Foram premiados os economistas Eric Maskin, Roger Myerson e Leonid Hurwic na área de design theory. Os ganhadores não estavam entre os favoritos (
aqui).
Aqui a justificativa da Academia Sueca.
Aqui, um resumo da reação dos blogueiros.
O trabalho foi importante na recente crise financeira dos Estados Unidos (
aqui).
Aqui ,
aqui e
aqui links sobre a obra dos economistas premiados.
A Agência O Globo apresentou a seguinte notícia sobre os ganhadores:
Nobel para a arte de negociar
Luciana Brafman e Fabiana Ribeiro*
A teoria que rendeu aos americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson o Prêmio Nobel de Economia de 2007 não é fácil “de ser explicada para sua avó”, segundo um dos mais populares sites sobre economia, o Marginal Revolution. Desconhecida do grande público e até de muitos economistas, a teoria do desenho de mecanismos pode ser traduzida em aplicações práticas no dia-a-dia das pessoas, ao examinar a eficácia da alocação dos recursos pelos diferentes agentes econômicos em uma negociação e avaliar se a intervenção governamental é necessária.
Com base na teoria dos jogos e em incentivos que levam os participantes de uma negociação a dizerem a verdade sobre suas intenções, o estudo foi desenvolvido em separado pelos pesquisadores. Eles dividirão um prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US$1,57 milhão). A Academia Sueca de Ciências explica qual a importância da teoria:
“A clássica metáfora de Adam Smith sobre a mão invisível se refere a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados, e a produção e o consumo desejáveis privadamente podem gerar custos e benefícios sociais”.
Os estudos de Hurwicz, Maskin e Myerson levaram ao desenho de modelos matemáticos que permitem entender como é a tomada de decisões na vida real, levando-se em conta, inclusive, que as pessoas mentem sobre suas intenções e motivos.
— É uma economia posta na prática. E, com isso, permite criar situações para regulamentações, contratos, leilões, concessões. Já há modelos regulatórios que têm como base essas teorias — disse Aloisio Pessoa de Araújo, professor da Fundação Getulio Vargas. (...)