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10 junho 2008

Links

1. Aqui um comentário sobre a pesquisa de políticos brasileiros (aqui postagem anterior)

2. Behavioural targeting – usando o conhecimento do cliente para fornecer o que ele quer – “Not necessarily a bad idea – behavioural targeting – The Economist, 7/6/2008

3. Recentemente a área desmatada do Brasil foi manchete de jornais. Entretanto, por trás dos números, existem sérios problemas de mensuração – Spot the rancher – Measuring deforestation – The Economist 7/6/2008

4. Problemas com celulares? Uma nova pesquisa mostra que os sinais emitidos por celulares podem alterar as ondas celebrais. E também podem afetar o comportamento humano. Entretanto, o efeito – em especial sobre o sono – equivale a uma xícara de café. Fonte: aqui

5. 64 = 65? Uma curiosidade matemática

6. Você conhece a Lei 11638? Um teste sobre esse assunto.

7. Um teste sobre a contabilidade do Vasco

8. Origamis (aqui e aqui) (fotos)


Custo do combustível

Combustível consome mais de 50% da receita de passagens aéreas nos EUA
Scott McCartney, The Wall Street Journal - 10/6/2008 - The Wall Street Journal Americas - 1

Pode-se voar entre Nova York e Los Angeles, uma viagem de cinco horas, por meros US$ 400, ida-e-volta, mais impostos e tarifas de governo. Desses US$ 400, quanto você acha que a companhia aérea vai gastar em combustível?

Quase US$ 300 por passageiro, aos preços atuais. Só o aumento de US$ 10,75 no preço do barril de petróleo na sexta-feira elevaria os custos para a aérea JetBlue em quase US$ 24.

Embora a maioria das pessoas saiba quanto custa para abastecer seus carros, poucos têm idéia de quanto pagam pelo combustível quando pegam o avião de uma companhia aérea. E é um valor chocantemente alto aos preços atuais — nos Estados Unidos, bem mais que 50% do preço médio das passagens em muitas rotas.

Isso não deixa muito dinheiro para cobrir todos os outros custos de uma companhia aérea — mão-de-obra, aviões, manutenção, seguro, tarifas de uso do aeroporto, instalações e administração. E ajuda a explicar por que voar virou um tal sofrimento, com companhias aéreas cortando serviços, aumentando preços, cobrando uma pilha de tarifas e regulando várias outras coisas.

Antes da invenção da turbina a jato, o combustível era a grande despesa das companhias aéreas. Mas os jatos eram muito mais econômicos e a mão-de-obra passou a ocupar a posição de maior despesa. Agora o setor deu meia-volta, com o combustível de novo como maior despesa, diz Andrew Watterson, sócio da consultoria Oliver Wyman Group, uma divisão da Marsh & McLennan Cos.

“Se esta situação perdurar, a viagem de avião vai se tornar uma empreitada bem mais cara”, diz Watterson. As companhias aéreas, observa, cortaram os custos o suficiente para lucrar no ano passado, quando os preços do petróleo estavam em torno de US$ 70 por barril. Mas a US$ 135 ou mais por barril a situação “está drasticamente diferente”.

A Oliver Wyman analisou números das companhias aéreas americanas e encontrou uma média de custo do combustível por passageiro, considerando o que seria um vôo ida-e- volta médio num avião médio, de US$ 137,60 para o petróleo a US$ 135 por barril. A média de passagem ida-e-volta para os vôos domésticos nos EUA é estimada em US$ 263, sem incluir impostos e outras tarifas do governo. Na média das aéreas americanas, mais de metade do preço da passagem é gasto para comprar combustível.

É uma quantia impressionante quando se considera que apenas quatro anos atrás as despesas com combustível consumiam só 10% a 20% das passagens. Para cobrir a alta dos preços do combustível este ano, as empresas precisam conseguir cerca de US$ 60 a mais em média por passageiro — daí a enxurrada de tarifas de bagagem, alta no custo da passagem e outras tentativas de arrancar mais dinheiro dos clientes.

Um vôo como o de Nova York a Los Angeles, que é a rota longa de maior tráfego nos EUA, mostra o impacto do combustível por passageiro de maneira bem clara.

As companhias aéreas não divulgam publicamente a rentabilidade de rotas específicas, mas têm de informar vários dados operacionais ao governo americano. A JetBlue, por exemplo, informou em seus relatórios ao governo que seus A320 queimam em média 2.919 litros de combustível por hora, de modo que a conta total para uma viagem de ida e volta entre os aeroportos de Nova York e Long Beach, na região de Los Angeles, chega a mais de US$ 35.000 se o querosene de aviação estiver a US$ 1,06 por litro, o preço quando o barril de petróleo está em torno de US$ 135. Divida isso pelo número médio de passageiros da JetBlue, e o custo de combustível por passageiro fica em US$ 290.

Considere-se que a tarifa média da JetBlue nessa rota, no quarto trimestre, era de US$ 376, sem impostos. As passagens subiram este ano, mas não o suficiente para compensar a alta de US$ 140 na conta de combustível por passageiro desde o ano passado.

As estimativas não levam em conta outras receitas que as empresas recebem, de carga, venda de milhas e sobretaxas por bagagem ou multas por troca de passagem, por exemplo, e não incluem os hedges (coberturas no mercado futuro) de combustível que podem reduzir quanto uma aérea realmente paga pelo querosene de aviação. Mas um porta- voz da JetBlue confirma que aqueles números estão próximos das contas atuais da empresa.

A American, que opera jatos Boeing 767-200 entre os aeroportos de Nova York e Los Angeles, consegue uma receita média maior por passageiros que a JetBlue porque transporta mais viajantes a negócios e oferece assentos de executiva e primeira classe nessa rota. No quarto trimestre, seu preço médio na rota era de US$ 610.

Mas, se as passagens são mais caras, a conta de combustível também é. Um 767-200 da American queima em média 60.498 litros de querosene de aviação numa viagem ida-e- volta entre as duas cidades, segundo informes da empresa ao governo. Isso representa uma conta por passageiro de US$ 484, presumindo que os vôos tenham ocupação de 79%, a média da empresa.

A American afirma não divulgar números específicos por questões de concorrência, mas informa que essas estimativas estão “decididamente próximas” dos números naquela rota.

Goodwill

(...) Rulemakers' attention has recently focused on so-called "identifiable intangibles" - things such as customer lists and brands that can be valued. Acquirers are now required to report "qualitative descriptions" of these. For example, the value of its brands does not appear in Coca-Cola's books but any buyer would have to put a number on them.

The net effect, as more of goodwill is explained, should be its shrinking, but it is proving a tough asset to break up. According to research by the Intangible Business consultancy, almost half the value of deals done by top European and US companies in recent years is still accounted for under goodwill.

Its point is that more could be explained, some intangibles can be reliably valued, and companies should be making the effort to do just that. Mumblings about expected synergies is no longer enough.

But do investors really care? The answer seems to be: "Not that much."

"Acquirers don't look at businesses as a bucket of assets and liabilities," said Peter Elwin of Cazenove. "The value of the deal is about future activity: cash flows from combining what you have with what you're buying, and access to new markets."

Mr Elwin is a member of the Corporate Reporting Users' Forum, a group of accounting analysts. "We're really not that keen on getting goodwill as small as possible if it simply results in new intangible assets that then get amortised."

Analysts usually add back amortisations (gradual write-offs that cover the depreciating value of assets over time) as an accounting adjustment that means nothing in the real world. Adding more of these only complicates that task. (...)

Little value in making goodwill even more intangible.
By JENNIFER HUGHES - 8 May 2008 - Financial Times - Asia Ed1 - Page 20

Pfizer e dividendos

A Pfizer Inc., já às voltas com a estagnação de vendas e lucros e a dificuldade para encontrar novas drogas, tem agora mais uma dor de cabeça: como manter seus generosos dividendos. (...)

À primeira vista, caixa não deveria ser um problema para a Pfizer. No fim do ano passado, ela tinha US$ 25 milhões em dinheiro e investimentos de curto prazo. Mas a maior parte disso está fora dos EUA e a Pfizer teria uma grande despesa tributária para repatriá-la, o que poderia prejudicar o lucro, diz David Risinger, um analista da Merrill Lynch. (...)

Farmacêuticas como a Pfizer há muito exploram as leis tributárias que lhes permitem registrar propriedade intelectual de remédios em outros países com alíquotas de imposto menores, diz Gary McGill, um especialista em tributação da Universidade da Flórida. Isso lhes permite evitar o imposto de pessoa jurídica de 35% sobre a maior parte de suas receitas. No ano passado, a alíquota ajustada da Pfizer foi de 21%.

O problema é que seus dividendos têm de ser pagos em dólares que estão nos EUA. A analista Jami Rubin, do Morgan Stanley, estima que mais de três quartos do caixa da Pfizer estão fora dos EUA, número que a empresa não confirma.

Lucro maior fora dos EUA põe em xeque dividendos da Pfizer
Avery Johnson e Joann S. Lublin, The Wall Street Journal - 3 June 2008
The Wall Street Journal Americas - 1

Prejuízo no setor financeiro dos EUA

Em Wall Street, o prejuízo inesperadamente grande da Lehman ressaltou a encruzilhada existencial em que se encontram a Lehman e seus concorrentes, à medida que eles reduzem acentuadamente a sua dependência de dinheiro emprestado, que ajudou a alimentar lucros recordes quando o mercado estava em alta, mas também levou à aceitação de riscos excessivos que depois voltaram para assombrá-los. À medida que a Lehman e outras corretoras diminuírem o uso da alavancagem, ficará muito mais difícil para elas gerar o tipo de crescimento a que os investidores tinham se acostumado antes que os problemas começassem a surgir, no meio do ano passado.

Para tornar a situação ainda mais desafiadora, a turbulência do mercado praticamente dizimou certos negócios que eram minas de ouro para Wall Street, como a agregação de hipotecas em títulos e o fornecimento de grandes empréstimos para empresas. Isso deve fazer com que se leve ainda mais tempo do que se pensava para o mercado se recuperar totalmente da presente bagunça. (...)

Perdas da Lehman reacendem temores sobre setor financeiro
Susanne Craig e Tom Lauricella, The Wall Street Journal - 10/6/2008
The Wall Street Journal Americas - 1

Defesa do Valor Justo

Mr Knight also thinks that the use of fair-value accounting has delivered some unexpected, medium-term benefits, too. For while it may have exacerbated the pain in the short term, it has also accelerated the adjustment - and deleveraging - process.

"While fair-value accounting can lead to over-depreciating assets in distressed market conditions, it also has the advantage of focusing everyone's attention on the impact of the deleveraging prices on asset values," said Mr Knight.


The 'D' word that still haunts central bankers - Gilian Tett - 9 June 2008 - Financial Times - Asia Ed1 - 02

Caixa versus Competência

Muito interessante a matéria do Valor Econômico sobre a questão contábil da empresa João Fortes.

Lucro da João Fortes em 2006 vira prejuízo
Valor Econômico - 10/6/2008

A João Fortes Engenharia, que não divulga balanços desde meados do ano passado, informou ontem que vai refazer as demonstrações financeiras de 2006 e que o lucro de R$ 9,5 milhões que havia sido divulgado poderá se converter num prejuízo da ordem de R$ 10 milhões, de acordo com estimativas em fase final de verificação. A companhia também informou que as estimativas das demonstrações financeiras de 2007 apontam para um prejuízo de cerca de R$ 25 milhões.

As últimas demonstrações financeiras divulgadas pela companhia são relativas ao segundo trimestre do ano passado. No comunicado divulgado no início da noite de ontem, a companhia informa que decidiu mudar o critério contábil do balanço "do regime de caixa para o regime de competência". A nota não dá mais detalhes. O regime de competência - receitas e despesas devem ser incluídas no período em que aconteceram, mesmo que o dinheiro não tenha entrado ou saído - é um dos princípios fundamentais da contabilidade.

A empresa não explica por que vinha utilizando o regime de caixa. Em meados de 2007, o controle que pertencia a família Fortes, foi comprado pelo ex-banqueiro Antônio José Carneiro, conhecido como "Bode" no mercado. Logo depois da mudança societária, a João Fortes comunicou ao mercado a troca da auditoria independente Tag pela PricewaterhouseCoopers, que estaria avaliando as mudanças contábeis.

A demonstração financeira de 2006 auditada pela Tag traz uma ressalva - nota do auditor que indica erro no balanço - referente ao "diferimento do lucro das obras de incorporação imobiliária, apropriados no grupamento contábil 'resultados de exercícios futuros'". O procedimento, diz o auditor, está em conformidade com o regulamento da Receita Federal, mas contra as regras da Comissão de Valores Mobiliários, que manda que esse dinheiro passe pelo resultado do exercício. Ainda de acordo com a nota do auditor, a CVM acatou recurso interposto pela João Fortes "a fim de manter o mencionado critério de contabilização nos moldes da legislação tributária".

De acordo com as informações divulgadas ontem, as demonstrações financeiras de 2006 e 2007 serão finalizadas nos próximos dias e serão publicadas assim que houver o parecer do novo auditor independente, o que está estimado para até o fim deste mês. A diretoria propôs ao conselho da João Fortes que os dados de 2006 e dos dois primeiros trimestres fossem refeitos, já que os estudos da área de controladoria da companhia indicaram "inconsistências naquelas demonstrações e nos lançamentos contábeis que as embasaram".

O comunicado informa que o conselho, reunido ontem, também determinou a divulgação imediata ao mercado das projeções relativas as revisões que serão feitas nas demonstrações financeiras, em virtude da relevância das mesmas, "em linha com as melhores práticas de governança". A João Fortes também informou que vai deve fazer um novo aumento de capital privado, com a emissão de 20 milhões de novas ações, com direito de preferência para os acionistas. (...)

A maldição dos Recursos Naturais

Em postagem anterior comentei a maldição de um país ter uma grande fonte de riqueza em termos de recursos naturais e isso gerar uma maldição, sob a forma de guerra civil, abandono de outros setores e corrupção. Em geração, existiria uma relação inversa entre petróleo e democracia. Em Questioning the Link Between Commodity Wealth and Oppression mostra uma outra pesquisa, de Stephen Haber e Victor Menaldo, que não encontraram nenhuma evidencia de que uma riqueza em termos de um produto primário ameaça a democracia. As evidências seriam o Chile e o México, que se tornaram democracias depois da descoberta de cobre e petróleo.

Uma melhor visão do risco de uma entidade

“Fornece uma idéia mais acurada do risco da empresa que a contabilidade pelo custo histórico” Stephen Horan, em Finance briefing (Abaixo, o texto completo)

Finance briefing: system depicts risk more accurately
Financial Times (FT.Com) - 1 June 2008

The International Accounting Standards Board (IASB) and Financial Accounting Standards Board (FASB) share a vision of a single set of high-quality global accounting standards. In the third of a monthly series, Stephen M. Horan discusses the role of fair value accounting in the current market environment.

Q: What are the benefits of fair value accounting?
A: Fair value accounting is intended to reflect in reported financial statements the essential economic, market-based information related to a firm's activities.
It can provide early warnings of changes in a firm's financial position by continuously reflecting the changing value of its assets and liabilities. It provides a more accurate picture of firm risk than historical cost accounting, which can obscure and defer recognition of economic realities.

Q: Why switch from historical cost accounting?
A: A historical cost regime can provide managers with an option to realise gains when asset values increase but to conceal losses when asset values drop.
This flexibility can encourage managers to undertake speculative projects knowing that historical cost puts a floor on their reported losses. Although recording impaired assets at the lesser of their original cost or their current market value as dictated by traditional rules mitigates this incentive, adherence to this rule depends on management judgment.
Moreover, managers may have an incentive to pursue excess leverage or hidden risks because historical cost accounting artificially smooths results.
Ironically, the incentive to take on more risk than is justified by the economics can result in the sort of turmoil we now have in credit markets.

Q: Why do stakeholders prefer one over the other?
A: Corporate managers usually prefer historical cost accounting as it tends to stabilise reported earnings over time, which may also smooth out a manager's incentive-based compensation.
They believe the approach reduces market volatility and that fair value information is costly to obtain.
Investors, on the other hand, tend to value accounting information that reflects underlying economic conditions.
A recent survey of CFA Institute members shows 79 per cent of respondents believe fair value accounting improves transparency of financial institutions while 74 per cent believe it improves market integrity.

Q: Did fair value accounting cause the meltdown in credit markets?
A: Some say fair value write-downs triggered margin calls and capital requirement violations that forced liquidations that suppressed prices further and caused further write-downs. However, fair value accounting probably brought the extent of write-downs from subprime financial market instruments to light sooner, which may have prompted more timely intervention from central banks and prevented further deterioration of market liquidity.

Q: What are some of the challenges of fair value accounting?
A: Ideally, direct market quotes of actively traded assets can be used to mark to market. The credit crisis highlights that market prices of some financial instruments may not be readily observable, especially in illiquid or unbalanced markets.
For these assets, fair value might be estimated using prices of similar securities in active markets. Where this is not feasible, a specific valuation technique that relies on external inputs as much as possible rather than internally generated inputs is necessary.
This approach may seem onerous, but financial institutions should presumably have valuation expertise for instruments they trade. The lack of such expertise should not be construed as a deficiency in the accounting regime.

Q: What problems arise if some assets and liabilities are not reported at fair value?
A: A mixed attribute accounting model, which blends fair value and historical cost treatments, can create mismatches with unintended consequences.
For example, if a firm uses fair value accounting for a derivative security intended to hedge the interest rate risk of a loan recorded at historical cost, the accounting mismatch can create artificial volatility in the reported value of the combined position.
But markets have an uncanny ability to discern economic reality when given the proper data.

Q: Can fair value accounting be improved?
A: Financial statement presentation proposals under consideration by the IASB and FASB can help isolate the impact of fair value reporting on reported financial performance.
These proposals suggest separating gains and losses from financial instruments from operating activities.

Q: What is your advice for fund managers?
A: They should become familiar with using the additional information available through fair value reporting and distinguish mixed attribute volatility from true economic volatility.
Those who appreciate the added value and transparency of fair value accounting might also demand fuller disclosure.
Finally, fund managers might consider supporting the IASB and FASB efforts to promote fair value accounting.

Stephen M. Horan is head, private wealth and investor education at CFA Institute. Vincent Papa, senior policy analyst, contributed to this article.
(grifo meu)

Origens dos Equipamentos de Ginástica


A foto apresenta o que talvez tenha sido o primeiro equipamento de ginástica. Fonte: aqui

09 junho 2008

Um pequeno teste

Com respeito ao texto do Vasco da Gama, clique aqui para direcionar para um pequeno teste.

Futebol, fraude e Vasco

Uma reportagem do jornal Lance (7/6/2008, p. 14) aponta uma possível fraude no balanço de 2005 no clube de futebol Vasco:

"Em maio de 2006, a juíza Márcia Capanema, da 7a. Vara Cível, em atenção à reclamação feita pelo MUV, movimento de oposição, considerou irregular o procedimento de aprovação e publicação do balanço de 2005. Depois de luta judicial, somente em maio deste ano, e por intermédio de um mandado de busca e apreensão, o MUV conseguiu os documento para tentar comprovar a possível fraude.

De posse dos documentos, o MUV submeteu ao auditor Mauro Moreira, com 30 anos de experiência no mercado, o balanço de 2005. De acordo com ele, a atual diretoria comprou debêntures (título de crédito emitido por sociedade anônima) da Vale do Rio Doce e, a partir desta transação, conseguiu maquiar o referido balanço. Além disso, três das quatro aquisições foram feitas em 2006 (ver uma delas ao lado), mas incluídas no balanço de 2005, indevidamente.

Entre dezembro de 2005 e abril de 2006, o clube pagou, por 125 mil debêntures, o valor de R$233.800,00. Quando lançadas no mercado, em 1997, pouco antes da privatização da Vale, cada debênture valia R$0,01. Já uma ação da mesma empresa, na Bolsa de Valores, era negociada a R$29,20.

Supostamente para maquiar o balanço, argumentam os opositores, a diretoria interina do Vasco contratou a perita contábil Elizete Oliveira (CRC/RS 33439), que avaliou as 125 mil debêntures em R$35 milhões, segundo o MUV.

Elizete contou ao LANCE! que estimou as debêntures em R$35 milhões por considerar que cada uma delas valia seis ações da Vale, à época cotada a aproximadamente R$47,00, segundo a perita.

Entretanto, na Cetip (mercado de balcão organizado para registro da negociação de títulos), a maior cotação no ano de 2005 foi de R$1,00. Já a última negociação de debênture (30/5/2008) foi feita a R$2,55. Ou seja, a supervalização foi de cerca de R$34.875.000,00.

Dessa forma, o balanço de 2005, divulgado como positivo em R$22 milhões pelo Vasco, na verdade deveria ser, segundo o MUV, de R$43 milhões negativos. Levando-se em conta que este balanço também não provisionava cerca de 31 milhões para as 177 ações em fase de execução, nas quais o Vasco é réu.


Afogado em Números - Carlos Monteiro e Guilherme de Paula

Aqui, um pequeno teste sobre esse texto.

Passivo?


(...) Os brasileiros devem aos cofres públicos mais de 28% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas do País – ou o equivalente a R$ 653 bilhões e, por ano, a recuperação não chega a 1% (R$ 6,53 bilhões). (...)

Existem tributos que a própria Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) já perdeu as esperanças de receber. Esse é o caso de um débito de 1927, que, hoje, corresponde a R$ 28 mil. A manutenção na contabilidade, mesmo com possibilidade nula de pagamento, é uma das justificativas para o crescimento da dívida ativa, que é corrigida pela taxa básica de juros (Selic), atualmente de 12,25% ao ano. O desafio dos procuradores da Fazenda Nacional é evitar que situações como esta, onde o devedor nem existe mais, continuem. A coordenadora-geral da dívida ativa da União, Nélida Maria de Brito Araújo, reforça que quanto mais antigo o débito maior dificuldade para reaver o recurso. “É muito mais fácil receber de um devedor inscrito na dívida neste ano do que um de 1927, por exemplo”, afirma.

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) até concordam com Nélida. Porém, consideram muito baixo o patamar de recuperação dos créditos. De 2006 para 2007, o governo conseguiu dobrar o valor recebido, que saltou de R$ 9,6 bilhões para R$ 12,9 bilhões. “Essa elevação é considerável, mas não sabemos se é sustentável. Isso porque, há muito parcelamento”, explica um representante do TCU. Muitas vezes, na avaliação do tribunal, programas de parcelamento – Refis e Paes – só contribuem para incentivar os calotes.


Dívida perdida no tempo - Edna Simão - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 9/6/2008

08 junho 2008

Ajuda


Fonte: Aqui

Custo do barril

O primeiro item da composição de preço é o custo de extração, no qual se incluem os gastos com sísmica, sondas, perfuração de poços. Há ainda os custos de desenvolvimento da produção — que incluem instalação de plataforma, por exemplo — e os chamados custos marginais, que englobam os gastos para manutenção na produção dos campos.

Esses três itens formam o custo de produção do barril, que varia com o país. Segundo especialistas, na Arábia Saudita, onde o petróleo é extraído da terra, o custo de produção está em torno de US$ 2 por barril, um dos mais baixos do mundo. Na Noruega, está na faixa de US$5. No Brasil, como a maior parte da exploração é em águas profundas, os custos são maiores. No primeiro trimestre, somando o pagamento de participações governamentais, ele ficou em R$43,20 (cerca de US$26).

O Globo - 7/6/2008

Mercado para profissionais de contabilidade

Mercado aquecido para futuros contabilistas
O Estado de São Paulo - 8/6/2008

A adequação da contabilidade brasileira aos padrões internacionais e a intensificação da abertura de capital das empresas indicam uma nova realidade para quem atua ou planeja ingressar na área contábil.

Segundo os especialistas, o segmento sofrerá uma explosão na demanda de profissionais, em resposta às necessidades de informação para a tomada de decisões nos negócios internacionais, tendo em vista a crescente globalização da economia.

“Sairá na frente quem tiver a qualificação para atender aos requisitos, entre eles domínio do idioma inglês e conhecimento do novo padrão internacional de práticas contábeis”, destaca Ronaldo Fróes, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), entre outros aspectos.

Felizmente, a visão que se tinha do contador de uma figura que só cuida da burocracia fiscal, para atender ao governo está acabando. “Ele cria ferramentas importantes para o plano de gestão das empresas, garantindo a sua sustentabilidade num mercado cada vez mais competitivo”, diz Elaine Varella, sócia da Trevisan Outsourcing. Por isso, é importante que tenha a noção da nova dimensão da profissão e se atualize para ter sucesso na carreira.

07 junho 2008

Links


1. Custo do transporte, petróleo e inflação

2. Os executivos e sua remuneração


3. As empresas com melhores reputações (inclui a empresa Bimbo)

Custos na indústria automobilística

Detroit reduz desvantagem para japonesas
Neal E. Boudette, The Wall Street Journal, de Detroit
The Wall Street Journal Americas 6/6/2008

O volume expressivo de demissões na indústria automobilística americana nos últimos anos praticamente eliminou a substancial vantagem que as concorrentes japonesas tinham sobre as montadoras de Detroit no custo do trabalho, segundo um relatório observado atentamente pelo setor.

Em 2007, a Chrysler LLC e a Toyota Motor Corp. empataram na disputa pela liderança em produtividade das fábricas na América do Norte, segundo o "Harbour Report". As duas empresas precisaram em média do mesmo número de horas trabalhadas — pouco mais de 30 — para montar o carro e partes complexas como motor e câmbio.

A General Motors Corp. precisou de cerca de duas horas a mais para produzir um veículo e a Ford Motor Co., 3,5 horas a mais, o que significa que o custo trabalhista por veículo foi US$ 260 maior que o da Toyota. A Honda Motor Co. ficou atrás da Chrysler e da Toyota por uma pequena margem, e pouco à frente da GM. A Nissan Motor Co. ficou atrás da GM e pouco à frente da Ford.

Essa classificação representa uma reviravolta crucial em relação a anos atrás, quando as fábricas norte-americanas das montadoras japonesas eram muito mais eficientes do que as das montadoras de Detroit. "Do ponto de vista da produtividade, há quase uma paridade", disse Ron Harbour, sócio da Oliver Wyman, a consultoria que publica o relatório. As três grandes montadoras americanas "nunca tiveram isso antes", acrescentou.

Apesar da melhor produtividade, as montadoras americanas ainda lutam com custos altos em outras áreas que acabam gerando perdas. Em 2007, a Ford perdeu em média US$ 1.467 por carro montado na América do Norte; a GM perdeu US$ 729 e a Chrysler, US$ 412. As japonesas ganharam de US$ 922 a US$ 1.641, segundo o "Harbour Report".

Com o cenário mais equilibrado em termos de produtividade, a presença de funcionários sindicalizados já não é mais uma grande desvantagem para GM, Ford e Chrysler, o que transfere para a diretoria o foco dos problemas.

Agora o grosso dos problemas de lucratividade está ligado a decisões administrativas. GM, Ford e Chrysler enfrentam um declínio veloz de suas vendas — e provavelmente devem enfrentar prejuízos ainda maiores — porque prepararam suas fábricas para produzir um volume substancial de picapes e utilitários esportivos. Contudo, com a alta da gasolina, os americanos estão preferindo carros menores, na maioria modelos da Toyota, Honda e Nissan.

As montadoras de Detroit também lutam com despesas de capital maiores, sobreposição de marcas e campanhas de marketing que ainda não conseguiram conquistar de volta os compradores de marcas estrangeiras — tudo isso ligado a questões que são controladas pela diretoria.

Os ganhos de produtividade podem ajudá-las a lidar com esses desafios, disse Harbour. O aumento da eficiência das fábricas "libera recursos que podem ser gastos para melhorar os carros", disse.

Pelos termos do novo contrato com o sindicato, as três de Detroit devem continuar a cortar custos trabalhistas nos próximos três anos, perspectiva que preocupa a Toyota, segundo um executivo da manufatura da empresa. Um estudo interno da Toyota prevê que os custos trabalhistas das montadoras americanas, incluindo planos de saúde, vão se igualar aos dela própria em 2010, disse o executivo. Um porta-voz da Toyota não quis fazer comentários.

BB contrata avaliador para Nossa Caixa

BB contrata consultoria para avaliar Nossa Caixa
Folha de São Paulo - 7/6/2008
JULIANA ROCHA / TONI SCIARRETTA

O Banco do Brasil espera concluir em seis meses a compra da Nossa Caixa. Ontem, o BB anunciou a contratação da consultoria Accenture e do banco UBS Pactual para fazer uma avaliação do preço justo a ser pago pelo banco paulista.

A Accenture, que sucedeu a antiga Andersen Consulting, fará o trabalho de "due diligence" (auditoria nas contas) da Nossa Caixa, que deve ser concluída em 90 dias. Já o UBS Pactual deverá se centrar mais na proposta de incorporação do banco paulista. O trabalho será feito em conjunto com o BB Banco de Investimentos.

Além de chegar ao preço justo da Nossa Caixa, um dos trabalhos da Accenture e do UBS Pactual será o de levantar a possibilidade de convergência dos serviços e de clientes entre o BB e o banco paulista. Terão ainda de avaliar o balanço da Nossa Caixa, analisar fatores societários e potenciais problemas regulatórios e legais envolvidos no processo.

A Nossa Caixa também deve contratar uma consultoria para fazer o mesmo trabalho no processo de avaliação de seu valor. No ano passado, o governo do Estado de São Paulo contratou os bancos Fator e Citibank para fazer uma avaliação de 18 estatais paulistas e propor uma modelagem de negócio -que incluía privatização, fusão e cisões- para levar o Estado a tirar o melhor proveito possível de seus ativos.

Segundo o diretor de estratégia e organização do BB, Glauco Lima, a Accenture foi a mesma consultoria contratada pelo banco espanhol Santander no processo de compra do Banespa, em 2000. No leilão, o Santander ofereceu mais do que o triplo dos demais concorrentes, lance que foi considerado exagerado pelos analistas de mercado na época. Procurada, a Accenture disse que não comenta sua relação com clientes novos ou antigos. (...)

AIG Investigada

EEUU.- La SEC investiga a la aseguradora AIG por sus operaciones 'subprime'
274 words
Europa Press - Servicio Internacional - 6/6/2008

El regulador del mercado estadounidense (Securities and Exchange Commission) está investigando a la aseguradora norteamericana American Insurance Group (AIG) porque sospecha que podría haber exagerado el valor de sus contratos aseguradores vinculados a las hipotecas 'subprime', según fuentes cercanas al caso citadas por el diario estadounidense, "The Wall Street Journal".

Además, fiscales de lo criminal del Departamento de Justicia estadounidense (DoJ) en Washington y la oficina del DoJ en Nueva York han requerido a la SEC información sobre sus pesquisas, lo que podría significar el inicio de una investigación criminal.

En 2006, el grupo, la mayor aseguradora del mundo desembolsó 1.600 millones de dólares (1.025 millones de euros) para zanjar un litigio vinculado con su contabilidad. Además, sus títulos han sufrido severas correcciones en bolsa en los últimos meses como consecuencia de la crisis del 'subprime'. Un portavoz de la entidad declaró al diario que el grupo cooperará en todos los aspectos con respecto a la revisión gubernamental y por parte de los reguladores.

El motivo de la investigación es la valoración que ha hecho la aseguradora de los 'credit default swaps', que son los contratos que aseguran impagos de una serie de valores, incluyendo aquellos que están respaldados por hipotecas 'subprime'. El pasado mes de febrero, AIG reconoció que su auditora había encontrado "una debilidad material" en su contabilidad". Precisamente, las pérdidas registradas por la aseguradora en el primer trimestre de año obedecen en su mayor parte a depreciaciones de activos relacionados con estos 'swaps' por valor de 20.000 millones de dólares.


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A figura mostra a cotação da AIG nos últimos seis meses.