13 novembro 2017
12 novembro 2017
Fato da Semana: Catelli
Fato da Semana: Catelli
Data: 9 de novembro
Contextualização - Armando Catelli formou-se em contabilidade e fez seu doutorado na área. Foi um dos primeiros doutores na área do Brasil. Durante sua docência na Universidade de São Paulo, Armando Catelli marcou a ciência no Brasil, particularmente a área de custos e controladoria, criando uma escola, denominada de Gestão Econômica, Gecon. Usando os conhecimentos de áreas correlatas, o Gecon tornou-se uma referência na área no Brasil. Com a redução da inflação no Brasil, a partir do Plano Real, a implantação de sistemas de custos tornou-se vantajosa, pela relação custo-benefício. Neste momento, o Gecon tornou-se uma opção, ao lado do custeamento por atividades e os sistemas tradicionais.
Relevância - O Brasil perde um grande cientista contábil, que defendia sua ideias e conseguiu formar um grupo de discípulos.
Data: 9 de novembro
Contextualização - Armando Catelli formou-se em contabilidade e fez seu doutorado na área. Foi um dos primeiros doutores na área do Brasil. Durante sua docência na Universidade de São Paulo, Armando Catelli marcou a ciência no Brasil, particularmente a área de custos e controladoria, criando uma escola, denominada de Gestão Econômica, Gecon. Usando os conhecimentos de áreas correlatas, o Gecon tornou-se uma referência na área no Brasil. Com a redução da inflação no Brasil, a partir do Plano Real, a implantação de sistemas de custos tornou-se vantajosa, pela relação custo-benefício. Neste momento, o Gecon tornou-se uma opção, ao lado do custeamento por atividades e os sistemas tradicionais.
Relevância - O Brasil perde um grande cientista contábil, que defendia sua ideias e conseguiu formar um grupo de discípulos.
11 novembro 2017
Localizando cidades perdidas
Usando dados de registros comerciais e uma técnica de gravidade estrutural, quatro pesquisadores localizaram cidades antigas perdidas. Conforme os autores, em muitos casos as estimativas confirmam as conjecturas dos historiadores que utilizaram outras metodologias. Em outros casos, as estimativas foram contrárias a alguns historiadores. Para provar o modelo, os autores também usaram os dados em situações modernas.
oferecemos evidências em apoio da hipótese de que grandes cidades tendem a emergir nas interseções de rotas de transporte naturais, conforme ditado pela topografia.
(Via aqui)
oferecemos evidências em apoio da hipótese de que grandes cidades tendem a emergir nas interseções de rotas de transporte naturais, conforme ditado pela topografia.
(Via aqui)
Complexidade contábil
De um artigo do Going Concern:
O principal motivo para aumentar o volume e a complexidade da norma contábil é que muitos auditores, corporações e reguladores pedem isso. Eles querem ter respostas claras para quase todas as situações possíveis que possam encontrar. Embora a maioria dos empresários e auditores seniores de empresas de auditoria apoiem princípios gerais, em teoria, eles geralmente pedem padrões muito mais detalhados na prática.
O principal motivo para aumentar o volume e a complexidade da norma contábil é que muitos auditores, corporações e reguladores pedem isso. Eles querem ter respostas claras para quase todas as situações possíveis que possam encontrar. Embora a maioria dos empresários e auditores seniores de empresas de auditoria apoiem princípios gerais, em teoria, eles geralmente pedem padrões muito mais detalhados na prática.
10 novembro 2017
Surpresas em pintura
Duas surpresas nesta semana relacionadas com pinturas. A primeira é o quadro abaixo de Van Gogh:
Os especialistas encontraram um gafanhoto morto. Van Gogh pintava ao ar livre e o gafanhoto seria uma sujeira. A outra surpresa foi um vídeo mostrando a limpeza de uma tela do século XVII.
Os especialistas encontraram um gafanhoto morto. Van Gogh pintava ao ar livre e o gafanhoto seria uma sujeira. A outra surpresa foi um vídeo mostrando a limpeza de uma tela do século XVII.
Itália multa Big Four
Segundo a agência Reuters, a autoridade antitruste da Itália informou que multou as quatro maiores empresas contábeis. A multa tem um valor total de 23 milhões de euros e o motivo foi conspirar para divisão de grandes contratos de consultoria. As empresas Deloitte, KPMG, EY e PwC acertaram um contrato de 66 milhões de euros, "neutralizando a concorrência fora do cartel".
O resultado da Equifax
A empresa Equifax sofreu recentemente um ataque da hackers. O fato só foi divulgado no início de setembro e foi muito grave em razão das implicações. Agora a empresa divulgou suas demonstrações periódicas, a primeira divulgação após o anúncio de setembro.
O ponto importante nesta divulgação é a não informação. A empresa afirmou que não sabe se as causas do ataque foram resolvidas e se existe chance de um novo ataque. Mais ainda, a empresa afirma não ser possível estimar os efeitos do ataque.
Eis um bom caso para discutir sobre a definição de provisão e de contingência.
O ponto importante nesta divulgação é a não informação. A empresa afirmou que não sabe se as causas do ataque foram resolvidas e se existe chance de um novo ataque. Mais ainda, a empresa afirma não ser possível estimar os efeitos do ataque.
Eis um bom caso para discutir sobre a definição de provisão e de contingência.
Sobre nova norma de seguros
A 18 de maio de 2017, o International Accounting Standards Board (IASB) publicou a IFRS 17 – Contratos de Seguros, a nova Norma de Relato Financeiro Internacional, com data efetiva de aplicação a partir de 1 de janeiro de 2021, que substituirá a IFRS 4 e que cobre o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação das responsabilidades com contratos de seguro.
A nova norma pretende trazer aos investidores e outros stakeholders uma maior transparência e comparabilidade das demonstrações financeiras das empresas de seguros.
Conforme referido na publicação da EY “IFRS 17: what to do now – Implications for european insurers”, a IFRS 17 irá resultar numa profunda mudança na contabilização das demonstrações financeiras das empresas de seguros, a qual terá um impacto significativo nos dados, sistemas e processos utilizados para produzir o reporte financeiro, bem como nas pessoas que os produzem.
Em particular, a IFRS 17 trará alterações significativas na mensuração dos contratos de seguro, principalmente para os contratos de longo prazo.
Os requisitos são significativamente diferentes dos atuais em diferentes aspetos críticos. A IFRS 17 combina uma mensuração atual das responsabilidades dos contratos de seguro constantes no balanço com o reconhecimento do lucro durante o período em que os serviços são prestados. É provável que o novo requisito tenha um impacto significativo no lucro e no capital total de algumas empresas de seguros e grupos.
Não obstante as diferenças existentes nos dois regimes, alguns dos processos, cálculos e sistemas utilizados para o Solvência II poderão ser alavancados para a IFRS 17. Ainda assim, o reconhecimento do lucro decorrente de um contrato de seguro terá de ser distribuído ao longo do período de cobertura. Este processo é efetuado através da inclusão de uma contratual service margin que não existe em Solvência II.
A data efetiva de 1 de janeiro de 2021 proporciona às entidades um período de implementação de cerca de três anos e meio. Embora este período seja relativamente longo em comparação com outras normas, a complexidade da IFRS 17 é tal que as empresas não podem esperar. É crucial começar a preparar as diversas etapas do processo de implementação, de modo a identificar a extensão do esforço necessário para alcançar a conformidade, e entender e explicar os impactos financeiros.
Em particular, espera-se que a exigência de um balanço de abertura na data de implementação, como se a norma tivesse sempre existido para o negócio em carteira, constitua um esforço bastante significativo.
Dada a escala desta mudança, e independentemente da data da sua entrada em vigor, os investidores e outros stakeholders irão querer antecipar os impactos prováveis desta alteração, pelo que se espera que a análise deste tema assuma um carácter prioritário.
Doral Leal, da EY. Fonte: Aqui
A nova norma pretende trazer aos investidores e outros stakeholders uma maior transparência e comparabilidade das demonstrações financeiras das empresas de seguros.
Conforme referido na publicação da EY “IFRS 17: what to do now – Implications for european insurers”, a IFRS 17 irá resultar numa profunda mudança na contabilização das demonstrações financeiras das empresas de seguros, a qual terá um impacto significativo nos dados, sistemas e processos utilizados para produzir o reporte financeiro, bem como nas pessoas que os produzem.
Em particular, a IFRS 17 trará alterações significativas na mensuração dos contratos de seguro, principalmente para os contratos de longo prazo.
Os requisitos são significativamente diferentes dos atuais em diferentes aspetos críticos. A IFRS 17 combina uma mensuração atual das responsabilidades dos contratos de seguro constantes no balanço com o reconhecimento do lucro durante o período em que os serviços são prestados. É provável que o novo requisito tenha um impacto significativo no lucro e no capital total de algumas empresas de seguros e grupos.
Não obstante as diferenças existentes nos dois regimes, alguns dos processos, cálculos e sistemas utilizados para o Solvência II poderão ser alavancados para a IFRS 17. Ainda assim, o reconhecimento do lucro decorrente de um contrato de seguro terá de ser distribuído ao longo do período de cobertura. Este processo é efetuado através da inclusão de uma contratual service margin que não existe em Solvência II.
A data efetiva de 1 de janeiro de 2021 proporciona às entidades um período de implementação de cerca de três anos e meio. Embora este período seja relativamente longo em comparação com outras normas, a complexidade da IFRS 17 é tal que as empresas não podem esperar. É crucial começar a preparar as diversas etapas do processo de implementação, de modo a identificar a extensão do esforço necessário para alcançar a conformidade, e entender e explicar os impactos financeiros.
Em particular, espera-se que a exigência de um balanço de abertura na data de implementação, como se a norma tivesse sempre existido para o negócio em carteira, constitua um esforço bastante significativo.
Dada a escala desta mudança, e independentemente da data da sua entrada em vigor, os investidores e outros stakeholders irão querer antecipar os impactos prováveis desta alteração, pelo que se espera que a análise deste tema assuma um carácter prioritário.
Doral Leal, da EY. Fonte: Aqui
Valor e Desempenho Contábil
Veja os seguintes números do desempenho de uma empresa:
A empresa, com receitas de US$208 milhões e despesas acima de US$650 milhões, teve um prejuízo de 462 milhões. Bem ruim. Mas o valor de mercado é de 18 bilhões. Quando a IPO chegou perto dos 30 bilhões.
O que garante esta diferença entre o desempenho contábil e o valor de mercado é que o primeiro está baseado no passado, enquanto o segundo olha a capacidade potencial de gerar caixa no futuro. A empresa em questão é a Snap, bastante conhecida do público tecnológico. Mas será que ela vale 18 bilhões de dólares?
O gráfico abaixo mostra potenciais cenários para a empresa:
Na melhor das hipóteses, a receita poderá chegar a mais de 7 bilhões de dólares em 2020. Na pior situação seria 1,4 bilhão. O cenário otimista parece estar sendo considerado de forma mais persistente pelos investidores. Ou então, o receio de perder o próximo Facebook ou Google.
A empresa possui mais de 2 bilhões de caixa e queimou 200 milhões no trimestre. Em dez trimestres, neste ritmo, o caixa será zerado.
A empresa, com receitas de US$208 milhões e despesas acima de US$650 milhões, teve um prejuízo de 462 milhões. Bem ruim. Mas o valor de mercado é de 18 bilhões. Quando a IPO chegou perto dos 30 bilhões.
O que garante esta diferença entre o desempenho contábil e o valor de mercado é que o primeiro está baseado no passado, enquanto o segundo olha a capacidade potencial de gerar caixa no futuro. A empresa em questão é a Snap, bastante conhecida do público tecnológico. Mas será que ela vale 18 bilhões de dólares?
O gráfico abaixo mostra potenciais cenários para a empresa:
Na melhor das hipóteses, a receita poderá chegar a mais de 7 bilhões de dólares em 2020. Na pior situação seria 1,4 bilhão. O cenário otimista parece estar sendo considerado de forma mais persistente pelos investidores. Ou então, o receio de perder o próximo Facebook ou Google.
A empresa possui mais de 2 bilhões de caixa e queimou 200 milhões no trimestre. Em dez trimestres, neste ritmo, o caixa será zerado.
Armando Catelli (1935-2017)
Faleceu o professor Armando Catelli. Técnico em contabilidade, graduado na área e doutor também em contabilidade pela USP, Catelli era uma grande referência na pesquisa contábil brasileira. Propôs na década de oitenta e noventa a Gestão Econômica, mais conhecida como GECON. Em razão disto, teve muitos discípulos na área de custos, notadamente os professores Reinaldo Guerreiro e Paulo Lustosa. Durante os anos noventa ocorreu no Brasil um grande "duelo" entre os defensores do Gecon e aqueles que seguiam o custeio por atividades. (Foto do Facebook de J. R. Kassai)
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