o passivo e aumenta o resultado):


Can a bank make more money by becoming less creditworthy? That is the curious conclusion to be drawn from an accounting quirk that has been a feature of recent results by several large UK banks.

Barclays and Royal Bank of Scotland this week reported hundreds of millions of pounds in gains on the carrying value of their own debt. These profits helped partly to offset the heavy losses the banks had suffered on complex debt securities. For RBS, the £812m gain on its debt helped to more than halve the reported pre-tax loss.

This strange accounting stems from the fact that, under the "fair value" convention in international accounting rules, banks must revalue assets and liabilities on their balance sheets at regular intervals and recognise the change in value in their profit and loss statement.

Fair value debt profits can be booked . . . for now - Peter Thal Larsen - 9 August 2008 - Financial Times - London Ed1 - 15

Compras por impulso

As compras de impulso — aquelas de última hora — parecem inofensivas, mas podem fazer um estrago no orçamento, especialmente em tempos de inflação. O descontrole encarece em 15%, em média, os gastos das famílias nos supermercados, alerta o consultor de varejo Marco Quintarelli. Por isso, especialistas recomendam dizer não às tentações, estejam na boca dos caixas ou nos corredores.

— As compras de última hora também ganham força quando as crianças vão ao supermercado com os pais. Os filhos decidem boa parte das compras, fazendo com que com que os pais saiam da sua lista — diz Quintarelli, que recomenda também não ir às compras antes do almoço. — Fazer compras com fome pode ser perigoso.

Tentações pesam no orçamento
O Globo - 09/08/2008 - 32

09 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

ENTENDA O MERCADO DE AÇÕES !

Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões: "Olhe todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada."

Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado de ações.


Enviado por Alexandre Alcântara (grato)

Impostos sobre lucro

O senador e candidato a presidência Barack Obama defendeu impostos sobre o "windfall profit". O jornal The Wall Street Journal pergunta: o que é windfall profit? (What Is a 'Windfall' Profit?, 04/08/2008, A12)

A proposta corresponde a uma taxação sobre os lucros inesperados das companhias de petróleo em razão da elevação do preço do petróleo. Duas questões mostram como é difícil estabelecer o que seria este lucro acima do esperado: usando o retorno sobre o patrimônio ou retorno sobre vendas?; e com base na evolução histórica ou no valor esperado ou comparando com outras empresas de outros setores?

Entretanto, a análise das demonstrações contábeis das empresas mostra que se o lucro é alto, os impostos atuais também atingiram níveis elevados. (Aqui uma postagem mostrando o exemplo da Exxon)

O texto da reportagem cita vários casos e exemplos para mostrar que a proposta talvez seja inviável (e populista).

E conclui:

It's what politicians do in Venezuela, not in a free country.

08 agosto 2008

Coisas que o dinheiro pode comprar

Iate por 300 milhões de dólares (comprador por Andrey Melnichenko, um milionário de 36 anos da Rússia.


Maison de L'Amitié, em Palm Beach, por 95 milhões de dólares, vendido por Donald Trump para Dmitry Rybolovlev.

Triptych, por 86 milhões de dólares, uma obra de arte de Francis Bacon, arrematada em leilão .

Um carro Ferrari 250 GT SWB California Spyder, de 1961, por 10,9 milhões, vendido para Chris Evans num leilão.

Uma camisa The Eaton Diamond, por 46 mil dólares.

Um sanduiche The Burger, por 200 dólares, da Burger King de Londres.

Uma fruta, Densuke Black Watermelon, por 6.100 dólares, que cresce somente no Japão

Um carro de 1935, Alfa Romeo 6C 2300 Pescara Spyder, por 1 milhão, que foi de Mussolini

Um apartamento no Penthouse at The Arch, por 28,8 milhões, com vista para o porto de Victoria, em Hong Kong.

A tela Le Bassin aux Nympheas, por 80,4 milhões, de Monet.

Um violino Guarnerius del Gesu por 3,9 milhões.

A Villa La Leopolda, construida pelo rei Leopoldo da Belgica, comprada por Roman Abramovich, por 500 milhões de dólares

Diamante Carat por 10,26 milhões.

Fonte: Aqui