28 março 2008
Warren Buffett investe como menina
Este é um título instigante de um texto do blog Motley Fool.
Não é um insulto. Pelo contrário, ao investir como uma menina ele se tornou o homem mais rico do mundo. Buffett possui uma abordagem diferente dos demais investidores, esperando o preço justo para comprar. E não pretende vender as empresas que investiu. A razão do título está na própria característica de investimento de uma mulher, que são listadas abaixo:
=> As mulheres investigam mais os investimentos do que os homens. Isto reduz a chance de tomar as "dicas" dos amigos, por exemplo;
=> Os homens comercializam com mais freqüência do que as mulheres, sendo mais confiantes. Por negociar mais, o lucro é menor em virtude do custo de transação e impostos sobre ganhos.
=> A rentabilidade das mulheres é melhor do que a dos homens numa pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia
=> As mulheres não olham somente para os números ao investir, incluindo na sua análise a qualidade dos produtos, a ética e outros fatores
=> As mulheres são mais espertas que os homens para identificar empresas com potencial de crescimento futuro.
Uma alternativa para melhorar os ganhos de suas aplicações: deixe esta decisão com a sua mulher.
Os Melhores CEOs
Este é um tipo de pesquisa que o gringo gosta. O melhor e o pior executivo (aqui).
"O maior constrangimento para nós foi Mozilo Angelo, o CEO da Countrywide Financial, que viu a sua empresa implodir nos últimos 12 meses devido à crise hipotecária, forçando sua venda ao Bank of America por uma fracção do seu valor. "
Novo Statement sobre Derivativos
Apesar do processo de convergência internacional, o Fasb continua trabalhando. Agora um Statement sobre Evidenciação de Derivativos. Clique aqui para notícia e aqui para o Statement (em PDF)
Orçamento de Um Filme
Aqui um exemplo um orçamento de um filme médio. O valor total, cerca de 18 milhões de dólares, incorpora quase 1 milhão pelo roteiro, 3 milhões pelos atores (sendo 1 milhão pelo astro)
Ex-Dirigente do Bear Stearns vendeu parte de suas ações
O ex-chairman do Bear Stearns, James Cayne, vendeu, na terça-feira, parte de suas ações na empresa, que deverá ser adquirida pelo JP Morgan. São 5,66 milhões de ações, que a $10,84 dólares significa recursos totais de 61 milhões. Se ele tivesse vendido em janeiro o valor seria de 1 bilhão e 200 milhões de dólares (a ação estava a 171,51). É a típica situação de perda de estocagem realizada.
Fonte: Aqui
New Century é a Enron da KPMG?
"Mensagens de e-mails descobertas pela investigação mostrou que alguns auditores da KPMG levantaram bandeiras vermelhas sobre as práticas contábeis da New Century, mas que os sócios da KPMG rejeitaram tais preocupações com medo de perder o cliente." New York Times
27 março 2008
Rir é o melhor remédio
Esta propaganda é sobre a informação relevante que faz falta. O aluno quer entregar a prova após ter terminado o tempo. O professor não aceita. O jovem pergunta se o professor sabe qual o nome do aluno. Com a resposta negativa, o aluno coloca sua prova misturada com a dos colegas.
Ilusão da Medida
Um exemplo interessante sobre a ilusão que uma medida pode provocar nas pessoas foi contada por Justin Wolfers em "Nominal Illusion: A Mistake or a Choice?".
Betsey chega em casa e diz que correu 8 quilômetros. Wolfers, depois de fazer algumas tarefas, disse que iria percorrer cinco milhas. O interessante é que Betsey é norte-americana e está acostumada com milhas, enquanto Wolfers é europeu, familiar a quilômetros. Wolfers perguntou a Bestsey por que mediu sua corrida em quilômetros. A resposta: para parecer que correu mais. Wolfers provavelmente falou em milhas para convencer seu corpo que a corrida não seria muito longa.
Este fenômeno já foi estudado em finanças comportamentais e diz respeito a ilusão provocada por uma medida. As magnitudes parecem diferentes quando usamos unidades diferentes. Uma derivação disto é a ilusão monetária. Se o governo concede um aumento de 3% no salário mínimo, quando a inflação foi de 5%, na realidade não ocorreu nenhum aumento real do salário. Mas se o governo decide cortar 2% do salário mínimo quando a inflação é zero a notícia parece muito pior. Na realidade é praticamente a mesma coisa.
Realizei, juntamente com Ludmila Souza, uma experiência sobre isto. Aqui para ter acesso a esta pesquisa.
Betsey chega em casa e diz que correu 8 quilômetros. Wolfers, depois de fazer algumas tarefas, disse que iria percorrer cinco milhas. O interessante é que Betsey é norte-americana e está acostumada com milhas, enquanto Wolfers é europeu, familiar a quilômetros. Wolfers perguntou a Bestsey por que mediu sua corrida em quilômetros. A resposta: para parecer que correu mais. Wolfers provavelmente falou em milhas para convencer seu corpo que a corrida não seria muito longa.
Este fenômeno já foi estudado em finanças comportamentais e diz respeito a ilusão provocada por uma medida. As magnitudes parecem diferentes quando usamos unidades diferentes. Uma derivação disto é a ilusão monetária. Se o governo concede um aumento de 3% no salário mínimo, quando a inflação foi de 5%, na realidade não ocorreu nenhum aumento real do salário. Mas se o governo decide cortar 2% do salário mínimo quando a inflação é zero a notícia parece muito pior. Na realidade é praticamente a mesma coisa.
Realizei, juntamente com Ludmila Souza, uma experiência sobre isto. Aqui para ter acesso a esta pesquisa.
Ford vende Land Rover e Jaguar
Foi anunciada a negociação das marcas Land Rover e Jaguar para o grupo indiano Tata. O acordo representou um valor de 1.7 bilhão de dólares. A Ford tinha comprado a Jaguar por 2,5 bilhões em 1989 e a Land Rover por 2,7 bilhões em 2000.
O grupo Tata é uma dos maiores grupos indianos, com presença em áreas distintas como chá e indústria de aço. Clique aqui para mais detalhes
Muita informação
O estudo, "Influence Through Ignorance", é o primeiro a examinar minuciosamente situações em que o poder está no controle do fluxo de informação pública, em oposição à posse de informações privadas.
Como explica Brocas e Carrillo [os autores do estudo], existem segredos - fatos, que são deliberadamente retidos - e há fatos que não são conhecidos por ninguém.
"Não é necessário dispor de informações adicionais", diz Brocas. "Você pode induzir as pessoas a fazer o que você deseja apenas por deter o fluxo de informações ou sua continuidade. Isso é o suficiente." (...)
É o fluxo da informação que interessa. Não a sua quantidade. Clique aqui para ler mais.
KPMG e o Novo Século
Uma acusação de práticas impróprias e imprudentes contra uma das grandes empresas de auditoria, a KPMG. Os documentos mostram que a empresa New Century transformou um prejuízo num lucro no segundo semestre de 2006 graças as mudanças na contabilidade.
The profit was important because it allowed executives to earn bonuses and convince Wall Street that it was in fine shape financially when in fact its business was coming apart, the report contended. But the report stopped short of saying that the company “engaged in earnings management or manipulation, although its accounting irregularities almost always resulted in increased earnings... Fonte: Aqui
Custos Judiciais
Nova ferramenta revela tempo e custo de recursos
Valor Econômico - 27/3/2008
Um estudo realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) identificou que a tramitação de um recurso na corte demora 147 dias e custa R$ 762,72, em média. Os dados são provenientes das primeiras avaliações de custo processual feitas pela coordenadoria de auditoria da secretaria de controle interno do STJ e foram feitas com a análise de causas que chegaram ao tribunal depois de 1º de abril de 2006 e foram encerradas no exercício de 2007. Ao todo foram analisados 228.396 processos.
De acordo com o estudo, em média os habeas corpus permaneceram 159 dias no STJ e tiveram um custo de R$ 871,95. Já os recursos especiais tiveram um valor médio de R$ 798,00 e permanência de 160 dias na corte superior. E os agravos de instrumento, que representaram 51,32% dos processos avaliados, ficaram uma média de 124 dias no STJ ao custo de R$ 651,05.
O cálculo, segundo informações da coordenadoria, é feito para cada processo individualmente e não é raro encontrar valores discrepantes - como um recurso especial que ficou no STJ apenas dois dias e custou R$ 10,00 e outro que teve uma tramitação de 622 dias e um custo de R$ 3.627,97.
O estudo foi realizado com o uso do sistema Prisma, o primeiro mecanismo de medição de custos do Poder Judiciário, que reúne todas as despesas efetuadas, identifica o tipo de custo e para onde ele vai. Com estes valores detalhados, será possível estabelecer metas de redução de custos e aumento de produtividade. O sistema Prisma ainda é um protótipo e por enquanto está disponível apenas nos computadores da coordenadoria de auditoria, mas a secretaria de tecnologia da informação do STJ está agora desenvolvendo um aplicativo para que o sistema seja acessível a todos os gestores do tribunal.
A mensuração do custos deveria ser o início do processo. O que deve ser feito agora? Reduzir os recursos e os prazos parece ser a resposta óbvia. Aqui uma dissertação sobre o assunto.
Citigroup e Enron
O banco Citigroup concordou em pagar a credores da Enron US$ 1,66 bilhão para encerrar um processo sobre sua responsabilidade no colapso da companhia de energia norte-americana, informou ontem um grupo que representa credores. O maior banco dos Estados Unidos também está desistindo de US$ 4,25 bilhões em reclamações contra a Enron, enquanto a empresa está encerrando todos os processos abertos contra o banco. O Citigroup também informou em comunicado que nega qualquer ato indevido e que fez os acordos somente para evitar custos judiciais e a incerteza dos processos.
Reservas
O pagamento de US$ 1,66 bilhão representa cerca de 60% dos US$ 2,8 bilhões que o Citi havia reservado para pagamentos relacionados a processos. O Citigroup informou que acredita que suas reservas são adequadas para cobrir sua exposição. E acrescentou que liberará US$ 1,7 bilhão em dinheiro que estava bloqueado em uma reserva de indenizações pendentes. Os credores da Enron tinham apresentado reivindicações contra o Citigroup no valor de US$ 21 bilhões diante do Tribunal de Falências dos Estados Unidos, mas após este acordo, parte delas foram retiradas.
Além disso, o banco fechou também um acordo para resolver as disputas que tinha pendentes com os donos de US$ 2,4 bilhões em bônus emitidos pelo Citigroup, com rendimento vinculado à qualidade creditícia da Enron. Os donos de bônus alegavam que o Citi sabia que as dívidas da Enron eram muito superiores às que figuravam em seus balanços financeiros e que a exposição da firma financeira na companhia energética era, em 1999, de US$ 1,7 bilhão. Ou seja, quatro vezes o limite interno estabelecido pelo banco para seus investimentos na Enron.
Entre 1999 e 2001, o risco do Citigroup na Enron subiu ainda mais, ao mesmo tempo em que a companhia energética recebia uma série de créditos de parte do Citigroup que eram disfarçados como receitas, segundo argumentaram os advogados. Os titulares desses bônus pensavam que, em caso de uma quebra, seus compromissos teriam uma prioridade alta de pagamento entre todos os outros credores da Enron.
Os credores da Enron asseguraram que o acordo "representa uma enorme conquista, já que põe fim ao megaprocesso interposto contra 11 bancos em 2003".
Último acordo
A instituição é a última de 11 bancos a encerrarem pendências com credores da Enron nos processos conhecidos como "MegaClaims". Esses processos MegaClaim estão retornando mais de US$ 5 bilhões aos credores da Enron. Ao fazer o acordo, o Citi evita um julgamento, que poderia começar este ano. "Permite-nos recuperar US$ 5 bilhões para os credores, incluindo cerca de US$ 2,1 bilhões mais juros, lucro e dividendos aos titulares dos bônus Yosemite", afirmou John Ray, presidente e executivo-chefe da Enron Creditors Recovery Corp, sociedade que reúne credores da firma.
A Enron declarou a segunda maior quebra da história empresarial norte-americana em dezembro de 2001, após reconhecer que havia contabilizado centenas de créditos como operações de compra e venda.
Citigroup concorda em pagar US$ 1,6 bi a credores da Enron - Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9 - Reuters e EFE
Segundo Aaron Katsman, as duas empresas se parecem. Os investidores do Citi perderam 60% no último ano, mas o grupo financeiro não deixou de remunerar seus executivos.
Anteriormente, o Citi e o JP Morgan já tinham concordado em pagar 300 milhões de dólares para SEC.
Contabilidade pública
Os vereadores aprovaram ontem, em duas discussões, o projeto de lei que incorpora gratificações ao vencimento básico de 96 mil servidores da Prefeitura do Rio. Os aumentos, que chegam a 69% do salário, começam a valer na folha de abril, que será paga em maio.
O projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, recebeu críticas da oposição, por ter sido encaminhado próximo ao período eleitoral. Apesar disso, a proposta teve a adesão da maioria dos vereadores, que fez questão de discursar para os servidores que lotaram as galerias da Câmara.
— Quem vai ser louco de votar contra essa matéria? O próximo prefeito é quem vai pagar a conta — criticou o vereador Luiz Antônio Guaraná (PSDB).
Câmara do Rio aprova aumento dos servidores
O Globo - 27/3/2008 - 16
Letícia Vieira
No regime de competência, a aprovação da proposta criaria um passivo para o governo estadual de imediato e isto seria evidenciado.
26 março 2008
Links
1. Preço da pipoca
2. O preconceito da gorjeta no taxi e no restaurante.
3. O mosquitofish sabe contar
4. As pessoas gostam de uma reunião
5. Alan Grenspan reconhece as finanças comportamentais
2. O preconceito da gorjeta no taxi e no restaurante.
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