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18 fevereiro 2008

Multinacionais de emergentes

A figura mostra o crescimento da receita das multinacionais dos países emergentes em comparação com a SP500 e a Fortune 500



Aqui, a cotação da carteira.



Fonte: Aqui

Nova lei contábil e a legislação tributária

O artigo publicado na Folha afirma que a nova lei irá alterar o imposto pago pelas empresas. A lei afirma que não.

Nova lei contábil altera de imposto a tarifa
Folha de São Paulo - 18/2/2007

Regras foram aprovadas no Congresso por articulação dos bancos, que pediam maior transparência das companhias

Empresas agora não devem mais registrar bens, dívidas e despesas de acordo com os valores desembolsados, mas pelo preço de mercado
TONI SCIARRETTA

Uma revolução microeconômica sem precedentes acontece na forma como as empresas brasileiras se relacionam com seus credores, fornecedores, clientes, governo e mesmo com seus donos, os acionistas. De conseqüências ainda desconhecidas, as novas regras contábeis que entraram em vigor no início do ano têm o potencial belicoso de elevar a arrecadação tributária, diminuir os dividendos dos acionistas e até reduzir tarifas de serviços, como água, luz e pedágios.

Antes da mudança, as empresas brasileiras costumavam registrar bens, dívidas e despesas segundo os valores desembolsados, exatamente como aparecem para as pessoas comuns nos extratos bancários. A prática é considerada apropriada, mas, no caso de empresas, esconde o valor pelo qual esses bens ou dívidas encontrariam eventuais compradores caso tivessem de ser vendidos.

Por exemplo, todos sabem que um carro de R$ 40 mil comprado numa concessionária valerá bem menos um minuto após deixar a loja. No caso, a nova lei mandaria registrá-lo não como um bem de R$ 40 mil, mas talvez pelos R$ 38 mil que conseguisse vendê-lo.

"Patrocinada" pelo sistema financeiro, a nova lei contábil demorou sete anos para ser aprovada no Congresso Nacional, mas trouxe ganhos inéditos de transparência nas contas de empresas que se relacionam com os bancos e que até bem pouco tempo não tinham a obrigação de ter suas contas submetidas ao crivo de auditores independentes, como Casas Bahia, Schincariol, Camil Alimentos, entre outras.

Os bancos argumentam que, com mais transparência, podem avaliar melhor seu risco e cobrar juros menores. Dizem ainda que permitem a comparação de empresas brasileiras com seus pares internacionais, facilitam a entrada de investimentos estrangeiros e que podem até mesmo ajudar o país a obter o esperado "grau de investimento", selo de bom pagador de sua dívida.

"Quanto mais democrático é o país, mais contadores e auditores tem. O Brasil é um dos que menos tem. A União Soviética não tinha auditores nem contadores, não precisava. A lei vai levar as empresas a passarem as contas a limpo e a formalizar. Vai aumentar a lucratividade. Vai também aumentar a arrecadação porque o lucro aparece. O camarada vai aderir a isso não porque é obrigado, mas porque é bom para ele", disse Antoninho Marmo Trevisan, da Trevisan.

O Brasil tem 24.600 habitantes para cada auditor, enquanto os EUA têm apenas 2.300.

E as mudanças são relevantes. No caso do Banco Itaú, por exemplo, o lucro em 2006 segundo as normas brasileiras ficava em R$ 4,3 bilhões, mas saltava para R$ 6,4 bilhões seguindo o padrão internacional. Neste caso, o aumento no lucro elevaria a arrecadação da Receita Federal e aumentaria o dividendo ao acionista.

Vale lembrar que as empresas do Novo Mercado da Bovespa e as que têm ações negociadas no exterior já adotam padrões altos de contabilidade.

Nem sempre a conta se repete. Em 2003, a operadora de telefonia britânica Vodafone teve um prejuízo de 17,4 bilhões, mas nos padrões internacionais essas perdas se transformaram em um lucro de 11,6 bilhões. Isso porque as regras britânicas permitiam à companhia descontar do lucro a maior parte do ágio que pagou pelas licenças de telefonia.

"A experiência na Europa mostra que o processo de transição pode ser complexo, exigir recursos e demorar. Ele mexe com todas as áreas da empresa", disse Fábio Cajazeira, da PriceWaterHouseCoopers.

Exatamente sobre a amortização de ágio que acontece uma das maiores polêmicas hoje entre os auditores e contadores, e que sinaliza para uma aumento da arrecadação. Até então, o ágio pago em caso de aquisições de empresas entrava no balanço como uma despesa, pois é entendido como um prêmio pago pela oportunidade de fechar um negócio.

Com a nova lei, nenhuma mudança ocorre nas regras da amortização do ágio. A mudança se dá quando a empresa adquirida é registrada, que passa a ser pelo valor de mercado e não mais o contábil. Como o valor de mercado costuma ser maior do que o contábil, o ágio diminuirá e a empresa terá de recolher mais imposto.

Para a consultora tributária Ana Campos, da Hirashima & Associados, mesmo que a lei expresse que as mudanças não terão impacto tributário, na prática, o registro de ativos altera o recolhimento. "Vai ter impacto tributário. Não há como impedir", disse.

No caso das concessionárias, as revisões tarifárias avaliam parte do ativo imobilizado -como estado de estradas, linhas de transmissão, canos de água e esgoto. Para Luiz Nelson Porto Araújo, da Trevisan, se esses ativos não recebem investimento -ou forem depreciados pela ação do tempo-, os custos da concessionária diminuem, devendo ser repassados ao consumidor como tarifa menor. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou que estuda o impacto das novas regras nas tarifas do setor.

17 fevereiro 2008

Auditoria se negou a emitir opinião

Um caso raro: a auditoria se negou a emitir opinião

Cedae: auditoria encontra irregularidade em balanço
O Globo - 17/2/2007

Contas da empresa em 2006, no governo Rosinha Garotinho, apresentam um prejuízo de R$365 milhões
Dimmi Amora

Um ano e dois meses depois de terminado 2006, a Cedae publicou, na última sexta-feira, seu balanço anual. No último ano do governo Rosinha Garotinho foi registrado o quarto prejuízo seguido, de R$365 milhões. Desta vez, no entanto, o prejuízo da estatal de água e esgoto do Rio pode ser ainda maior. A BDO Trevisan, auditoria independente contratada pela empresa para checar os dados do balanço, se negou a emitir opinião sobre as contas, após encontrar várias irregularidades na prestação de contas aos acionistas.

Entre as falhas apontadas pelos auditores, a que mais chama a atenção é que a empresa subavaliou o valor que deve à Prece — o fundo de pensão dos funcionários. Além disso, a Cedae desconsidera, no balanço, que terá de arcar com o prejuízo no fundo, que estava em mais de R$270 milhões.

As irregularidades na gestão da Prece estão sendo investigada em várias instâncias. Na semana passada, ex-diretores do fundo de pensão conseguiram na Justiça, pela segunda vez, interromper uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que aponta irregularidades na gestão da Prece.

Os auditores da BDO apontam, ainda, que não há comprovação para depósitos bancários de R$2,7 milhões. Houve também divergência entre os valores encontrados pelos auditores nas contas a receber. Créditos devidos a empreiteiras, no valor de R$192 milhões, lançados no balanço, não foram confirmados.

A auditoria também considerou as dívidas da empresa subavaliadas. Além disso, os processos judiciais não tinham o acompanhamento correto.

Para o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRC-RJ), Antônio Miguel Fernandes, não é comum que auditores tomem este tipo de atitude. Em geral, eles aprovam ou aprovam com ressalvas.

No governo Rosinha Garotinho (2003 a 2006), o prejuízo foi de R$1,2 bilhão e o acumulado dos últimos anos é de R$2,3 bilhões. Este último valor corresponde a quase toda a receita da empresa durante o ano de 2006 (R$2,4 bilhões).

A BDO Trevisan informou que foi contratada pela Cedae e, como há um contrato de confidencialidade, não poderia dar entrevistas. Já a Cedae informou que o balanço foi feito pela gestão anterior e que a atual só poderá se pronunciar após a reunião da Assembléia-Geral Extraordinária, dia 29 de fevereiro. O último presidente, Lutero de Castro, foi procurado mas não retornou.

16 fevereiro 2008

Conta Lucros Acumulados foi extinta?

A redação da nova lei contábil para a Lei 6.404 não deixa dúvida que acabou a conta de Lucros/Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido (clique aqui). Recebi um comentário afirmando que em outras partes da lei a conta ainda existe. E que a CVM iria regular sobre o assunto. Mas devemos lembrar que uma instrução da CVM não pode aumentar ou diminuir o alcance da lei.

Continuo achando que a conta acabou.

15 fevereiro 2008

Rir é o melhor remédio

E o blog Zé do Quiabo conta que o Lula convocou o ministro das Forças Armadas. "Tenho duas missões muito perigosas, você escolhe: 1) reunir 5.000 soldados para combater as Farc; 2) reunir os mesmos 5.000 soldados pra tirar o cartão corporativo da Marisa." "Já escolhi, quando partimos para a Colômbia?".


José Simão, Folha de S Paulo, 15/2/2008

Música: As mulheres mais ricas da música

Lista da Forbes:

* Madonna - $72 million
* Barbra Streisand - $60 million
* Celine Dion - $45 million
* Shakira - $38 million
* Beyonce - $27 million
* Gwen Stefani - $26 million
* Christina Aguilera - $20 million
* Faith Hill - $19 million
* The Dixie Chicks - $18 million
* Mariah Carey - $13 million
* Hilary Duff - $12 million
* Avril Lavigne - $12 million
* Martina McBride - $12 million
* Britney Spears - $8 million
* Carrie Underwood - $7 million
* Nelly Furtado - $7 million
* Fergie - $6 million
* Jennifer Lopez - $6 million
* Sheryl Crow - $6 million
* Norah Jones - $5.5 million


Fonte: Aqui

E Hannah Montana? Aqui a The Economist analisa este novo sucesso da Disney,

Música: A Economia Britney

Segundo Duff McDonald a economia Britney Spears possui um valor de $110 a 120 milhões de dólares.

A soma é a seguinte:
1. Valor anual para empresa de discos, promotores, licensiadores e outros = $30 a 40 milhões
2. Paparazzi = 4 milhões
3. Imprensa = 75 milhões
4. Kevin Federline (o ex-marido) = 1 milhão

As empresas em redor da cantora são: PepsiCo, Yahoo!, Elizabeth Arden, Starbucks, entre outras. Ela é uma mina de ouro e sua vida desperta muito interesse.

Os maiores clubes



O Real Madrid aumentou suas receitas em 20%, mas o Arsenal teve uma evolução maior (37%). Esta é a primeira vez que um mesmo país (a Inglaterra) possui 3 dos 5 maiores clubes. O Juventus, da Itália, perdeu o terceiro lugar (está em 12o.).

Fonte: Aqui

Governo Eletrônico



Onde o governo eletrônico funciona? O gráfico mostra num eixo o gasto como percentagem da economia e no outro o uso pelos indíviduos. Noruega e Holanda possuem uma melhor relação custo-benefício. Fonte: Aqui

Aquisição e fusão na Tecnologia

As maiores operações de fusão/aquisição no setor de tecnologia:

1. Time Warner/AOL = 181,6 bilhões de dólares
2. SDL/JDS Uniphase = 41 bilhões
3. Compaq/HP = 23,5 bilhões
4. Network Solutions/Verisign = 20,8 bilhões
5. Seagate/Veritas = 17,7 bilhões
6. Freescale Simiconductor/Private Equity = 17,5 bilhões
7. E-tek Dynamics/JDS Uniphase = 15,3 bilhões
8. Veritas/Symantec = 11,9 bilhões
9. TV Guide/Gemstar = 9 bilhões
10. PeopleSoft/Oracle = 8,9 bilhões

Fonte: Aqui

Fair Value é confuso?

O Iasb está estudando o termo "fair value" (valor justo). É o que informa o Financial Times. A seguir, o texto completo:

Concept of 'fair value' ignores stench of the real world.
By JENNIFER HUGHES
Financial Times - 14/2/2008 - Asia Ed1 - Page 16

What's in a name? Quite a lot when it comes to fair value accounting, it seems.

The International Accounting Standards Board has this week launched a confidential consultation on whether the rulemaker should drop the words "fair value" and instead use something more specific.

In a nutshell, fair value seeks to value assets and liabilities at their current value, rather than using the more traditional historic cost. Critics warn that the term implies there are willing buyers and sellers and can confuse investors when there is no trading and value is instead calculated using subjective "black box" models.

To many in the accounting world, fair value represents an attempt by ivory tower academics to shoehorn everything into a single neat methodology without regard for the messiness of the real world.

Anyone following the credit crunch will have heard about the struggles to accurately value illiquid instruments. This week AIG, the US insurance giant, announced almost Dollars 5bn of writedowns after it adjusted some of the assumptions it used to value certain securities linked to subprime loans.

Critics take the AIG example and ask just how reliable fair value is when simply changing the assumptions in a model can lead to such swings in value. Advocates claim that the current market value is more relevant to investors when making investment decisions. Leaving aside the trickiness of using historic cost on complex derivatives that have no initial cost, they say the question boils down to whether you'd rather trust management's potentially subjective view of the value, or an independent market price.

It is worth noting, too, that historic cost still allows for writedowns on impaired assets, so it is not unreasonable to assume at least a chunk of the current writedown woes would still be happening under the old basis of "lower of cost or market price".

Back to the IASB. The consultation is a quiet "field test" exercise among a select group of auditors, analysts and companies around the world about their interpretation of "fair value measurement". It is avoiding at all cost the wider debate on whether fair value should be applied in the first place.

Even with this limited scope, could the project defuse some of the current furore?

Part of the problem is that as fair value gets extended beyond assets with clear and liquid markets, what exactly constitutes market price is less clear. The US recently delayed plans to extend FAS 157, its fair value standard, beyond the realm of financial instruments after being warned that many had no idea how it would work in practice.

FAS 157 is based on a single definition - exit price, or the price at which you could sell the asset or liability. There is of course a buyers' view, or entry price, and in some cases the two can produce very different numbers. IFRS has elements of both.

When the IASB consulted on switching to a single US-style exit price interpretation back in 2006, the mere suggestion provoked an uproar. Which in turn suggests that responses to the current consultation will lean towards dropping the single term in favour of defining exactly what is meant.

Would a name change alter this debate?

On one level, it would remove critics' heartfelt complaints that it is implicitly hard to argue against something called "fair". It might also help investors and those outside the profession understand the concept.

But for the critics, I fear that which we call fair value by any other name will still stink as badly. There is a lot of mileage in this debate yet.

Cidade da Música

Um texto interessante do jornal O Globo analisa (ou tenta analisar) a Cidade da Música. A relação custo-benefício não está clara, conforme o texto enfatiza.

MP investigará os custos da Cidade da Música
O Globo - 14/2/2008 - 19
Luiz Ernesto Magalhães

O Ministério Público abre inquérito hoje para investigar os custos da construção da Cidade da Música Roberto Marinho, na Barra da Tijuca. Os promotores da Promotoria de Cidadania e Tutela Coletiva querem esclarecer como uma obra orçada pela prefeitura inicialmente em R$80 milhões já custa aos cofres públicos R$461,5 milhões (576% a mais) em construção, projetos e consultorias, como mostrou O GLOBO. Por sua vez, a oposição ao prefeito Cesar Maia na Câmara dos Vereadores se articula para instaurar uma CPI para investigar os gastos com o complexo.

— Queremos esclarecer com a prefeitura e o Tribunal de Contas do Município (TCM) como foram calculados os custos inicial e final do projeto — explicou o promotor Rogério Pacheco Alves.

A Secretaria municipal de Fazenda divulgou o edital de licitação com as regras para a concessão do espaço, marcada para 17 de março. A prefeitura fixou em apenas R$97 mil (0,02% do custo total da obra) o preço mínimo para transferir a Cidade da Música à iniciativa privada. O valor deve ser quitado numa única parcela, 25 meses após a concessionária tomar posse. Como fontes de receita a empresa terá, além das salas de concerto, três cinemas, lojas, café, restaurante e estacionamento com 738 vagas, cujas gestões podem ser terceirizadas. O valor mínimo equivale a R$323,33 por mês — quantia inferior ao preço mínimo cobrado pelo aluguel de uma quitinete na Barra (R$450).

O prefeito Cesar Maia diz que o valor fixado no edital tomou por base estudos de viabilidade econômica desenvolvidos por uma empresa de consultoria. O documento, porém, não foi divulgado. Cesar argumenta que os ganhos da prefeitura seriam indiretos, pois não terá que arcar com os custos de manutenção:

— O custo para a prefeitura seria de pelo menos R$12 milhões por ano. Não ter esse custo já é um pagamento de fato pela concessão — disse.

Os argumentos não convenceram o vereador Roberto Monteiro (PCdoB), que tenta reunir as 17 assinaturas necessárias para dar entrada amanhã com um pedido de CPI:

— A discussão sobre esses gastos tem que ser aprofundada. Não é possível enterrar R$460 milhões num projeto quando a cidade enfrenta sérios problemas com conservação e favelização.

Preços simbólicos também no Engenhão e no Riocentro

Esta não é a primeira vez que a prefeitura promove licitações com preços simbólicos. Em 2005, o Riocentro, que precisava sofrer adaptações para o Pan, foi transferido à GL Events, por 50 anos, por R$1,2 milhão. Na época, o argumento era que a prefeitura saiu ganhando por não ter que gastar R$69 milhões no local. Já o Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), que custou quase R$400 milhões, foi transferido por 20 anos para a Companhia Botafogo (que administra os negócios do clube) por R$36 mil mensais. A prefeitura também argumentou que a idéia era se desonerar dos custos da manutenção do complexo.

Segundo o edital de licitação, o candidato a explorar a Cidade da Música deverá comprovar experiência de três anos na execução ou administração de equipamentos culturais. Ao contrário do que a prefeitura vem divulgando, a cessão de espaço para a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), embora bastante provável, não é garantida no edital. Por questões legais, a prefeitura não poderia indicar uma orquestra para ocupar o local. As candidatas devem indicar a orquestra-residente, que terá de cumprir exigências. Entre elas, ter no mínimo 70 músicos e ter se apresentado pelo menos 50 vezes nos últimos sete anos. Outra exigência é ter um maestro com experiência internacional. No Rio, se enquadram nesta situação a própria OSB e a Orquestra Petrobras.

Em nota, a OSB informa estar avaliando os termos da licitação para estudar se participa da concorrência. Já a Orquestra Petrobras informou não ter planos de disputar a concorrência. Outra que se enquadra nas exigências é a Fundação Orquestra Sinfônica de São Paulo, que não tem interesse no espaço.

14 fevereiro 2008

Capa e Mercado


A foto é de Marisa Miller, modelo norte-americana, 1,73 m, 50 kg, 29 anos e capa da Sports Illustrated Swimsuit Issue deste ano. São dois objetivos da foto de Marisa.

Em primeiro lugar, a foto da capa de Marisa Miller significa que o mercado acionário norte-americano terá um bom desempenho em 2008. Nos últimos 30 anos, toda vez que uma modelo norte-americana foi capa desta revista a SP 500 teve um ganho de 13,9%. Quando foi uma modelo de outro país, inclusive do Brasil (1978) o ganho da SP é de 7,2% em 11 anos.

A série histórica está abaixo:


O segundo motivo de colocar a Marisa neste blog é óbvio, não?

Governança Corporativa

A seguir uma linha do tempo da Governança corporativa

Corporate Governance (A Special Report): Timeline --- From Teddy Roosevelt to Enron: How corporate governance has evolved over 100 years
The Wall Street Journal -R2 - 14/01/2008

1908: President Theodore Roosevelt criticizes the courts for interpreting the Sherman Antitrust Act narrowly, and urges more federal supervision of corporations.

1919: Dodge v. Ford Motor Co. establishes the legal principle that a corporate board must act to maximize shareholder value.

1924: Barnes v. Andrews says establishing mismanagement isn't enough to recover damages: The plaintiff must also show a director's actions caused a company's loss.

1933: In the wake of the stock-market crash of 1929, Congress enacts the Securities Act of 1933, the first major federal legislation governing securities sales. The act requires companies to provide investors with significant information regarding securities for public sale in order to make informed decisions.

1934: The Securities Exchange Act creates the Securities and Exchange Commission to monitor the nation's securities markets and industry; Joseph Kennedy is first chairman.

1940: The SEC recommends that corporate boards establish audit committees elected by shareholders at annual meetings.

1942: The SEC's Shareholder Proposal Rule requires firms to put shareholder resolutions to a vote.

1964: A U.S. Supreme Court ruling, J.I. Case Co. v. Borak, allows private citizens to sue companies to ensure compliance with federal proxy-statement rules. The rules require companies to disclose all important facts about director elections and other issues when soliciting shareholders for their votes.

1972: General Motors Corp. becomes one of the first American companies to establish a nominating committee to determine candidates for the company's board.

1973: The Financial Accounting Standards Board is founded. An independent group, it now sets uniform standards for private-sector financial accounting that are recognized as authoritative by the SEC.

1974: The SEC mandates that companies disclose whether they have a board audit committee.

1985: In Smith v. Van Gorkom, the Delaware Supreme Court finds that directors of TransUnion Corp. approved a merger in minimal time and weren't entitled to the legal benefits of the business-judgment rule, which shields directors from liability if their actions were informed, made in good faith, and in the corporation's best interest. Boards have since implemented higher standards of deliberation.

1987: TIAA-CREF sponsors dissident shareholder resolution against a "poison pill" provision at International Paper's annual meeting. It lost but was a watershed event in shareholder activism.

1992: General Motors CEO Robert Stempel resigns under board and shareholder pressure, leading more boards to oust underperforming CEOs.

1994: GM adopts influential governance guidelines, clarifying the board's role along with directors' selection, authority and evaluation.

2001: Enron Corp.'s bankruptcy and allegations of accounting fraud, conflicts of interest and destruction of evidence create pressure for new ways to prevent and detect corporate financial misconduct. Accounting scandals at WorldCom Inc. and elsewhere follow in 2002.

2002: The Sarbanes-Oxley Act sets standards for the audit process and other governance and compliance measures.

2003: The SEC approves changes to New York Stock Exchange and Nasdaq listing rules that require companies to adopt codes of conduct and make them publicly available, and to have key board committees composed solely of independent members.

2005: Shareholders lose a lawsuit against Walt Disney Co. involving a $140 severance package for Michael Ovitz, who served just 15 months as president. But the case shows investors are taking a tougher stance against directors.

2006: The SEC investigates more than 100 companies for potential abuses of employee stock options.

2007: Home Depot appoints David Batchelder to the company's board, one of a growing string of victories for institutional investors seeking to place directors on boards to facilitate policy changes.

2007: Gregory Reyes, former CEO of Brocade Communications Systems Inc., is convicted of fraud, filing false financial statements and other charges, in an options-backdating scandal.

-- Compiled by Suzanne Barlyn

O que significa o aumento de Estoque?

Quando uma empresa aumenta o volume de estoque isto pode significar duas coisas opostas. Por um lado, o aumento pode significar que a gestão da empresa está confiante no futuro e resolveu investir no ativo antes do aumento da demanda. O estoque anteciparia um aumento de receita. Por outro lado, o aumento pode significar que os clientes não estão satisfeitos com a empresa e o estoque representaria a baixa demanda. Como interpretar?

Observe que esta questão toca diretamente na questão da análise das demonstrações contábeis e sua dificuldade.

Os economistas têm usado a informação agregada de estoques para tentar entender a flutuação da economia. Pesquisas passadas já mostraram existir uma relação entre estoques e crescimento da economia. Por isto esta informação é analisada com bastante carinho na esperança de vislumbrar o comportamento da economia.

GM

GM anuncia prejuízo mas ressalta crescimento em emergentes
13/02/2008
Por Terry Kosdrosky
The Wall Street Journal, de Detroit

(...) Para o ano, a GM divulgou o maior prejuízo de sua história, US$ 38,7 bilhões, a maior parte por causa de uma despesa sem impacto de caixa de US$ 38,6 bilhões, para dar baixa contábil em créditos fiscais que não vai mais usar.(...)

A GM está oferecendo aos funcionários dois níveis de compensação para se aposentarem antecipadamente: US$ 45.000 para os da produção e US$ 62,500 para os especializados. Cerca de 46.000 dos 74.000 funcionários sindicalizados já têm 26 anos de serviço, requisito da empresa para se aposentar mais cedo. Aos restantes será oferecido entre US$ 70.000 e US$ 140.000, de acordo com o tempo de serviço.

O novo contrato da GM com o UAW permite que ela contrate novos funcionários a um salário mais baixo e com menos benefícios. A redução do custo trabalhista é vista como um fator essencial para a GM conseguir competir com montadoras estrangeiras que têm produção nos EUA mas não têm acordos com sindicatos, entre elas a Toyota e a Honda.

Valor justo e crise financeira

A crise financeira atual pode ser um teste para a contabilidade pelo valor justo. É o que afirma John Plender, colunista do Financial Times. A questão da dificuldade de avaliação, os atritos entre auditores e administração e a volatilidade dos lucros são lembrados.

Financial crisis presents a test for fair value accounting.
By JOHN PLENDER
Financial Times - 13/02/2008 - Asia Ed1 - Page 22

Is fair value accounting a blessing or a curse in a financial crisis? On the face of it, an approach whereby assets and liabilities are marked to market looks logical when the emphasis of the banking system has shifted from deposit taking and lending to providing credit via securities markets. IOUs can be easier to value than bank loans. And the resulting transparency should be helpful in facilitating transactions at times of heightened risk and low confidence.

That is precisely what is needed now, when markets in complex pieces of paper have seized up. For if assets can be priced realistically, trading can resume. Yet in practice, fair value accounting appears not to be delivering on its promise to help mitigate systemic risk. The problem arises over illiquid assets.

The US Financial Accounting Standards Board has introduced a "three bucket" taxonomy to categorise marks to market. Bucket number one is for assets that have observable market prices. Bucket number two is for less frequently traded securities that can be priced by reference to similar assets. Bucket three is for the dregs - assets with "unobservable inputs" where value is based on management assumptions. A great deal of recent credit market innovation is dumped here.

Because of the subjective nature of this last category, the scope for friction between management and auditors at the end of the year is great. The risk is that auditors, worried about their liability, will bludgeon management into adopting assumptions that are close to fire sale valuations. Yet if assets are marked down excessively, the solvency of the financial system could be eroded. Regulators are nonetheless egging on auditors, adding to the pro-cyclical impetus in an already extreme downturn.

A consequence is that earnings volatility is being increased substantially - witness the recent numbers from MBIA, the monoline insurer. Marking financial instruments to market threw up a pre-tax loss of Dollars 3.5bn. Yet MBIA expects to incur actual losses of only Dollars 200m of this, believing that the bulk of the loss will reverse over the life of the insured credit derivatives.

As Christopher Whalen of Institutional Risk Analytics points out, bond insurance is not like a credit default swap contract, where the obligor must immediately compensate the covered party for the full principal amount of the loss. It merely requires the underwriter to guarantee timely interest payments and the eventual payment of principal on maturity, which may be years later.

Fair value, then, is swings and roundabout accounting. It is also remote from cash. And because it requires liabilities to be revalued as well as assets, a decline in the creditworthiness of a bank can, bizarrely, throw up profits.

It used not to be like this. In the Latin American debt crisis of the 1980s, the world's biggest banks would have been insolvent if their loan books had been valued realistically. But to stave off runs on banks by uninsured wholesale depositors in the protracted period needed to rebuild bank capital, the authorities allowed loans to remain at book value on bank balance sheets.

Provisioning against loans was progressive, permitting capital ratios to be maintained. The auditors played along with the fudge. They did the same in relation to property values in the British fringe banking crisis of the 1970s.

This policy of regulatory forbearance would theoretically be possible today. Illiquid assets that are now plopping into the accountants' third bucket could be kept on bank balance sheets at book value until maturity. But forbearance carries the risk of moral hazard.

After the Latin American debt crisis, the banks' depleted credit ratings and higher capital costs gave them a higher cost of funds relative to corporate clients. So the clients went direct to the markets for funds, cutting out the banking middleman.

As securitisation thus became a mainstream phenomenon, the banks had to take bigger risks if they were to grow as shareholders demanded, which sowed the seeds of the next property-related banking crisis.

So there is no perfect solution. Fair value is just another fudge.

Efeito manada

Em momentos de crise, a questão da racionalidade (e o contraponto das finanças comportamentais) são utéis para entender o que aconteceu. Estudar efeito manada e como os indivíduos são levados para uma situação de excesso de otimismo é importante e ajuda a entender o que ocorreu. O artigo a seguir mostra um pouco desta visão:

O contágio do passado na decisão de aplicação
Aquiles Mosca
Valor Econômico - 13/02/2008

"Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura". Apesar de simples, a frase de alerta que acompanha os prospectos dos investimentos parece lutar em vão contra ao menos três tendências comportamentais. Para a maioria dos investidores, uma aplicação, independentemente de seu risco, parece mais atraente quanto maior o retorno apresentado no passado recente, a despeito de qualquer aviso que o regulador determine obrigatoriamente.

Estudos indicam que as expectativas que formamos em qualquer situação que exija avaliação em condição de incerteza são, em grande parte, uma extrapolação do que foi observado no passado recente. Isso vale para circunstâncias que envolvam um futuro incerto, como previsão do tempo ou a performance de aplicações.

Bange (2000) demonstra em um estudo para a Associação Americana de Investidores Individuais que não apenas o aplicador extrapola para o futuro a performance passada, mas também há a tendência de aumentar a parcela de sua carteira em ativos que tiveram retornos atraentes no passado. Assim, quanto mais o mercado sobe (como visto no Brasil entre 2003 e 2007), mais os investidores ficam otimistas com a performance esperada das aplicações de risco, aumentando ao mesmo tempo sua exposição em tais mercados. Em um cenário de baixa (como o atual), observamos o efeito inverso. Ao portar-se de tal forma, o aplicador acaba executando para a carteira o inverso do que é recomendado, isto é, compra ativos que estão em alta (compra caro) e vende os que estão em queda (vende barato).

O investidor que se comporta dessa maneira é denominado "momentum investor", ou aquele que crê, conscientemente ou não, na continuidade dos movimentos do mercado. Há também os chamados "contrarian investors", que crêem na reversão das tendências.

Estudo da Universidade de Yale (Dhar e Kumar 2001) buscou identificar qual grupo é predominante, usando uma amostra de 41 mil investidores do mercado de ações americano. Fica claro no estudo que a performance observada entre uma semana e três meses é o principal fator que atua na tomada de decisão. O número de investidores que age no sentido oposto à tendência corrente é 25% inferior ao dos que se deixam levar pela tendência observada. O estudo foi repetido em mercados emergentes e revelou a mesma conclusão, mostrando que o efeito "momentum" é mais significativo em ativos com performance extrema, como no mercado acionário.

Observando os dados relativos a investimentos de pessoas físicas no mercado de fundos de ações no Brasil em 2007, temos forte evidência do fator "momentum" nas decisões dos investidores. Por exemplo, as aplicações em fundos Vale, que em média renderam 84% em 2007, ante 44% do Ibovespa, lideraram o fluxo de investimentos em fundos de renda variável no ano passado, totalizando 50% do total investido em fundos de ações nesse ano. Em contrapartida, a média dos fundos de ações após três meses de performance negativa, entre novembro e janeiro, passou a sofrer saques líquidos. Não por coincidência, no mesmo período os fundos DI, seguros e em terreno positivo, voltaram pela primeira vez em 12 meses a receber ingressos líquidos.

Observamos em momentos como o atual uma tendência dos agentes de inferir que a realização observada ontem tende a continuar. Basta ler nos jornais a avaliação de analistas para confirmar esse fenômeno. Isso equivale a prever o futuro com base no passado, a chamada "representatividade" na teoria financeira comportamental. Esse fator é acentuado pela ampla divulgação na mídia dos estragos sofridos pelo mercado. Tal disseminação recebe o nome de "saliência" na teoria comportamental e refere-se à grande disponibilidade de informação relativa a um fato e ao peso que essas informações, salientes para o investidor, têm na formação de expectativas e na tomada de decisão, sendo o principal combustível do efeito contágio.

O componente final que define o comportamento do investidor refere-se à necessidade que os agentes têm de agir em conformidade com o grupo. Se todos estão vendendo, também tendemos a vender e vice-versa. Afinal, errar em companhia da maioria é menos desgastante. Esse é o principal combustível do efeito manada, que tende a acentuar o efeito contágio e a magnificar a amplitude de variação dos preços, realimentando o processo e definindo a direção do fluxo de recursos para os ativos.

Ante essas tendências, alertar o investidor que "rentabilidade passada não garante rentabilidade futura" é tão útil quanto dizer a uma criança com um chocolate que comer doce antes da refeição estraga o apetite. O pai cumpre com seu dever de zelar pela nutrição, a criança come o doce de qualquer jeito e, se der dor de barriga, o pai pode dizer com toda autoridade: "Eu bem que avisei!"

Enviado por Ricardo Viana

13 fevereiro 2008

Rir é o melhor remédio


Um novo uso para o Post-it

Uma revolução silenciosa na contabilidade

Uma revolução na contabilidade está sendo preparada pelo Fasb. A proposta irá mudar radicalmente o formato das demonstrações, contemplando os seguintes itens:

a) Mudança no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado para permitir a existência de três categorias já usadas no fluxo de caixa (operação, financiamento e investimento). Uma das conseqüências é que a DRE será muito mais detalhada (ou mais complicada)

b) Acaba o lucro líquido - a proposta é omitir o lucro líquido da DRE. Um membro do Fasb chegou a afirmar que "se o lucro líquido permanecer, isto significará que nós falhamos". Na realidade, a DRE terá novos subtotais. Entretanto, existe a discussão sobre a possibilidade da empresa fornecer a informação necessária para que cada pessoa possa calcular o lucro líquido da empresa.

c) Fluxo de caixa pelo método direto - Atualmente é opcional a escolha do método e a maioria escolhe o método indireto. Haveria a obrigação do método direto, que pode ser muito mais trabalhoso e complicado para certos tipos de empresas. Existe uma proposta do uso de um método híbrido (já em uso na Austrália e Nova Zelândia)

d) Conciliação entre o fluxo de caixa e a DRE, contemplando itens como "fluxo de caixa que não afeta o lucro".

e) Detalhamento maior nas operações de empresas que atuam em mais de um setor.

Uma pesquisa entre executivos mostra, no entanto, resistências: 17,2% são favoráveis a mudança no formato; 35,3%, possivelmente e 44,8% não. A maioria (66,4%) é contrária a eliminação da linha do lucro líquido, assim como a exigência do método direto (67,3%).