Com os astros:
Com uma pequena adaptação:
18 dezembro 2018
17 dezembro 2018
Profissões Comuns
Eis as ocupações mais comuns no Brasil:
1) Auxiliar de escritório = 2.127.915 pessoas ou 4,54% do total
2) Assistente administrativo = 2.112.999 ou 4,51%
3) Vendedor de comércio varejista = 1.976.793
4) Faxineiro = 1.437.387
5) Alimentador de linha de produção = 1.058.543
6) Motorista de caminhão = 907.832
7) Operador de caixa = 817.895
8) Professor de nível médio no ensino fundamental = 757.397
9) Servente de obras = 639.424
10) Vigilante = 615.840
11) Técnico de enfermagem = 598.258
12) Trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas = 576.145
13) Porteiro de edifícios = 570.055
14) Recepcionista, em geral = 568.230
15) Cozinheiro geral = 531.992
16) Repositor de mercadorias = 511.468
17) Almoxarife = 437.309
18) Professor de nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta série) = 430.509
19) Dirigente do serviço público estadual e distrital = 427.864
20) Atendente de lanchonete = 410.197
Isto representa 41% de todas as pessoas com emprego formal no Brasil. A ocupação de contador apresentava 122.659 registros, abaixo de escriturário de banco (207.988) e auxiliar de contabilidade (186.478).Os auditores de diferentes formas somam 46.835.
Fonte: aqui
1) Auxiliar de escritório = 2.127.915 pessoas ou 4,54% do total
2) Assistente administrativo = 2.112.999 ou 4,51%
3) Vendedor de comércio varejista = 1.976.793
4) Faxineiro = 1.437.387
5) Alimentador de linha de produção = 1.058.543
6) Motorista de caminhão = 907.832
7) Operador de caixa = 817.895
8) Professor de nível médio no ensino fundamental = 757.397
9) Servente de obras = 639.424
10) Vigilante = 615.840
11) Técnico de enfermagem = 598.258
12) Trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas = 576.145
13) Porteiro de edifícios = 570.055
14) Recepcionista, em geral = 568.230
15) Cozinheiro geral = 531.992
16) Repositor de mercadorias = 511.468
17) Almoxarife = 437.309
18) Professor de nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta série) = 430.509
19) Dirigente do serviço público estadual e distrital = 427.864
20) Atendente de lanchonete = 410.197
Isto representa 41% de todas as pessoas com emprego formal no Brasil. A ocupação de contador apresentava 122.659 registros, abaixo de escriturário de banco (207.988) e auxiliar de contabilidade (186.478).Os auditores de diferentes formas somam 46.835.
Fonte: aqui
Onde estão os profissionais contábeis?
A relação entre a questão geográfica e uma profissão já foi explorada em diversos trabalhos e teorias. Há mais de dez anos, Gary Richardson mostrou que as guildas (associações de profissionais) conseguiram criar e defender os interesses profissionais de pessoas de uma mesma região. Através de diversos mecanismos, as guildas regulavam as atividades econômicas de seus sócios. Elas tiveram tanta influência que até os dias de hoje falamos no queijo parmesão (de Parma), por exemplo.
Antes dele, Michael Porter enfatizava o papel dos clusters. Algumas regiões tinham certas vantagens sobre outras que permitiam a criação de negócios vinculados a certos produtos. É o caso da região do Porto, que produz um vinho que excelente qualidade, ou do Vale do Silício, que reune empresas de tecnologia. Porter tentou estruturar um teoria que explicasse a existência destas regiões e da razão da concentração de produtos/profissões em certos locais do mundo. Recentemente, Stephens-Davidowitz mostrou que a presença de uma grande universidade parece ser um razão para que uma região geográfica produza pessoas famosas. A existência de imigração seria outra possível razão.
Mas será que existe cluster de contadores? Existiria alguma região onde seria mais favorável a presença destes profissionais? Usando dados municipais, um artigo analisou a possível relação entre o número de profissionais contábeis e variáveis como o PIB per capita, a densidade populacional, o número de estabelecimentos e o IDH. O que a pesquisa encontrou é algo muito positivo para a contabilidade: parece existir uma relação entre o número de profissionais em cada região (estado ou município) e o índice de desenvolvimento humano.
Apesar do achado, não é possível afirmar que exista uma relação de causa e efeito entre o IDH e a região geográfica. Mas pode ser um início de uma investigação para tentar verificar se existe “cluster” profissional.
SOUZA, Francisca Aparecida de; SILVA, César Augusto Tibúrcio; SILVA, Polyana Batista da; SOUZA, Paulo Vitor Souza da. Onde estão os profissionais contábeis no Brasil?. Ambiente Contábil
Antes dele, Michael Porter enfatizava o papel dos clusters. Algumas regiões tinham certas vantagens sobre outras que permitiam a criação de negócios vinculados a certos produtos. É o caso da região do Porto, que produz um vinho que excelente qualidade, ou do Vale do Silício, que reune empresas de tecnologia. Porter tentou estruturar um teoria que explicasse a existência destas regiões e da razão da concentração de produtos/profissões em certos locais do mundo. Recentemente, Stephens-Davidowitz mostrou que a presença de uma grande universidade parece ser um razão para que uma região geográfica produza pessoas famosas. A existência de imigração seria outra possível razão.
Mas será que existe cluster de contadores? Existiria alguma região onde seria mais favorável a presença destes profissionais? Usando dados municipais, um artigo analisou a possível relação entre o número de profissionais contábeis e variáveis como o PIB per capita, a densidade populacional, o número de estabelecimentos e o IDH. O que a pesquisa encontrou é algo muito positivo para a contabilidade: parece existir uma relação entre o número de profissionais em cada região (estado ou município) e o índice de desenvolvimento humano.
Apesar do achado, não é possível afirmar que exista uma relação de causa e efeito entre o IDH e a região geográfica. Mas pode ser um início de uma investigação para tentar verificar se existe “cluster” profissional.
SOUZA, Francisca Aparecida de; SILVA, César Augusto Tibúrcio; SILVA, Polyana Batista da; SOUZA, Paulo Vitor Souza da. Onde estão os profissionais contábeis no Brasil?. Ambiente Contábil
16 dezembro 2018
Vale a pena continuar Angra 3?
O novo governo pretende retomar as obras de Angra 3. Os dados mostram o seguinte:
a) a capacidade da usina é de 1.405 megawatts
b) uma usina hidrelétrica equivalente custa o equivalente a 3 bilhões de reais
c) desistir da usina agora teria um custo de 12 bilhões para quitar os empréstimos e desmontar a estrutura
d) mas continuar com a construção exigiria 15 bilhões de reais. Como o custo de oportunidade é de 12 bilhões, o valor adicional seria de 3 bilhões de reais.
Vale a pena? Existem benefícios que não estão mensurados nesta conta: (a) a redução do risco energético global e (b) o controle de uma tecnologia que pode ser estratégica para o país. Confesso que não consigo lembrar que outro risco. Mas existem custos não mensurados nos números acima. Talvez o principal é o fato de que a energia só estará disponível para o consumidor em 2026, em uma hipótese otimista. Assim, é necessário levar o prazo de início de operação na conta.
Mas é preciso cuidado com o problema do custo perdido. Acredito que exista uma tendência do gestor a favorecer a continuidade da obra.
a) a capacidade da usina é de 1.405 megawatts
b) uma usina hidrelétrica equivalente custa o equivalente a 3 bilhões de reais
c) desistir da usina agora teria um custo de 12 bilhões para quitar os empréstimos e desmontar a estrutura
d) mas continuar com a construção exigiria 15 bilhões de reais. Como o custo de oportunidade é de 12 bilhões, o valor adicional seria de 3 bilhões de reais.
Vale a pena? Existem benefícios que não estão mensurados nesta conta: (a) a redução do risco energético global e (b) o controle de uma tecnologia que pode ser estratégica para o país. Confesso que não consigo lembrar que outro risco. Mas existem custos não mensurados nos números acima. Talvez o principal é o fato de que a energia só estará disponível para o consumidor em 2026, em uma hipótese otimista. Assim, é necessário levar o prazo de início de operação na conta.
Mas é preciso cuidado com o problema do custo perdido. Acredito que exista uma tendência do gestor a favorecer a continuidade da obra.
História da Contabilidade: Ensino por correspondência
Uma história que ainda está por ser contada é do ensino a distância no Brasil nos seus primórdios. Eram os chamados cursos por correspondência. O aluno se inscrevia, mandando uma carta com suas informações. Recebia uma propaganda do curso desejado. Se tivesse interesse, efetuava o pagamento para receber o material instrucional. Lendo este material, ao final de alguns meses, o aluno aprendia uma profissão. Muitas pessoas aprenderam a consertar rádio, a desenhar e a ser uma modista (corte e costura, como se dizia) através desses cursos. Provavelmente as escolas que preparavam o material tinha um receita razoável, já que anunciavam nas principais revistas da época. O Instituto Universal Brasileiro, o Instituto Monitor e Dom Bosco eram algumas das escolas mais conhecidas.
Entre as matérias ensinadas havia a contabilidade. É sempre bom lembrar que a contabilidade, desde os tempos do império, era um meio de ascensão social para aqueles que desejam trabalhar e não vinham de uma família rica. Ao ler os anúncios destas matérias, também temos um boa noção do tipo de conteúdo era ensinado.
Fazendo uma análise dos anúncios publicados entre 1959 até a década de 70 na Revista do Rádio, encontrei algumas propagandas interessantes. O primeiro anúncio, embaixo, conclama o potencial cliente a ganhar dinheiro, admiração e posição social com a contabilidade. Em meros cinco meses, o Instituto Monitor prometia que o aluno poderia executar todos os trabalhos de contabilidade de uma empresa, incluindo o encerramento social, sob a denominação de “levantamento de balanços”. Os instrutores resumiram o que se tem de mais útil e essencial na contabilidade. Além do material instrucional, o aluno recebe livros fiscais para a escrituração mercantil. O anúncio é de 1959:
O Instituto Universal Brasileiro promete que o aluno pode fazer a escrituração de uma casa comercial. Além do material de estudo, o aluno receberia uma máquina de calcular de bolso.
E para reforçar, um depoimento de aluno, que fez o curso de contabilidade e tornou-se um vendedor (?) de uma importante firma. Outro, de Três Lagoas, MT, diz que o curso aumentou o seu salário. Este depoimento destaca a importância do curso por correspondência na difusão do conhecimento em uma época que não existia a internet.
O anúncio a seguir é da Dom Bosco Escolas Reunidas. O curso é de contabilidade moderna e prometia desvendar os segredos da contabilidade “Manual” e “Mecanizada”. Com uma duração de cinco meses, o estudante terminaria o curso apto em fazer a escrituração. Observe o desenho, com o profissional na máquina de datilografia.
Outra propaganda do Instituto Universal promete aluno apto a fazer a escrituração completa de uma casa comercial, ensinando o Sistema Ruf de contabilidade mecanizada e as últimas alterações na legislação fiscal. O texto diz: O Brasil sente, nos dias atuais, imensa necessidade de contabilistas práticos.
Você conhece alguém que fez este curso? Se sim, deixe o depoimento nos comentários.
Entre as matérias ensinadas havia a contabilidade. É sempre bom lembrar que a contabilidade, desde os tempos do império, era um meio de ascensão social para aqueles que desejam trabalhar e não vinham de uma família rica. Ao ler os anúncios destas matérias, também temos um boa noção do tipo de conteúdo era ensinado.
Fazendo uma análise dos anúncios publicados entre 1959 até a década de 70 na Revista do Rádio, encontrei algumas propagandas interessantes. O primeiro anúncio, embaixo, conclama o potencial cliente a ganhar dinheiro, admiração e posição social com a contabilidade. Em meros cinco meses, o Instituto Monitor prometia que o aluno poderia executar todos os trabalhos de contabilidade de uma empresa, incluindo o encerramento social, sob a denominação de “levantamento de balanços”. Os instrutores resumiram o que se tem de mais útil e essencial na contabilidade. Além do material instrucional, o aluno recebe livros fiscais para a escrituração mercantil. O anúncio é de 1959:
O Instituto Universal Brasileiro promete que o aluno pode fazer a escrituração de uma casa comercial. Além do material de estudo, o aluno receberia uma máquina de calcular de bolso.
E para reforçar, um depoimento de aluno, que fez o curso de contabilidade e tornou-se um vendedor (?) de uma importante firma. Outro, de Três Lagoas, MT, diz que o curso aumentou o seu salário. Este depoimento destaca a importância do curso por correspondência na difusão do conhecimento em uma época que não existia a internet.
O anúncio a seguir é da Dom Bosco Escolas Reunidas. O curso é de contabilidade moderna e prometia desvendar os segredos da contabilidade “Manual” e “Mecanizada”. Com uma duração de cinco meses, o estudante terminaria o curso apto em fazer a escrituração. Observe o desenho, com o profissional na máquina de datilografia.
Outra propaganda do Instituto Universal promete aluno apto a fazer a escrituração completa de uma casa comercial, ensinando o Sistema Ruf de contabilidade mecanizada e as últimas alterações na legislação fiscal. O texto diz: O Brasil sente, nos dias atuais, imensa necessidade de contabilistas práticos.
Você conhece alguém que fez este curso? Se sim, deixe o depoimento nos comentários.
Melhores livros em 2018
Separamos abaixo alguns dos livros premiados em 2018:
Prêmio Jabuti: aqui.
O livro do ano é À Cidade, de Mailson Furtado Viana. A obra está disponível para assinantes do programa “kindle unlimited”.
Prêmio São Paulo de Literatura: aqui.
Melhor livro do ano: Assim na Terra Como Embaixo da Terra, de Ana Paula. Maia.
Pulitzer 2018: aqui. O melhor livro de ficção é intitulado Less, do autor Andrew Sean Greer. Eu, particularmente, considerei uma péssima leitura... Talvez por já a ter iniciado com altas expectativas.
Prêmio Goodreads: aqui.
O vencedor da categoria “melhor dos melhores” foi o livro foi O Ódio Que Você Semeia, já resenhado aqui no blog.
O vencedor em “memória e autobiografia” foi A Menina da Montanha: A trajetória real da americana que pisou numa sala de aula pela primeira vez aos 17 anos até a conquista do doutorado em Cambridge. Também considerado um dos melhores do ano pelo The New York Times e pela Amazon.
Prêmio Jabuti: aqui.
O livro do ano é À Cidade, de Mailson Furtado Viana. A obra está disponível para assinantes do programa “kindle unlimited”.
Prêmio São Paulo de Literatura: aqui.
Melhor livro do ano: Assim na Terra Como Embaixo da Terra, de Ana Paula. Maia.
Pulitzer 2018: aqui. O melhor livro de ficção é intitulado Less, do autor Andrew Sean Greer. Eu, particularmente, considerei uma péssima leitura... Talvez por já a ter iniciado com altas expectativas.
Prêmio Goodreads: aqui.
O vencedor da categoria “melhor dos melhores” foi o livro foi O Ódio Que Você Semeia, já resenhado aqui no blog.
Fonte da imagem: aqui |
Confira ainda a lista de 100 livros notáveis de 2018, também do The New York Times. Dentre eles encontra-se "O Novo Iluminismo" de Steve Pinker e Crashed, de Adam Tooze.
15 dezembro 2018
Enganando um algoritmo de AI
Resumo:
Fonte: aqui
DespDespite excellent performance on stationary test sets, deep neural networks (DNNs) can fail to generalize to out-of-distribution (OoD) inputs, including natural, non-adversarial ones, which are common in real-world settings.
In this paper, we present a framework for discovering DNN failures that harnesses 3D renderers and 3D models. That is, we estimate the parameters of a 3D renderer that cause a target DNN to misbehave in response to the rendered image. Using our framework and a self-assembled dataset of 3D objects, we investigate the vulnerability of DNNs to OoD poses of well-known objects in ImageNet. For objects that are readily recognized by DNNs in their canonical poses, DNNs incorrectly classify 97% of their pose space. In addition, DNNs are highly sensitive to slight pose perturbations.
Importantly, adversarial poses transfer across models and datasets. We find that 99.9% and 99.4% of the poses misclassified by Inception-v3 also transfer to the AlexNet and ResNet-50 image classifiers trained on the same ImageNet dataset, respectively, and 75.5% transfer to the YOLOv3 object detector trained on MS COCO
In this paper, we present a framework for discovering DNN failures that harnesses 3D renderers and 3D models. That is, we estimate the parameters of a 3D renderer that cause a target DNN to misbehave in response to the rendered image. Using our framework and a self-assembled dataset of 3D objects, we investigate the vulnerability of DNNs to OoD poses of well-known objects in ImageNet. For objects that are readily recognized by DNNs in their canonical poses, DNNs incorrectly classify 97% of their pose space. In addition, DNNs are highly sensitive to slight pose perturbations.
Importantly, adversarial poses transfer across models and datasets. We find that 99.9% and 99.4% of the poses misclassified by Inception-v3 also transfer to the AlexNet and ResNet-50 image classifiers trained on the same ImageNet dataset, respectively, and 75.5% transfer to the YOLOv3 object detector trained on MS COCO
14 dezembro 2018
Estimativa e auditoria
A entidade que regula os pareceres de auditoria, o IAASB, anunciou uma norma sobre estimativas contábeis, ISA 540. Este seria um primeiro padrão em que o IAASB pretende abordar os elementos de auditoria mais relevantes. Entre os aspectos contemplados, uma ênfase em promover uma mentalidade cética e independente dos auditores nas estimativas contábeis.
Mais informação aqui. (Fonte da imagem aqui)
Mais informação aqui. (Fonte da imagem aqui)
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