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09 abril 2008

As Falhas dos Modelos de Riscos dos Bancos


Neste período de crise, os modelos de risco dos bancos são questionados. Estes modelos foram criados para evitar problemas financeiros para essas entidades e, no entanto, parecem não funcionar adequadamente. Existem algumas explicações para isto, mas Avinash Persaud fornece uma explicação interessante.

Os modelos de risco são construídos com a suposição de o usuário é a única pessoa que irá usá-lo. Isto é razoável quando os mesmos começaram a ser construídos, em meados do século XX. Hoje, os participantes do mercados de diversos países usam os dados disponíveis (praticamente o mesmo para todos) para calcular risco, retorno, correlação e outras medidas e instrumentos.

Quando um destes participantes detecta um aumento no risco, provavelmente outros também já o fizeram. Um círculo vicioso instala, induzindo a uma reação no próprio mercado. Isto significa dizer que a área de risco dos modelos é maior na realidade.

Em outras palavras, o uso de modelos de risco tende a aumentar o risco sistêmico (ou risco não diversificável)

Incêndio para destruir provas


Quatro suspeitos do incêndio na Prefeitura
Paulo Henrique Lobato
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 9/4/2008

Fraude com dinheiro público está por trás do incêndio que destruiu, quinta-feira, parte do prédio da Prefeitura de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, transformando em cinzas centenas de documentos. A Polícia Civil desvendou o misterioso crime e apresentou ontem quatro suspeitos. As chamas tentaram esconder um prejuízo aos cofres públicos, esvaziado por um inocente serviço de fotocópias. A polícia não sabe ainda qual o tamanho do rombo.

Segundo a polícia, o servidor José Alberto Paulo Diniz, de 37 anos, falsificava pedidos de fotocópias da prefeitura e os entregava ao irmão, Antônio Eduardo Carlos Júnior, de 33, empregado de uma empresa que presta o serviço de xerox para o município. Eles descobriram que a administração faria uma auditoria em vários setores e decidiram pôr fogo em parte do prédio, para destruir provas que poderiam incriminá-los.

cópias. Numa das notas, a polícia constatou que o pedido oficial era de 50 cópias, mas a solicitação foi alterada para 28,5 mil. Na hipótese de a fotocópia ser R$ 0,10, por exemplo, o pedido oficial custaria R$ 5, mas a modificação elevou o preço para R$ 2,8 mil. Como o serviço também era aberto ao público, a dupla ficava com a diferença, que era coberta pela prefeitura por meio do pedido falso.

O receio da descoberta levou os irmãos a chamar Tiago Henrique Nascimento, de 20, e Danilo Alisson Vieira Caetano, de 21, para ajudá-los a consumir com as provas. Em troca, receberam R$ 2 mil. "Dois deles, com capuzes e camisas pretas, renderam o vigia, que foi amarrado, enquanto os outros puseram fogo no prédio.

Os irmãos alegam que contrataram os cúmplices para destruir as provas, mas que não sabiam do fogo. Já Tiago e Danilo disseram que apenas renderam o vigia", disse o delegado regional de Patos de Minas, Márcio Siqueira. Ele contou que, no dia seguinte ao incêndio, uma vizinha do prédio procurou a polícia dizendo que encontrou em seu quintal uma camisa preta. Alguns funcionários da administração disseram ao delegado ter visto Antônio usando camisa idêntica poucos dias antes do incêndio.


(Foto: a Prefeitura)

Adeus US GAAP (?)

Especialistas das Big Four dizem que a Securities and Exchange Commission determinar que todas as empresas negociadas publicamente nos Estados Unidos usarem o IFRS é inevitável. (...)


Este trecho faz parte do artigo Goodbye GAAP, de Sarah Johnson, para CFO Magazine (1o. de abril de 2008). A autora lembra que as empresa de auditoria e as empresas multinacionais estão pressionando a SEC no sentido de adotar efetivamente a IFRS. Para multinacionais, manter diversas contabilidades não é eficiente e representa gasto de recurso.

Entretanto Johnson lembra que o processo é caro. Para a Procter & Gamble a convergência deve significar dezenas de milhões de dólares. O Institute of Chartered Accountants in England and Wales estima que empresas européias com receita entre 500 milhões e 5 bilhões de euros devem gastar 0,05% da sua receita no primeiro ano. E o processo de conversão deve levar de 18 a 24 meses, segundo alguns auditores.

Além da questão do custo, Johnson lembra que a maioria dos executivos financeiros estão relutando em aceitar a mudança. Uma pesquisa da Deloitte & Touche encontrou que 20% das empresas (de uma amostra de 300 com receita entre 100 milhões e 10 bilhões de dólares) estão pensando em adotar o IFRS.

A seguir, uma cronologia do processo:

2001: The International Accounting Standards Board (IASB) is established to work on international financial reporting standards (IFRS).

2002: U.S. and international standard-setters issue the Norwalk Agreement to make their current rules compatible.

2002: The European Union (EU) announces its member states must use IFRS for their 2005 financial statements.

2005: SEC chief accountant Donald Nicolaisen releases a road map for allowing IFRS filings without GAAP reconciliation for foreign firms by 2009 (or earlier).

2006: The IASB and FASB agree to work on all major projects jointly.

2007: In April, President Bush announces IFRS will be recognized in the United States within two years as part of an agreement with the EU. In November, the SEC makes that prediction a reality.

2008: The SEC will vote on a proposal mapping out a timeline for moving U.S. companies to IFRS.

2009: The IASB will end its moratorium for when companies need to adopt its new accounting standards. The board had frozen its rules while more countries adopted IFRS.

2011: The earliest that accounting firms and U.S. multinationals estimate large U.S. companies could begin to use IFRS rather than GAAP. Canadian, Indian, and Japanese companies are slated to begin using the global standards.

2013: The earliest projection by accounting firms for mandating that U.S. companies convert their financials to IFRS, with 2015 being the first year smaller companies could follow suit.


A figura abaixo é ilustrativa das diferenças entre o IFRS e o US GAAP.

Erotismo e Investimento


... O estudo confirma uma investigação recente que indicou que os homens que assistiram um filme pornográfico estavam mais propensos a fazer decisões sexuais arriscadas. Outro sugere que os homens pensam menos sobre o seu futuro financeiro após ter sido mostrado imagens de mulheres bonitas.

Fonte: Aqui

Valor Presente


O uso do valor presente para cálculos é importante no processo de avaliação.

Recentemente a imprensa noticiou a questão da reparação de dois humoristas (Ziraldo e Jaguar) que foram perseguidos pela ditadura. O governo brasileiro (ou seja, nós, brasileiros) concedeu uma indenização e pensão vitalícia para ambos.

Como foi estipulado este valor? Esta é a questão mais difícil, pois geralmente a estimativa é feita com base em situações subjetivas, onde a comissão determina que "se ele não foi perseguido, teria uma renda a maior de X reais". A questão é a subjetividade nesta análise. (Clique aqui para ler um depoimento crítico sobre esta questão)

Outro aspecto interessante diz respeito a questão tributária. Em diversas situações pagamos impostos sem analisar o seu peso efetivo. Este é o caso do celular. Admitindo uma conta mensal de R$100 de celular, isto significa um valor presente de quase R$9,3 mil de impostos. Clique aqui para ler.

Tributos no Celular


Segundo Ethevaldo Siqueira (Tributos sobre celular já chegam a quase 50%, Estado de S. Paulo, 6/4/2008, p. B22), os tributos (impostos,taxas e fundos) chegam a 46,4% do valor dos serviços. Considere um conta de R$100 por mês. Com uma taxa de desconto de 0,5% ao mês (ou 6,2% ao ano) isto representaria um valor presente de R$9,3 mil. É uma boa quantia, não?

Para chegar ao valor de 9,3 mil, fiz a suposição de perpetuidade. Com isto, base dividir R$46,4 por 0,5% e teremos o valor presente.

08 abril 2008

Rir é o melhor remédio


Corretor da Bovespa Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


O photoshop deixou Beyoncé com três braços (Fonte: Aqui e aqui)



Acima, o Photoshop cortou as revistas. Fonte: Aqui

Avaliação de Patentes

Avaliar patentes é muito difícil e requer uma alta dose de subjetivismo e conhecimento do setor. Uma reportagem da Business Week propaga que uma empresa desenvolveu um mecanismo, Patent Board, para avaliar patentes. O próprio texto começa lembrando do caso do fax, que foi patenteado em 1843 e somente foi usado 140 anos depois.

O método é, segundo o texto, simples e enorme. Cada patente recebe pontos pela quantidade de vezes que a mesma é mencionada por outros e por publicações, inclusive científicas. Quanto mais recente for a citação, mais pontos pois isto representaria que a invenção é de vanguarda.

Será que funciona? Sem dúvida parece que o sistema reduz o subjetivismo.

CFC aprova a Estrutura Conceitual

O blog Análise de Balanços lembra que o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a Estrutura Conceitual que foi elaborada pelo CPC, em lugar da antiga Resolução 785/95. Acho que agora do CFC terá um trabalho de adequar as outras normas à esta estrutura conceitual. Por exemplo, a questão do terceiro setor e as contas de compensão, não previstas na Estrutura Conceitual.

SFAS 157


A questão do valor justo ainda é discutida nos Estados Unidos. A flexibilidade e a necessidade de usar em situações onde não existe uma mercado efetivo são apontados de forma positiva e negativa. A administração dos resultados pode ser facilitada, segundo alguns. Aqui, neste blog, uma discussão sobre o assunto.

Marca Microsoft

"O poder da marca Microsoft está em declínio acentuado nos últimos quatro anos, uma indicação que a empresa está perdendo a credibilidade e mercado nos meios empresariais , conforme um recente estudo de mercado da empresa CoreBrand." (fonte: aqui).

A medida da CoreBrand leva em conta quatro critérios: familiaridade com a marca da empresa, reputação geral, percepção da administração e potencial de investimento.
No estudo de 2007 a Microsoft caiu para 59a. colocação no ranking de empresas com marcas mais poderosas. Era 12a. em 2004 e 1a. em 1996.

Uma nova medida


"Renda per natural - o rendimento médio anual de pessoas nascidas em um determinado país, independentemente do local em que a pessoa reside agora". Segundo este relatório (aqui link , via Marginal Revolution), o PIB per capita do Brasil é 7.193 dólares e a renda per natural é de 7.230 dólares, uma diferença de 0,5%. Em alguns países esta diferença é o dobro (caso da Guiana, 3922 versus 7985 dólares). Destaque que a menor diferença na América Latina e Caribe é do Brasil.

Os Blogs mais Poderosos do Mundo


Segundo o The Guardian

1. The Huffington Post
2. Boeing Boeing
3. Techcrunch
4. Kottke
5. Dooce
6. Perez Hilton
7. Talking Points Memo
8. Icanhascheezburger
9. Beppe Grillo
10. Gawker

Os Blogs da Time


Dez anos de blogs no Brasil. Uma lista dos blogs da revista Time

1. Huffington Post - Política
2. Lifehacker
3. Metafilter
4. Tree Hugger
5. PostSecret
6. Beppe Grillo Política italiana
7. Engadget
8. Freakonomics
9. Gigazine
10. Ace of Spade HQ

Fonte: Aqui

Cada um com sua opinião. Particularmente considero o Marginal Revolution muito mais interessante que o Freakonomics.

Teoria da Contabilidade

Saiu a 1ª edição do livro TEORIA DA CONTABILIDADE, de Jorge K Niyama e César Tibúrcio.

07 abril 2008

Investindo em Terror

Uma carteira com 10 maiores empresas "terror-free" (inclui Vodafone, Gazprom, Novartis, Telefonica, E.ON, Daimler, Anglo American, Suez, China Mobile e Petrobras) perdeu 5% desde o começo de 2007. Uma carteira com 10 ações S.E.C.-flagged companies (ABN Ambro, Banco Bilbao, BP, ConocoPhillips, Eni SpA, HSBC, Mitsubishi UFJ, Nokia, Royal Dutch Shell, Siemens e Total) ganhou 10%. Fonte: Aqui

Descentralização versus Centralização

A questão da centralização versus descentralização é extensamente discutida em administração, com vantagens e desvantagens sendo apresentadas. Em administração pública, no entanto, a descentralização permanece como um ideal, versus a centralização excessiva de um governo central. Um trabalho de Daniel Treisman, da UCLA, questiona os defensores da descentralização na área pública (via Megan McArdle).

A descentralização pode gerar tantos relatórios entre as entidades governamentais que nada pode ser feito. Com a descentralização podemos ter duplicação de políticas de governos e aumentar os desperdícios de recursos (veja o caso da saúde). Outro aspecto é que os funcionários locais podem ser menos competentes e mais suceptíveis à corrupção do que no mais elevado escalão.

No Estado de S. Paulo de 6 de abril existe uma reportagem sobre a Venezuela e a insatisfação da população diante da percepção do aumento no nível de corrupção dos conselhos implantados por Chavez.

Altura

Os fabricantes [do século XIX] tinham razão para suspeitar que as pessoas alta, em média, eram mais empregáveis. Surpreendentemente, esta verdade permanece na economia do conhecimento de hoje nos Estados Unidos e não apenas a economia industrial da Inglaterra Vitoriana. O mais alto quartil da população ganha 9-10% mais do que o menor quartil, de acordo com dois estudos recentes. Nicola Persico e Andrew Postlewaite, da Universidade da Pensilvânia, e Dan Silverman, da Universidade de Michigan, pensam que é a altura que dá aos adolescentes auto-confiança e ajuda-os a aprender valiosas habilidades sociais. Anne Case e Christina Paxson , da Universidade de Princeton, por outro lado, argumentam que as pessoas que crescem com todo o seu potencial são mais inteligentes, em média. (...)

Altura aumenta a renda, e a renda também aumenta à altura. (...) Em lugares que [as pessoas] tinham $ 6000 (...) , os rapazes são 4 centímetros mais altos, de acordo com cálculos feitos Richard Steckel da Ohio State University. Do mesmo modo, Angus Deaton da Princeton University relata que os homens indianos, de 20 anos estão 1 centímetro mais altos que os homens de 40 anos de idade, em parte porque o país está substancialmente mais ricos quando eles nasceram. (...)

O que explica esses enigmas? Altura sobe com a prosperidade, mas a um ritmo decrescente. (...) "Estatura," escreve Steckel, "é uma boa medida de privação, mas não da opulência".

Proibição de Fumar causa Acidentes


Probição de fumar em locais públicos supostamente são para salvar vidas. Isto faz com que as pessoas fumem menos, tornando menos nocivo para elas e para as pessoas em volta. Isto funciona dependendo da forma como legislação anti-tabagismo é uniforme.

(...) O problema com isso, dizem Scott Adams e Chade Cotti, economistas da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, é que as proibições parecem ter sido seguidas por um aumento na embriaguez e acidentes fatais envolvendo álcool e direção.


Clique aqui para ler texto da The Economist