Translate

25 outubro 2007

Volks e Comunidade Européia

Baixa Saxônia fica com menos poder na Volks
24/10/2007 - Stephen Power e Carolyn Henson - The Wall Street Journal, de Frankfurt e Bruxelas

(...) A decisão da Corte Européia de Justiça de derrubar a "Lei Volkswagen" da Alemanha representa uma vitória para as autoridades do mercado da União Européia num debate sobre até que ponto os países-membros deveriam ter liberdade para proteger empregadores importantes contra aquisições hostis.

O veredicto na prática reduz a influência do segundo maior acionista da Volkswagen, o governo de seu Estado-sede, a Baixa Saxônia. Durante anos, a lei alemã impediu que qualquer acionista tivesse mais de 20% dos direitos de voto na companhia, independentemente do tamanho de sua participação acionária. (...)

Mas nos anos recentes a Comissão Européia, braço executivo da UE, tem tentado eliminar nos países-membros leis que protegem empresas contra aquisições hostis, sob o argumento de que essas medidas inibem o livre fluxo de capital. Ontem, o tribunal concordou, concluindo que a lei alemã permite que a Baixa Saxônia "exerça influência considerável sobre os assuntos da Volkswagen a partir de um nível mais baixo de investimento do que seria necessário sob a lei geral" e que "essa situação acaba por deter investidores diretos de outros Estados-membros". (...)

No longo prazo, analistas crêem que o veredicto vai encorajar a Porsche a pressionar a diretoria e trabalhadores da Volks por cortes de custo e ganhos de produtividade. A decisão também poderia estimular a Porsche a aumentar sua fatia — hoje em torno de 31% — para garantir maior acesso à maior escala de compra e tecnologia da Volks. As vendas anuais de cerca de 6 milhões de veículos da Volks são 60 vezes maiores que as da Porsche.

24 outubro 2007

Preocupação com oligopólio na auditoria

La Comisión Europea sigue una nueva pista para intentar facilitar la aparición de nuevos rivales en el mercado internacional de la auditoría de las grandes empesas cotizadas. El objetivo es paliar la concentración del sector en los cuatro grandes: KPMG, Ernts & Young, PwC y Deloitte. Bruselas hizo público ayer un estudio independiente que analiza los pros y los contras de darle un vuelco a la reglamentación actual sobre propiedad y control de estos grupos.


Bruselas estudia desregular control y propiedad de las auditoras
Antonio León - El Economista - 24/10/2007 - Página 22

Preço de Transferência

Preço de transferência leva múltis à Justiça contra o Fisco
Adriana Aguiar - DCI

As empresas com coligadas em países que mantêm tratado com o Brasil contra a bitributação encontraram na Justiça uma forma de driblar o pagamento do preço de transferência sobre as margens fixas. Com a alegação de que os tratados internacionais são hierarquicamente superiores às leis de um País, uma empresa conseguiu no Tribunal Regional Federal da 3ª Região o direito de calcular o seu preço de transferência baseado em valor de mercado, como é feito na Alemanha, onde fica a coligada.

(...) O Brasil é o único País que mantém margens fixas para o pagamento de preço de transferência. O País prevê 20% do preço de revenda. Com exceção de manufaturas e beneficiamento de bens, com uma alíquota de 60%. Segundo Chapinoti, as empresas acabam pagando mais imposto de renda do que pagariam se fosse usado o preço de mercado.

(...) A Receita Federal não tem admitido o uso de outro método para o cálculo de transferência e autua todas as empresas que estão em desacordo com o cálculo estabelecido pela Lei n° 9430/96 e pela Instrução Normativa n° 243.

Irônico, não?

Segundo notícia publicada ontem (aqui), a Bovespa Holding terá que mudar sua oferta de ações (IPO), dando dois dias para os investidores que fizeram reserva de ações para desistir, diminuir ou aumentar seu pedido.

Isto foi uma exigência da CVM diante do fato de que os bancos que participam do lançamento da ação teriam fornecido informações adicionais a investidores.

No prospecto preliminar, a faixa de preço estimada inicialmente pelos bancos coordenadores era entre R$ 15,50 e R$ 18,50. A nova faixa deve ficar entre R$ 19,00 e R$ 23,00. Os novos valores devem ser alterados nesta terça e comunicados ao mercado. A nova faixa de preços é reflexo da alta demanda pelas ações da Bovespa.

Empresa transnacional



Da revista The Economist (Transnational companies, Oct 18th 2007)

A Thomson, uma empresa da área de comunicação, é a firma mais transnacional do mundo, conforme o 2007 World Development Report from the United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD). Este índice é obtido através da média dos ativos, vendas e empregados que estão localizados no exterior.

23 outubro 2007

Ensino à distância

Terminei minha atividade como coordenador do módulo de contabilidade do curso a distância de administração da UnB. É uma experiência interessante e rica, que mostrou os desafios deste tipo de ensino.

O processo de comunicação com o aluno é mais complexo e exigente. Por isto, estimo que no ensino a distância o nível de exigência para o professor seja pelo menos duas vezes maior que no ensino presencial. (Fiquei pensando como uma instituição de ensino pode ter mais de cem mil alunos a distância? Isto é outro assunto, mas isto ajuda a explicar a desconfiança que temos deste tipo de ensino.)

O mais importante é que esta é uma alternativa para incluir o aluno. Nas palavras de Matias-Pereira, o coordenador do curso de Administração da UnB:

A EDUCAÇÃO a distância (EAD), na sua essência, é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional. Disponibilizada, em geral, para um grande número de pessoas, essa forma de ensino substitui a interação pessoal entre professor e aluno na sala de aula pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e de organização e tutoria que propiciam a aprendizagem autônoma dos estudantes.

Nova crise?

No aniversário do Black Monday (a segunda-feira que representou a crise da bolsa de 1987), este endereço pergunta se é possível ocorrer novamente.

Se os retornos dos mercados estiverem distribuídos normalmente (ou seja, através da distribuição normal) a resposta seria não. Um queda de 22,6% no mercado norte-americano é um evento de 18 desvios ou uma vez dentro da história do universo.

O problema é que os retornos provavelmente não seguem uma distribuição normal. Já se comprovou que nos extremos a curva da distribuição dos retornos do mercado acionário é mais "gorda" que a curva normal. É o que os especialistas chamam de "fat tail".

Fazendo negócios no Brasil

Ser empresário no Brasil não é fácil. Os relatórios apontam para dificuldades de abrir uma empresa, conseguir uma autorização da burocracia etc. Um relatório do Banco Mundial faz uma análise comparativa, e a posição do Brasil é muito ruim. Clique aqui para ter acesso. E aqui numa planilha Excel. Aqui, os links via Financial Times.

Propaganda brilhante


Fonte: Aqui

A importância da Máfia na Itália

Um relatório, divulgado nos jornais, mostra a importância da máfia na economia da Itália. Segundo o New York Times (Organized Crime Takes Lead In Italian Economy, Report Says, Peter Kiefer, 23/10/2007, p. 14), o crime organizado é o maior segmento da economia italiana, movimentando mais de 127 bilhões de dólares.

Usury represents the most lucrative activity by organized crime, with syndicates taking in $43 billion while racketeering brings in $14 billion, the report estimated. Illegal construction nets about $19 billion.

The report says 80 percent of the businesses in the Sicilian cities of Catania and Palermo regularly pay protection money, known as ''pizzo.''



Já o jornal Las Provincias (Cuatro grupos de la Mafia controlanel 7% de la economía en Italia, Íñigo Domínguez, 23/10/2007) informa que

Unos 160.000 empresarios pagan el impuesto mafioso en el sur del país

No es nada nuevo, pero conviene recordarlo: la Mafia o, mejor dicho, las cuatro mafias italianas –Cosa Nostra siciliana, Ndranghetta calabresa, Camorra napolitana y Sacra Corona Unita de Puglia, una por cada región del sur– son la primera empresa del país por volumen de negocio, 90.000 millones de euros, el 7% del PIB. (...)

Sus 86 páginas son un llanto sin fin, inverosímil para un país de la UE. La economía básica de la Mafia es el pizzo, el impuesto mafioso. Sirve para los gastos ordinarios y para mantener a las familias con parientes encarcelados. Por eso sube cada vez que hay redadas. Unos 160.000 empresarios lo padecen como un gasto más, casi todos el sur, endémico agujero negro de la economía italiana. Seis décadas de gobiernos caóticos e inversiones millonarias volatilizadas no lo han solucionado y la questione del Mezzogiorno es retórica fija en cada campaña electoral.

(...) Por poner un ejemplo, en Nápoles la Camorra domina el comercio de leche, pan y café. En la región hay unos 2.500 hornos panaderos ilegales. (...) Otro aspecto que siempre impresiona es el de la usura: muchísima gente acude a la Mafia en vez de a los bancos si necesita un préstamo. Son 150.000 los comerciantes con familias pobres y pequeñas empresas que se endeudan, con intereses del 10%. Otro aspecto exótico es el del ocultismo: en un país tan supersticioso hay unos 22.000 magos que mueven 5.000 millones.

Profissão contábil nos próximos 20 anos

A Accounting Today fez um artigo com a tendência da profissão contábil para os próximos 20 anos. O principal ponto que irá influenciar a profissão será a inovação tecnológica. Clique aqui para ler

Aqui, um retrospecto dos últimos 20 anos.

Leilão e capital aberto

Vencedor de leilão no rio Madeira terá de manter capital aberto
Valor Econômico - 23/10/2007

A sociedade montada após o leilão da usina Santo Antônio, primeira das duas hidrelétricas do rio Madeira, deverá fazer uma oferta pública de ações e manter capital aberto. Também precisará seguir regras de governança corporativa que restringem o poder de construtoras e fornecedores de equipamentos nas decisões societárias. Essas determinações estão em portaria do Ministério de Minas e Energia com as diretrizes finais para o edital de licitação da usina. (...)

22 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Boston, Estados Unidos, dezembro de 1994: Winston Treadway decide roubar duas lagostas vivas do tanque de um supermercado, escondendo-as nos bolsos de suas calças. O incauto assaltante só não contava com a resistência das lagostas. Segundo os relatos médicos da época, a conseqüência do roubo foi uma espécie de "auto-vasectomia". Winston, (in)felizmente, jamais terá filhos.

Fonte: Os criminosos mais estúpidos do mundo

Diversos

Acidentes estranhos. Aqui um avião de uma empresa aérea conhecida.



As piores capas de álbuns. Aqui, Duduca e Dalvan

Novo indicador

A revista Forbes traz uma reportagem sobre um indicador de previsão denominado F ("F Is for Fudging; Want to spot weak accounting before there is an embarrassing restatement? Fabulous earnings and a goodwill-rich balance sheet are a good place to start, de Daniel Fisher, Forbes, 29/10/2007, v. 180, n. 9).

Este indicador foi criado por pesquisadores norte-americanos a partir da observaçãoade problemas contábeis ocorridos com empresas daquele país. A pesquisa foi realizada por Patricia Dechow e mais três colegas e consistiu na obtenção de um algoritmo que pudesse verificar se a empresa fez algo errado na sua contabilidade.

O índice mostra sensível para empresas que cresceram muito em termos de ativo, que pode ser considerado um padrão de eficiência, mas também de desastre.

Dechow's research doesn't purport to show that any of these companies are manipulating earnings. What it suggests is that they deserve a closer look. One key signal: the simultaneous occurrence of rising cash sales and a cash margin rate that is falling. "Cash sales" here means revenue minus the increase in accounts receivable. For "cash margin" you subtract from cash sales the sum of the cost of goods sold and the increase in inventory, and divide the result by cash sales. A confluence of these two trends could mean the company is extending credit to customers to make sales and building excess inventory. Enron displayed this combination in 2000.

The F-formula also penalizes companies with fast-rising stock prices that trade at high multiples of book value, perhaps because managers of such companies feel pressed to continue their winning streak. It penalizes them for goodwill that rises faster than cash revenue.

(...) Dechow's research builds on more than a decade of studies into so-called accruals, that being a catchall term to describe the divergence of book profits and cash results. A company piling up inventory and receivables, or capitalizing its expenses, can report terrific book profits at the same time that its bank account dwindles and it verges on bankruptcy. Apart from causing a liquidity problem, a rise in accruals suggests that managers are stretching the rules of accounting to report rosy results. Dechow's husband, Richard Sloan, whom she met at the University of Western Australia in the late 1980s, wrote some of the earliest papers showing that high-accrual firms tend to have lower stock returns.

(...) For their latest study Dechow and her colleagues broadened the search past accruals to include 27 variables they thought might predict earnings puffery. They identified 411 firms that had been sanctioned by the sec for manipulating at least one account between 1982 and 2005, and with some statistical analysis came up with the F-score, which, they say, reflects the odds a company will join those 411. One weakness in this kind of scoring is that companies may already be manipulating their way around it. If managers now know their stock will be penalized for high accruals, they may massage cash flow instead.

Revista

Recebi o número 24 da Revista Brasileira de Gestão de Negócios, publicada pela FECAP. A RBGN está muito bonita, com uma ótima apresentação, e bons artigos. Achei particularmente interessante o artigo Custos de Transação e Estrutura de Governança no Setor Público, de Úrsula Dias Peres:

"conluímos que, em determinadas situações, pode ser vantajoso criar organizações mais protegidas da política, como autoridades públicas e fundos com recursos vinculados."

Consignado e risco

O empréstimo consignado é aquele onde o valor das parcelas é descontado diretamente na folha de pagamento do funcionário. Em geral é um tipo de empréstimo com baixo risco. Mas não em alguns estados, conforme revela o Valor de 22/10/2007:


Alguns estados criaram um novo risco para as carteiras de empréstimos consignados: simplesmente descontam os recursos da folha dos servidores e não repassam o dinheiro aos bancos. A irregularidade ocorreu em Alagoas, Piauí e Rio de Janeiro, começando nos últimos meses de 2006. Agora, os estados negociam o pagamento dos atrasados com os bancos. Alagoas está na pior situação: o último governo não repassou R$ 40 milhões em parcelas de consignado que venciam entre maio e novembro de 2006, e até agora não há uma proposta firme de renegociação. (...)
Estados descontam consignado e não repassam a bancos
Valor Econômico -22/10/2007

20 outubro 2007

Rir é o melhor remédio

Depois de uma longa enfermidade, a mulher morre e chega à porta do céu. Enquanto espera por São Pedro, ela vê através das frestas seus pais, amigos e todos os que haviam partido antes dela, sentados em uma mesa, desfrutando de um banquete maravilhoso. Quando São Pedro chega, ela comenta:
- Que lugar tão lindo! Como faço para entrar?
Eu vou dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, entras; se errares, vás direto para o inferno -respondeu São Pedro.

- Ok, Qual é a palavra?

- AMOR - disse São Pedro. Ela a soletrou corretamente e entrou no céu.

Um ano depois, São Pedro pediu pra que ela vigiasse a porta. E nesse dia, para sua surpresa, apareceu ele que fora seu marido.
- Olá, que surpresa! - disse ela- Como estás?
- Ah, tenho estado muito bem desde que faleceste. Me casei com aquela bela enfermeira que cuidou de ti, ganhei na loteria e fiquei milionário. Então vendi a casa onde vivíamos e comprei aquela mansão no bairro alto que tu sempre admiraste. Viajei com minha esposa pela Europa, Ásia e Oceania. Estávamos de férias nos Alpes Suíço justamente quando decidi esquiar. Caí..., o esquí bateu na minha cabeça e aqui estou.
E diga-me. Como faço para entrar, querida?

- Eu vou lhe dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, podes entrar. Se não, vás direto para o inferno.
-respondeu ela.

- OK -disse ele - Qual é a palavra?

- SCHWARTZENEGGER

Enviado por Matias

Valor Justo

Abaixo, um artigo publicado na Accountancy, com alguns pontos interessantes sobre o valor justo. O Grifo é meu.

Financial Reporting - Fair value - Bring back Prudence.
8 October 2007 - Accountancy - 76

Fairness is a judgment, not a description; in our discussion of valuation in financial reporting we set aside the rhetorically loaded 'fair' value in favour of the neutral 'current' value. The 'fair' label discourages discourse by implying that its critics favour 'unfair' accounting.

Discussions of fair value accounting have focused on two issues: the decision usefulness and stewardship functions of accounting. We discuss both and show that current valuation is no better than other valuation methods in serving either of these two goals; in some respects it is worse. It may also undermine the reliability of the audit opinion.

The usefulness of current values for making investment decisions is a simple and straightforward statistical argument: if a company's resources are valued more accurately, decisions based on more accurate data would be better. Since value of resources tends to change over time, historical numbers associated with resource acquisition transactions tend to become obsolete with the passage of time, thus creating price movement inaccuracies. Other things being equal, current values should provide more accurate data and therefore be a better basis for making investment decisions.

Other things are not equal

However, other things are not equal. Current values of some resources can be determined with precision, especially if they are standardised, and traded in liquid markets. Steel girders, food grains, automobiles and treasury bonds are examples of such resources. Financial reports based on current prices of such liquid resources (adjusted for their small transaction costs) serve the decision-making function well. The case for current value accounting is based on such resources.

If all resources belonged to this 'liquid' class, the decision-usefulness argument for current values would be quite reasonable. Unfortunately, this is not so in most companies, industries, or the economy as a whole. Most resources are not so liquid, and their current values are subject to estimation or guesswork that introduces varying degrees of inaccuracy in the current numbers, thus creating price measurement errors.

Whether current values are more useful for making decisions depends on the relative magnitudes of the two kinds of errors: movement errors arising from ignoring the changing prices; and measurement errors arising from the imperfections in the markets from which current values are determined. Price instability (for example, inflation, demand or technological change) contributes to movement errors while market imperfections contribute to measurement errors.

When movement errors are large relative to measurement errors, current values are better for decision-making; when the reverse is true, the use of current values results in worse decisions.

Price volatility, and therefore the magnitude of movement error, varies by resource, company, industry, economy and over time. Similarly, market imperfections, and therefore the magnitude of measurement error, also vary by resource, industry and economy. Whether current valuation yields a better basis for making decisions would depend on the specific circumstance; it is not possible to establish their general superiority or inferiority for this purpose. Yet, the standard-setters have chosen to make current values the new basis of accounting for all resources, companies and industries, ignoring the absence of logical or evidentiary basis for its superiority for making decisions.

Stewardship problem

Besides the statistical problem of identifying the circumstances in which current values do and do not serve as a basis for making better investment decisions, there is a stewardship problem.

Shareholders entrust managers with their investment in companies to be run for their mutual benefit. They expect a higher rate of return for themselves by rewarding managers efficiently to deploy their skills in conjunction with capital. What kind of financial reporting arrangement between the owner and manager better serves the interests of both?

When the shareholder cannot know whether or not the financial reports from the managers are factually correct, the possibility of manipulation by the managers of inaccurate valuations made in good faith, reduces the confidence of the shareholder in both the financial reports and in the managers. Absence of trust leads to precautionary moves, which render the relationship less productive to both.

Undermining the audit

Given the measurement errors associated with current values of most resources, their blanket use in financial reporting is a prescription for poorer stewardship and accountability of managers. It may also undermine the value of audit, a key function in reinforcing capital markets' confidence in financial reporting.

The International Accounting Standards Board and the US Financial Accounting Standards Board's proposed conceptual framework for financial reporting is a model of relevance, faithful representation, neutrality, completeness and comparability. It has moved away from reliability and conservatism. Substance over form is subordinated to faithful representation.

When a market mis-prices securities, such as during the dot.com boom and the subprime mortgage market, accounting reports based on current values reflect inflated prices and tend to support, or even reinforce price bubbles.

Audit is an important subset of financial reporting and depends heavily on the quality of the reporting standards. Going forward, auditors may report that current value financial statements are in compliance with GAAP under its conceptual framework. If there are publicly available market prices, the auditor may verify that current values faithfully represent market values but that value may not be neutral or comparable with others. Absent availability of prices from liquid markets, the auditor becomes more dependent on managers' judgment and assurances about the values of some assets. Auditors may find themselves having to express an opinion on a mark to model estimate, which US pundit Warren Buffett has suggested may become mark to myth.

Because current value information may lack reliability, the level of assurance an auditor can offer on current value financial statements will be lower and the value of the audit to shareholders may be diminished.

Under a stewardship regime as in the UK, shareholders may well prefer an audit carried out under a true and conservative accounting model that gives primacy to substance over form and provides the opportunity to apply judgment to override distortion.

If the subprime bubble does nothing else, it questions whether accounting should simply reflect bubbles or should help bring restraint into financial reporting. Without truth, fairness and conservatism, it will be more difficult for shareholders to assess the stewardship of managers. It is still not clear whether, under the 2006 Companies Act, true and fair will return as it was before International Financial Reporting Standards or will remain subordinated to it.

How does a current value balance sheet, when some such values cannot properly be substantiated, contribute to adequate assessment of future cashflows for decision- making? We should invite our old friend Prudence back to financial reporting and auditing. We miss her, and under fair value accounting, so will the auditors.

False prophets

We have consistently maintained that there is no one answer to the world's accounting dilemmas. All accounting is defective and will continue to be defective as long as business activities and behaviours continue to change. Standard-setters may believe that they have found the holy grail. However, like The Da Vinci Code, the proposed answer remains unconvincing. We should eschew monopoly in accounting and allow alternative sets of standards to compete to attract a following in the marketplace rather than persist with a model that supports false prophets.

- Stella Fearnley is professor of accounting at Bournemouth University. Shyam Sunder is James L Frank professor of accounting, economics and finance at Yale School of Management.