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05 janeiro 2019

Resenha: série O Homem do Castelo Alto


O Homem No Castelo Alto é uma série do Prime Vídeo, da Amazon. A obra envolve realidade adaptada e mostra o mundo caso os nazistas tivessem ganhado a 2ª guerra mundial. A inspiração veio do livro de Philip K. Dick, também responsável por Minority Report e O Vingador do Futuro. O encarregado pela adaptação é ninguém menos que Ridley Scott, o diretor e produtor britânico por trás de Alien, Blade Runner, Gladiador, Perdido em Marte, e também da série The Good Wife.

Eu demorei para começar a assistir porque achei uma premissa um pouco pesada. E realmente é! É por um lado um pouco pesada, mas também é criativa, inteligente e tão bem-feita que vale o sacrifício. Há uma mistura de ficção histórica, com ficção científica, distopia e romance.

A história se passa 15 anos após as Potências do Eixo derrotarem os Aliados na Segunda Guerra Mundial. A Costa Leste dos Estados Unidos está sob o controle da Alemanha, enquanto a Oeste foi cedida aos japoneses. Entre as duas há uma zona neutra.

A saga traz uma espécie de Guerra Fria entre os dois vencedores, com direito a espiões, uma resistência e rolos de filmes que mostram versões diferentes para o fim da guerra, produzidos por um tal de homem do castelo alto.

Vale a pena? Sim, caso você goste do gênero. Atualmente já é uma série premiada e está com 8,1 na classificação IMDb.

Informação importante

Quando uma empresa deve fazer um comunicado importante ao mercado? Esta é uma dúvida importante. Apesar das empresas divulgarem informações trimestrais, muitos fatos ocorrem entre a data de divulgação de um trimestre em relação ao outro. Nestas situações, a empresa deveria usar um comunicado oficial ao mercado para divulgar informação importante.

Entretanto, muitas informações terminam sendo divulgadas de foram inadequada. Este parece ter sido o cado da Tesla. Ninguém tinha uma real imagem da empresa até que o seu executivo, Elon Musk, concedeu uma entrevista para um site e afirmou que a empresa estava “a pouca semana do caos”.

Esta realmente é uma informação importante.

Será que esse tipo de dúvida séria quanto à manutenção da Tesla como empresa em atividade não deveria ter sido divulgada por Musk e pela empresa antes do momento de crise, em vez de ser revelada depois? Musk não tem o dever de divulgar essas informações?

(...) “Você não tem a obrigação de divulgar acontecimentos relevantes diariamente”, diz John Coffee, diretor do Centro de Governança Corporativa da Faculdade de Direito de Columbia. “O silêncio não é passível de medidas judiciais, a menos que exista um dever de divulgar.”

Mas quando esse dever surge? De acordo com Tom Elder, sócio da gigante contábil BDO, caso o auditor e a administração de uma empresa tenham “sérias dúvidas” de que ela conseguirá se manter nos próximos 12 meses como “empresa em atividade”, eles têm o dever de divulgar isso aos acionistas. Mas esse dever está sujeito a um cronograma muito particular. Só importa a opinião deles no dia em que os dados financeiros são publicados. Uma crise que ameace a existência da empresa pode surgir e ser resolvida entre períodos de apresentação de demonstrações financeiras e permanecer em segredo. Elder explica: “Se a coisa estoura no segundo mês, mas no final do trimestre você fez um acordo que salvou os números, então a divulgação não é necessária”.

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Rir é o melhor remédio

O inusitado da manchete. O que você entendeu?

(a) somente "um quarto" dos clientes (mas não a sala, o banheiro etc)
(b) 25% dos "contadores" são inteligentes. Logo, 75% são burros
(c) É possível ter "contadores" inteligentes. Basta escolher. 25% dos clientes já possuem escolheram, mas 75% optaram por contadores burros.

Nada disso. Leia o texto para entender.

04 janeiro 2019

Sonny Bono Act II

Há um ano nós postamos sobre a questão dos direitos autorais nos Estados Unidos.

Em 1998, o governo Clinton dos Estados Unidos promoveu uma alteração na lei de direitos autorais. Basicamente, a nova norma ampliou o prazo de duração dos direitos para 70 anos, para o autor, e 120 anos, para obras de autoria corporativa. Além disto, os trabalhos publicados até início de 1978 tiveram o prazo aumentado em 20 anos, para 95 anos a partir da data de publicação.

A norma é denominada de Sonny Bono Act ou Mickey Mouse Protection Act. O segundo nome é uma ironia em razão do papel que a empresa Disney teve na aprovação da lei, inclusive com lobby financeiro. Na postagem de 2018 comentava sobre a possibilidade de uma nova extensão da lei, que terminou não ocorrendo.

Assim, em 2019, diversas obras que foram produzidas em 1923 estão disponíveis para o público. Ou seja, podem ser remixadas, cortadas e adaptadas. Entre as obras que serão de domínio público estão filmes de Buster Keaton, Chaplin, Felix, os livros de Virgínia Woolf, Bernard Shaw e Edgar Rice “Tarzan” Burroughs.

E também, como lembra o Scholarly Kitchen, “Yes, We no have bananas” (é isto mesmo)

100 Produtos de Tecnologia mais Relevantes

Uma lista com os 100 produtos mais importantes que foram inventados. Antes de prosseguir a leitura, advinhe que produto é este e qual a sua posição?

Aqui os dez:

10. Internet
9. Sistema de esgoto
8. Transistor
7. Aço
6. Arado
5. Telegráfo
4. Eletricidade
3. Roda
2. Fogo
1. Armas nucleares

Polêmico, sem dúvida. A fotografia é do primeiro da lista. Na listagem, senti a falta, por exemplo, do sistema numérico e da linguagem escrita.

Aumento de Impostos

O G1 informou que o governo pretende reduzir a alíquota do imposto de renda, de 27,5% para 25%. E como não existe nada de graça, haverá um aumento da alíquota do IOF.

"Uma ideia inicial agora, a maior alíquota [de imposto de renda] nossa é 27,5%. Passaria para 25%” (Jair Bolsonaro)

Ele deve estar falando do imposto da pessoa física.

Embora tenha dito na mesma entrevista que o governo dele tem que ter a "marca de não aumentar impostos", Bolsonaro também anunciou aos repórteres nesta sexta que aumentará a alíquota do IOF.


PS: O presidente da república foi desmentido pelo secretaria da Receita, que disse que não haverá aumento de IOF

Deutsche e a fraude fiscal de 5,6 bilhões de euros

O Deutsche Bank é um dos maiores bancos do mundo e o maior banco da Alemanha. Com sede em Frankfurt, o Deutsche tem presença em 58 países do mundo e inspira respeitabilidade.

Recentemente, no entanto, os controles internos do Deutsche foram questionados. No ano passado, uma transferência errônea de 28 bilhões de euros foi realizada pelo banco, exemplificando estes problemas. Em 2015 um erro de digitação fez o banco pagar 6 bilhões de dólares em uma mesa de câmbio. Em 2017, pagou uma multa de quase meio bilhão de dólar por conta da de um esquema de lavagem de dinheiro.

Agora a Reuters informa que teve acesso a documentos onde uma investigação conduzida por uma empresa de advocacia indica a existência de um esquema que pode ser a maior fraude fiscal da Alemanha desde o final da segunda guerra mundial.

O Deutsche Bank, juntamente com outras empresas, montou um esquema que permitia a dedução do imposto de renda, via negociação de ação e concessão de empréstimos. A estimativa inicial é de uma perda de 5,6 bilhões de euros em tributos. A investigação da empresa de advocacia Freshfields ocorreu entre 2013 a 2015 sobre fatos que ocorreram entre 2006 a 2011. Em maio de 2017 os documentos foram entregues aos promotores alemães. A fraude foi cometida por uma área específica do banco e chegou-se a discutir os potenciais riscos de reputação do esquema para o banco. A discussão considerou que o risco era aceitável, segundo a investigação da Freshfields.

O esquema foi divulgado graças a organização sem fins lucrativos Correctiv. Fonte da charge: aqui

Rir é o melhor remédio

Propaganda da Mitsubishi Motors do Reino Unido. A empresa imaginou um santuário de seres humanos que trabalham demais. Notem na placa "do not caffeinate the accountants"

03 janeiro 2019

Análise estatística do texto

Resumo:

An ever increasing share of human interaction, communication, and culture is recorded as digital text. We provide an introduction to the use of text as an input to economic research. We discuss the features that make text different from other forms of data, offer a practical overview of relevant statistical methods, and survey a variety of applications.Image result for Text as Data

Fonte: Text as Data
(with Bryan T. Kelly and Matt Taddy)
Journal of Economic Literature. Forthcoming.

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Apple e receita

A receita da Apple, em termos anuais, cresceu 16%. Com o balanço sendo encerrado em setembro, a empresa teve um lucro de 59 bilhões de dólares, o que corresponde a uma margem líquida impressionante de 22%. A empresa gerou 77 bilhões de fluxo de caixa das operações. Termina o ano com 26 bilhões de dólares de caixa, além de 40 bilhões de investimento de curto prazo.

Parece que está tudo bem com a empresa. Mas o trimestre que encerrou em 29 de dezembro parece que tem um problema: queda nas receitas da empresa. Segundo divulgado ontem, a Apple está estimando um valor de receita menor em 5 bilhões, uma redução de 5% em relação ao trimestre anterior https://wolfstreet.com/2019/01/02/iphone-sales-croak-china-particularly-bad-apple-warns-shares-plunge/.

Segundo a empresa, o motivo seria a redução no crescimento econômico da China. Mas a própria empresa acredita em outras razões: força do dólar, custo do transporte e substituição das baterias do iPhone. No último caso, o custo da troca de baterias reduziu e alguns clientes estão preferindo trocar a bateria em lugar de comprar um celular novo. Mas talvez o problema possa ser traduzido em uma palavra: preço.

Como o mercado trabalha com o futuro, eis o efeito sobre o preço da ação da empresa:

Cerveja e Imposto

Para tentar reduzir o consumo de cerveja no Catar, o governo do país do Oriente Médio colocou um novo imposto, valendo a partir de 2019, de 100% sobre o preço. Como não existe produção de cerveja no país, os produtos são importados. O governo consegue arrecadar facilmente, já que a importação é monopólio.

O Catar é um país muçulmano. Por este motivo, comprar cerveja nunca foi fácil, existindo limites na compra e no consumo de álcool. Mesmo assim, parece que isto não foi suficiente, o que levou o governo tentar reduzir o consumo através do preço.

Dois aspectos adicionais não comentados na notícia do NY Times. Primeiro é que o consumo depende da elasticidade do produto. Este é um conceito da economia que mostra que aumentar o preço de um produto pode provocar um efeito enorme para alguns produtos (como a manteiga), mas pouco efeito para outros (gasolina é um exemplo bastante citado. Provavelmente o consumo de cerveja se enquadra no segundo caso.

O segundo aspecto é que o Catar deverá receber a próxima Copa do Mundo. E com o torneio, interesses de patrocinadores, o que inclui cervejarias. É bom lembrar que as empresas de cerveja conseguiram mudar a norma brasileira que proibia cerveja nos estádios durante a Copa realizada no Brasil.

Reclamação automatizada

Alguns Apps estão sendo desenvolvidos para fazer um registro automático de reclamação para o poder público. A ideia (via aqui) mostra uma pessoa usando uma ferramenta automática para registro de reclamação contra o barulho de aviões. Uma questão destacada é o efeito psicológico na pessoa que está fazendo a reclamação.

Outro aspecto é que este tipo de App estão provocando um aumento substancial no número de reclamações recebidas. Em um mês, as reclamações que chegaram ao Aeroporto de Baltimore aumentaram de 2.692 para 17.228.

A reclamação aumenta o custo da entidade, que muitas vezes precisa responder a cada uma delas por existir uma obrigação legal.

(Foto: aqui)