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08 agosto 2008

Inflação e custo

Inflação já reduz margem de ganhos das empresas
Valor Econômico - 08/08/2008

A inflação começa a deixar marcas nos balanços das empresas, que mostram os efeitos de uma significativa pressão de custos nos resultados do segundo trimestre. As primeiras 69 sociedades anônimas não financeiras a publicar balanço registraram crescimento de apenas 1,8% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do resultado foi muito inferior ao do faturamento, que avançou 26,7% no período.A diferença entre o crescimento da receita e o do resultado final é explicada, principalmente, pela elevação de 30,8% no custo de produção dos itens vendidos. (...)

Os setores dependentes de commodities são os mais prejudicados pela inflação. No segmento de alimentos, o frigorífico JBS, maior produtor mundial de carne bovina, encerrou o segundo trimestre com margens em queda e prejuízo de R$ 364 milhões. A Perdigão sofreu com os preços mais altos de matérias-primas como milho e soja e arcou com alta de 97,4% nos custos de produção. A concorrente Sadia notou aumento de até 50% nos insumos agrícolas, mas conseguiu repassar parte dos custos e elevou o lucro em 9,6%.

Outra variável com impacto nos balanços foi o câmbio, que reduziu a receita de empresas exportadoras. Mas para as endividadas em moeda estrangeira, como a Braskem, o efeito foi positivo. A empresa fechou o período com dívida bruta 6% menor, em R$ 8,8 bilhões, e lucrou R$ 383 milhões, 36% superior ao do ano passado.O ganho financeiro de Braskem e Gerdau garantiu uma melhora geral no resultado financeiro da amostra de empresas . Entretanto, a dívida líquida das companhias subiu 26,5%, para fazer frente ao aumento da produção e aos investimentos.

1984



O projeto do governo de criar uma declaração pronta do Imposto de Renda Pessoa Física deve ser implantado aos poucos, sem que seja abandonado o sistema atual.

O diretor-presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Marcos Mazoni, informou que o órgão está desenvolvendo, junto com a Receita Federal, um sistema no qual o contribuinte já vai receber a sua declaração do Imposto de Renda pronta.

A previsão é que isso comece a funcionar dentro de dois anos. O trabalho se inspira no modelo que já existe no Chile.

Segundo Mazoni, o processo de adoção do sistema seria gradual, incorporando ao IR já pronto as informações sobre o contribuinte que já são fornecidas hoje via eletrônica para a Receita.

"Nós ainda teremos etapas que serão manuais até um processo natural de informatização da própria sociedade, das relações que os indivíduos têm com os cartórios. Essas integrações vão ocorrer na medida em que essas informatizações também vão acontecendo", disse.

Ele afirmou que objetivo não é impor uma declaração ao contribuinte, mas facilitar o preenchimento do documento para a Receita. No caso do modelo chileno, que está servindo de orientação, o contribuinte recebe a declaração, verifica os dados, faz as modificações necessárias e envia de volta para a Receita.

"Para todos é uma pré-informação. Alguns contribuintes vão dizer simplesmente ok, é isso mesmo. Outros vão agregar novas informações", afirmou. "Na verdade, ele tem facilitada sua declaração. Ele não é substituído pelo Fisco. Ele tem informações colocadas à sua disposição que ele confirma ou não (...)


Declaração pronta do Imposto de Renda deve conviver com modelo atual
Eduardo Cucolo - 07/08/2008 - FolhaNews

Prêmio Anefac

Na categoria de empresas fechadas as vencedoras de 2008 foram Refap, Alumínio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), Eletronorte e Energisa Borborema. Entre as companhias abertas as vencedoras foram: Brasil Telecom, Cemig, Cesp, CSN, Embraer, Gerdau, Petrobras, Sabesp, Usiminas e Vale.

Com a nova lei contábil brasileira, a 11.635 [sic], que promove a convergência da norma brasileira para o padrão internacional, as companhias terão pela frente novos desafios para a elaboração de seus balanços, principalmente para as de médio porte. As principais dificuldades estão nas mudanças na forma de avaliar a vida econômica dos ativos imobilizados, o que demandará muito trabalho. "Mudam critérios de depreciação, prazo de vida útil dos bens e valor residual. Tudo isso tem impacto na apuração dos custos e das despesas", afirma o diretor da Anefac.

A Sabesp, que desde o início do prêmio, em 1997, só ficou fora da lista das vencedoras em 2007, ainda está avaliando quais serão as novas demandas para fazer a transição para o novo padrão brasileiro e para o internacional, o International Finance Reporting Standard (IFRS), conforme a representante da empresa, Liège Oliveira Ayub. "Ainda não terminamos de fazer a avaliação do que será necessário para atender as demandas da 11.638", diz. Conforme determinação da CVM, as companhias abertas terão que divulgar seus balanços em IFRS a partir de 2010.

(...) Entre os critérios de seleção do prêmio estão: qualidade e grau de informações contidas nas normas explicativas, qualidade do relatório da administração e sua consistência com as informações divulgadas, ressalvas no parecer dos auditores, divulgação de aspectos relevantes não exigidos legalmente, mas importantes para o negócio. Entre eles, fluxo de caixa, valor adicionado, balanço social, valor econômico agregado.

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4 - 08/08/2008 - Lucia Rebouças
Anefac dá prêmio para 15 empresas

Gol suspende dividendos

A empresa Gol suspendeu o pagamento de dividendos para o resto do ano. Além disto, a empresa estará cancelando o leasing de sete aeronaves e oferecendo menos assentos em 2008 do que o previsto.

Fonte: Aqui

07 agosto 2008

Rir é o melhor remédio

O reclamante, cujo time foi derrotado na final da Libertadores, sentiu-se ofendido com matérias publicadas pelo jornal reclamado, que, segundo ele, ridicularizavam os torcedores, incitavam a violência e traziam propaganda enganosa.

(...) A pretensão é tão absurda que para afastá-la a sentença precisaria apenas de uma frase: "Meu Deus, a que ponto nós chegamos??!! !", ou "Eu não acredito!!!" ou uma simples grunhido: "hum, hum", seguido do dispositivo de improcedência.


Fonte: Aqui

Links

1) 50 anos do artigo de Franco Modigliani e Merton Miller que revolucionou as finanças

2) IASB propõe simplificar o cálculo do lucro por ação

3) O que falta para os Estados Unidos aceitarem a IFRS?

4) Estudo de caso de IFRS aplicado a futebol (português)

5) Um gráfico fantástico, com as medalhas olímpicas por país e ano

Efeito Matthew e Matilda em Ciências

Efeito Matthew diz respeito ao fato de que a contribuição de certos cientistas é valorizada mais do que o devido. Este termo foi criado por Robert Merton para descrever como cientistas eminentes quase sempre levam mais crédito que um pesquisador desconhecido, mesmo se o trabalho for similar.

Exemplo: John von Neumann é considerado o pai do computador, mas sua contribuição é residual.

Um corolário é o Efeito Matilda que afirma que o trabalho de uma mulher em ciência quase sempre é ignorado.

Mais, aqui

Brasil é credor dos Estados Unidos




O gráfico refere-se a posição de 2006, mas mostra que o Brasil é um dos investidores em títulos do governo norte-americano. Fonte: Aqui

As ruas mais caras do mundo



1. Avenue Princess Grace, Monaco — $17,750 per square foot. (FOTO)
2. Severn Road, Hong Kong — $11,200 per square foot.
3. Fifth Avenue, New York City — $7,500 per square foot.
4. Kensington Palace Gardens, London — $7,196 per square foot.
5. Avenue Montaigne, Paris — $5,046 per square foot.
6. Ostozhenka, Moscow — $3,738 per square foot
7. Via Suvretta, St. Moritz — $3,551 per square foot
8. Carolwood Drive, Beverly Hills — $2,803 per square foot
9. Wolseley Road, Sydney — $2,616 per square foot.
10. Altamount Road, Mumbai — $2,336 per square foot.
Fonte: Aqui

Passivo e Valor Justo 2

Um texto do Wall Street Journal (FASB's Lawyer Bonanza, 07/08/2008, A12) discute a adoção de uma avaliação mais avançada para os processos judiciais das empresas. O Fasb pretende mudar a norma para oferecer mais transparência. Entretanto, este é um assunto complicado, pois envolve uma opinião da empresa sobre as chances num processo. Em outras palavras, dependendo da forma como o passivo é reconhecido, isso pode aumentar o número de reclamações contra empresa e influenciar o julgamento.

Considere o exemplo de uma empresa que sofreu um processo de um consumidor contra seu produto. Como a empresa sabe as informações do seu produto (e da sua má qualidade) reconhecer a chance de perda pode ser usado no julgamento pelo reclamante. Além disto, outros consumidores seriam incentivados a entrar na justiça.

O texto cita o caso da Merck e Vioxx (vide o livro de Teoria da Contabilidade, p. 169 ou postagens anteriores, aqui). Como fazer este reconhecimento, diante das constantes mudanças ocorridas ao longo do processo?

A seguir o texto completo do WSJ:

Truth in advertising: This is an editorial about the Financial Accounting Standards Board. Keep reading anyway, because as with so much else these days you could end up paying.

FASB -- the rule-setter for green-eyeshades -- wants to require companies to account for the potential cost of ongoing litigation. While FASB says this would offer more transparency to the investing public, the real gift is to the trial lawyers, who will be able to use the information to extort settlements and influence jury verdicts.

Under the proposed change, a company facing a lawsuit would have to list on its financial statement its best-guess estimate of what that litigation could end up costing -- not just in attorney fees, but in any potential payout. For a company in high stakes litigation, that means showing its hand to plaintiffs attorneys, allowing them to gauge management's upper estimate of what the case is worth.

The effect will be to force corporate defendants to fight lawsuits with one hand tied behind their backs -- assuming the company can even figure the "fair value" of a lawsuit it has no idea if it will win or lose. Predicting the trajectory of complex, often multiyear litigation is inherently unscientific. As we saw with Merck and Vioxx, a company's stock price can jump or fall depending on jury verdicts whose results are impossible to predict.

Bad guesswork would also put a company at risk of more lawsuits. Estimate the possible liability too high, and the plaintiffs bar may extract more loot. Estimate too low and the company could get hit by shareholder suits questioning whether there was intent to mislead investors. Suddenly, every lawsuit against a corporation would contain its own downside and a secondary collateral risk. That gives trial lawyers added leverage to force premature settlements.

The proposed change is open for comment until tomorrow, and FASB has been getting an earful. Senior litigators from 13 companies, including Pfizer, General Electric, DuPont, Boeing and McDonald's have signed a letter to FASB Chairman Robert Herz, objecting to the plan. "Too often, lawsuits are filed for publicity or to pressure companies, only to be dropped later," they wrote, and trying to estimate the fair value of liabilities at the outset "would be both flawed and misleading."

All of which raises the question, why mess with the current system? Under existing rules, putting a number on the potential cost of a lawsuit is required only when the defendant believes it is "probable" it will lose the case. At that stage of the game, some knowledge and calculation from the trial can actually inform the judgment and provide a reasonable service to investors. Lawyers, accountants and corporations are all reasonably comfortable with the way things are.

Meantime, markets have proven to be aggressive watchdogs of litigation prospects. The mere threat of a suit can send a stock price tumbling, a tactic amply demonstrated by the plaintiffs bar in trying to extort settlements. Lawsuits are also disclosed in financial statements, just without the imaginary "fair value" number FASB now demands.

The folks at FASB are partisans of the idea that accounting can provide black and white answers. But all financial reporting is a bit of a wizard's game, trying to measure concepts that can be subjective and amorphous. By organizing a wealth transfer from corporations to trial lawyers, FASB is doing no favors to the investors it claims to represent.

Elogio ou crítica?

Aunque la esencia de esta disciplina se mantiene intacta desde hace cinco siglos, los cambios en el ámbito legal, hacen necesaria una obligada revisión por parte de las empresas que quieran sobrevivir


Nada nuevo bajo la contabilidad - El Economista - 6/08/2008 - GENERAL - Página 39

06 agosto 2008

Fotografias de Crianças 2


As fotografias dos gêmeos de Angelina Jolie e Brad Pitt renderam 14 milhões de dólares para o casal. A seguir, o ranking das fotos mais caras:

1. Angelina Jolie & Brad Pitt
Crianças: Knox & Vivienne
Revistas que pagaram: People & Hello! Magazine, 2008
Valor: $14 milhões

Fortuna de Angelina = 70 milhões de dólares
Fortuna de Brad = 150 milhões

O dinheiro foi doado para Jolie/Pitt Foundation

2. Jennifer Lopez & Marc Anthony
Crianças: Max & Emme
Revista: People magazine, 2008
Valor: $6 milhões

Fortuna de J-Lo = 110 milhões

3. Angelina Jolie & Brad Pitt
Criança: Shiloh
Revista: People Magazine, 2006
Valor: $4.1 milhões

Valor doado para instituições de caridade

4. Matthew McConaughey & Camila Alves
Criança: Levi Alves McConaughey
Revista: OK! Magazine, 2008
Valor: $3 milhões

5. Angelina Jolie & Brad Pitt
Criança: Pax Thien (adotado)
Revista: People magazine, 2007
Valor: $2 milhões

6. Anna Nicole Smith & Larry Birkhead
Criança: Dannielynn
Revista: OK! Magazine
Valor: $2 milhões

Riqueza de Anna Nicole= $450 milhões

7. Jessica Alba
Criança: Honor Marie
Revista: OK! Magazine, 2008
Valor = $1,5 milhões

Riqueza de Alba = 20 milhões por filme

8. Christina Aguilera & Jordan Bratman
Criança: Max.
Revista: People Magazine, 2008
Valor = 1,5 milhões

Riqueza de Aguilera = 60 milhões

9. Jamie Lynn Spears
Criança: Maddie Briann
Revista: OK! Magazine
Valor = 1 milhão

10. Nicole Richie & Joel Madden
Criança: Harlow Winter
Revista: People magazine, 2008
Valor: 1 milhão

Fortuna de Nicole: 2 milhões.

Fonte: Aqui

Lucro da Exxon

Um blog fez um interessante apanhado sobre o resultado da Exxon (empresa de petróleo, que no Brasil recebe a denominação de Esso).

O primeiro gráfico mostra o gasto de capital e exploração da empresa entre 2004 e 2008.



O segundo gráficos compara estes gastos com o lucro e os impostos para o primeiro semestre de 2008.



Enquanto isto, o volume de importação de petróleo pelos Estados Unidos continua superior a produção interna (gráfico abaixo)



O mesmo blog fez uma pesquisa no Google News com as seguintes palavras: "Exxon" e "record profits" e encontrou 511 resultados. Quando fez com as palavras "Exxon" e "record taxes" não encontrou nenhum resultado.

No Google a pesquisa com "Exxon" e "record profits" resultadou em 127 mil itens. Já com "Exxon" e "record taxes" teve 1,210 resultados, uma proporção de 105 para 1. Ou seja, o destaque das notícias é o lucro, não os impostos pagos.

A estimativa é que a empresa pague 40 bilhões de impostos em 2008 (gráfico)



A empresa irá pagar mais impostos este ano do que 50% das pessoas tributadas nos Estados Unidos.

Mas a tributação da empresa tem aumentado em outros países. Em 2005, 70% do lucro e dos impostos eram em outros países. Em 2006 71,4% dos lucros e 81% dos impostos ocorreram fora dos Estados Unidos.

Fonte, aqui, aqui, Aqui, aqui e aqui

Passado o otimismo

Conforme lembra o Wall Street Journal via CJR:

“desde a fusão, Alcatel-Lucent teve seis perdas trimestrais consecutivas e a capitalização foi cortada pela metade”.

Aqui uma reportagem em português mostrando a busca por um novo líder.

Liderança faz diferença?

Desde de que a história começou a prestar atenção aos grandes líderes (Ciro, Alexandre, Júlio César e demais) a liderança passou a ser considerada um fator de diferença numa empresa. Aqui discute o efeito do líder sobre o desempenho usando exemplo de técnicos de basquete, morte súbita de executivos em empresas dinamarquesas e contribuição de um líder para o crescimento. A conclusão: o líder faz diferença.

Os melhores livros de negócios

Uma listagem dos “melhores” é sempre polêmica. Aqui uma interessante: os melhores livros de negócios

25. The Wealth of Nations (Riqueza das Nações) Adam Smith - 1776
24. The Functions of the Executive - Chester I. Barnard – 1968
23. The Principles of Scientific Management - Frederick Winslow Taylor - 1911
22. The Human Side of Enterprise - Douglas McGregor - 1960
21. Strategy and Structure: Chapters in the History of the Industrial Enterprise - Alfred D. Chandler - 1962
20. Organizational Culture and Leadership - Edgar H. Stein - 1992
19. The Wisdom of Crowds: Why the Many Are Smarter Than the Few and How Collective Wisdom Shapes Business, Economies, Societies and Nations - James Surowieki - 2004
18. The World Is Flat: A Brief History of the Twenty-first Century - Thomas L Friedman - 2005
17. Barbarians at the Gate: The Fall of RJR Nabisco - Bryan Burrough & John Helyar - 1990
16. My Years with General Motors - Alfred P. Sloan, Jr. - 1963
15. The Fifth Discipline: The Art & Practice of the Learning Organization - Peter M. Senge - 1990
14. The E-Myth Revisited: Why Most Small Business Don’t Work and What to Do about It - Michael E. Gerber - 1985
13. The Tipping Point: How Little Things Can Make a Big Difference - Malcolm Gladwell - 2000
12. Competing for the Future - Gary Hamel & C.K. Prahalad - 1994
11. Good to Great: Why Some Companies Make the Leap…and Others Don’t
- Jim Collins - 2001
10. Out of the Crisis - W. Edwards Deming - 1982
9. Reengineering the Corporation: A Manifesto for Business Revolution - Michael Hammer & James Champy - 1993
8. Built to Last: Successful Habits of Visionary Companies - James C. Collins & Jerry I. Porras - 1994
7. The Practice of Management - Peter F. Drucker - 1954
6. Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and Competitors - Michael E. Porter - 1980
5. The 7 Habits of Highly Effective People: Powerful Lessons in Personal Change
Stephen R. Covey - 1989
4. The One-Minute Manager - Kenneth H. Blanchard and Spencer Johnson - 1981
3. How to Win Friends & Influence People - Dale Carnegie - 1937
2. The Innovator’s Dilemma: When New Technologies Cause Great Firms to Fail - Clayton M. Christensen - 1997
1. In Search of Excellence: Lessons from America’s Best-Run Companies - Thomas J. Peters and Robert H. Waterman, Jr. - 1982

Sources: Aqui

Predomina a lista livros dos últimos trinta anos. Ausências sentidas de Maquiavel, Fayol, Weber, Elton Mayo e alguém da área de finanças. Ou seja, uma lista com mais discordâncias do que reconhecimento não é uma boa lista.

Caixa na Apple

Um texto do Valor Econômico mostra a questão da razão de se manter dinheiro em caixa (vide Administração do Capital de Giro, Atlas, São Paulo) e também permite estudar a receita antecipada, um conceito da disciplina de contabilidade introdutória.

Os acionistas da Apple não têm muito do que se queixar, já que o preço da ação da companhia acumula uma valorização de 1.474% desde 2003. Mas se existe alguma reclamação, ela se refere à recusa da companhia em fazer qualquer coisa com os US$ 20,8 bilhões em dinheiro e investimentos de curto prazo que tem guardado. O dinheiro fica lá, rendendo pouco mais que uma conta poupança. "Nossa preferência é por manter um balanço patrimonial forte para preservar nossa flexibilidade", disse este ano a investidores o diretor financeiro da companhia, Peter Oppenheimer.

E a Apple vai ficar ainda mais flexível. Embora a empresa esteja acrescentando à conta cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro todos os trimestres, analistas prevêem que o tesouro da companhia poderá crescer para quase US$ 30 bilhões no próximo anos, por causa das vendas vigorosas de computadores, iPods e iPhones. A empresa poderá muito bem superar a Microsoft, que tem US$ 23,7 bilhões em caixa.

"A Apple poderá ter US$ 40 bilhões no banco em dois anos", afirma o analista Gene Munster, do banco de investimento Piper Jaffray.

Esse grande acúmulo pode não ser óbvio para os investidores. Um dos motivos é a maneira como a Apple contabiliza das vendas do iPhone. A empresa lança na contabilidade a receita de cada iPhone sobre 24 meses porque os telefones são vendidos como parte de uma assinatura da AT&T e de outras companhias de telecomunicações. Mas a Apple recebe todo o dinheiro assim que um iPhone é comprado, de modo que ele entra no balanço bem antes das receitas aparecerem. Um segundo motivo é que a Apple parece estar conseguindo mais por iPhone vendido que os analistas esperavam. A AT&T e outras operadoras cobram dos clientes US$ 200 pelo modelo de entrada, mas alguns analistas estimam que as companhias de telecomunicações pagam entre US$ 500 e US$ 600 à Apple por telefone, pelo direito de cobrar taxas de serviços lucrativas dos usuários. (...)

Dinheiro no colchão cria oportunidades para a Apple
Valor Econômico - 06/08/2008 (Grifo meu)

05 agosto 2008

Links


1) Homens e mulheres possuem comportamentos diferentes

2) Nova pintura de Van Gogh

3) Qual a pior forma de morrer

4) Propagandas da Coca-Cola

5) Dean Baker questiona a celebração por parte da imprensa para o baixo crescimento do Brasil.

The Economist e Olimpíadas

A revista The Economist de 31 de julho de 2008 traz uma série de reportagens sobre Olimpíadas e Esportes.

Em Fairly Safe, discute-se a questão do doping. Para a revista, a esta questão está relacionada com a segurança – que faz sentido – e a justiça (ou igualdade) entre os atletas, que já não é tão defensável.

Já em Beijing blues relembra a vinculação entre a Olimpíada e arte. O momento olímpico também pode servir para exposição de artistas, mostrando que o evento também pode ser um acontecimento cultural.

No texto The way we were a revista analisa os Jogos de Roma, em 1960. O texto lembra que estes jogos significa uma nova era nos jogos, com um avanço na questão racial e sexual

Em China before the Olympics a revista afirma que a China tentará mostrar o lado melhor dos jogos, mas não se pode esperar uma mudança drástica no autoritarismo.

Fun, Games and Money mostra a evolução da China nas Olimpíadas, desde a primeira participação, em 1932, com Liu Changchun. O gráfico mostra o desempenho da China em medalhas de ouro. A possível vitória nos jogos de Pequim não será uma surpresa.



(Para visualizar melhor esta e as outras figuras basta clicar sobre elas)

Mas o texto lembra que os jogos estão associados aos negócios. Fabricantes de roupas de esportes, federações, patrocinadores e potenciais ganhadores têm interesse nos jogos.

Os padrocinadores, com a Kodak, Coca-Cola ou Lenovo pagaram 866 milhões em dinheiro, produtos e serviços. Mas são mais de 60 empresas que estão patrocinando os jogos.
Mas a globalização não ocorre somente nos jogos olímpicos, lembra a reportagem. Nove dos vintes clubes de futebol da English Premier League eram de propriedade de investidores estrangeiros.

A integração internacional no esporte é lembrada no Mercado de trabalho. Os jogadores brasileiros, conforme lembra a revista, participam de ligas das ilhas Faroe até o Vietnam.

O dinheiro está na figura que mostra que no último ano Tiger Woods ganhou 127 milhões de dólares.



Já o texto How do you view? o foco é na imprensa. A ESPN, que começou em 1979, é um exemplo da influencia do esporte. O programa “SportsCenter” é gravado em 13 versões fora dos Estados Unidos. Os esportes mais populares possuem um grande poder de barganha já que a multiplicação de opções torna mais difícil conseguir grandes audiências. A Olimpíada é um exemplo de situação onde a atenção pode estar centralizada num único evento, a exemplo do que ocorre na Copa do Mundo, cita a revista.

A receita das principais ligas da Europa encontra-se na figura a seguir.



Já o texto Go Aigo é um estudo de caso da empresa chinesa Aigo, que patrocina a McLaren de Lewis Hamilton. Já Chunnis on the tree mostra que nem sempre o patrocino é para render fama e fortuna.

Local heroes mostra que mesmo no beisebol, um esporte tipicamente estadunidense, a presence de heróis de vários locais do mundo é significativa. O gráfico mostra a situação da liga inglesa (futebol), do hóquei, do baseball e do basquete.



Mesmo em países pobres, como a África, o fenômeno se repete. O gráfico mostra o número de jogadores domestico na Copa da África é uma exceção hoje (em 2008) em relação a 1998.



For the joy of it trata dos problemas dos escandalos das drogas. Apesar disto, esportes ainda são populares.

Sponsorship form trata do uso de esporte para fins de promoção comercial para empresas. A figura abaixo mostra acordos comerciais entre patrocinadores (sponsor) e objeto sujeito a patrocínio, além do tempo. Assim, Tiger Woods irá receber 100 milhões da Nike por um acordo de 5 anos. Isso é pouco perto do patrocínio da Adidas para os jogos de Londres: 200 milhões por cinco anos também.



Segundo uma estimativa da WPP o gasto no ultimo ano com propaganda será de 450 bilhões de dólares. O problema deste gasto é como mensurar o seu retorno.

Comunicação verbal

Segundo texto de David McCann (What a CFO Doesn't Say Can Hurt, CFO Magazine) pesquisa mostrou que durante as conferências onde as empresas anunciam os resultados, os executivos, involuntariamente, emitem dicas não verbais que informam, aos analistas e investidores, mais do que eles pretendem.

Esta pesquisa, denominada de "The Power of Voice: Managerial Affective States and Future Firm Performance" e conduzida por dois professors de contabilidade da Duke University (William Mayew e Mohan Venkatachalam), mostra que sinais não verbais, como entonação na voz, rapidez, volume e inflexão, além da forma como as palavras são pronunciadas, comunicam sentimentos e verdades.

Usando uma tecnologia de interpretação da voz, os pesquisadores determinaram se o executive apresentava um estado emocional positivo ou negativo.

Additionally, the professors calculated that 27 percent of executives who exhibit lower levels of negative emotion missed their earnings target in the next quarter. Those with higher levels of negative emotion missed 38 percent of the time.
Negative affective states also predict downward moves in stock returns over the following nine months. An investor who purchased stock in companies whose executives spoke with low negative emotion, and sold stock in companies whose executives spoke with high negative emotion, would earn a risk-adjusted return of about 9 percent over 180 days. Doing the opposite would result in a 9 percent loss.

No correlation is found between positive affective states and future performance, however.

On average, executives' non-verbal vocal cues are positive 10 percent of the time during earnings calls and negative 17 percent of the time, the research finds. (…)
Previous research has shown that negative words or pessimism in media reports and earnings press releases predict future stock returns, and that increased activity on popular Internet message boards correlates to return volatility, according to the paper. And several studies have shown that the tone of a person's voice leaks information about emotional states that is not revealed by verbal content or facial expressions.


Achei muito interessante a pesquisa. Nos últimos anos tenho dedicado parte da minha carreira acadêmica em estudar, de forma não convencional, situações onde o processo de comunicação pode exercer influência ou ser influenciado pelo desempenho da empresa. Relatórios de Administração e Fatos Relevantes, que são textos (e não números) podem emitir mensagens importantes sobre o desempenho da empresa. Acho que o estudo da conferência para imprensa (a exemplo da General Motors postada aqui) pode ser interessante para entender o processo de comunicação de uma empresa.
Agora, esta pesquisa abre uma outra perspectiva ao focar na comunicação verbal.