31 outubro 2017
30 outubro 2017
Avaliação baseada em classificação dos periódicos marginalizam regiões e temas
Uma prática comum em muitos sistemas de avaliação de pesquisa é avaliar o valor de um trabalho baseado no periódico em que é publicado. Essas avaliações baseiam-se no pressuposto de que a pesquisa publicada em revistas de prestígio ("topo") é excelente e, portanto, deve ser recompensada. A declaração DORA e o Manifesto de Leiden advertiram contra esta prática, mas os sistemas de avaliação baseados em periódicos continuam a ser usados em muitos países como a Espanha, o Brasil, a Colômbia, a África do Sul e em rankings globais influentes(...)
Um estudo mostra que os sistemas de avaliação de pesquisa baseados em periódicos subestimam a pesquisa que é relevante para importantes questões sociais, econômicas e ambientais, marginalizando assim alguns tipos de conhecimento. Por exemplo, horticultura de maracujá, doenças de palmeira de óleo, patógenos específicos que atacam cravos vermelhos, os estudos botânicos de biodiversidade e a história comercial latino-americana são assuntos publicados principalmente em revistas que obtêm baixa classificação. Como esses tópicos não se encaixam em idéias de excelência, eles recebem pouco reconhecimento e recursos governamentais e não são considerados desejáveis na perspectiva da responsabilidade pública. No entanto, essas questões são essenciais para o desenvolvimento econômico, ambiental e social de regiões como a América Latina.
Outro estudo mostra que a inclusão de periódicos nas mais prestigiadas bases de dados de citações, a Web of Science (WoS), não se baseia em critérios objetivos. Especificamente, o estudo mostra que o país, a linguagem e a disciplina de um periódico influenciam a probabilidade de inclusão, independentemente da sua qualidade editorial ou impacto científico. (...)
Fonte: Aqui (grifo nosso)
Um estudo mostra que os sistemas de avaliação de pesquisa baseados em periódicos subestimam a pesquisa que é relevante para importantes questões sociais, econômicas e ambientais, marginalizando assim alguns tipos de conhecimento. Por exemplo, horticultura de maracujá, doenças de palmeira de óleo, patógenos específicos que atacam cravos vermelhos, os estudos botânicos de biodiversidade e a história comercial latino-americana são assuntos publicados principalmente em revistas que obtêm baixa classificação. Como esses tópicos não se encaixam em idéias de excelência, eles recebem pouco reconhecimento e recursos governamentais e não são considerados desejáveis na perspectiva da responsabilidade pública. No entanto, essas questões são essenciais para o desenvolvimento econômico, ambiental e social de regiões como a América Latina.
Outro estudo mostra que a inclusão de periódicos nas mais prestigiadas bases de dados de citações, a Web of Science (WoS), não se baseia em critérios objetivos. Especificamente, o estudo mostra que o país, a linguagem e a disciplina de um periódico influenciam a probabilidade de inclusão, independentemente da sua qualidade editorial ou impacto científico. (...)
Fonte: Aqui (grifo nosso)
Links
Os piores filmes dos anos 2000
Ministro das Finanças da Arábia Saudita diz que ainda está certo da IPO Internacional da Aramco
Um desenho antigo do Pica-pau repaginado por brasileiros
Como estão os processos contra a JBS na CVM
Fábrica de Chips de Eike ainda não entrou em operação (e querem mais dinheiro público)
Regra para IPO nos EUA está retirando uma série de custos contábeis onerosos
Kobe Steel retira previsão de lucro, depois do escândalo sobre a qualidade do produto
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Quando a auditoria pública altera o comportamento no governo
Uma pesquisa realizada no Chile deveria ser objeto de leitura obrigatória para os auditores públicos. Logo na quinta frase o texto afirma:
Encontramos que o design da auditoria pode criar incentivos contra os objetivos nacionais públicos da legislação nacional no que diz respeito aos contratos públicos impostos pela auditoria.
A análise é interessante já que foi realizada num país vizinho e identificou o impacto da auditoria no comportamento posterior. Além disto, os autores mostram que quando o governo analisa, de forma mais detalhada, um certo procedimento, como o caso do leilão, termina por desencorajar o uso desse processo no futuro.
Maria Paula Gerardino, Stephan Litschig e Dina Pomeranz. CAN AUDITS BACKFIRE? EVIDENCE FROM PUBLIC PROCUREMENT IN CHILE.
Encontramos que o design da auditoria pode criar incentivos contra os objetivos nacionais públicos da legislação nacional no que diz respeito aos contratos públicos impostos pela auditoria.
A análise é interessante já que foi realizada num país vizinho e identificou o impacto da auditoria no comportamento posterior. Além disto, os autores mostram que quando o governo analisa, de forma mais detalhada, um certo procedimento, como o caso do leilão, termina por desencorajar o uso desse processo no futuro.
Maria Paula Gerardino, Stephan Litschig e Dina Pomeranz. CAN AUDITS BACKFIRE? EVIDENCE FROM PUBLIC PROCUREMENT IN CHILE.
Pesquisas em Economia são exageradas e viesadas
Resumo:
We investigate two critical dimensions of the credibility of empirical economics research: statistical power and bias. We survey 159 empirical economics literatures that draw upon 64,076 estimates of economic parameters reported in more than 6,700 empirical studies. Half of the research areas have nearly 90% of their results under-powered. The median statistical power is 18%, or less. A simple weighted average of those reported results that are adequately powered (power ≥ 80%) reveals that nearly 80% of the reported effects in these empirical economics literatures are exaggerated; typically, by a factor of two and with one-third inflated by a factor of four or more.
Statisticians routinely advise examining the power function, but economists do not follow the advice. McCloskey (1985, p. 204)
Slides aqui
29 outubro 2017
Resenha: Valerian
Valerian é um personagem dos quadrinhos da França. Em 1967, Christin e Méziéres publicaram a primeira tira na revista Pilote. O agente espaço-temporal Valérian e sua colega Laureline viajam o universo no tempo e espaço a mando dos seus superiores. Na sua origem, Valérian vive na Terra em 2720, onde a maioria das pessoas vivem sonhando. Um vilão, Xombul, perturba os sonhos das pessoas e viaja para Terra no início dos anos mil. Valérian é mandado para tentar capturar o vilão e termina por encontrar Laureline. Após a missão, ele volta com o vilão e Laureline para 2720.
A segunda história ocorre em 1986, quando a Terra é quase destruída por um acidente nuclear. Os heróis são enviados para uma New York inundada para novamente capturar Xombul, que fugiu da prisão. A missão envolve ir para Brasília. É isto mesmo. Valerian e Laureline irão encontrar com governantes para tentar ajudar a Terra a recuperar dos problemas. O quadrinho abaixo foi retirado desta aventura. Observe a citação para a Universidade de Brasília! Uma terceira aventura faz parte do volume deste livro, lançado pelo Sesi-SP.
O cineasta Luc Besson (O Profissional, O Quinto Elemento e Lucy) era fã dos quadrinhos e fez uma versão para o cinema da terceira aventura do primeiro volume, batizada nos quadrinhos de O Império dos Mil Planetas. O livro destaca, por sinal, algumas semelhanças da série Star Wars com a imaginação dos autores que produziram Valerian.
Vale a pena? - Gosto de quadrinhos de vários tipos: Maurício de Souza, Garfield, PhD Comics, Ruas, Miller, Snider ... Mas não sei se indicaria este.
A segunda história ocorre em 1986, quando a Terra é quase destruída por um acidente nuclear. Os heróis são enviados para uma New York inundada para novamente capturar Xombul, que fugiu da prisão. A missão envolve ir para Brasília. É isto mesmo. Valerian e Laureline irão encontrar com governantes para tentar ajudar a Terra a recuperar dos problemas. O quadrinho abaixo foi retirado desta aventura. Observe a citação para a Universidade de Brasília! Uma terceira aventura faz parte do volume deste livro, lançado pelo Sesi-SP.
O cineasta Luc Besson (O Profissional, O Quinto Elemento e Lucy) era fã dos quadrinhos e fez uma versão para o cinema da terceira aventura do primeiro volume, batizada nos quadrinhos de O Império dos Mil Planetas. O livro destaca, por sinal, algumas semelhanças da série Star Wars com a imaginação dos autores que produziram Valerian.
Vale a pena? - Gosto de quadrinhos de vários tipos: Maurício de Souza, Garfield, PhD Comics, Ruas, Miller, Snider ... Mas não sei se indicaria este.
Fato da Semana: Punição para uso de informação privilegiada
Fato da Semana: Trader do HSBC é condenado
Data: 23 de outubro
Contextualização -Uma empresa solicita uma operação cambial de bilhões de dólares. O trader compra antes moeda, garantindo um lucro. Um clássico uso de informação privilegiada. A justiça decidiu agora que ele é culpado e pode ser preso. Estamos tão acostumados a ler sobre a corrupção brasileira que esquecemos que este é um problema mundial. Nesta semana colocamos nos links uma baixaria envolvendo dois clubes de futebol de Portugal. Também postamos uma frase inacreditável da maior bilionária da África sobre corrupção. Postamos sobre o roubo de combustível no México. E a oferta pública que está obrigando até a bolsa de Londres a mudar suas regras.
Relevância - O Financial Times disse que o caso pode mudar o mercado de câmbio. É uma dura punição para àqueles que se aproveitam da informação privilegiada.
Notícia boa - Sim. O regulador deve agir quando necessário e para garantir o bom funcionamento do mercado.
Desdobramento - Não sou tão otimista quanto o Financial Times, mas pode abrir brecha para outros processos.
Mas a semana só teve isto? Sim.
Data: 23 de outubro
Contextualização -Uma empresa solicita uma operação cambial de bilhões de dólares. O trader compra antes moeda, garantindo um lucro. Um clássico uso de informação privilegiada. A justiça decidiu agora que ele é culpado e pode ser preso. Estamos tão acostumados a ler sobre a corrupção brasileira que esquecemos que este é um problema mundial. Nesta semana colocamos nos links uma baixaria envolvendo dois clubes de futebol de Portugal. Também postamos uma frase inacreditável da maior bilionária da África sobre corrupção. Postamos sobre o roubo de combustível no México. E a oferta pública que está obrigando até a bolsa de Londres a mudar suas regras.
Relevância - O Financial Times disse que o caso pode mudar o mercado de câmbio. É uma dura punição para àqueles que se aproveitam da informação privilegiada.
Notícia boa - Sim. O regulador deve agir quando necessário e para garantir o bom funcionamento do mercado.
Desdobramento - Não sou tão otimista quanto o Financial Times, mas pode abrir brecha para outros processos.
Mas a semana só teve isto? Sim.
28 outubro 2017
Casey Brown: Saiba o seu valor e cobre por ele
Seu chefe provavelmente não está lhe pagando o que você vale – ao invés disso, eles estão lhe pagando o que pensam que você vale. Tire um tempo para aprender a moldar seus pensamentos. A consultora de preços Casey Brown compartilha histórias e ensinamentos que podem lhe ajudar a comunicar melhor o seu valor e ser paga por sua excelência.
27 outubro 2017
Links
SEC aprova novo relatório de auditoria (aqui também)
Dez meses depois, ações do Monte Dei Paschi voltam ao pregão
Um fundo "adquiriu" um processo judicial contra Toshiba
Prêmio pelo risco no Brasil (via blog Contabilidade e Métodos Quantitativos)
Bancos e incentivos inapropriados
A popularidade dos Beatles está diminuindo?
Dez meses depois, ações do Monte Dei Paschi voltam ao pregão
Um fundo "adquiriu" um processo judicial contra Toshiba
Prêmio pelo risco no Brasil (via blog Contabilidade e Métodos Quantitativos)
Bancos e incentivos inapropriados
A popularidade dos Beatles está diminuindo?
Leite, Recuperação Judicial e Censura
A revista Exame preparava um texto sobre o processo de recuperação judicial da Tuiuti que estavam em tramitação na Comarca de Amparo. Os autos eram públicos e digitais até agosto de 2017. Neste mês, o juiz determinou o sigilo do processo por conta de uma disputa interna. O mesmo juiz entendeu que a informação seria ilícita e não deveria ser divulgada, podem influenciar o mercado e afetar a recuperação judicial.
A disputa foi levada para o Supremo, pois a editora Abril, que publica a revista, entendeu ser isto um ato de censura. Agora o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão da Justiça estadual que determinou a retirada de matéria da revista Exame: seria uma censura prévia.
Ficou interessado? Aqui o link para a história.
A disputa foi levada para o Supremo, pois a editora Abril, que publica a revista, entendeu ser isto um ato de censura. Agora o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão da Justiça estadual que determinou a retirada de matéria da revista Exame: seria uma censura prévia.
Ficou interessado? Aqui o link para a história.
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